O Ano Novo começou com umbelíssimo brinde com espumante. No ano passado passei de preto e o ano foi dureza, então neste ano passamos de praticamente branco e amarelo com um pouco de preto. Mas tudo bem, isso não tem assim tanta importância, é uma questão de preconceito apenas.
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Nosso binde ao novo ano, já no novo ano, mesmo que com claridade no céu. |
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Esta era a paisagem que tínhamos na janela de nosso quarto |
Levantamos e tomamos nosso café da manhã, já nem tanto de manhã assim. Estávamos aproveitando para descansar pois a puxada para chegar lá não tinha sido moleza não, mas a gente estava planamente preparado para isso e não havia nenhum problema quando se pensava que na volta teríamos que rodar muitos e muitos quilômetros. O que nos incomodava era passar novamente pelo rípio. A diferença é que agora já sabíamos que era possível.
Nossos amigos de Buenos Aires estavam arrumando as malas pois estavam indo embora naquela manhã, também não tanto manhã assim, pois tomamos café no horário em que o café fechou, ou seja chegamos às 10 e saímos do hotel no raiar das 11:30 da manhã.
Saímos com destino ao Parque Nacional Lapataia, local onde termina a Ruta Nacional Nº 3, ou simplesmente RN-3. Queríamos ir até para tirar fotos. O problema é que o caminho não é asfaltado, teríamos que seguir por vários quilômetros de rípio, já estávamos preparados para isso, mas tínhamos a esperança de que seria muito tranquilo tanto pelo nosso aprendizado, mas principalmente, devido ao fato de esta estrada ser mais bem conservada, ou seja, com um rípio mais fino e sem buracos.
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Caminhos do Parque Nacional Lapataia. |
Rapidamente o piso asfaltado sumiu e entramos no rípio. Agora vale um comentário, quase sempre a gente se atrapalha no simples pois no mais complexo a gente se cuida. Ou seja, a maioria dos acidentes acontece perto de casa quando a pessoa está tranquila. Logo, neste caminho o meu nível de cuidado e atenção era exatamente o mesmo que eu tinha tido no techo de 130km. Nada de relaxar e acabar tendo problemas.
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Imagens do Parque Lapataia. |
O Parque Lapataia é muito bonito. Tem paisagens interessantes, hotel, camping e muita gente de muitos países, principamente europeu. Cruzamos por cursos d´água e lagos. Tem ainda um tremzinho que percorre parte do Parque. Nós não pegamos o trem, deixamos esta para a próxima, pois queríamos ir com a moto até o final de RN-3. Lembrando que nós entramos nela em Buenos Aires, onde nasce e fomos até o Parque Lapataia, onde ela termina.
Chegamos finalmente ao final da RN-3 onde tem uma placa indicando seu final e ainda da a distância para Bs. As. e para o Alasca. Aqui, neste local nasceu o desejo do pessoal PHD em seguir até o Alasca em uma expedição de Harley Davidson. Eu e minha mulher também temos falado muito em ir para o Canada ou para o Alasca, ou ambos. Por enquanto só nos falta dinheiro e tempo, pois para isso são necessários ao menos 6 meses, prazo que eu não tenho.
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Tirar esta foto era parte importante do nosso desejo que ora se realizou. |
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Aí estamos nós vitoriosos, depois de rodar muito. Realmente um sonho realizado. Difícil explicar, só da para sentir. |
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Aí estamos nós, com a nossa moto, a bandeira do Brasil e a do PHD. |
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Caminho de volta no Parque Lapataia. |
Quando chegamos na cidade de Ushuaia estava ventando muito e a poeira no ar era enorme. Andando pela avenida do porto, que vai seguindo pela orla, passamos em frente de um belíssimo restaurante, que nem havíamos reparado ainda, mas como estávamos com fome e havia algumas motos paradas no estacionamente achomos que devia ser um bom local para almoçar, embora já fosse meio tarde.
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Imagem da cidade. |
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Churrascaria Christopher onde almoçamos. |
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Eu adoro esse bifinho mal passado. Que delícia! |
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A Bê se divertindo com uma costeleta de Cordeiro. |
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Caminho do Glaciar Martial |
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Pena que o elevador de cadeiras não estava funcionando e a Bê estava de salto alto. |
Nós começamos a subir ao caminho do Glaciar, mas encontramos um casal que vinha descendo e eles nos disseram que eram uma caminhada de 2 horas, pois o elevador de cadeiras estava fora do ar devido ao feriado de primeiro do ano. Aí nos disseram que era dura a subida e que já estava ficando tarde e poderia esfriar muito lá em cima. Bem, a Bê já não estava muito a fim de subir e eu acabei desistindo da subida também.
Aí fomos a uma casa de chá que tem embaixo, no lugar onde os carros chegam e onde tínhamos estacionado a nossa moto.
Quando descemos e chegamos lá embaixo adivinha quem encontramos? O Raul novamente. Aí ele nos contou que naquela noite que chegamos ele chegou a pensar que Deus havia ido embora com a gente, pois tudo começou a dar errado. Ele não conseguia achar um hotel com vaga e acabou tendo que ficar em um hotel caro pra caramba por uma noite até que no dias seguinte pudesse se mudar para um outro hotel mais barato.
Disse ainda que depois de passar por muitos hoteis é que chegou a este ponto de ficar no mais caro mesmo. Ele ainda agradeceu por nós estarmos na frente dele quando viemos no trecho de serra que estava muito complicado. Disse que caso não estivéssemos com ele poderia ter acontecido um acidente com ele pois disse não ter paciência para seguir com cuidado quando a situação fica muito difícil. Informou que ele acelera para sair logo dali o que naquele caso, ele acha que acabaria em um acidente e por isso estava agradecendo.
Pôxa! Eu nem imaginava algo assim. Mas agradeci a ele pelo agradecimento e reconhecimento. Tudo bem, Deus é quem cuida dessas coisas para nós. Dissemos que iríamos embora no dia seguinte para Punta Arenas e ele informou que iria ficar mais um dia por ali e depois subiria. O curioso é que ainda voltaríamos a encontrar ele em um posto no meio do caminho de volta depois de passar por Punta Arenas, Puerto Natales e El Calafate.
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