Imagens do Fin del Mundo

Imagens do Fin del Mundo
Eu estive lá. De frente para a vida!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Ushuaia - Dia 09/01/2013

Trecho percorrido entre Fitz Roy e Las Grutas, passando por
Puerto Piramides. Percorridos 1.240 km.
Acordamos cedo, 6 da manhã, o que não era absolutamente comum para nós, mas neste dia pretendíamos passar pela Península Valdez e, ainda por cima, adiantar a nossa viagem um pouco para que pudéssemos ter um pouco mais de laser em algum local.

As estranhas formações nas praias entre Caleta Olívia e Comodoro Rivadávia.
Assim que saímos, o vento estava relativamente fraco, mas foi aumentando de forma incrível e quando passamos por Caleta Olívia, muito perto de Fitz Roy, já estava muito forte. Aí vimos o que é o vento constante e forte. Imagino que tivesse uma velocidade maior que 100 km/h fácil, o pior é que vinha de oeste para leste, ou seja, nos atingia da esquerda para a direita e muito forte.

Assim, quando passávamos por qualquer morro ou carro que cobria o vento, assim que o bloqueio cessava levávamos uma verdadeira paulada. Como eu havia aprendido a não dançar muito com o vento, quando fomos de Punta Arenas para Puerto Natales, fomos indo usando aquela técnica, mas a cabeça começou a doer, o barulho era impressionante, não conseguia escutar nada, nem quando a Bê falava comigo através do sistema de comunicação.

A primeira coisa que fiz foi fechar completamente o sistema de entrada automática de voz, pois com o barulho do vento, no primeiro traço de abertura o som simplesmente ficava o tempo todo aberto. Com o sistema completamente fechado, tem-se que apertar o botão para poder se comunicar e mesmo assim eu não conseguia me comunicar facilmente pois além de apertar o botão tínhamos que literalmente gritar.

Com o sistema fechado o barulho era insuportável. Senti muito não ter um protetor auricular para proteger os ouvidos, pois estava ficando surdo, com certeza o nível de ruído superava os 120 db com folga. O barulho do escapamento ou do motor era simplesmente impossível de ouvir.

Mar crespo mostrando a velocidade do vento terra-mar.

Foi muito difícil enfrentar aquela situação que parecia que não acabaria nunca mais. Quando passamos pela região à beira mar, a gente podia ver o mar todo crespo e com espuma nas pequenas cristas, indicando que o mar não era para amadores. A situação somente foi melhorar um pouco quando já estávamos bem acima de Comodoro Rivadávia, acima de Trelew.

Poços de petróleo na região de Comodoro.
Fomos subindo e quando chegamos em Trelew,  paramos para abastecimento e para tomar água, banheiro, etc. Eis que novamente encontramos o Raul, que já havíamos rodados por tantos quilômetros junto, incluindo o trecho de ida no rípio.

Incrível a coincidência, pois parecia que ele estava nos seguindo, como era possível estarmos encontrando ele novamente? Encontramos ele ali mesmo em Trelew quando estávamos descendo, reencontramos na aduana antes da barcaça que cruzou o Estreito de Magalhães e seguimos pelo rípio e até Ushuaia. Depois ele ficou e nós fomos em frente. Quando estávamos em El Calafate, novamente encontramos ele e agora novamente. Ele foi subindo juntamente conosco até Puerto Madryn, alí paramos para um lanche, ele lanchou conosco e então nos separamos pois entramos para a Península Valdez e ele seguiu direto para Bs. As.

Encontramos o Raul novamente em Trelew.



Esqueleto de uma Baleia Franca que é a grande vedete da Península Valdez.

Museu do Parque Nacional da Península Valdez.

Puerto Pyramides na Península Valdez.

Puerto Pyramides.

Puerto Pyramides.

Puerto Pyramides.
Não achei que seria seguro seguir com a moto pelos caminhos de rípio da Península, sendo que as mesmas não eram bem consevadas, tendo em vista que o movimento não é grande. Assim seria perigoso irmos de moto. Fomos até uma empresa de turismo, que dava apoio aos turistas. Nos informaram que somente no dia seguinte teria um passeio, pois não teriam mais passeios naquele dia. Perguntamos sobre passeios de barco e a resposta foi a mesma.

Tomamos uma água mineral cada um e fomos até um kiosko para comprar adesivos e pins e aí resolvemos ir embora. Foi uma perda de tempo, mas sempre é válido se conhecer algum local a mais.

Vimos alguns guanacos ali na reserva, sendo que a partir daquele ponto não vimos mais guanacos. Não entendi o que muda exatamente que faz com que os guanacos desapareçam, pois parece que o restante da paisagem continua igual.

Descida do sol no caminho do norte.
Este dia foi um dia duro, pois saímos pela manhã numa temperatura de não mais de 5ºC e quando chegamos na Península Valdez a temperatura estava na casa dos 32ºC. Já não estávamos mais acostumados com altas temperaturas pois estávamos a vários dias com temperaturas abaixo de 10ºC. Foi sofrido aguentar estas temperaturas, o que cansa muito mais do que andar de moto.

Chegamos na região de San Antonio, local onde dormimos na ida e não queríamos de forma alguma dormir no mesmo hotel, pois havia custado caro e não era bom. Entramos em Las Grutas que fica ao lado de San Antonio e é uma cidade balneária muito importante, onde principalmente os argentinos daquela latitude frequentam, incluindo o pessoal de Bariloche.

Casas em Las Grutas.

Construções típicas de Las Grutas.

Orla costeira de Las Grutas.

O local estava muito lotado e depois de rodar um bocado atrás de hotel, sem sucesso, acabamos encontrando um posto de apoio ao turista e lá nos encontraram um quarto, longe da praia, muito simples, mas melhor que o de San Antonio, só que mais ou menos pelo mesmo preço, cerca de US$ 120,00, um absurdo.

Ao menos conseguimos guardar a moto nos fundos do hotel, jantamos em uma churrascaria razoável localizada ao lado do hotel e fomos dormir. No dia seguinte teríamos ainda um dia onde teríamos que rodar muito, se possível, chegar até Colônia de Sacramento para ganharmos um dia de presente a mais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário