Imagens do Fin del Mundo

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Eu estive lá. De frente para a vida!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

URUGUAI 2014 - 2015 - Primeira viagem longa da Bê

VIAGEM AO URUGUAI – 2014/2015

VIAJANTES


Luiz – Ultra Glide Limited
Bê – De Luxe
Adir – Road King
Fátima – Dyna Custom.
Roger e Renata (parcial) – Ultra Glide Limited.

CHECK LIST



Local de Encontro para saída

- Posto BR – do Boi, ao lado da Churrascaria Zunino
- Horário – Saída do Posto às 13h30
- Em caso de alguém se perder o ponto de encontro será no próximo posto, se estivermos na estrada ou no hotel, se for na cidade em que estamos hospedados ou na prefeitura se estivermos de passagem pela cidade.

Documentação:

- Moto em nome do viajante
- Documento de propriedade do veículo referente a 2014
- Carteira de Habilitação válida (verificar a data da validade). Não é necessária a CNH Internacional.
- Carta verde do veículo (equivalente ao nosso DPVAT)
- Passaporte ou Carteira de Identidade (Não valem os documentos de classe, CREA, OAB, etc. que no Brasil substituem a CI mas no Mercosul não)
- CI com menos de 10 anos (a foto tem que ser parecida com a pessoa hoje)
- Vacinas – não é necessário nenhuma

Equipamentos:

- Máquina fotográfica
- Computador
- Colete reflexivo. Pode ser adquirido nos postos de gasolina no Uruguai mesmo, mas se tiver é bom levar.
- Comunicador e o carregador (se for o caso)
- GPS com mapas atualizados (estou instalando o Garmin 660 na minha moto)

Para a moto:

- Tyre Repair – Para quem não tem nerver flat;
- Chaves básicas (de fenda, Philips, alicate), fita silver tape, presilha tipo lacre, aranha, extensor.
- Manual da Moto
- Chave reserva em local diverso da de utilização

Roupas para condução:

- Roupas de segurança para estrada: calça, jaqueta, luvas – Lembrar que deveremos pegar calor
- Roupas impermeáveis para chuva
- Botas
- Luvas

Roupas: (Lembrar das roupas para o ano novo e que mandaremos lavar em alguns hotéis específicos onde ficarmos mais de 1 dia)

- 1 Calça jeans
- 6 Camisetas
- 6 cuecas
- 6 pares de meias
- calção de banho
- bermuda
- Chinelos
- Boné

Saúde:

- Remédios de uso contínuo (cobrindo todo o período com folga)
- Relaxante muscular
- Gelol ou creme massageador para luxações
- Higiene pessoal
- Protetor Solar
- Toalha

Mapa do Trecho completo:


Trajeto do Bing Maps:
















Mapa do trecho percorrido.

Relação dos Hotéis

Como nessa viagem havia muitas pessoas nós decidimos que iríamos com reservas pois assim poderíamos garantir que teríamos onde ficar, pois chegar em algum lugar nessa época do ano, em seis pessoas, encontrar um lugar para ficar pode acabar sendo uma experiência muito ruim. Quando viajamos sozinhos, eu e a Bê a gente normalmente não tem reserva em lugar nenhum, mas agora que estávamos em mais pessoas, concordamos que não poderíamos correr certos riscos desnecessários.

DATA
HOTEL
TARIFA TOTAL
19/12/2014
TREZE TILIAS HOTEL PARK (ADIR)
 Rua Videira, 550 - (49) 3537-0277
20/12/2014
POUSADA DAS MISSÕES (Bê) - US$ 130,86
Rua São Nicolau , 601 - (55) 3381-1030
21/12/2014
RIVERA CASSINO E RESORT - US$ 266,00
Uruguay 338, 40000 - (11) 3195-7723
22/12/2014
HOTEL POSADA SECULO XIX - US$ 400,00
 Los Molles y los Sauces Tel: 4736-9955
23/12/2014

24/12/2014

25/12/2014
POSADA DEL VIRREY - US$ 705,00
Calle de Espana 217 - 00598 4522 2223
26/12/2014

27/12/2014

28/12/2014
MERCOSUR UNIVERSITAS - US$ 600,00
Av 8 de Octubre 2481 - 
29/12/2014

30/12/2014

31/12/2014
CAMPING CABANAS DEL EST  - US$ 445,00
Av. del Oceano entre Pont Romeu y Cortina D' Ampezzo, 20004 
1/1/2015

2/1/2015
Pousada Pedra Bonita
Rua Camaquã, 81, Cristal-RS - 051 3678-1125

3/1/2015
POUSADA FORNASIER - R$ 640,00
 Estrada para Pinto Bandeira VRS 855,
 Km 10 - Zona Rural - (54) 2521-2666


O grupo inicialmente era composto somente de quatro pessoas e quatro motos, ou seja, dois casais, eu, a Bê, o Adir e a Fátima. Depois, quando já estávamos em Dezembro, o Roger comentou que ele e a Renata gostariam de ir conosco. Primeiramente ele falou com o Adir e depois de avaliados a situação julgamos que seria boa a companhia deles, afinal de constas são pessoas tranquilas que estavam se dispondo a ir conosco em parte do caminho.

Depois de avaliarmos bem a situação concordamos plenamente, todos os quatro concordamos, então passamos a eles o programa da viagem e dados dos hotéis que havíamos reservado com as datas em que estaríamos em cada um dos lugares.

Como o Roger e a Renata já haviam ido no meio do ano até o Chile com um outro casal de amigos julgamos que eles eram bons de roda e de companhia. Foi realmente um acerto pois são pessoas da melhor qualidade, contribuíram com o que puderam e estavam sempre a disposição para qualquer parada. Grandes companheiros. Pena que não puderam nos acompanhar durante todo o trajeto, eu creio que teria sido muito bom, mas a Renata teria que retornar ao trabalho no dia 27 ou 28/12 e não tinha como faltar.

Bem já estamos acostumados com o fato de que na vida uma parte somos nós quem controlamos e outra parte é controlada pelo mundo que está em constante movimento. 

1o Dia - 19/12/2014 – Sexta-Feira - Florianópolis - Treze Tílias

Finalmente chegou o dia da grande viagem, nem tão grande pela distância quanto pelo fato da Bê ir pela primeira vez, pilotando a sua HD De Luxe para uma viagem internacional com pouco menos de 4.000km de percurso. O Adir e a Fátima, também pela primeira vez para uma jornada de maior distância, além é claro de ser a primeira viagem internacional deles pilotando uma motocicleta.

A ansiedade estava tão grande que parecia que o dia 19 de dezembro não chegaria nunca, mas eis que chegou o grande dia. Pela manhã trabalhamos e decidimos que sairíamos para a viagem na parte da tarde, com destino a Treze Tílias, uma distância não muito grande e considerando o horário de verão poderíamos chegar ao nosso destino ainda com a luz do dia.

Carregamos toda a bagagem na minha moto e saímos em direção ao ponto de encontro com muita alegria, embora tivesse caído uma chuva muito forte pela manhã e a pista ainda estivesse muito molhada. Não teve como não colocar as capas de chuva e demais roupas de proteção, pois quando se viaja de moto precisamos estar sempre preparados para um possível acidente, ao menos a gente sempre procura se proteger para uma eventualidade que esperamos, nunca aconteça.

Chegamos ao ponto de encontro no posto localizado ao lado da Churrascaria Zunino, logo no início da BR-282. Chegamos lá, abastecemos as duas motos e fomos até o restaurante onde o Roger e a Roberta já estavam aguardando com as luvas molhadas, pois eles haviam passado na Floripa HD e pegaram toda a chuva forte que havia caído mais cedo. Nós ainda estávamos nos safando.

Aproveitamos para pegar alguma coisa para comer, pois o Adir e Fátima haviam avisado que se atrasariam um pouco devido a alguns compromissos que eles haviam assumido e considerando ainda que a estrada das praias do norte estavam muito congestionadas, mesmo para as motos. Sem problemas, coisa de menos de 1 hora, o que para a gente não tinha nada demais pois nossa folga possibilitaria acomodar esse atraso, chegando ainda de dia ao destino.

Eles chegaram abasteceram as motos e não quiseram comer. Nos arrumamos novamente e demos início à nossa aventura. Que delícia! A chuva havia parado, embora o chão estivesse molhado em vários locais, mas o que encontramos no caminho foram poucos trecho com alguma garoa fraca, tanto que o Roger não estava com roupas de chuva e não estava se molhando.

Organizamos o bonde, sendo que eu fui de Road Captain e o Adir de Cerra-Fila, pois estávamos usando comunicador Scala Rider – G9, que possibilitava que nós 4 falássemos entre nós, mas o Roger estava com o comunicador da Ultra que eu não tinha no meu capacete, mas coloquei nas caixas de som ambiente de forma que eu poderia ouvir o que ele falava embora não pudesse transmitir. Então ficamos eu, a Bê, a Fátima, o Roger e a Renata e por último o Adir.

Quando fizemos a primeira parada programada, no posto Janaína, localizado logo depois do cruzamento com a SC-110, saída para Urubici, caiu uma chuva forte enquanto estávamos protegidos pela cobertura do posto. Aproveitamos para comer um pastel e tomar um café. Foi muita sorte nossa, pois quando paramos para abastecer é que desabou uma chuvarada. No local tem um santuário bem bonito que ainda não conhecemos. Algum dia que subir para Urubici vou subir até lá para dar uma olhada.

A estrada até Lages estava ótima e agora que tem o viaduto para passar por dentro de Lages a coisa ficou muito mais fácil. Seguimos em frente e escolhemos o caminho via Campo Novos para depois virar para Treze Tílias, tendo em vista que esta estrada deveria estar melhor que a outra alternativa, por informações que amigos nos haviam dado.

Depois de Lages novamente entramos em um posto para abastecer e tomar uma água, banheir, etc., pois não é que caiu novamente uma chuva muito forte. Incrível como a chuva caía sempre quando estávamos protegidos. Se ao menos a gente estivesse escolhendo os momentos de chuva para entrar nos postos, mas não era, pois os postos são muitos espaçados e mesmo que quiséssemos não daria para encontrar um posto a cada chuva. Sei lá, parecia que estávamos sendo protegidos pelo Divino. Ainda bem, assim a gente ia mais tranquilo.
Não teve como fotografas a nós e ao arco íris ao mesmo tempo. Faltou técnica. Heheh

O arco íris que veio nos visitar depois da chuva na parada do segundo Posto.

Chegamos em Treze Tílias no final do dia, sendo que estava escurecendo. Subimos para o hotel que fica em uma colina no alto da cidade de onde a vista é muito boa. Uma rampa forte e de paralelepípedo, que quando o piso está molhado pode oferecer algum risco de derrapagem. Ao final demos muita sorte, pois não pegamos praticamente chuva nenhuma ao longo do caminho, embora o tempo estivesse sempre ruim. Quando estávamos chegando mais perto do destino, umas nuvens pesadas começaram a se aproximar, que com certeza significavam um banho enorme, mas acabou não nos pegando e somente à noite é que caiu um aguaceiro.

Quando chegamos ao hotel, juntou gente, como quase sempre acontece, mas, ainda por cima, tinham as Ladies tocando as suas motocicletas. Fiquei imaginando o que significaria para aquelas senhoras e senhores que estavam nos apreciando o fato da Bê e da Fátima chegarem pilotando as suas motos. Tornaram-se verdadeiras heroínas e levantaram olhares de admiração fáceis de observar nos olhares que não podiam ser ocultados. Pediram para tirar fotos e até mesmo, uma senhora pediu se poderia tirar uma foto sentada na moto da Bê. O olhar de felicidade me marcou. Esses são momentos que somente quem viaja como nós é que pode presenciar e observar. Lindo demais.
Nossa chegada no hotel em Treze Tílias. Já era noite mas viemos muito bem Graças a Deus.

Assistimos o show e jantamos assim que chegamos, pois a maioria dos hóspedes já havia jantado, tiramos as roupas e descemos já eram 9h00 da noite. A comida é boa e simples e a filha do dono do restaurante do hotel é quem canta. Ela é mesmo uma artista, embora tenha muito pouca idade, eu acho que uns 17 ou 18 anos, quando ela cantou Abba, foi de cair o queixo.
Eu a cantora a Bê e o pai dela, amigo do Lauro.

O pai dela me pegou para conversar enquanto eu me servia, dizendo que tinha um amigo harleyro de Curitiba. Perguntei se ele lembrava o nome e me disse que era corretor de seguros. Sugeri que fosse Lauro e ele me confirmou. Hahaha. Incrível as coincidências, o Lauro, meu grande companheiro de viagens e amigo era conhecido dele. Começaram as coincidências.

Jantamos ao som maravilhoso da menina tocando. Quando passei por ela uma vez disse para que desligasse o CD que estava tocando para ela dublar e ela riu. Bem humorada a menina.

Depois da janta fomos para o bar, onde estava rolando outro cara tocando violão e cantando. Muitas pessoas em uma excursão daquelas da terceira idade, que acho ótimo pois estou quase lá, hehe, estavam no ambiente. Quando chegamos no bar estavam todos conversando sentados e alguns em pé. Começamos a agitar, pois a música estava boa, e rapidamente juntou um monte de gente dançando. Encheu o salão e todo mundo se divertindo. Parece que tinham alguns jovens que seriam animadores de festa, não tenho certeza disso, mas parecia, pois tiravam algumas pessoas de idade para dançar. Tanto rapazes como moças.
Nós dançando na festa que virou no bar do Hotel.

Confesso que teve uma hora que fiquei cansado. Pudera! Depois de um dia como esse!

Eu ainda estava com a minha calça de couro e estava calor. Foi um suador dos bons. Nos divertimos muito.

A Fátima ainda queria ir até uma cervejaria que tem na cidade, mas realmente a gente estava em frangalhos e não tinha a menor condição de ir. Sei que é difícil de eu e a Bê negarmos fogo, mas dessa vez realmente não deu.

A Bê ainda estava com o cansaço do primeiro dia de viagem de moto, na verdade uma verdadeira saga, coberta de expectativas e tensões inerentes ao primeiro dia de uma primeira viagem dessa magnitude, além do calor e da chuva, com piso molhado, das inseguranças, etc. Pedimos desculpas mas não dava para ir. O Roger e a Renata também não se animaram e acabou que ficamos todos no hotel mesmo. Pena que eu acho que a Fátima queria muito ir e acabou ficando um pouco chateada. Mas não é possível termos tudo nunca.

2o Dia - 20/12/2014 – Sábado - Treze Tílias - São Miguel das Missões

Levantamos não muito cedo, porque era melhor dormir na cama que na estrada. Hehehe. Tomamos nosso café da manhã às 9h30 e teríamos 490km para rodar, que coisa boa, mas um dia cansativo e um pouco mais longo que o dia anterior, mas tínhamos tempo para rodar.
Nós em frente a Catedral de Treze Tílias.

Que delícia. Vocês não fazem idéia do quanto estava bom esse passeio, mesmo considerando o tempo que não estava se mostrando melhor que no dia anterior.
Arrumamos a tralha toda nas motos, compramos algumas lembranças e saímos para dar um rolezinho pela cidade. Fomos até a Prefeitura e até a Igreja Matriz, tiramos algumas fotos, depois a uma fábrica de cerveja, que não podíamos beber, mas fomos à lojinha de lembranças, onde pudemos comprar uma flor Edelweiss, que segundo o vendedor nasce em penhascos muito altos e de difícil acesso, tanto que quando um homem presenteia uma mulher com essa flor, acaba tendo o significado de que ele se esforçou muito para obtê-la, inclusive correndo risco de vida e, ainda por cima a flor dura a bagatela de 90 anos. Coisa de louco!

Ao final acabei dando uma dessas flores para a Bê. Embora sendo assim tão bem tratada acaba achando tempo e coragem para brigar comigo em alguns momentos. Pode isso? Hehehe. Acabamos comprando ainda um copinho de Treze Tílias, para tomar whisky ou whiskey, e de lembrança da viagem.
A flor Edelweis em seu habitat natural, mostrando o quando é difícil colher uma para entregar ao nosso amor. A flor dura simplesmente 90 anos. Pode isso?

Saímos de Treze Tílias já devia ser 11h00 da manhã em direção a São Miguel das Missões. Onde pretendíamos assistir novamente ao show de som e luzes que é apresentado na ruínas da Igreja das Missões, lugar muito especial e que contém uma importante história dos tempos anteriores a 1700, o que para o Brasil é das lembranças mais antigas que temos relativamente preservadas.

O Roger com a sua poderosa.

Mas a poderosa mesmo foi essa! Que tal? Uma gata a minha Motociclista.

Eu e a minha Rubia Mireya.

O Adir com a sua potentosa. Ficou faltando a Fátima que não tenho a foto nesse mesmo lugar. Vou complementar.

Renata curtindo o caminho como poucos são capazes de fazer

Escolhemos o melhor caminho, depois de alguma consulta com um viajante que estava hospedado no hotel e que informou a nós que o caminho mais direto estava muito ruim e que ele havia demorado cerca de 2 horas para cobrir um trecho de 40km. Fizemos o traçado do nosso trajeto com base nas informações e seguimos por Água Doce e Catanduvas, depois seguindo para Erechim e Passo Fundo onde entramos na rodovia dos argentinos, que é o caminho preferido deles para vir ao nosso litoral sul, BR-285 em direção ao oeste até chegar ao entroncamento que vai para São Miguel das Missões.
Bê e Adir tomando um chimarrão, daqueles originais, lá do sul e no sul.
O dia foi tranquilo embora na saída estava chovendo e ao longo do caminho também tinham muitos pontos onde a pista estava molhada, mesmo assim a viagem foi muito boa e tranquila. A Bê e a Fátima estavam se deslocando super bem. Com muita segurança e não parecia que tínhamos que ter qualquer cuidado especial para com elas.
A Fátima, a Bê e eu. Linda foto com a pista seca, como ficou na maior parte do trajeto.

O nosso animadíssimo Adir em sua Road King.
Entramos no trevo para São Miguel e paramos no Portal, para tirarmos algumas fotos, em seguida seguimos para a cidade.  Foi muita sorte nossa, pois quando chegamos na cidade o tempo estava armando uma tempestade daquelas. Passamos em frente às ruínas e entramos na administração para saber informações sobre os horários da apresentação. As visitações já estavam encerradas àquela hora mas o show aconteceria mesmo se estivesse chovendo.
Imagem do Jesuíta no Portal de entrada do caminho de São Miguel.

Portal de entrada da estrada de São Miguel das Missões. Um lugar lindo.
A turminha no portal da entrada da estrada que segue para São Miguel das Missões.

Pegamos as motos e fomos até a pousada das Missões, onde tínhamos reservas, para guardar e descarregar as motos e tomar um banho, pois estava calor e tínhamos passado um dia longo e quente na estrada. Foi descarregar as motos e fazer o check in que caiu um temporal daqueles de ficar na janela olhando. Muito vento e muita água. Novamente ficamos pensando o quanto estávamos sendo protegidos, pois sempre que estávamos protegidos a chuva caia forte. Durou pouco e deu tempo de nos arrumarmos para ir caminhando até as ruínas para assistir ao show que é muito interessante. Nós assistimos pela terceira vez e ainda assim achamos interessante.

Fomo à pé e estava garoando muito pouco, mas o vento estava forme e os relâmpagos continuavam. A temperatura foi caindo e quando chegamos ao local do show, que é totalmente aberto, não deu para ir na arquibancada que é totalmente aberta e ficamos protegidos sob a marquise do museu que tem em frente às ruínas. O vento e a temperatura caindo e nós sem blusa, pois estava quente quando saímos da pousada. No final do show eu e a Bê estávamos escondidos atrás do museu protegidos do vento.

O Adir e o Roger, que estavam com uma capa de chuva, foram para a arquibancada. Ficaram lá somente os dois, mas quando os raios começaram a aumentar o Adir contou depois que falou para ele que ele era o ponto mais alto daquela região e se algum raio tivesse que cair ali seria na cabeça dele. Aí parece que ele repensou a posição e vieram para debaixo da proteçãoo do prédio do museu. Hahahaha. Esse foi mesmo muito boa.
Realmente a visão das ruínas é simplesmente impressionante.
A melhor parte foi que conforme o show transcorria, os raios eram parte da história, pois alé das luzes projetadas, ainda tinham as luzes dos relâmpagos. O conjunto formou um cenário dos mais bonitos. O índio Peri teve que batalhar muito naquela noite, mas de qualquer forma não adiantou nada pois acabou morrendo de qualquer forma no final.
As nossa meninas nas ruínas aguardando pelo início do show de Som e Luz.
Depois que terminou o show, nós pedimos que o guarda da administração nos desse o telefone do taxista e chamamos um carro para nos levar a uma pizzaria para jantarmos. Fomos, acho que na única que tem no local e que é muito boa. Jantamos bem. Tomamos umas cervejas, refrigerantes e, por fim, comemos muito bem.

O curioso foi que o taxista teve que fazer duas viagens para levar a nós 6 para a pizzaria e quando chegamos lá na segunda viagem ele falou que poderíamos pagar tudo junto quando ele nos levasse para a pousada. Estranhei a tranquilidade dele. Depois ele fez novamente 2 viagens para nos levar à pousada e quando chegamos lá ele nos cobro um valor fixo para cada trecho, ou seja, 2 corridas de ida e 2 de volta. Acho que foram R$ 15,00, total de R$60,00. Legal! Como no interior do Rio Grande do Sul a gente é bem tratado. Eu e a Bê, que passamos por lá muitas vezes, pois quase sempre que saímos de viagem acabamos passando pelo RS, estamos nos acostumando com o belo tratamento que sempre recebemos deles, como pode ser observado em outros contos desse blog.

 Fomos dormir e durante toda a noite a chuva não parou mais. Chegou a chover novamente muito pesado e ponderamos que no dia seguinte poderia ser um dia estradas com muita chuva, o que de fato acabou se confirmando. A previsão do tempo indicava que teriam va’rios dias de chuva, a nossa vantagem era que ao invés do clima passar por nós, nós é que estávamos passando por ele, pois estávamos nos deslocando relativamente rápido para o sul.

3o Dia - 21/12/2014 – Domingo - São Miguel das Missões - Rivera

Dia seguinte pela manhã tomamos o nosso café da manhã novamente não muito cedo, como dizia meu saudoso pai, no raiar das 9H30. Hehehe.

Arrumamos as bagagens nas motos, comprei o boton da cruz da fé em dobro, que é típica das Missões Jesuíticas, vestimos nossos impermeáveis e quando subimos nas motos para partir a chuva começou a cair, ainda que leve. Mas quando chegamos ao posto de gasolina, ainda em São Miguel, caiu um toró de matar.
Nós limpando as viseiras e abastecendo as motos no posto em São Miguel das Missões.
Tomamos os cuidados necessários de limpar as viseiras e passar anti-embaçante, etc., o que na verdade não adiantou muita coisa não. Até a minha viseira, que tem uma película anti-embaçante físico por dentro da viseira estava embaçando. Assim sendo quando chegamos em São Luiz Gonzaga, terra do grande Payadeiro já falecido Jayme Caetano Braun, Entramos no posto para ver como estavam as viseiras. Uma pior que a outra. Aí sim limpamos e enxugamos uma por uma e passamos o anti-embaçante por dentro e o cristalizante por fora, visando evitar que a água pare pelo lado de fora.
As meninas no banheiro do posto já em São Luis Gonzaga. E a chuva não dava trégua não.
Depois de todas as medidas tomadas, a chuva continuava a cair forte, e seguimos, agora em direção ao sul e a chuva não estava querendo dar trégua não. Ao menos tínhamos uma vantagem, como a chuva era muito forte o asfalto estava limpo e livre de óleos e lama. Assim, embora chovesse muito, a pista estava relativamente segura. Foi tanta água que tenho poucas fotos da gente nesses momentos.

Conforme fomos descendo o céu foi clareando e em uma hora a chuva já estava se acalmando, mas começamos a encontrar árvores caídas, placas de outdoor quebradas e retorcidas, casas destelhadas. Aí vimos que devia ter passado um temporal daqueles por ali. Fomos indo com cuidado a uma velocidade de cerca de 80km/h. O céu realmente foi ficando azul e quando chegamos um posto que parecia ser suficientemente bom para almoçarmos alguma coisa e colocar gasolina nas motos, já havia sol.
Que alegria em poder comer e ver que o tempo já estava muito melhor. Até sol já tinha.

Esse pastel estava extremamente saboroso. Comemos todos os disponíveis antes do sanduíche.

Cada um estendeu suas luvas, tirando água das botas etc. Foi uma cena interessante pois estávamos todos felizes com o final da chuva e tiramos os impermeáveis o que por si só já refresca muito. Pois onde não passa a água não passa o vento também, logo, esquenta muito.

O dono do posto estava lá, e nos preparou um big sanduiche de filé com salada e queijo, presunto, tudo o que tínhamos direito. Um sanduiche enorme. Todo mundo ficou impressionado com o tamanho do dito, embora tenha demorado mais de meia hora para ficar pronto e nessa meia hora a gente já tinha comido pastel e outros salgadinhos que tinha para vender na lanchonete. Essa foi uma boa parada.
Obras no caminho quando ainda estava chovendo.
Seguimos em direção a Rosário do Sul e depois Santana do Livramento, onde cruzamos para Rivera, já no Uruguai. Mas quando começamos a chegar perto de Santana do Livramento a destruição era ainda maior. Na entrada da cidade parecia que havia mesmo passado um tornado. Vimos um barracão industrial, desses com cerca de 50 x 200m de tamanho, com as chapas de aço da cobertura complemente destruído e material lançado longe, onde podíamos ver que algum trator havia empilhado os restos junto à cerca da fábrica. Alguns painéis laterais das parees do barracão também haviam sido arrancados pela força dos ventos. Depois uma escola onde restaram somente as paredes e o telhado havia sido completamente arrancado. Não tinha nenhum pedaço de telha sequer. Parecia uma casa em demolição.

Chegando fomos ao posto de gasolina no Brasil para abastecer com gasolina barata, embora porcaria, eu aproveitei para ir ao caixa eletrônico sacar um pouco de Reais para levar, assim poderia cambiar se fosse o caso. Mas o Bradesco do posto não estava funcionando, quando perguntei o motivo, informaram que o vendaval tinha prejudicado muito as comunicações e que o Bradesco estava mesmo fora do ar desde o temporal.

Eu observei que do outro lado da rua tinha um motoqueiro, com uma moto chinesa do tipo custom, que estava nos olhando. Como em fronteira a gente nunca sabe com quem está lidando, fiquei de olho nele. Quando subimos nas motos ele tinha desaparecido, mas ao sairmos do posto ele vinha da direita pela rua. Informei no comunicador o que eu tinha observado aos demais, para que ficassem também espertos com o rapaz. Mas ele não abordou ninguém, ficou nos acompanhando no final do bonde. Quando ele viu que fomos na Aduana, possivelmente achou que íamos embora, seguindo viagem, e desapareceu. Mas cheguei a ficar preocupado com ele nos seguindo.
Na Aduana em Rivera. Uma velha conhecida.
Assim foi dentro da cidade também. Seguimos direto para a Aduana, fazer a imigração para no dia seguinte já estarmos com os documentos prontos. Paramos em frente a Aduana e o cuidados do estacionamento nos disse que não podia, coisa que já sabíamos, pois ali é estacionamento de ônibus, mas que sempre paramos as nossas motos lá quando passamos por Rivera. Mas, por algum motivo que desconheço, decidimos colocar as motos no estacionamento.

Fizemos o desembaço alfandegário, carimbamos os passaportes, informamos sobre as placas das motos e saímos. Quando olhei em meus bolsos para dar uma gorjeta ao cuidador, vi que ele estava distratando o Roger, que havia lhe dado R$2,00. Eu que estava com R$1.50 na mão, vendo a cena, guardei o dinheiro no bolso. O cuidador dizia: Você está querendo desfazer de mim. Só porque eu sou pobre fica me distratando! Me oferece R$2,00. Com uma moto dessas e me dá essa mixaria. Você está em uma fronteira. O que você está pensando?

Nossa Senhora! Que cara mais traumatizado e louco, ou senão, mal intencionado! Bem, nem olhei mais para a cara dele, que ficou xingando sozinho e fomos embora. Acabou que alguns ficaram nervosos e acabaram errando o retorno, etc.  Mas ao final todos nos reunimos novamente e fomos direto ao Hotel Cassino para fazer o check in, chegamos e entramos diretamente na garagem do hotel, antes mesmo de passarmos pela recepção.
Na garagem do Hotel Cassino em Rivera.
Tirando as bagagens das motos.
No hotel o estrago do temporal havia sido grande também. Haviam vários vidros quebrados e a passarela que liga o hotel ao cassino por cima da rua, estava interditada. Vários vidros haviam caído e a estrutura talvez estivesse condenada. Ainda estavam avaliando o ocorrido. Tudo devido ao vendaval.

Uma amostra do que foi o vendaval que havia passado por Rivera e Santana do Livramento no dia anterior à nossa chegada. Ainda bem que Deus cuidou de nós, pois se tivéssemos chegado no dia anterior, seria mesmo um tormento essa tormenta. Hehehe.
Subimos para os quartos, tomamos um banho, trocamos de roupas e fomos ver onde ficava a loja de celulares, para ver se estava aberta, pois o Adir já havia se informado sobre como poderia comprar um chip e créditos para habilitar um pré-pago em nossa estada pelo país. Eu também me interessei pelo assunto e o Roger não, pois disse que ficaria menos tempo e não valeria a pena para ele. Tudo bem.

Achamos a loja mas estava mesmo fechada. Aí fomos nos encontrar com o Roger e a Renata na churrascaria Uruguai – Brasil, localizada no hotel de mesmo nome, do lado uruguaio. Não é lá essas coisas, mas a gente gosta de comer lá quando passamos por Rivera. Aproveitei para entrar na recepção do hotel e perguntar pelo valor da diária, pois o hotel é muito simples e antigo. O valor era cerca de 20% inferior ao do Hotel Cassino que é de excelente qualidade.
Chegamos na janela da churrascaria bem na hora em que o Roger e a Renata estavam tirando uma selfie. Aí nos posicionamos do lado de fora para sair na foto de surpresa. Uma coincidência incrível. A Renata estava desconfiada de que havia um movimento estranho do lado de fora. Hahaha.

Nós todos jantando na churrascaria do Hotel Uruguai Brasil em Rivera. Um bom lugar.
Jantamos nosso primeiro entrecot! Há como estava bom e como eu gosto. Aproveitamos e tomamos um vinho da uva Tannat, uma delícia do Uruguai. Rimos muito e falamos sobre a viagem, sobre como tudo estava dando certo, agradecemos a Deus por isso tudo e ainda falamos o que poderíamos e deveríamos comprar no dia seguinte. Dessa forma combinamos que a manhã seria livre e que nos encontraríamos no hotel lá pelas 11h00 da manhã para podermos fazer o check out e seguirmos viagem lá pelo meio-dia. Foi o que aconteceu.

4o Dia - 22/12/2014 – Segunda-Feira - Rivera - Salto

Eles saíram mais cedo do que nós. Eu e a Bê para variar ficamos dormindo um pouco mais, pois iríamos comprar pouca coisa. Tomamos café às 9h30 e fomos ao centro. Compramos alguns itens de beleza, perfume e uma garrafa pequena de Jack Daniels e retornamos ao hotel. Arrumamos tudo. Fizemos o checkout e colocamos as bagagens nas motos. Deu tudo certo.

O Adir tinha comprado um chip para ele e um para mim. Coloquei no telefone ele me instruiu sobre como iniciar a operação com ligação barata entre os nossos telefones, liberar a internet 4G por 10 dias, etc. Isso atrasou uns minutos apenas.

 Saímos em direção à estrada, sendo que havíamos combinado de passarmos pela loja da HD, quem sabe até mesmo para comprar uma bota para a Bê que a dela estava desmontando. Mas a loja não existe mais. Tem uma outra loja no local, dessa forma seguimos em frente tomando o rumo de Tacuarembó, terra onde dizem os uruguaios nasceu Carlos Gardel, onde pretendíamos almoçar na parrilla que existe no posto, logo na esquina da estrada que deveríamos seguir em frente em direção a Salto, Termas de Dayman, nosso próximo destino do dia.


O dia estava simplesmente maravilhoso, céu azul e muito sol. Chegamos ao posto, abastecemos as motos e a churrascaria estava ainda em horário normal de funcionamento. Claro que pedi um entrecot novamente. Nesse lugar, embora de beira de estrada se come muito bem.

Depois do almoço, tomamos o nosso rumo, saindo da Ruta 5 e passando pelo meio da cidade que me pareceu bem arrumada e muito maior do que eu esperava que fosse. Um centro com bastante comércio, muita gente pelas ruas, um lugar interessante, como nunca tínhamos entrado na cidade, não sei porque eu achava que era um lugar muito mais pobre do que realmente é. Do outro lado da cidade pegamos a Ruta 31 seguindo para o oeste.

Essa é uma estrada do interior da Uruguai, uma estrada razoavelmente bem conservada, mas que necessita de muito mais cuidado para dirigir, cuidado com buracos, que embora poucos e rasos existem, com areia e pedrisco na pista, animais soltos, etc. Ainda tem mais uma coisa interessante que é o fato de que muitas das pontes ainda não são da largura da pista, sendo apenas para a passagem de um carro por vez.

Assim fomos com calma, com velocidades menores que 80km/h, às vezes a 40 ou 50. Mas as paisagens são mesmo muito bonitas. Vimos muitos ñandus, que são um tipo de Ema ou talvez Siriema, não sei a diferença entre uma e outra. Mas elas ficam mimetizadas no meio dos rebanhos de ovelhas, que na região dividem os pastos com o gado de corte, muito abundante ainda no país, embora já seja possível ver, assim como na Argentina, uma mudança drástica na ocupação das terras, onde a soja e o milho estão começando a tomar conta.

Foi um passeio muito bom e acabamos por chegar nas termas de Dayman ainda cedo, depois de rodarmos os 330km do nosso dia. Sem esquecer que era o terceiro dia consecutivo que estávamos rodando e que esse é um processo cumulativo com os dias. Vamos nos adaptando cada vez melhor com o banco da moto mas ao mesmo tempo a gente vai cansando, principalmente porque não estamos acostumados a rodar tantos km todos os dias.

Chegamos, fizemos o checkin. Eu e a Bê pegamos um quarto embaixo, onde nunca tínhamos ficado e o Adir também. Mas o quarto deles estava com o ar muito sujo e com muito cheiro de mofo e acabaram mudando para o andar de cima. A gente abriu as janelas e como cheiro acabou saindo ficamos ali mesmo e de fato cheiro acabou saindo e o ar condicionado estava muito melhor conservado que o do quarto deles.

Trocamos de roupas e fomos para a piscina relaxar um pouco. Água termal é uma delícia. A piscina coberta estava demais. Ligamos o jato de água, que sai de um tubo diretamente para a piscina e fomos ficando embaixo do dito para massagear e relaxar ainda mais. Quando deu a hora da janta foi duro de sair de dentro da água. Eu achei que estava com uns 100kg a mais que o normal, de tão pesado que me senti.

Trocamos de roupas e fomos caminhando até a churrascaria El Rancho, que fica a cerca de 200m do Hotel Posada Siglo XIX, onde sempre acabamos ficando, pois é realmente o melhor que tem por lá. Devido ao complexo de piscinas cobertas e abertas e ainda tubo-água, restaurante, lanchonete, churrasqueiras para utilização, etc. Muito agradável o lugar. A maioria dos turistas eram do próprio Uruguai e alguns argentinos. Muito poucos brasileiros, na verdade, vimos apenas um outro casal.

O El Rancho é uma churrascaria com um buffet de saladas e comidas quentes e uma parrilla, que tem muitos tipos de carnes. Algumas delas temos aqui no Brasil mas outras não, como as glândulas salivares, rins, intestinos delgados, mas tem também costela em tiras, linguiças e morcilhas, salgada e doce. A doce é uma delícia.

Comemos muito bem e voltamos caminhando para o nosso hotel.

Tratamos de ver onde teria ceia de Natal e quais os preços e opções, junto à recepção da pousada, ficamos um pouco sentados papeando na recepção e depois fomos dormir.

5o Dia - 23/12/2014 – Terça-Feira - Salto 

Levantar até a hora do café, que se encerra as 10h00 não é fácil, mas fizemos um esforço sobre humano e conseguimos chegar no café lá pelas 10h15, mais ou menos, pois o café se encerrava às 10h30.
Nós todos em Termas de Dayman. Um lugar muito especial.

O local do hotel é muito gostoso e agradável. Um oásis.
Depois disso fomos para a piscina, caminhamos pelo grande jardim da pousada e fomos conhecendo os locais. Onde tem o Kiosko, restaurante, tubo-água, várias e várias piscinas, umas grandes, outras infantis e ainda algumas que se pareciam mais com chafariz de jardim do que com piscina propriamente dita. Numa dessas que ficamos depois de ver os gansos muito animados com a funcionaria que passou com comida para eles. Foram seguindo ela até um lago que tem mais longe das piscinas e deve ter alimentado eles, pois não voltaram mais ali onde estávamos.
A Bê curtindo um monte.

A Patrícia gelada estava de matar. Uma delícia essa cerveja.

Uma quantidade muito grande de gansos passeando no jardim. Quando passou a mulher com a comida eles foram todos atrás dela até o lago.

Deitamos em verdadeiras camas de jardim, com colchão e tudo, depois entramos na água super quente e gostosa. Demos sorte porque nos dias que ficamos por lá não foram muito quentes, embora dias de sol aberto. A temperatura era da ordem dos 28oC, mas à noite nós dormimos sem a necessidade de utilizar o ar condicionado.
Os gansos foram mesmo um espetáculo à parte.

A Bê e a Renata na piscina. Todas as piscinas muito agradáveis com água quente. Algumas até mesmo com água muito quente.

Depois fomos até o restaurante da Posada e comemos um chivito que estava maravilhoso. Dos melhores que comemos no Uruguai, daria até mesmo para dividir para dois e o preço era bem honesto. Saímos do restaurante pedindo descupas ao atendente, pois o horário era até as 15 e saímos de lá às 15h25. Hehehe.
Acho que elas nos sacanearam. Os quatro Ogros todos juntos, mas somente um burro!
O pior seriam 4 burro e um Ogro, não é verdade?Hahaha.

Que coisa, uma churrasqueira móvel em um dos chalés. Bem legal. Da próxima vez que formos em mais de um casal poderíamos ficar em um chalé desses.

Os chalés são lindos.

Como disse o Zani. Estávamos tomando banho em um chafariz de praça. Hahaha.

Nos deparamos com muitos gansos pelos jardins. Eles vieram em nossa direção mas eram muito tranquilos. Quando os vimos chegamos a ficar preocupados pois gansos costumam ser territoriais e agressivos como cachorros, mas esses eram muito acostumados com as pessoas que sempre estão por ali.

Quando devia ser uma 5 da tarde, eu fui junto com o Roger de moto até a cidade de Salto, pois ele iria buscar as roupas que ele havia levado no lavadero e eu queria ir sacar dinheiro no caixa eletrônico.

Encontramos um caixa eletrônico na rua Uruguai, que passa bem pelo centro da cidade, quase na esquina da Plaza de los 33 Orientales, em uma Agência do Banco de La Republica, onde eu consigo sacar dinheiro com o meu cartão de débito da minha conta corrente do Brasil. Com alguns limites diários que desconheço, mas funciona.

Depois fomos até a orla do Rio Uruguai pois o Roger estava muito interessado em conhecer, pois passar por lá e não conhecer é mesmo uma sacanagem. Fomos, demos uma volta, tiramos algumas fotos e retornamos à Posada Siglo XIX para mais um banho no Canjão. Claro que quando chegamos todos os que ficaram estavam lá na piscina grande cozinhando.
Grande Roger e a sua poderosa às margens do Uruguai em Salto, a jusante da barragem de Salto Grande.

Foi um belo passeio, não foi Roger? Hahaha.

O parque localizado às margens do Uruguai é bem movimentado, frequentado e bonito. Gente pescando, passeando, assando carne, vivendo ao ar livre. Uma cultura diferente.
À noite resolvemos ir jantar na churrascaria que tem mais para o centro das Termas de Dayman, onde existem as termas públicas e uma outra que são privadas e mais organizada. Aí foi uma luta, mas acabamos decidindo ir à pé para ver se a gente caminhava um pouco, pois só comendo a coisa estava ficando difícil.

A distância era de aproximadamente 1,5km, coisa pouca para quem vai conversando, tirando foto e brincando pelo caminho. Quando vimos já estávamos chegando a uma outra churrascaria que tem no meio do caminho. Entramos e nos sentamos, não apareceu ninguém para nos atender, quando, depois de uns 5 a 10 minutos o Adir sugeriu que fossemos embora, pois a coisa ia ser difícil naquele lugar, como ele mesmo disse, imagine a gente pedir um Coca. Nem a moça a gente vai ver, quanto mais a coca. Hehehe. Todos se convenceram de que a melhor coisa seria mesmo ir embora.
Aquela selfie não poderia faltar.

Em frente ao Monumento à Padroeira do Uruguai.

Nós caminhando em direção à vila para jantarmos.

Seguimos até a vilazinha onde entramos na rua da churrascaria El Fogón de Mandinga. Um lugar muito bacana e bem decorado, mas que nada, estava fechado pois o verão é período de baixa temporada para as Termas. Demos uma volta à pé e entramos na La Pasiva, que é uma rede grande de lojas do Uruguai, onde se pode comer a famosa milanesa, civito, pizza e outras coisa, só não tem churrasqueira, mas tem chapa para as carnes e hamburguesas.

Tomamos algumas Patrícia geladas. Mas aí vale uma parada para comentar, como a cerveja uruguaia Patrícia é boa. Eles tem boas cervejas por lá, até mesmo porque são um pouco mais encorpadas que as nossas. Eu pedi o meu entrecot, que embora fosse na chapa estava muito bom, acompanhado de batatas fritas. Alguns comeram pizza, que também estava muito boa e milanesas, que não é nada mais do que um bife à milanesa com queijo e molho de tomate por cima do bife. Não acompanha pão, a menos do couvert, que sempre vem e é cobrado.

Fomos muito bem atendidos e saímos de lá já bem tarde e começamos nossa caminhada de retorno ao hotel novamente. O Roger iria sair na manhã seguinte com destino a Colonia del Sacramento, um dia antes de nós e depois iria retornar ao Brasil pois a Renata teria que trabalhar no dia 29 de dezembro devido ao rodízio que foi feito entre Natal e Ano Novo nos Correios.
Máquina de Coca-Cola e de Erva Mate Canária. Nunca pensei que veria uma coisa assim!
A água quente nos postos de gasolina e agora isso. Muito 10!

A caminhada de retorno foi muito boa, pois ajudou a descer o que jantamos para que pudéssemos dormir melhor, entretanto chegando ao hotel fomos tomar um belo Wiki (como dizia o Adir parodiando os uruguaios). Foi uma seção boa de Whiskey, pois tomamos apenas bourbons.

Depois, cansados e na verdade exaustos, fomos dormir.

6o Dia - 24/12/2014 – Quarta-Feira - Salto

Levantamos e fomos ao café no raiar das 9h30, pois havíamos combinado de nos despedirmos do Roger. Ele arrumou as bagagens e partiu, dessa ez sozinho, ele e a Renata na garupa. Muito mais fácil viajar sozinho do que em grupo. Essa é uma conclusão fácil para mim e para a Bê, pois viajamos a maioria de nossas viagens sozinhos ou acompanhados de mais uma ou no máximo duas motos.

Quando se viaja em grupo é necessário cuidar para que a segurança seja maior, pois manobras mais bruscas podem causar acidentes, ainda existem vários níveis de experiência e qualificações diferenciadas, além do que, quando se está sozinho a atenção e a responsabilidade são totalmente suas, mas quando tem mais gente no deslocamento, a coisa fica muito mais complexa. Assim ele partiu sozinho e foi para Colonia, caminho que nós tomaríamos na manhã seguinte e ainda nos encontraríamos com eles em Colonia ao final do dia, quando na manhã seguinte eles partiriam de volta para o Brasil.
Quando descemos para o café a fim de nos encontrarmos com o Roger e a Renata, que já estavam na moto arrumando as malas. 
Ver eles seguindo pela rua sozinhos deu uma sensação interessante de que algo estava sendo perdido e ao mesmo tempo, de que o caminho é para ser seguido por cada um, mas que a companhia deles iria fazer um pouco de falta já que são pessoas muito agradáveis de viajar. Voltamos e fomos tomar o nosso café da manhã e depois mais banho de piscina, afinal ninguém é de ferro!

Fomos até Salto na parte da tarde, dessa vez as nossas meninas foram em nossa garupas. Que bom novamente poder passear com a Bê na garupa, pois ultimamente ela só quer saber de passear com a moto dela mesmo. Fomos passear pela orla do rio, pela cidade e fomos até o Shopping de Salto, onde o Adir queria comprar um cabo para ligar o HD externo.

Eu também precisava comprar uma chave de boca para apertar o suporte do meu GPS Garmin, que havia sido instalado antes da viagem, na HD e haviam deixado o mesmo frouxo, acredito até mesmo que deixaram frouxo para que eu pudesse regular a posição que eu quisesse antes de apertar, mas o problema é que isso não aconteceu, então, quando eu passava em rodovias de pavimento ruim, com muita trepidação o danado se virava para o painel e acabava encostando no mesmo. Ficaram ao menos umas 2 marquinhas provenientes desse atrito.

No Shopping nós fomos até a praça de alimentação e almoçamos, eu pedi o entrecot na chapa e a Bê uma milanesa. Os dois pratos estavam muito bons. O Adir e a Fátima também comeram milanesas. Ao final o Adir encontrou o cabo de que ele precisava, mas nós não encontramos a chave no shopping, aí saímos caminhando, seguindo orientações do pessoal sobre onde poderíamos encontrar as chaves de boca. Lá pela terceira ou quarta loja, encontramos uma que ainda estava aberta e que tinha as chaves, pois era véspera de Natal e já devia ser uma 6 da tarde, era uma loja de motocicletas. Compramos 3 chaves de tamanhos diferentes.

Retornamos até o estacionamento do Shopping onde fomos verificar as chaves e nada, todas ficaram grandes. Saímos do Shopping com as motos e retornamos na loja para trocar uma das chaves. Tanto eu como o Adir precisávamos da mesma chave, eu para o suporte do GPS e ele para apertar o parafuso do alforje que estava se soltando. Testamos a chave e tratamos de apertar os parafusos ali na rua mesmo.

Depois fomos passear até a barragem, onde descobrimos que não era possível ver o rio e a barragem pois teríamos que nos apresentar no Centro de Recepção de Visitantes, o que estava além das possibilidades, pois não devia ter visitas naquela hora em uma véspera de Natal. Então retornamos para Salto e fomos ao Cassino comprar a Ceia de Natal. O Adir fez questão de comprar para nós quatro e não quis dividir a conta.
Nosso convite para a Ceia de Natal no Cassino de Salto.

Retornamos para o hotel, pois ainda teríamos que nos arrumar para estar no Cassino às 21h00 para a ceia. Pegamos um taxi e fomos.
Nós no restaurante do Cassino aguardando pela Ceia de Natal. Todos muito felizes.

E a nossa mesa era número 3, que estava nos perseguindo. A corrida do taxi havia custado $33,00.

A ceia foi boa, embora a Fátima tenha comido algo que parece ter feito mal. Parece que a entrada que ela comeu é que não estava muito de acordo. Para os demais, graças a Deus não deu nada errado. Tomamos espumante e vinho, com muita água.
Esse senhor da foto parecia ser muito cavalheiro com a sua esposa. Fotografei devido ao tamanho da orelha que nos pareceu exagerado. Hehe.

A Comida estava boa e nós muito animados. Depois da entrada, prato principal e sobremesa fomos até a sacada do restaurante do Cassino para vermos os fogos de Natal, nos cumprimentamos e aos demais que estavam passando a ceia de natal conosco e ficamos apreciando os fogos e a noite que estava maravilhosa.

Entrada.

Prato principal.
O vinho estava muito bom também.
Aí veio o Papai Noel, que sorteou alguns presentes. Não ganhamos nenhum. E foi servida uma mesa grande com todo tipo de cup cake e doces de natal.
Eu e a Bê na entrada do Restaurante do Cassino.

Adir e a Fátima curtindo após o jantar.

Pegamos um taxi e retornamos ao nosso hotel. O mais interessante é que a conta do taxi acabou dando exatos $333, ou seja o número 33 e 333 estavam nos acompanhando. Aí começamos a pensar em jogar na loteria. Quando nos disseram que no Uruguai tem o El Gordo, que é uma loteria de final de ano que premia 10 milhões de pesos uruguaios, ou seja, mais de 1 milhão de Reais. Resolvemos que iríamos jogar e já estávamos participando do bolão do pessoal do HOG FloripaHD, organizado pelo Alexandre e tínhamos todas as chances de ganhar.

Retornamos para o hotel e não teve Wiki nessa noite pois estava cansado. Fomos dormir mesmo que no dia seguinte teríamos um belo passeio até Colonia de Sacramento.

7o Dia - 25/12/2014 – Quinta-Feira - Salto - Colônia del Sacramento

Que delícia! Um dia com 430km para rodar. Decidimos que ao invés de seguir pelas margens do rio Uruguai, iríamos fazer como o Roger acabou fazendo, seguiríamos mesmo pelo RN-3, que nos levaria até a RN-1, onde entraríamos para Colonia, na rodovia que liga a Montevideo-Colonia.

O principal motivo foi o de que as estradas vicinais acabam sendo um pouco mais perigosas que as principais, ainda existe o risco de encontra trecho que não são asfaltados ou que se encontram em reformas o que poderia vir a ser uma dificuldade a mais e evitar riscos adicionais em uma viagem é sempre interessante.

Acordamos, tomamos o nosso café da manhã sem pressa, pois nenhum de nós é afeito de acordar cedo para sair para a estrada. Que bom. Embora eu concorde plenamente com quem gosta de acordar cedo, pois a viagem acaba sendo melhor e mais fresca, no que tange às temperaturas.



Arrumamos as bagagens nas motos e saímos, fomos até o posto ANCAP, localizado próximo no sentido contrário, onde novamente não aceitaram o cartão AMEX do Adir, que já estava tendo um problema longo com esse cartão que quase nenhum lugar está aceitando. No passado eu usei muito o AMEX no Uruguai e na Argentina, mas não é mais assim, porisso que for viajar para o Uruguai se esperte com isso e dê preferencia aos cartões VISA que funcionaram muito bem.

A Estrada estava maravilhosa. Praticamente só para nós.

A deformação é devido à curvatura do para-brisa da moto.

As motos na minha ótica naquele momento.

É muito bom e seguro viajar pelo Uruguai. Somando-se a esse movimento todo a baixa velocidade fica perfeito.
No caminho passamos em frente ao posto da Policia Camineira em Paysandu, onde ocorreu o problema com o Lauro e a Edite em nossa viagem ao Ushuaia e novamente não vi que estava em um posto da policia. Quase parei para falar com o pessoal de lá, mas achei que seria uma perda de tempo e que provavelmente nem sequer os encontraria.

O posto onde havíamos parado para comer e que supostamente um brasileiro chamado Fabiano, ou algo assim, teria esquecido os documentos que provocaram situação toda estava fechado com faixas que não permitiam o acesso ao mesmo. Seguimos em frente pelo caminho já conhecido que levava para a RN-01. Eu continuava de Road Captain, pois era o único que já conhecia o caminho.

O Adir estava seguindo de Cerra fila. Atrás de mim a Bê e depois a Fátima. Tudo muito tranquilo em perfeita harmonia. O Adir é um humorista interessante e fica fazendo graça no sistema de comunicação, o que é bom para manter o pessoal acordado.
Todos nós e nossas companheiras na mesma ordem. Hehe.
Esse Beatles fizeram mesmo história...
A Bê por vezes sentia sono, principalmente depois do almoço e com o dia muito quente. O risco de dormir é muito grande e acaba sendo um perigo. Ainda bem que ela dizia que estava com sono e a gente ia falando com ela para não dormir. Paramos em uma área de descanso ao lado da via para tomar uma água, pois ela estava com muito sono. Dei a garrafa de água para ela e depois fiquei pensando como poderia fazer para acordá-la. Não tive dúvida, estava calor mesmo, fiz um movimento com a garrafa e dei um banho nela. Do rosto ao corpo. Hehehehe.

Ela ficou muito puta comigo e isso foi ótimo pois fez com que ela acordasse quase que imediatamente, senão pelo banho pela raiva. Assim saímos e o sono dela não retorno. Remédio correto! Hahaha.
Que delícia a paisagem e a viagem. A Bê acenando, já muito tranquila e a vontade com a moto.
Quando chegou a hora do almoço estávamos próximos do rio Uruguai e vimos uma entrada para uma localidade chamada Nova Berlin. Poderia ser um local interessante e decidimos que iríamos entrar, pois o tempo estava passando e cada vez se tornava menos provável que conseguíssemos achar algo para comer. O interior é sempre assim, não tem oferta de comida a qualquer hora.

Entramos na cidade, que era mesmo muito pequena e de certa forma agrícola, buscamos por um posto de gasolina e podem crer, estava fechado por ser dia 25 de dezembro e na cidade não tinha nenhum posto aberto.
Nós aguardando o maravilhoso almoço e repondo as energias e água com Coca-Cola.

Nossa maravilhosa pizza de almoço. Estava boa mesmo embora fosse de massa alta!
Mas nas margens do rio Uruguai encontramos uma lanchonete que ainda poderia nos servir pizza. Muito bom, pedimos isso mesmo com refrigerante e ficamos curtindo um pouco o local. O rio é muito bonito e o local era uma espécie de parque público.
Muito lugares, paisagens e lembranças prazeirosas...

Quando chegamos ao entroncamento com a RN-01, tomamos à direita e seguimos pela rodovia que agora era de pista dupla e ainda com pouco movimento. A segurança sobe muito mas os riscos de sono e de desatenção também aumentam. Durante toda a viagem, buscamos manter as velocidades das vias ou até mesmo velocidades inferiores a essas, pois era a primeira vez que a Bê, o Adir e a Fátima estavam fazendo uma viagem longa, mas independente disso, a cada viagem eu tenho baixado a velocidade visando aproveitar mais a paisagem.

Afinal de contas, quando saímos de casa para a estrada o objetivo não é o de estar na estrada? Assim sendo, para que ir rápido? A velocidade torna o trecho mais curto. Não esse o meu objetivo. Eu hoje, tenho claramente o objetivo de aumentar a permanência na estrada, que é onde eu gostaria de estar quando saí de casa e depois sinto saudades de estar lá novamente.

Conforme fomos chegando perto de Colonia del Sacramento a RN-01 é ladeada por palmeiras maravilhosas. Peguei o telefone e tirei algumas fotos e filmei também pois é uma imagem muito bonita. Faz parte de chegar e sair de Colonia, como se fosse um cartão de boas vindas e despedida.
Chegada em Colonia de Sacramento e a estrada ladeada de lindas palmeiras, creio que centenárias.

Chegamos direto na parte histórica da cidade onde fica a Posada Del Virrey, localizada na descida da rua de España, a do trapiche. Assim que chegamos fomos recepcionados pelo Roger e pela Renata que estavam nos esperando. Uma festa do reencontro.
Nossa chegada no Hotel em Colonia onde encontramos o Roger e a Renata que estavam nos esperando. Muita alegria novamente de encontrar os amigos que nos acompanharam em parte da viagem.

Depois e um banho e trocar as roupas, pois o calor era intenso e roupas de estrada só mesmo na estrada para aguentar, a gente saímos para jantar caminhando, pois tudo é muito perto, acabamos indo em um restaurante que fica perto da orla do Prata. A quadra inteira, praticamente, é do mesmo dono, que, diga-se de passagem, é um explorador dos turistas. Nos cobrou $780 por um entrecot não muito bom, enquanto que depois disso começamos a pagar algo como $380 pelo entrecot de melhor qualidade e muito mais bem servido em outros lugares.
Nós jantando em um lugar que não foi exatamente uma boa experiência.
Mas a Patrícia sempre maravilhosa e uma companheira fiel. Hehehe.

Aprendemos a lição! Não voltamos mais ali naquele restaurante. Ainda rolou muito stress para conseguirmos realizar o pedido. A moça que atendia era boazinha mas não tinha como anotar corretamente os pedidos. Foi uma confusão muito grande que até agora não sei o que aconteceu. Acabou que todos ficamos nervosos e a moça não sabia o que fazer. O Adir recebeu o prato dele antes dos demais e a carne estava dura, acabou mordendo algo que quebrou o dente dele, ou caiu uma obturação, a Fátima pediu uma salada que no fim não era salada, era alguns pedaços de queijo com tomate. Hehehe. Um saco! O meu filé também estava mais ou menos, não acertaram o ponto. Foi uma janta bem mais ou menos.

Depois que saímos do restaurante fomos atrás de um lugar para comprar água a um preço de água! Acabamos comprando uma última garrafa de 500ml em uma sorveteria por um preço absurdo de $90, ou seja, R$10,00. Seguimos caminhando pela principal é então chegamos aos restaurantes com mesas na calçada, etc. Conclusão, o entrecot ali era $380 e ainda por cima depois vimos que vinham 2 ou 3 bifes de contrafilé. Uma delícia pela metade do preço e em um lugar bem charmoso onde não precisávamos discutir com o garçom que nos atendia be e mais rápido. A água alí também era a metade do preço.

Depois de um jantar complicado, fomos dormir.

O Roger sairia muito cedo na manhã seguinte, lá pelas 6h30 da manhã e nos despedimos deles já à noite, pois eu tinha certeza que não os veria. O Adir disse que levantaria cedo para se despedir, mas também confessou que não conseguiu. Hehehe.

8o Dia - 26/12/2014 – Sexta-Feira - Colônia del Sacramento

Tomamos nosso café no raiar das 10h15, pois era servido até as 10h30. Como o Adir e a Fátima não tinham descido ligamos para eles que desceram quase que imediatamente. Tomamos nosso café e fomos alugar o carrinho de golfe para passearmos pela área histórica da cidade. Valor de US$ 72,00 por 24 horas. Bem mais caro do que quando nós alugamos da outra vez que ficou em US$55,00. Mas estávamos passeando e a mobilidade do carrinho é muito boa.
Nós na entrada da muralha de Colonia.

Eu a Bê e o Adir e a Fátima junto a um calhambeque estacionado na rua na cidade histórica.

Todo mundo registrando o momento. Hehehe.

Embarcamos no carrinho e fomos passear. Primeiro até a praça do Farol, onde estacionamos e seguimos caminhando pela rua antiga, descemos pelo farol, fomos até a orla, caminhamos até a rua dos suspiros e depois subimos novamente até a praça. O Farol seria aberto somente às 13h00 para subir, então passeamos. Mas quando deu a hora tinha uma placa dizendo que devido ao risco elétrico a entrada estava bloqueada. Hehehe.

Vimos que daria para ir com o carrinho até a rua histórica e, devido a obras nas ruas, não conseguíamos chegar até a orla. Aí o Adir foi pela contramão mesmo. Alguns gritaram: “- contramano”. Mas que nada, estava divertido. Fomos até as ruinas da muralha, onde descobrimos que deveríamos ter entrado. Acho que circulamos o trecho todo na contramão. Hehehe. Mas com cuidado, ou seja, não corremos a rigor nenhum risco a menos o de recebermos uma multa, ou uma mijada de um policial.
Detalhe de uma aldraba à moda antiga. Hehehe.

Meu amor andando pelas ruas históricas de Colonia. 
Jardins de um aterrei muito interessante localizado na rua do Suspiro.

Belo jardim.

Tudo lá no atelier é arte. Essa é a cozinha da casa, muito bem arranjada.

Lá na região das ruínas a gente encontrou um comércio que vendia água a preços razoáveis, além de ter garrafas grandes, de 1,5l ou 2 litros, e isso a menos de $100. Pronto agora sabíamos onde comprar água a preços módicos.

Fomos então até a estação do BuqueBus para ver quanto custaria para a gente ir no dia seguinte até Buenos Aires, nem que fosse para almoçar apenas e dar um voltinha, se possível um citytur. Qualquer coisa!

Vimos que para passar para BsAs iria custar cerca de R$600 por pessoa, ida e volta. Mesmo que fossemos sem moto ainda ficaria muito caro. Desistimos, pois os horários também não ajudavam, tipo saída às 11h00 da manhã, a primeira viagem do dia, e retorno às 18h00, na última viagem. Teria um retorno melhor às 23h00, que seria bom, mas como o dia seguinte era sábado, não tinha esse horário.

Desistimos da empreitada que seria muito interessante, principalmente para o Adir e Fátima que ainda não conheciam nem o BuqueBus nem BsAs.  Muito empenho por muito pouco resultado, mas eles acharam que não valeria a pena o empenho e nós concordamos de pronto, pois já conhecíamos e iriamos mesmo pela companhia.

Voltamos para o nosso carrinho e, antes de partir, fui até a loja onde da outra vez alugamos o carro por US55,00 e não é que estava ainda mais caro que os 72 que estávamos pagando? Os preços por lá estavam muito mais altos mesmo em dólares.
O mapa da cidade histórica que alternou muitas vezes entre o poder de Portugal e Espanha.

Saímos a fim de tomarmos um café da tarde em algum lugar, algo com uma torta e café ou chá. Rodamos por outras ruas e acabamos encontrando uma feira de artesanato. Paramos lá e achamos algumas coisas interessantes, em sua maioria lembranças. Tinha umas caixas que quando movimentadas reproduziam o som de trovões e tempestades.

Buscamos ainda pelo pau de self que eu queria comprar mas nada. Uma loja tinha mas já haviam vendido o último. O Adir também estava atrás de um cabo para o HD externo e não estava encontrando. Olhou um conjunto de gaitas de boca também, mas parece que estava caro.

Depois continuamos a buscar pelo nosso café e acabamos chegando no La Pasiva, que fica na rua principal mesmo. Hehehe. É muito bom também, mas queríamos algo mais especial, do tipo confeitaria.

Tomei um café e pedi um crepe de doce de leite. Estava muito bom. Os demais também pediram crepes e panquecas. Todos ficamos satisfeitos pois o La Pasiva tem preços justos e qualidade boa.

Nesse dia decidimos que jantaríamos naquele restaurante da avenida principal e eu, para variar o cardápio, iria querer comer o meu bife de chorizo, que no Uruguai, se chama entrecot.

Mas entre o café  e a Janta, vimos que tinha chegado em Colonia uma turma de motociclistas de Curitiba e o Kaiser estava junto com eles. Através do facebook soubemos que eles iriam jantar no Drugstore, localizado em frente a Igreja. Fomos até lá e a turma era boa mesmo. Eles estavam em umas 20 pessoas, vários casais e 3 Ladies, entre elas a Ju. Foi um encontro muito legal. A moto do Rafael estava com um problema na engrenagem da alavanca de câmbio e estava indo na carreta. Aí fiquei sabendo que eles estavam viajando com um apoio que puxava uma carreta.

Passei para eles o telefone do Alejandro, que é mecânico de HD em Montevideo. Inclusive eu estava precisando para ele dar uma olhada em minha alavanca de câmbio e também para trocar o óleo da moto da Bê que estava atingindo os 8.000km e que precisaria fazer a revisão. Mas tendo em vista que a Concessionária da HD estaria fechada até o dia 12 de Janeiro a alternativa seria o Alejandro que já havia nos salvado anteriormente em outras viajes.

Passei o telefone para o Rafael e Kaiser e também liguei para ele. Expliquei o meu caso e ele me disse que infelizmente estava viajando na Argentina e que retornaria somente na terceira semana de 2015. Muito bem. Sendo assim não como contar com a ajuda dele ou da Concessionária HD. Nenhum problema, afinal fizemos o curso de mecânica básica da HD. Hahaha. O jeito era resolver por conta própria o que tinha para ser verificado.

De resto a viagem deles, que estava acontecendo no sentido inverso ao nosso, tinha um caminho parecido, pois inclusive incluía Bento Gonçalves mas não Salto e as Termas de Dayman. Eles haviam passado o Natal em Punta e passariam o Ano Novo em Bento.

Não quisemos jantar com eles, pois havíamos combinado de jantarmos na avenida principal e ainda era cedo para nós que tínhamos tomado um café à pouco. Saímos do Drugstore e entramos em uma lojinha de  lembranças que tem na esquina. Ali encontramos camisetas e demais lembrancinhas que compramos para trazer para os nossos filhos e netos.

Agora já era chegada a hora de ir para o restaurante. Sentamos em uma mesa da calçada mesmo e quando chegou o prato foi uma grata surpresa. Não veio um mas sim dois bifes maravilhosos, ainda mais, o ponto estava certo. Mal passado, ou rugoso, como chamam eles.
A comida é a melhor parte mesmo. Hummmm.... Acompanhado de uma Patrícia ainda por cima.
Fomos bem atendidos. O bom é que ali tinham opções de macarrão, pizza e outras ainda. Realmente a não ser pelo fato da comida demorar para chegar e a conta também, o lugar ganhou em tudo, atendimento, qualidade e preço também.

A Fátima encontrou uma amiga antiga, tiramos uma foto das duas. Assim as coincidências dessa viagem iam acontecendo. Outra das coincidências grandes da viagem foi o fato de que muitas das contas que pagávamos eram relacionadas com 333. Ou seja, tinha, mais vezes que o normal, os números 33 ou 333 em voga.
A Fátima encontrou uma amiga de trabalho antigo.

Chegamos à conclusão de que deveríamos jogar na loteria. Como não estávamos mais no Brasil resolvemos que jogaríamos na loteria no Uruguai mesmo. Assim conversamos com uma vendedora, quando lá pela 10a vez que alguma coisa custou 333 e ela nos disse que a loteria do final do ano no Uruguai se chamava El Gordo. Bem, eu e o Adir já somos gordos. Estava tudo dando certo.  Decidimos que no dia seguinte teríamos que jogar no El Gordo. Nos divertimos muito com isso, o que por si só, já era um prêmio.
Adir e Fátima sentados na mesa na calçada do restaurante onde jantamos. Uma delícia.

Depois da janta o Adir nos convidou para tomar o famoso Wiki no terraço da nossa Posada. Fomos até lá e ficamos papeando à toa sobre muitas coisas interessantes, desde jogos de celular e computadores até a história dos povos, religião, etc. Foi uma noite bem agradável com a palavras regadas com Whiskey Jack Daniels e Gentleman Jack.

Ainda por cima, quando surgiu uma discussão sobre qual seria um planeta que estava no céu, a Fátima puxou do celular, que tem um software que reconhece as estrelas. Acho que era o Google Earth – Estrelas. Muito legal mesmo! Eu nunca tinha visto nada igual. Descubrimos que a estrela que estávamos olhando era Júpter. Eu não sabia que Júpter era assim tão visível a olho nu.

Chegou uma hora em que a Bê não se aguentava mais de sono e foi deitar, logo em seguida foi a vez da Fátima e eu e o Adir ainda ficamos por mais 1 hora jogando conversa fora, mas com palavras sempre regadas a ao bom e velho Jack. Quando decidimos ir dormir, já passava das 3 da matina.

9o Dia - 27/12/2014 – Sábado - Colônia del Sacramento

Novo dia. 10h30 da manhã era hora consagrada do nosso café matinal. Muito cedo, quase junto com o raiar do dia. Hehe.

Mas ainda tinha uma coisa que eu queria fazer antes de sair que era dar um jeito na alavanca do câmbio da minha moto que estava com uma pequena folga. Comparei com a moto do Adir, que é uma Road King, logo, uma Touring também, para comparar as folgas do câmbio. Quando eu mexia o pedal do câmbio a haste do outro lado se mexia de forma não solidária com a alavanca. Essa folga poderia me deixar sem marcha no caminho o que seria uma experiência ruim.

Peguei as chaves que o Adir me emprestou, do tipo Allen e fui até a moto para estudar o caso. Depois de analisar um pouco vi que a vareta não tinha se deslocado para dentro, ou seja, os pedais da marcha não haviam se deslocado, logo, que devia ter se deslocado era o lado interno. Com a chave Allen adequada soltei levemente o parafuso e pressionei com a outra mão, mantendo a folga eliminada e fui apertando com a outra mão e a chave novamente o parafuso. Não ficou bom, soltei e repeti a operação umas 2 vezes. Até que notei que a folga desapareceu, mas ao menos eu mexia a alavanca do câmbio e a haste interna se movia solidariamente. Achei que estava com o problema contornado.

Mesmo com o problema aparentemente contornado eu fui conduzindo com muito cuidado no sentido de que não pressionava o câmbio de qualquer jeito. Dali em diante fui mais calmamente com pé para acionar a alavanca do câmbio, evitando um esforço maior que poderia acabar por soltar o pedal.

Dia de devolver o nosso carrinho e decidimos que não iríamos pegar novamente o carro. Acabou que fomos dar uma circulada para ver se tinha algum carrinho melhor, pois o nosso estava meio baleado. Vimos uma outra locadora em uma rua próxima e os carro estavam ainda piores. Desistimos. Decidimos que naquele dia andaríamos à pé mesmo.

Assim fomos até o farol novamente, pois no dia anterior não havíamos conseguido subir. Nesse dia ainda tinha mais uma coincidência, o Adir tinha um amigo, que já há algum tempo estava querendo encontrar e que vive em Florianópolis e que estaria chegando em Colonia nesse dia. Novamente a coincidência! No caminho aproveitamos para tomar sorvete no Freddy, localizado na praça da cidade antiga. Passamos antes pelas escavações que mostram os pavimentos originais da Vila, construída pelo portugueses para controlar o fluxo de mercadoria no rio da Prata e que foi objeto de muitas guerras entre espanhóis e portugueses para controlar Colonia.

Subimos na torre do farol e o Adir, que sempre estava ligado no celular, daqui a pouco viu uma foto que o amigo dele estava publicando no face, do farol, onde nós aparecíamos lá em cima. Aí ele falo: Cara! O meu amigo acabou de publicar a foto do farol com a gente aqui! Que coisa de doido. Ou seja, ele tirou a foto bem na hora em que estávamos lá em cima e ainda por cima publicou e o Adir viu!
Calçadas antigas encontradas em uma escavação e preservadas para a posteridade.

Que tal a minha motociclista?

A Fátima e a Bê na saída da nossa banquinha de comprar água a um preço justo.

Aí ele ficou procurando o amigo lá de cima mas não viu, pois ele estava longe e nem fazia a menor ideia de que tinha nos fotografado lá em cima. As coincidências continuavam. O Adir marcou um encontro mais tarde com ele e nós continuamos nosso passeio.

Almoçamos novamente no mesmo restaurante da avenida principal, sendo que dessa vez sentamos na interior e lá dentro o serviço foi ainda melhor. Sem o pessoal passando entre as mesas, pois a rigor é uma calçada mesmo no meio das mesas. O melhor foi que ao invés de 2 bifes de entrecot vieram 3. Fiquei impressionado com o prato. E o preço? Os mesmo $380. A Bê e a Fátima comeram massa pois estavam cansadas de comer carne. Aí eu vi que se eu enjoasse das coisas que eu gosto de comer quem sabe eu não poderia ser mais magro?

Na mesma avenida principal entramos em uma outra loja de souvenires para comprar copinhos de lembrança, inclusive para o Roger, que nos pediu para comprar 2 copinhos, pois havia se esquecido de comprar. Aí aproveitamos para perguntar sobre o tal do El Gordo e saber onde se poderia jogar. Fomos ao local indicado por ela e fizemos 3 jogos, que é do tipo Loteria Federal do Brasil, aquela antiga de bilhetes numerados.

Casa de artigos para a maconha.

Na mesma galeria vimos uma loja de maconha que estava fechada mas que tinham barracas herméticas para fumar. Uma coisa incrível! Tinham cachimbos especiais para puxar herva e ainda muitos outros acessórios. Possivelmente ali vendesse até mesmo a maconha para clientes. Mas estava fechada e depois quando passamos por ali novamente estava também fechada. Devia ser algo do tipo fechado para o final do ano.


Mas como a maconha é liberada no país a gente via gente fumando na rua. Muitas pessoas passaram por nós fumando. Inclusive na frente dos policiais. O que para nós é muito estranho mas lá é mesmo liberado. Pode plantar, fumar e comprar na farmácia. Até chegamos a conversar que iríamos provar, pois éramos um bando de caretas. Mas ao final nem isso fizemos. Na verdade acabávamos esquecendo de ir atrás do assunto. Hehe. Melhor assim.

Jogamos $200 em cada jogo e ficamos achado que ganharíamos mesmo! Ficamos imaginando que deveríamos ir a um Cassino para jogar na roleta. O Adir disse que gostava de brincar na roeta e que era muito interessante. Como nem eu, nem a Bê e nem a Fátima estávamos muito animados com o Cassino acabamos deixando para depois esse assunto.

Perguntamos para o rapaz se estrangeiros poderiam jogar na loteria deles. Disse que sim. Perguntei como a gente receberia no caso de ganhar e ele nos disse que teríamos que ir receber em Montevideo. Imagino que fosse o prêmio grande. Fomos embora.

Dali fomos caminhando até a posada onde o amigo do Adir estava hospedado e ao lado da posada tinha uma fábrica de cerveja. Entramos no bar tomamos uma cervea ou duas que era de boa qualidade, mas também um pouco cara. O amigo do Adir, que não me lembro o nome é bem legal, também é nerd, pois é programador de computador e parece que agora tem uma empresa de desenvolvimento.

O cara tem boas ideias e parece ser bom no que está fazendo. Inclusive desenvolvendo um sistema para facilitar a vida dos daltônicos, com alguma rotina que possibilitaria que eles distinguam melhor as cores. Parece que apresentou esse programa em uma feira de informática no Vale do Silício, nos EUA e teve boa receptividade por fabricantes de televisores. É um mundo diferente e interessante esse.

Acabou que eles foram juntamente conosco para jantar no Drugstore. No caminho entramos em um comercio e o dono era um nadador que havia cruzado o Prata, indo até Buenos Aires nadando, não uma mas duas vezes.

Mapa indicando o caminho que o Daniel percorreu nas duas travessias.
Adir, Daniel e eu.

Comemos bem e tomamos cerveja e vinho. Teve ainda uma garrafa de espumante. A janta não saiu caro o restaurante é bom e não é caro, ficando na mesma base do nosso restaurante da avenida principal.

Nosso jantar no Dugstore juntamente com o amigo do Adir e a esposa.

Prato que comemos no restaurante.

Decoração bem diferente do Dugstore.

O papo foi longo e saímos de lá já tarde da noite. Novamente o Adir propôs da gente ir no terraço para tomar o wiki, mas eu queria era ir dormir pois estava um caco e no dia seguinte teríamos um bom passeio até Montevideo. Novo dia para rodar.

Concluimos que ficamos muito tempo em Colonia, para o tipo de viagem que estávamos fazendo. Um dia e meio teria sido suficiente, mas como pretendíamos passar um dos dias em BsAs que acabou não dando certo e ficamos tempo demais em Colonia. Não que não tenha sido bom, mas poderíamos ter aproveitado melhor esse dia adicional em Montevideo, onde teríamos muito mais coisas para fazer.

10o Dia - 28/12/2014 – Domingo - Colônia del Sacramento - Montevideo

Marcamos de tomar café no mesmo horário, ou seja 10h15. Adoramos hotéis que compreendem que a gente não está em uma cidade turística para trabalhar , mas sim para descansar mesmo. Café até as 10h30 é tudo de bom, ao menos para nós que não temos nenhum problema em acordar mais tarde e dormir até as 9h30 com a sensação de que dormiria muito mais ainda.

Carregamos as nossas motos e saímos primeiramente em direção à Plaza de Toros, que foi construído a cerca de 100 anos, por um empresário muito empreendedor que pretendia transformar Colonia em um local turístico. Parece que deu certo, pois Colonia hoje é um local turístico, mas a Plaza de Toros não deu assim tão certo.

Já naquela época havia um movimento contrário à matança dos animais em touradas, mas ainda assim a coisa estava indo bem, inclusive com a vinda de touros e toureiros da Espanha para as atrações locais que traziam muita gente de Montevideo e de Buenos Aires.

O problema é que começaram a morrer muito toureiros que se aventuravam frente aos touros até que um dia, depois de um desses acidentes terríveis, acabou que a Plaza foi fechada e as touradas, que já estavam proibidas, mas que as autoridade faziam vista grossa, foram proibidas e a Plaza ficou abandonada. As ruínas estão ainda lá e nós fomos visita-las. Na verdade apenas passamos por lá e tiramos algumas fotos.

Retornamos em direção à estrada para tomar a RN-1 com destino a Montevideo. Uma pequena distância a percorrer mas com muita satisfação, estrada segura e com poucas dificuldades.

Saímos já era pouco mais de meio dia e decidimos que não comeríamos no caminho, indo direto para o nosso hotel em Montevideo, que seria o Mercosur Universitas, localizado na Av. 8 de Outubro 2481, perto do Shopping Três Rios. O GPS indicava que ficava muito longe do centro. Eu estava desconfiado de que o mapa do GPS estava indicando o local errado. O do Adir também estava no local errado, mas depois de algumas voltas chegamos ao nosso hotel que fica muito bem localizado por sinal.

Quando se utiliza um GPS esse tipo de coisa acontece pois de alguma forma fica alterado o início e o final das ruas. Assim sendo a numeração se inverte e os números do início da via acabam ficando no final e vice-versa.

Localizamos o Hotel bem na lateral do túnel que passa por baixo da praça localizada em frente ao Shopping. Fizemos o nosso checkin e descemos com as motos para a garagem no segundo subsolo, descarregamos as malas e subimos. O Adir e a Fátima ficaram no 7o Andar e nós no 8o.

Marcamos na recepção em meia hora. Tempo para descarregar as bagagens, tomar uma ducha rápida e colocar uma roupa mais adequada pois estava muito quente. Nossa ideia era a de dar umas voltas e encontrar algum lugar para comer um Chivito ou algo assim.

Descemos e as mulheres decidiram que iriam passear na garupa deixando as motos delas na garagem, o que facilitava pois andar em 2 motos é muito mais simples do que em 4, principalmente quando se está no trânsito de uma cidade grande como Montevideo.

Quando cheguei no térreo com a moto o Adir já estava lá veio todo animado dizendo que o João estava ali hospedado no mesmo hotel! Não pude acreditar, fiquei algum tempo avaliando. Será que eu estava entendendo direito? Perguntei: - Mas você falou para ele que estaríamos nesse hotel? Ele disse que não, era coincidência mesmo!

Incrível isso! Ele me contou que havia falado com o João pelo interfone do hotel e que ele estava descendo. Como o Adir é muito sacana acabou passando um trote por telefone no João dizendo que era da Policia Federal e que estava na recepção do hotel para falar com ele. O João ficou meio nervoso e o Adir se apresentou sendo que o João estava meio desconfiado e falou que depois explicaria.

Realmente eles desceram. Estavam de carro o João a Kathia e o André, filho deles. Um rapaz que eu não conhecia mas que é da melhor qualidade. Trabalha com produção de filmes e está se formando na  faculdade de cinema ou algo assim.

Foi um encontro surpreendente, mas como nossa viagem estava mesmo cheia de coincidências, essa era uma das grandes. A cada coincidência que acontecia mais a gente concluia que iríamos ganhar no El Gordo uruguaio ou na Mega-Sena da Virada. O número 33 e 333 continuava a nos perseguir.

Decidimos que teríamos mesmo que ir ao Cassino e jogar na roleta para ver no que dava.

Combinamos com o João e a Káthia de nos encontrarmos para comer um chivito em algum lugar. Eles gostaram da ideia. Iriam se arrumar e pediram que informássemos pelo Whats up onde iríamos comer que eles iriam até nós.

Funcionou perfeitamente. Demos algumas voltas pela cidade, passamos em frente à loja da HD, na Av. Brasil, que estava fechada, depois seguimos pela Brasil até a Praia de Pocitos. Na orla central de Montevideo, conhecida por La Rambla, onde tem o maior movimento de turistas e locais também.

Depois de algumas voltas acabamos parando em uma chiviteria na região do cruzamento da Brasil com a Rambla, que é a avenida costaneira, ou costeira. Passamos a informação para o João e eles vieram almojantar conosco, pois já era mais de 6 da tarde.

Marcamos que iríamos ao Cassino naquela noite. Aí descobrimos que o Silvinho e a Gica estavam também em Montevideo, outra coincidência. Mais ainda. Ele publicou que viu a gente chegando em Montevideo, que ele estava em um citytur e que correu atrás de nós mas que não os vimos e acabamos indo embora com as 4 motos. Muuuuita coincidência mesmo!

Fomos combinando com eles pelo face para ver onde poderíamos encontra-los, quem sabe uma hora daria certo.

Nós todos na Orla. Na Rambla.
Depois de comermos a nossa refeição, adivinha se eu não pedi novamente um entrecot, fomos caminhar um pouco ao longo da praia do rio da Prata, que mais parece um oceano pois não se pode enxergar a outra margem que está a mais de 100km de distância. Enquanto caminhávamos encontramos uma Ultra meio diferente. Paramos para avaliar melhor e vimos que a mecânica era Suzuki, mas que tinha os alforjes laterais de fibra originais da HD o tour pack era meio diferente, mas estava muito bem adaptada com morcego e tudo. Ficamos apreciando a máquina construída quando vimos o proprietário que era um mecânico de uma Cidade do interior do Uruguai e que foi construindo a moto aos poucos.
Uma moto que nos lembrou muito a Ultra, mas que não é.

