Imagens do Fin del Mundo

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Eu estive lá. De frente para a vida!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Ushuaia - Dia 10/01/2013


Trecho percorrido entre Las Grutas e Azul - 860 km.
Acordamos, tomamos nosso banho, arrumamos todas as bagagens que havíamos levado para o quarto e descemos com tudo para colocar na moto e deixar tudo pronto. Tomamos nosso café da manhã, que era muito simples, aquele esquema de media luna, torradas, manteiga e geleia com café ou café com leite e um suco. Até que deu bem para o gasto.

Churrascaria onde jantamos na noite anterior e o Hotel onde dormimos.
Nosso quarto ficava atrás da churrascaria.
Embora tivéssemos levantado tarde, saímos do hotel era 9:50, ainda não tinha movimento na cidade, saímos e fomos ao único posto que tem na cidade, o qual estava sem combustível, tomamos o rumo da estrada e abastecemos em um posto na estrada, no mesmo lugar onde havíamos dormido na ida.


Saindo de Las Grutas.



Saindo de Las Grutas.


A caminho de General Conesa. Ponto de abastecimento.

O caminho continuava maravilhoso. Graças a Deus o vento havia ficado para trás, chega de vento patagônico, aquilo é muito cansativo mas, de alguma forma, deixou saudades. Como explicar isso? Não sei. Acho que vale o pensamento: " Se tiver que explicar, você não vai entender", adoro este pensamento, ele explica muito bem as coisas do amor e da paixão.


Ao longo da estrada ainda encontramos lagos que são alimentados pelas raras chuvas e que secam apenas por evaporação, desta forma, acabam acumulando muito sal e geram uma salina. Havíamos visto muito isso no deserto e como no sul da Argentina também temos uma região desértica, como dá para ver em todas as fotos, é semelhante.


Mas é difícil enjoar desta paisagem.
O pior é que a gente acaba gostando desta paisagem seca e desolada e assim como no caso do deserto, acabamos ficando com saudades dela. O que não vai dar mais para eu acreditar é que as nossas chuvas tropicais e sub-tropicais, vem da Argentina. Isso é uma mentira deslavada, pois lá não chove, acho que as nossas chuvas vem do oceano e não de lá.
Trecho entre Gen. Conesa e Rio Colorado.
Painel. Gasolina abaixo do meio-tanque, a 130 km/h e a temperatura do ar a
quase 114ºF, cerca de 45ºC.
Depois de passar alguns dias com temperaturas abaixo dos 10ºC, estávamos já sofrendo com o calor que vínhamos enfrentando nestes dois últimos dias. Tanto eu como a Bê achamos que o calor judia muito mais do que o frio, desde que bem agasalhado, é claro, pois com o frio andamos tranquilos, mesmo quando estávamos chegando em Ushuaia com uma temperatura de 32ºF, ou seja, 0ºC.



Passando por Algarrobo.
Maravilhoso restaurante onde almoçamos.

Local onde estava acontecendo o Campeonato Mundial de Voo à Vela.
Depois de Rio Colorado a caminho de Bahia Blanca.
Abastecimento de gasolina em Gen. Conesa, Rio Colorado, Bahia Blanca e
Tres Arroyos.
Encontramos muitos lagos que secam por evaporação formando salinas como esta.
E dizem que nossa chuva vem de lá. Mas não vem mesmo.
O ponteiro da temperatura, quase sempre, próximo ao limite da escala.


Bahia Blanca é muito industrial com um porto muito movimentado.

A cidade de Bahia Blanca é muito industrial, deve ter um porto muito movimentado e com isso uma grande agitação de trens e caminhões. Tanto na ida como na volta, quando cruzamos a linha do trem pudemos ver a presença dele se deslocando, na ida ficamos parados esperando ele passar e, na volta, ele estava vinda a cerca de 500 m de distância, quase ficamos novamente parados aguardando a sua passagem.
Gerador eólico.

Ao longo do caminho vimos alguns geradores eólicos, entretanto, como os ventos são muito fortes, creio que haja uma certa dificuldade em colocar os geradores na região. Os geradores que vimos eram de altura e diâmetro muito menores que aqueles que estamos habituados a ver no Brasil.




Cultivo de Girassóis.

Chegando mais perto de Buenos Aires, a paisagem vai mudando e cada vez encontramos terras mais produtivas, já aceitando a pecuária maior e o cultivo de soja, milho, girassol, etc. O que vai tornando esta paisagem mais parecida com a do Rio Grande do Sul, ou do Uruguai.

Fato é que fomos ficando cansados, pois o calor suga as nossas energia. Quando já estava anoitecendo chegamos em Azul. Julgamos melhor parar por ali mesmo para dormir pois não conseguiríamos chegar em Bs. As. como havíamos imaginado inicialmente. Tudo bem, estávamos tranquilos pois estava rendendo bem a viagem. Sairíamos na manhã seguinte e chegaríamos na capital por volta do meio dia, cruzando para Colonia del Sacramento ainda no dia seguinte, ou seja, chegaríamos lá na sexta. Ótimo. Tudo indo muito bem.


Encontramos um hotel maravilhoso, localizado na beira da estrada, demos entrada e fomos até a churrascaria localizada a uns 500 m do hotel. Queríamos ir à pé, depois de dias inteiros sentados na moto, mas o rapaz disse que seria perigoso, não por problemas de segurança e sim por ter que caminhar pelo acostamento o que poderia resultar em um atropelamento. Assim fomos de moto.

Restaurante onde jantamos.

Moto em frente ao restaurante em Azul.

Nosso jantar em Azul. Restaurante simples mas muito bom.
A churrascaria era muito simples mas muito boa, havia uma grande quantidade de clientes da própria cidade comendo ali. Fomos muito bem servidos, claramente se notava que eles não estavam acostumados a receber turistas devido a uma certa vergonha que podia ser vista na conduta da família que atendia. Parecia serem todos parentes, pai, mãe, filhas e filhos. Muito legal.

Depois da janta eu perguntei se tinha alguma sobremesa típica da região. Eles disseram que não, mas quando a garçonete começou a dizer quais as sobremesas que tinha apareceu o queijo colono com doce de leite. Foi nesse mesmo que fiquei. Pois não é que o doce era mesmo bom. Pensamos imediatamente no tio Toninho e que seria legal poder levar o doce para ele. Elogiamos o atendimento e a comida e principalmente o doce de leite que era muito bom.

Pois bem, daqui a pouco vem o proprietário do restaurante com um copo de doce de leite para a gente levar. Agradecemos muito e nem tivemos como dizer para eles que não teríamos como levar conosco o doce, pois estávamos de moto. Ficamos quietos e acabamos tendo que deixar o doce no hotel, que sacanagem. Esse doce eu vou ter que ficar devendo para o tio Toninho. Quem sabe da próxima vez eu consiga levar.

Sobremesa, queijo colonial e doce de leite.


 

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