Que tal o jeitão?

Nossa foto juntamente com o construtor da Ultra fake. Esse foi o mecânico que a idealizou e construiu.

Tiramos uma foto com o casal da moto e ele me deu um cartão de visita da oficina mecânica dele dizendo que qualquer problema poderia procurar por ele. Muito gente boa. Eu e a Bê particularmente gostamos muito do povo uruguaio. Um povo simples, que não tem a pressa americana e tem um jeito muito simples de ser. Como tenho dito desde a primeira vez que entramos no Uruguai, parece que a gente entra em um túnel do tempo quando passa a fronteira. Algo realmente interessante. Tem gente que não gosta, o que comprova que realmente as diferenças são grandes.

Depois do nosso passeio pegamos as motos e retornamos ao hotel. Marcamos que iríamos ao Cassino e tentamos combinar com o Silvinho para eles irem também, primeiro indicamos o Cassino errado, pois não sabíamos qual era e depois de confirmar que iríamos no Carrasco, um Cassino maravilhoso, mandamos uma mensagem no WhatsApp mas ao final eles não apareceram. No dia seguinte nos disseram que estavam cansados e que depois da janta resolveram ir para cama.

Pegamos um taxi e o João foi com o carro dele para o Carrasco. Chegando lá fomos para a mesa da roleta e fiquei olhando como é que funcionava o sistema. Como que a gente pagava, etc.
Cassino e Hotel El Carrasco. Lindo e imponente.

Eu e a Bê fomos até o bar, que ficava ali ao lado, para tomar uma cerveja de caña. O Adir já estava jogando e veio conversar conosco que sentamos em umas poltronas no bar. Perguntei ao Adir como jogava e ele me disse que era somente levar o dinheiro para a moça da roleta que ela daria as fichas e aí era dó jogar.

Tomei minha cerveja e fui lá jogar. Acabei trocando $700 (pesos uruguaios) e perdi tudo. Jogando sempre no 33. O Adir jogava em outros números também e acabava ganhando e perdendo, mas eu nada. Perdi.

Depois fomos até as roletas eletrônicas, pois na da mesa as apostas são muito maiores. Chegue lá, coloquei $1.000 na máquina que engoliu a grana e me deu um crédito. Joguei algumas vezes e perdi. Aí dei uma parada. O Adir continuava jogando e ganhando e perdendo, eu só perdia.

Aí de o 33 na roleta e ele não tinha jogado. Fiquei indignado com ele e coloquei os créditos novamente e joguei no 33 na próxima rodada. Não é que deu novamente o 33 na cabeça! INCRÍVEL! Duas vezes seguidas o número 33. Ganhei uma bolada, 36 vezes o da cabeça e ainda mais outros, pois tinha jogado nos cantos também. Dos mil eu já tinha perdido um 300 e recuperei uns 1350. Hehehe. Ao final alguma diversão por um prejuízo de $350 pesos. Foi bom. Principalmente pelo 2 resultados 33 seguidos na roleta.
Eu, Bê,João, Kathia, André, Fátima e Adir. Todos saindo do Carrasco.

Aí resolvemos ir embora para o hotel novamente, saímos e pegamos um táxi de volta. Até que foi divertido, além do que tiramos algumas fotos antes de sair de taxi para o hotel.\Chegando lá pensa que fomos para o quarto? Que nada, fomos até o quarto do Adir para tomar uns Wiki e ficar papeando.

Comemos alguns salgadinhos que a Fátima tinha comprado, refrigerante, aí o Adir desceu e acabou comprando umas cervejas Patrícia. Foram umas 2 ou 3 horas de papo. O Adir estava  trabalhando em um projeto, se comunicando com um cara que estava no Brasil via internet e às vezes ele aparecia ali, tomava um goró e voltava. Assim ficamos por mais de 2 horas papeando. O João e a Kathia ficaram um pouco mas foram dormir e nós seguimos.

Hora de dormir e fomos para a cama. 

11o Dia - 29/12/2014 – Segunda-Feira - Montevideo

Dia de ir comprar o vale para rodar no ônibus de turismo, daquele tipo que é aberto com 2 andares e que no andar de baixo tem ar condicionado mas no de cima não. Fomos até o ponto pois o horário era 12:30. Quando o ônibus chegou não tínhamos ingressos e a atendente que anda junto com o motorista no ônibus não podia vender nem andar com dinheiro. Ela nos deixou embarcar e disse que deveríamos comprar os ingressos por 24h no ponto final que ficava localizado no Mercado do Porto.
Nós na praça em frente ao Shopping Três Rios.

Embarcamos e fomos até o Mercado. O sistema do ônibus é interessante pois eles distribuem um fone de ouvido para cada um e tem diversas línguas inclusive português. Conforme o ônibus vai passando pelos locais ele vai explicando os pontos pelos quais se passa, mas não para o pessoal descer, apenas vai passando. Quando ele para, pode-se desembarcar e depois, quando algum dos ônibus passa novamente pelo ponto pode-se embarcar, mas tem que ter o tíquete de embarque.
Nós passeando no ônibus de turismo em Montevideo.
Cenas da Rambla. Praça localizada ao longo da orla.

Fomos até o mercado e ficamos na fila para comprar os ingressos. Enquanto estávamos na fila uma nova coincidência, vimos várias HD`s passando e imagina quem era? O pessoal de Floripa que estava em Punta del Este e que estavam passando por Montevideo rumo a Colonia del Sacramento para retornar no dia seguinte. Assobiamos e fizemos barulho aí o pessoal no viu, deu meia volta e vieram falar conosco. Foi mais uma das coincidências que estavam acontecendo quase que corriqueiramente já.
Incrível termos encontrado o pessoal passando de moto pela avenida do Porto. Sem combinarmos nada. Pura coincidência.

Região do porto.


Eu o André e a Bê.
Papeamos com o pessoal e depois eles seguiram o caminho, falamos sobre o local onde ficamos e como poderia chegar lá. O nome da rua em Colonia, onde tínhamos ficado, etc. Depois de comprarmos os tíquetes do ônibus fomos até o Mercado Municipal, Mercado do Porto, para podermos almoçar uma bela Parrilla. Claro que eu comi mais um Entrecot rugoso, que significa mal passado.
Nós no calçadão em frente o Mercado Municipal.

O Mercado Municipal, ou, Mercado do Porto, é um lugar muito atraente e charmoso.

Restaurantes do Mercado.
Tomamos cerveja muito gelada e comemos muito bem em um local que tinha ar condicionado, pois o calor estava enorme. Fomos muito bem atendidos. Depois saímos caminhando em direção à Praça da Independência, onde tem o Palácio da Presidência da República do Uruguai.

Nós passando pela Praça Zabala.
No caminho passamos pela Plaza Zabala, onde tem o monumento ao fundador de Montevideo, de mesmo nome, pela Catedral onde entramos e ficamos muito pouco pois nos pediram para sair, estava na hora de fechar a igreja, pela praça da Catedral e seu chafariz que chamou muito a atenção do Adir, devido a suas marcas históricas, em seguida subimos pela Sarandi em direção à Plaza da Independência.
Escadaria da Livraria Puro Verso. Um marco cultural bem interessante de Montevideo. Kathia e Bê.

Nós no calçadão em frente a Livraria Puro Verso.

Na Sarandi, entramos na Livraria A Puro Verso. Um lugar muito bacana e antigo. Subimos a escadaria até o andar superior onde tem um café muito aconchegante. Tomamos água e café, pois estávamos desidratados. Depois de olhar um pouco os livros e os CD`s e DVD`s voltamos para a rua.

Em frente à Livraria tem um chafariz onde tinham 2 cachorros tomando banho. Muito interessante. Ficamos ali olhando eles um pouco e seguimos em direção à Porta da Antiga Muralha da Cidade Velha.
Pontal da Cidade Velha.

Chegamos à praça onde infelizmente o Museu da Independência, onde tem o túmulo do Gen. Artigas, estava fechado, pois já passava das 17h00. Esse é um local muito interessante que visitamos já a mais de 3 anos, entretanto na última vez que passamos por lá o Museu estava fechado pois estava em reformas.
O Edifício que durante muitos anos foi o mais alto da America Latina.
Seguimos à pé subindo pela 18 de Julho, que é a data da Constituição do Uruguai e é a Avenida principal de Montevideo. Fomos caminhando e passamos por uma fonte cheia de cadeados, onde os casais enamorados fecham um cadeado. Haviam muitos cadeados e o pessoal foi lá dar uma olhada.
Nós sob a estátua do Gen. Artigas.

Palácio da Presidência da República.
Tinha gente que já estava cansada e ainda faltava muito para caminhar.
A fonte que tinha mais cadeados do que água. O que os homens não fazem é amar, mas em nome do amor, compramos muitos cadeados. Hahaha.

Seguimos em frente em direção ao hotel, e estávamos longe ainda. Tínhamos uma caminhada de mais de 4km no total. Já tínhamos caminhado muito. Quando faltavam ainda 2,5km eu e a Bê desistimos de caminhar pois tanto ela como eu estávamos com o tornozelo doloridos, eu por causa da capivara e ela por causa da cirurgia dos ligamentos do pé.

Meu amor postando fotos no Café do nosso hotel.


Passamos pelo restaurante, caminhamos uma quadra a mais e depois voltamos. Eram alguns restaurantes que ficavam ao lado de uma praça, bem ao lado do Shopping. Tinha um carrinho de lanches do tipo muito incrementado, inclusive com mesas na calçada e som ambiente. Escolhemos um restaurante que tinha parrillada e eu pedi um bife de tira. Pena que não pedi um entrecot. Mas valeu a tentativa!

Durante a janta o André contou para nós que estava trabalhando com cinema em uma produtora em São Paulo e dos problemas que esse mercado está enfrentando, segundo comentado pelo Adir, que parece conhecer um pouco desse mercado embora esteja trabalhando com TI.

O André terminou o curso em 2014 e deverá se formar no início do ano de 2015. Está muito feliz com o trabalho dele que foi uma indicação do Adir, que conhece um amigo que tem a produtora em São Paulo.

Tudo muito bom mas era chegada a hora de irmos para o hotel para dormir pois já não era cedo. Acontece que quando a gente viaja para lugares onde anoitece muito tarde a gente perde completamente a noção do horário da janta e do horário de dormir. Ficamos meio perdidos e quando a gente pensa que são 22 horas na verdade já passou da meia-noite.

No hotel subimos até o nosso andar e fomos ao nosso quarto para variar um pouco. Tomamos whiskey e coca acompanhado de salgadinhos que a Bê tinha comprado para este fim à tarde na lojinha do hotel. Assim terminou a nossa noite, entre uma boa conversa e todo mundo meio alto.

Todo mundo tomando um Whisky com coca, rindo muito.
O Adir estava trabalhando mas por vezes saia do quarto, que ele tinha transformado em escritório, para participar da confusão que estávamos fazendo. Foram momentos muito agradáveis que tivemos.

12o Dia - 30/12/2014 – Terça-Feira - Montevideo

Neste dia iríamos pegar o ônibus de turismo que havíamos comprado os ingressos no dia anterior, lá no Mercado do Porto, e iríamos rodar por Montevideo em nosso Cititour improvisado. Saímos caminhando do hotel, depois do nosso café da manhã, que não foi nada cedo, e fomos em direção ao Shopping Tres Cruces. Aproveitamos para comprar pasta de dentes, protetor solar e fomos para o ponto de ônibus. Além de nós tinha ainda uma outra família de brasileiros esperando.

Quando o ônibus chegou nós estávamos com os ingressos e pudemos embarcar. Fomos até o Punta Carretas Shopping, localizado no bairro de mesmo nome e descemos para almoçar. O pessoal estava voltando de Colonia del Sacramento e marcamos com eles de nos encontrarmos lá para almoçar e eles seguiriam direto para Punta naquela mesma tarde e nós ficaríamos para seguirmos no dia seguinte.
As meninas não resistiram ao monumento na entrada do Punta Carretas. Hahaha.

E eu tentado para comprar o pau de selfie. Mas ainda não tinha dado certo. Esse só funcionava com Samsung.

Procurei pelo pau de self mas não encontrei nada que me servisse. O primeiro era bom mas era rosa e tinha um fio para disparar as fotos, além disso funcionava somente com iPhone. Achei que estava inadequado por muitos motivos. O segundo e último que encontrei era preto funcionava com bluetooth mas não pareou com o meu celular. Deixei para lá o assunto pois estava difícil de encontrar um que atendesse.

Eu e a Bê dividimos um chivito que era tão bem servido que comemos o suficiente, na verdade a gente queria dar um tempo também, pois estávamos comendo muito todos os dias e, quem tem tendência para engordar a coisa fica meio complicada.
Encontramos com o pessoal que estava voltando de Colonia de Sacramento e passando por Montevideo novamente.

Depois do almoço o pessoal seguiu para Punta e nós 7 voltamos para o ponto do ônibus de turismo e seguimos em frente. Passamos pelas esculturas d carroça de imigrante e dos cavalos mas não paramos. Acabamos desembarcando no Mercado Agrícola, que fica localizado nas imediações do Parlamento, que é um prédio maravilhoso decorado com mármore esculpido e importado da Itália.
Voltamos para o ônibus de turismo. No segundo piso, claro!

Passeando pela Rambla no ônibus de turismo. Linda a costanera.

Antigas construções localizadas às margens do rio da Prata que mais parece um mar.

Uma igrejinha muito interessante.

Novamente o Palácio da Presidência da República, na Praça da Independência.

O magnífico Parlamento uruguaio, com suas esculturas italianas de mármore.
Nós todos no Mercado Agrícola, muito interessante esse mercado, tem mais coisas que no do Porto.
No caminho de volta para Tres Cruces ainda passamos pela maravilhosa escultura La Carreta de José Belloni.

O Mercado Agrícola é muito interessante, tem lojas de temperos maravilhosas, lojas de vinhos e outras bebidas, sorvetes e assim por diante. Um lugar que daria para ficar muito mais tempo, entretanto tínhamos que voltar para o ônibus pois o último passava no entorno das 17h15 e, depois de comprarmos algumas iguarias como torrão italiano, frutas desidratadas, água e tomarmos sorvetes voltamos e pegamos o último ônibus de turismo retornando ao Shopping Tres Cruces.”

Finalmente encontrei o pau de selfie. O interessante que apelidei assim e ao final todos estão chamando por esse nome mesmo, de onde se tira que é um nome intuitivo. Hehehehe.

Aí sim eu poderia me deliciar com o meu novo pau. Hahaha.

Aí sim  consegui encontrar o “pau de self” por $99, ou seja, algo como R$ 100,00. Caro pra caramba, mas como estava procurando por todo lugar e os outros que eu havia encontrado custavam o mesmo preço, comprei. Pareou, via bluetooth com o iPhone e com o Samsung. Beleza! Já saí dali tirando fotos. Agora teria que encontrar as meninas que haviam desaparecido.

Fiquei parado no saguão de entrada do Shopping imaginando que elas acabariam passando por ali, pois foi nesse local que tínhamos nos visto pela última vez. Dito e feito, daqui a pouco a Fátima apareceu e nos chamou. A Bê estava provando uma bota. Ah! Sim. Esse assunto é interessante. A Bê estava precisando de uma bota nova pois a dela, que já saiu do Brasil meio prejudicada, com a sola quebrada, havia descosturado e ela já estava quase que descalça. Mas como não estávamos encontrando uma bota que ela gostasse, continuávamos buscando e nada.

Naquela loja não foi diferente. Ela não gostou de nada do que viu e quando fui tirar umas selfies com o meu aparelho novo o vendedora me disse que era proibido tirar fotos no interior da loja. Poxa! Será que estávamos em um museu e eu não sabia? Bom. Pedi desculpas e pronto.

A Bê estava olhando uma bota para substituir a dela que estava aos pedaços já e que não dava mais para continuar. A vendedora me disse que era proibido tirar foto na loja. Pode isso? Tipo museu.
Como a Bê não encontrou nada do agrado fomos caminhando até o hotel, que ficava do outro lado da Praça Tres Cruces que era localizada em frente ao Shopping. Uma outra coisa interessante é que o Terminal de Ônibus Tres Cruces, fica localizado sob o Shopping. Bem interessante o esquema. Me lembrou Brasília, com o seu Terminal de Ônibus e Shopping no centro da cidade que hoje já nem é mais um centro importante de compras, mas que no passado era.
Estávamos muito bem na foto. Hehehe.
Retornamos ao hotel à pé, cruzando a praça. Marcamos na recepção do hotel às 20h30 pois o jantar era a partir das 21. Todos chegaram. O João e a Kathia, juntamente com o André, foram de carro e eu, a Bê, o Adir e a Fátima fomos de taxi.
Nós todos reunidos na recepção do hotel, ainda para o show de tango.

Nossa reserva feita pelo porteiro do hotel.

O nome do lugar era Milonguero Viejo. A janta estava muito boa e, claro que comi um bife de entrecot. Hehehe. Rugoso, como sempre. Tomamos espumante e vinho. Alguns tomaram vinho branco e outros tinto. Tudo incluso na conta. Teve um casal de brasileiros do Rio que se sentou em nossa mesa. O cara era muito animado e ficou cantando e contando piadas. Parece que está aposentado e que trabalhou 40 anos com uma banca de jornais. Diz ele que antes era melhor mas que agora a coisa estava ficando mais difícil.
Nossos companheiros cariocas que dividiram conosco a mesa do jantar. Ele era dono de banca de revista aposentado.

Nós na mesa do jantar.

Concordo que a foto não ficou boa, mas está registrado.

Depois da janta começou o show de tango e de música regional, que é o Candombe. O Candombe é um batuque, diferente do olodum mas que lembra este. Quando falamos em ir o pessoal disse que para quem já havia ido em Buenos Aires ver o show em Montevideo era muito simples e pode ser que a gente não gostasse.

Que nada, eu e a Bê já assistimos vários shows em Buenos Aires e em vários locais como Casa Carlos Gardel, Viejo Almacién e Señor Tango, mesmo assim achei que o show foi muito bom. Haviam dois cantores, um homem e uma mulher que cantavam muito bem. Teve um momento ainda em que foi tocada uma música com a voz original do Carlos Gardel. Aí a gente ve que na Casa Carlos Gardel em Bs.As. o cantor é realmente um clone do Gardel.



Muito bonito o show de tango. Bem profissional com excelentes cantores.

Quando a mulher cantou: “Si yo tuviera el corazón. El mismo que te dí”. Confesso que meus olhos se encheram d`água, pois senti saudades dos dias de domingo em casa, quando eu era pequeno, quando meu pai colocava estas músicas para tocar, enquanto minha mãe fazia o almoço. Foi um momento muito especial.

Depois do tango, que foi a melhor parte, teve o show do candombe, que não tem nada a ver com candomblé que temos no Brasil. Mas é um batuque do tipo olodum. Só tem tambores. O apresentador era um personagem muito curioso e animado. Acabou que apareceram mulheres vestidas com poucas roupas, assim como no nosso carnaval, a maioria mulatas.




O Candombe lembra muito o carnaval, pois tem as mesmas origens, mas é diferente na forma de dançar.

O animador acabou levando todas as nossa mulheres para dançar junto com o batuque. As brasileiras sambaram, mas a dança que as uruguaias dançavam poderia lembrar o samba mas era diferente. Nos divertimos muito e bebemos muito também, claro que ninguém passou mal, mas quando estávamos saindo passamos por uma mesa de brasileiros, que estavam bebendo bastante e não queriam mais ir embora, pois a bebida era livre. Nos convidaram para ficar, mas que nada, fomos para a fila do taxi.
Lá foram elas para participar do show.

A Bê já estava dando aulas de samba, embora eles dançassem o candombe.

Nossas meninas também foram dançar. Umas exibidas que não podem ver música e animação.


Nós não resistimos e subimos no palco para tirarmos nossas fotos. Afinal de contas, somos o show em nossas vidas. hehe.

Um funcionário da casa estava lá fora para chamar os taxis. Enquanto esperávamos pelo taxi o animados do candombe saiu pela porta de serviço e as nossas meninas viram. As garotas foram até ele para tirar fotografia.
A esposa do animador foi buscar ele, pelo jeito ela não dá mole não! Hehehe.

Na saída ainda encontramos com os artistas e tiramos uma foto com eles.

Quando o cara arranjou um taxi para nós, vi que o motorista deu $20 pesos para de gorjeta para o funcionário, achei que a gorjeta foi muito grande, pois a corrida deveria dar uns $200, ou seja, 10% da corrida. Mas que vá! Fiquei meio desconfiado! O Adir acabou indo junto com o João e família no carro deles. Quando chegamos na rua 8 de outubro o taxista virou para o outro lado. Eu não reparei se ele estava ou não indo para o lado certo. 

Meu telefone tocou e era o Adir perguntando onde estávamos indo, pois ele viu que viramos para o lado errado. Aí falei para o motorista que estávamos indo para o lado errado. Aí ele disse que era para aquele lado, deu uma de desentendido. Um safado! Que pena que a doença social da Argentina e do Brasil estão tomando Montevideo também. Depois de um certo mal estar o motorista fez a volta e retornou para o hotel. Que sacanagem. Ao final paguei menos do que ele pretendia cobrar, tendo em vista que a volta que ele deu não seria necessária. O cara ficou meio puto, mas o que fazer. Não poderia deixar barato a atitude dele.

No hotel não tomamos whiskey nessa noite, embora o Adir estivesse sempre animado para tomar umas doses, hehe. Mas fomos dormir mesmo pois no dia seguinte teríamos que ir até Punta del Este e não poderíamos chegar muito tarde, pois ainda tínhamos que comprar as coisas para a ceia de Ano Novo.

13o Dia - 31/12/2014 – Quarta-Feira - Montevideo - Punta del Este

Dia de acordar tomar o café da manhã, claro que no raiar do dia, às 10 da manhã, mesmo se o sol não houvesse nascido ainda. Hahahaha.

Arrumamos todas as nossas bagagens, fechamos as contas e como sempre tínhamos algum problema com os cartões de crédito. O VISA não estava funcionando e o atendente ligou para a administradora do cartão e aí sim deu certo.

O Adir vinha tendo sempre problemas com o cartão AMEX. No passado eu sempre utilizei o AMEX e agora estava usando o VISA direto, mas eu sempre conseguia pagar com o AMES. O Adir estava tendo problemas com o AMEX que eu nunca tinha tido até o ano passado em minhas viagens pela América do Sul que não foram poucas como dá para ver no Blog. Agora já sei que ao menos no Uruguai a coisa está meio difícil com o AMEX.

Saímos em direção a Punta del Este, eu fui como Road Captain e o Adir de Cerra-Fila, seguido pelo João que estava de carro. Embora o João estivesse de carro ele nos ajudava, fechando o trânsito para a gente trocar de pista. Uma excelente estrada e com paisagens muito mais bonitas ainda. Nós 4 estávamos nos tornando mesmo bons para andar em comboio. A coisa estava mesmo muito azeitada. Todos fazendo a coisa certa e sem nenhum contratempo. A segurança era sempre o nosso bem mais precioso e assim não passamos por nenhuma dificuldade maior que passar por um buraco pequeno, por exemplo.

A distância é pequena e a estrada é muito boa, passamos por Piriápolis e logo depois já teríamos que entrar na Avenida del Oceano para ir até a nossa pousada. Chegamos a pensar em ir até o hotel em que a família do João se hospedaria, acompanhando eles, mas, como eles tinham GPS achamos que não seria necessário e ficamos em nossa pousada mesmo. Ao invés de nós irmos com eles, eles é que nos acompanharam até a nossa cabana.

Um lugar realmente muito simples mas bem arrumado. Uma piscina pequena mas que estava sempre limpa. Acabamos nem entrando para um banho, pois não dava tempo a gente sempre estava correndo para algum local. O João, a Káthia e o André gostaram do nosso cafofo e depois que eles chegaram no hotel deles ainda disseram se a gente não queria trocar. Hehehe. Mas que nada, foi só deixarem as janelas abertas para ventilar que o cheiro ruim do quarto deles sumiu e parece que ficou tudo muito melhor.

O problema do nosso hotel é que ficava a 23km de Punta, uma distância razoável, mas que era boa pois assim a gente andava de moto um pouquinho mais. Chegamos e caiu uma bela chuva.

A novidade do nosso chalé era o chuveiro do banheiro. Coisa de profissional mesmo. Até com som e ventilação no box. O sistema de água era uma coisa de doido. Desde ducha nos pés até um chuveiro normal, passando por jatos laterais e chuveirinho de mão cheio de opções. Acho que daria para passar mais de uma hora tomando banho, o único problema é que era meio pequeno principalmente para mim e para o Adir que somos meio grandes, muito acima do tamanho médio, aquele que o pessoal usa para dimensionar elevadores, com 70kg cada pessoa. Hehe. A gente está na faixa acima dos 110kg. Hehe.

Descarregamos as motos e saímos para nos encontrarmos com o restante do pessoal de Floripa que estavam no Hotel São Fernandes, bem na Punta mesmo. A princípio oferecemos para fazermos a passagem do ano em nossa pousada pois o dono nos ofereceu mesa e cadeiras para montar na beira da piscina, mas, dado à grande distância da cidade, graças a Deus que eles mudaram de ideia e ficamos no hotel deles, que era muito melhor que a nossa pousada por estar nas proximidades da praia e de tudo. Acho que não teria sido assim tão legal termos ficado em nossa pousada. Acabamos ceando no hotel deles mesmo.

No caminho para o Hotel do pessoal, próximo ao Conrad, nós paramos em uma lanchonete localizada praticamente na areia da praia, pois estava chegando uma tempestade daquelas e a gente iria aproveitar para almoçar. Já na entrada do restaurante encontramos algumas motos inglesas. Pôxa! esses caras sim é que rodam muito.


Motos de uns rapases da inglaterra que estavam indo para o Ushuaia.
Mas antes de tudo isso, marcamos pelo WhatsApp, que é uma mão na roda, e nos encontramos em frente ao hotel deles que foi muito fácil de achar com o GPS, é claro. Do hotel fomos até o Mercadinho que ficava localizado a umas 3 quadras do hotel e compramos uma serie de coisas para a nossa ceia, sendo que já haviam encomendado antecipadamente alguns assados que passamos para retirar. Compramos pães, queijos, presunto cru, refrigerantes, vinhos, salgados, frutas e outros quitutes.
A chuva que caiu enquanto almoçávamos não foi fraca. Mas durou pouco e pudemos seguir em frente para encontrar o pessoal.

O chão havia ficado muito molhado, mas o céu já estava ficando azul.

A orla em Punta é mesmo maravilhosa. Um luxo só.

Adir e a Fátima na moto deles. As meninas foram na garupa para passarmos o reveillon.

Nós compramos a nossa Champagne Veuve Cliquot  para poder termos mais sorte ao longo do ano de 2015, pois esse promete ser um dos anos mais difíceis que teremos.

Levamos as roupas para tomar banho e nos trocarmos para a passagem do ano, pois a nossa posada ficava muito longe. O Adir, muito cuidadoso, comprou cálices de cristal para champagne para eles e para nós também e nos deu de presente.

Tomamos banho no quarto do Nelson e da Icléia que nos ofereceram muito gentilmente para tomarmos nosso banho. Havíamos trazido nossa toalha de banho, pois a Bê lembrou disso.

Eu nesse ano passei de roupa branca mesmo. Uma bermuda branca e uma camiseta, também branca, onde estava escrito em um tom bege boas coisas para o ano, assim como Amizade, Felicidade, Alegria, Companheirismo, Amigos, Realizações e assim por diante. A Bê passou de dourado com branco. Acho que nesse ano ela quer dinheiro e paz. Tomara que tenhamos tudo o que desejamos, ou ainda melhor, tomara que mereçamos tudo aquilo que desejamos, aí sim teremos. Ao menos é assim que acredito que seja e tenho visto em minha vida que acontece mais ou menos dessa forma.

Eu e a Bê saímos para procurar por um caixa eletrônico, já que tínhamos um tempinho sobrando. Encontramos o caixa eletrônico e depois passamos por uma lojinha que vendia de tudo um pouco e ainda estava aberta e comprei um Jean Bean black Label. Paguei uma fortuna, mas tudo bem, para o Ano Novo vale.

O pessoal arrumou tudo com muito carinho e as meninas arrumaram os pratos com muita maestria. Ficou tudo muito bem arrumado e apresentável. Fizemos nossas orações onde cada um que quis pode agradecer por estarmos juntos lá e pelo que tínhamos recebido no ano e ainda falar um pouco das esperanças e expectativas que tínhamos para o ano de 2015.
A galera estava muito animada!
Ceamos mais cedo e depois fomos para a orla levando nossas garrafas de champagne. Chegamos mais cedo na orla, lá pelas 11h30 já estávamos lá. Nos divertindo. Ora aqui, ora ali, alguns fogos estouravam. O Adir tinha comprado 2 caixas de fogos. Eu nunca tinha visto aquilo, uma caixinha com cerca de 20 ou mais tiros dos mais variados. Uma sequência de estrelas de vários tipos e rojões também. Ele desceu para a praia e acendeu, uma caixinha de  uns 15cm de lado e outros 15cm de altura. Achei aquilo realmente fantástico. O preço ele disse que foi de cerca de R$50,00, ou $500 (pesos uruguaios).

Incrível o resultado. Muito bom mesmo. Ele tinha comprado 2 caixas. Guardou a outra para soltar mais tarde. Quando foi chegando a meia noite, a virada do ano, o foguetório foi aumentando de tal forma, eu nunca tinha visto nada igual. O tiroteio durou cerca de meia hora e ainda, depois que já estava muito tranquilo, ou seja, os fogos estavam escassos e nós estávamos caminhando para o hotel, apareceu uma nova bateria de fogos, localizada entre o local onde estávamos e o Cassino Conrad. Mas essa foi uma bateria daquelas de impressionar.
Esperando para irmos ver os fogos.

Na orla só esperando pela meia-noite.
Carmem e Poeta com a Alessandra.

Durou algo como 15 minutos de fogos de todos os tipos sem parar. Um arranjo muito bonito. Incrível como isso é bonito.

Agora já era 2015 e estávamos retornando ao hotel. Mandar mensagens no celular para amigos e familiares. Tentar contato e não conseguir e assim por diante. A quantidade de mensagens no WhatsApp se torna simplesmente abusiva e eu que tenho dificuldade de acompanharas mensagens fico meio ansioso.
O foguetório foi mesmo impressionante. Eu nunca tinha presenciado nada igual. Foi o maior que eu vi na vida.

Na hora de voltar para o hotel, ainda tivemos uma nova surpresa, muitos fogos novamente.

Quando chegamos no hotel, sentamos nos sofás junto com a maioria do pessoal e ficamos conversando e rindo até que o pessoal começou a se despedir para ir dormir. Aí então n’so fomos embora, pois a nossa casa ainda era longe. Saímos em nossas duas motos rumo à nossa pousada. Estávamos preocupados pois na noite de ano novo sempre existem pessoas que bebem além da conta e que passam a dirigir sem cuidado.

Mas olha que a impressão foi a de que os uruguaios bêbados dirigem muito melhor que quando estão sãos. Pois eles não se cuidam normalmente e muito menos da gente que está de moto. Eles chegam e nos dão uma fechada e depois ficam fazendo festa apreciando a moto e tirando fotos, ou seja, eles não fazem a menor ideia de que colocaram a nossa segurança em risco. São meio trogloditas no trânsito. Hehehe.

Voltamos tranquilamente até a nossa Pousada e acabei fazendo uma confusão com o alarme e ao final ele acabou disparando. Depois de uma certa luta acabamos conseguindo desativá-lo. Creio que o alarme tocou por uns 10 segundos apenas. Mas um minuto depois bateram na porta e era o Rodrigo questionando sobre o alarme, que tocou na casa dele também e avisou que o sistema chama uma empresa de segurança e que era melhor a gente cuidar para que não disparasse mais. Achamos engraçado e o Adir falou que eu era maluco pois ele estava ligando o alarme somente quando a gente não estava em casa. Hahahaa.

Acabou que tomamos um gorózinho apenas e fomos para a cama dormir mesmo. Já era bem cedo, coisa de umas 3 da matina.

14o Dia - 01/01/2015 – Quinta-Feira - Punta del Este

Em nossa pousada não tinha café da manhã, mas no dia anterior a gente tinha comprado pão, queijo, café, chá, etc., para o nosso café. Levantamos tarde, coisa de 11h00 da manhã e quando saí do banho senti um cheiro maravilhoso de torradas. A Fátima tinha feito pão na frigideira com manteiga e queijo derretido para comer com o pão. Ficou muito bom. Até o café solúvel estava ótimo.

Pegamos nossas motos, sendo que a Bê foi comigo e o Adir e a Fátima foram com 2 motos, em direção a Punta del Este. Tomamos o rumo de Punta e entramos para a Casa Puebla, para visitar a Punta Bellena e o museu do Carlos Vilaró, que não pode ser deixado de lado.
Nós 4 em Punta Bellena.
Na Punta Ballena a paisagem é algo impressionante. Enquanto apreciávamos a paisagem encontramos uma turma de ciclistas brasileiros que estavam pedalando até Punta. Tinha gente de muitas cidades e inclusive gente de Curitiba. Batemos um papo rápido com o pessoal e fomos até o museu.
Ciclistas brasileiros que encontramos na Punta Ballena.
Entramos no museu e andamos por todos os locais disponíveis inclusive assistindo novamente o filme que era o mesmo, entretanto deu para ver que muitas das obras são trocadas, de forma que o museu estava com outro arranjo. Achei isso bem interessante.
Como diz o Lauro, se fosse e quem tivesse pintado não valeria nada. Hahaha.

Imagens do filme da vida de Carlos Vilaró.

Mais imagens do filme.

A Casa Puebla é um lugar mesmo diferente. O cara era um artista mesmo.

Os pombinhos estavam ouriçados. Hehehe.

Uma delícia estar com o meu amor novamente no Uruguai. Muito romântico!

Wow!
Como saímos já meio tarde resolvemos que iríamos até Maldonado para almoçar no Novillo Alegre. Um açougue que assa carnes e tem uma qualidade muito boa.

O açougue do Novillo Alegre. Um nome meio gay mas é muito bom.
Chegando lá a fila estava grande e teríamos que esperar por 45 minutos, aproximadamente. Ficamos olhando as carnes e conversando, aprendendo sobre como são diferentes os cortes deles e as linguiças e morcilhas que tem lá.

Como começou a demorar demais e com a possibilidade de arrumarem a nossa mesa fora o pessoal começou a achar que a comida ficaria fria, etc. Bem, já não era cedo, umas 15h30, e os restaurantes estavam fechados ou fechando, mesmo assim saímos do Novillo Alegre e passamos em pelo menos e 4 outros restaurantes. Todos fechados.

A Fátima sugeriu no rádio que a gente seguisse em direção à nossa pousada e então ver se achávamos um local para almoçar. No caminho tinha a lanchonete em que havíamos almoçado no dia anterior. Ninguém estava a fim de ir lá novamente, pois não era assim tão bom a ponto de valer a pena repetir.

Eu não me lembrava de ter um restaurante no caminho até a nossa pousada e aí comentei com a Fátima que eu não me lembrava de um local para comer. Perguntei ao restante do pessoal se alguém se lembrava de um restaurante no caminho e ninguém se lembrou, como o João e família estavam  junto conosco e todos estavam com fome, devido ao avançado da hora, acabamos indo no mesmo local onde tínhamos comido no dia anterior. Ninguém ficou muito feliz mas foi o que deu!
Meu amor tomando uma caipirinha uruguaia na hora do almoço e ainda por cima disse que estava boa. Aproveitando que não estava pilotando.
Depois do almoço saímos em direção à Fazenda Lapataia para comer os famosos crepes de doce de leite. Marcamos com o restante do pessoal, através do WhatsApp que chegou na estrada no mesmo momento que nós, uma coincidência e tanto. Eu estava indo na frente e acabei passando reto na entrada, ou seja quando segurei já estava além do ponto para virar, mas deu tempo dos demais entrarem na estrada. Enquanto eu fui até o próximo retorno, vi que o pessoal estava virando no acesso. Passei por eles, que pararam ao encontrar o restante do pessoal que esperava, e seguimos em frente até a porteira da Fazenda pegando um trecho de estrada de terra.

Aí descobrimos que a fazenda estava fechada. Que sacanagem! Havia uma placa que indicava que estaria aberto durante o verão, todos os dias, a partir das 4 da tarde, mas heis que estava fechado. Muitos carros estavam chegando e retornando.

Aí o pessoal sugeriu que fôssemos comer o tal do crepe de chocolate com morangos que eles haviam citado anteriormente e que já se encontrava em nossa relação de desejos também. O pessoal sabia onde era o local e a partir dali eles é que foram nos conduzindo. Quando chegamos vi que se tratava da confeitaria do Hotel L’Auberge, um lugar maravilhoso localizado na Playa Brava, em Punta, local de muitas mansões inacreditáveis.
A torre do L'Auberge, um hotel e tanto.

Chegando lá vimos que tinha muita gente na fila de espera.


Todo mundo papeando e decidindo se ficaríamos esperando ou não!
De maneira geral o pessoal estava bastante cansado. Mas ainda assim todos muito animados.
Chegamos lá e descobrimos que outras centenas de pessoas tinham tido a mesma ideia que nós. Colocamos o nome na fila e ficamos andando pelos jardins do LÁuberge. O lugar é mesmo muito bonito mas com a quantidade de pessoas eles simplesmente não tem a menor condição de atender a todos. Depois de quase 1 hora, decidimos que não iríamos ficar esperando, até mesmo porque tinha gente precisando ir ao banheiro e não estava fácil de usar.
O Adir meio cansado.

Os jardins do L`Auberge são realmente muito bonitos. Um belo local de descanso.

Nossa idéia era a de seguir até a ponte ondulada, mas já estava ficando tarde e decidimos que iríamos visitar o Monumento ao Afogado, que fica mais para o centro, juntamente com o restante do pessoal. Estacionamos as motos em frente ao Monumento e tiramos algumas fotos. O maluco do Adir acabou subindo sobre o dedo mindinho da mão. O dia que eu descobri que o nome do Monumento era “Monumento ao Afogado” achei meio tétrico. Acho que poderia ter outro nome como a Mão de Deus, ou algo assim mais construtivo e alegre. Mas talvez o artista me dissesse simplesmente "faz parte".
Nós estacionados em frente o Monumento aos Afogados! Que nome!

As motos são mesmo muito bonitas.
Coisa boa!


Nós e a nossa Rubia!
Eu e o Adir que estava super animado.

Nossas meninas em frente à Mão.

O maluco do Adir não subiu sozinho na dedo mindinho da mão? O cara é mesmo um acrobata.


O por do sol foi um espetáculo à parte.

Lindo!

Eles estavam combinando de ir jantar no restaurante rotativo, mas como algumas pessoas não queriam gastar muito, decidimos que iríamos comer em um outro lugar. Tinha uma Parilla localizada próximo ao Hotel San Fernando, onde eles estavam hospedados, e acabamos indo lá. Depois encontramos o Walter e a Jaira no mesmo restaurante.

Acabou que o Adir teve duas quedas de pressão, uma primeira nos jardins do L’Auberge enquanto esperávamos para comer o crepe, que acabamos desistindo de esperar e agora na churrascaria, pois ele foi ao banheiro e estava demorando muito e eu fui atrás dele e eis que realmente não estava muito bem. Fiquei preocupado com o que estaria acontecendo com ele, poderia ser somente uma queda de pressão, mas poderia ser alguma outra coisa.

Minha preocupação dizia respeito muito mais ao fato de nós estarmos viajando de moto o que não possibilitaria um mal estar pilotando. Não era só eu quem estava preocupado, pois a Fátima também não estava confortável com a situação. Mas graças a Deus não teve mais nenhum problema como aquele. Acredito que tenha mesmo sido algo por conta de algum stress, quem sabe, fome? Hahahaha.

Vimos o pessoal passeando de moto primeiro com as esposas e depois sem elas, todos sem capacetes. Só fazendo bagunça. Legal, parecia que eles estavam com 18 anos de idade, em plena  juventude. Depois da janta, que estava fantástica, pegamos as motos para irmos embora para a nossa pousada. 

Fomos até o posto para encher o tanque das motos e eles apareceram ali no posto já à pé, pois tinham guardado as motos no estacionamento e estavam retornando ao Hotel. Eles iriam sair aàs 9 da manhã no dia seguinte e nós comentamos que iríamos mais tarde tendo em vista que ainda queríamos ver o resultado no nosso jogo na loteria do Uruguai, o El Gordo.

Assim ficou combinado que nos encontraríamos na noite do dia seguinte na pousada em Cristal-RS, cidade onde eu e a Bê ficamos com o amortecedor da moto vermelha quebrado quando fomos com o Daniel e o Lauro para o Uruguai alguns anos atrás.

Sempre que a gente foi ao Uruguai algo de diferente aconteceu, desde um pneu furado até cair a pastilha de freio do Daniel ou ainda muita chuva, isso sem falar da vez que o Lauro se acidentou quando estávamos indo para o Ushuaia, etc. Desta vez que estávamos com as Ladies pilotando, era uma oportunidade maravilhosa para não acontecer nada, como de fato foi.

15o Dia - 02/01/2015 – Sexta-Feira - Punta del Este - Cristal

Levantamos e tomamos o nosso café que dessa vez foi feito pela Bê. O Adir acertou a conta com o Amex e o Rodrigo, dono da Pousada pediu para tirar uma foto com as motos na frente do escritório para que ele pudesse colocar a foto no site. Paramos as motos na frente e ele tirou umas fotos.

Saímos paramentados para pegar a estrada até Cristal-RS. Uma distância de 472km, um tirinho agradável para rodar no dia. Mas acontece que teríamos que ver o que deu o nosso El Gordo, pois, pelo que vimos na internet, poderia ser que tivéssemos ganhado alguma coisa.

Fomos até o posto colocar combustível na moto da Bê, que não tinha abastecido na noite anterior, e ali tinha uma agência de arrecadação de contas do Governo Uruguaio, levei o boleto do nosso jogo e a moça me disse que tínhamos ganhado em todos os jogos que fizemos. Hahahaha. Vivaaaa!!!! Só isso já valeu muito.

O problema é que ela não poderia pagar o prêmio ali e teríamos que ir até a Casa Lotérica que tinha em frente ao prédio do letreiro eletrônico ao lado do Conrad. Bem, o que fazer? Seguimos para lá em clima de festa, pois a atendente da agência nos falou que o prêmio deveria ser algo com duzentos e poucos dólares. Maravilha! Pagaria a metade da nossa despesa com a Pousada.

Encontramos a casa lotérica e o cara nos informou que não poderia pagar, pois teríamos que ir à Província de Colônia para receber, que é onde nós havíamos feito o jogo. Mesmo sendo uma Loteria de âmbito nacional, ainda assim as casas lotéricas são privadas e os pagamentos devem ser realizados na mesma província onde jogamos.

Que sacanagem, não haviam nos dito isso quando jogamos e inclusive me lembro que perguntei se estrangeiro poderia retirar o prêmio, o cara me falou que sim. Perguntei ainda onde teríamos que ir para retirar o prêmio e ele disse que teria que ser em Montevideo. Imaginei que o prêmio principal seria apenas na Capital do País, mas aí valeria a pena ir a Montevideo para retirar.

Depois de muito eu insistir para ele nos pagar, mesmo que com deságio, para depois resgatar o prêmio, pois ele era uma casa lotérica e poderia pedir o prêmio de alguma forma. Mas nada. Aí ele nos disse que talvez a Lotérica 1 pudesse realizar o pagamento. Nos explicou onde ficava e lá fomos nós novamente. Eu estava muito positivo de que agora daria certo, mas que nada. Perdemos cerca de 2 horas e nada do prêmio. Guardamos o bilhete e seguimos embora, pois já teríamos que rodar algum tempinho de noite.

A nossa única vantagem é que poderíamos almoçar na Posada Maria Esther, uma parrilla daquelas da melhor qualidade onde sempre comemos a melhor morcilla dulce do Uruguai.
Local de parada obrigatória. Posada Maria Esther, Rocha. Para comer morcilla dulce. Hummmm....!!!

Nossa mesa na varanda para almoçar. O Adir trabalhando, quase sempre.
O Adir e a Fátima decidiram cancelar a passagem pela ponte ondulada de La Barra considerando o adiantado da hora e saímos direto por Maldonado e depois via San Carlos em direção ao Norte rumando diretamente até Rocha. Chegamos na Posada Maria Esther devia ser umas 3 da tarde. O restaurante ainda tinha muitas pessoas almoçando e não tivemos nenhum problema em fazer nosso pedido. Claro que pedi o meu último entrecot do Uruguai e estava muito bom. Pedimos também a mocilla Dulce que, como das outras vezes que comemos, estava maravilhosa. O Adir não quis comer mas eu a Bê e a Fátima comemos.

Estava uma delícia o almoço mas teríamos que seguir viagem pois nosso caminho era longo até Cristal e o GPS já indicava que nosso horário de chagada seria depois das 9 da noite. Acabou que passamos pela Fortaleza de Santa Tereza e também não paramos. Acabou que tivemos que seguir meio que direto pelo caminho. Passamos pela pista de aterrisagem que tem em plena rodovia e chegamos em Chuy, no Uruguai, onde fizemos a imigração na Aduana e passamos para o Chuí-RS e enchemos os tanques das motos com gasolina brasileira, que é mais barata que a gasolina uruguaia mas que tem muito menos gasolina na mistura também, hehe. Foi a primeira vez que fiz isso, pois das outras vezes sempre enchemos o tanque do lado Uruguaio, devido a qualidade da gasolina, já que no tanque de gasolina a diferença não dá mais de 6 ou 7 reais.

Tomamos refrigerante, água e café, fomos ao banheiro e tocamos em frente sem entrar na zona franca para as compras também. Pena que todo o tempo que teríamos para passear pelo caminho foi consumido pelo nosso bilhete premiado do El Gordo, o que acabou sendo um prêmio à avessas, pois nos ferrou no tempo que perdemos atrás dele.

O movimento foi aumentando mais para o norte.

Andando em velocidade compatível com o local. A Reserva do Taim tem muitos animais silvestres soltos.

Meu amor indo muito tranquila. Uma grande pilota essa menina!

Passando pela Reserva do Taim. Não pude resistir a umas fotos.

Passamos pela Reserva do Taim, devagar pois é muito bonita e cheia de Capivaras. Logo capivaras, aquelas das quais tenho lá meus traumas, como sabem alguns, ainda por cima no Rio Grande do Sul!

O passeio foi muito bonito, como sempre é aliás, principalmente quando se está viajando de moto. Quando passamos por Rio Grande estava escurecendo e dali em diante fomos mais cautelosamente pois além de estar escuro ainda tinham muitas obras, mas muitas mesmo, pois a estrada está em duplicação, quando ficar pronto deverá ficar muito bom mas por enquanto estava uma tenebrosidade, muito escuro e perigoso.
O anoitecer nas estradas do RS foi muito lindo.

Olha só como ficou o céu.

A gente estava muito tranquilo. Na foto é possível ver a luz do farol da minha moto no chão.

Aos 80km/h fomos calmamente e lá pelas 22h30 cruzamos pela ponte sobre o rio e subimos para a entrada da Pousada da Pedra Bonita em Cristal. Quando chegamos o pessoal fez uma festa o que foi muito legal. Encontramos uma turma muito maior pois um outro grupo veio se juntar aos demais para o passeio até Bento Gonçalves e Gramado. O trem de motos estava crescendo.

Achei curioso que o Alexandre Bianchini, nosso querido amigo, como todos os demais, veio me sacanear dizendo que não havíamos tomado os cuidados com a segurança rodando após o anoitecer com as Ladies. Disse a ele que elas foram muito bem e que havíamos vindo com muita segurança e que elas eram boas demais.

Depois que voltamos, pensando sobre o assunto, me ocorreu que o HOG organiza Bate e Volta para Camboriu à noite em dias de semana, sendo que não tem nenhum problema, desde que se siga com cuidados adicionais, adequados a cada situação. Fomos muito bem também porque as nossas meninas são muito boas. Eu diria, sem exagerar, que melhores que muito marmanjo motociclista, pode acreditar! Que Deus continue a nos proteger!

Chegamos muito bem à Pousada Pedra Bonita em Cristal, embora fosse noite. Quatro grandes pilotos.
Ainda tinha janta para nós e foi lavar as mãos e me debruçar sobre a costela que estava uma delícia. O jantar estava muito bom e o atendimento da Pousada é familiar e de excelente qualidade. Nesse dia ainda festejamos o aniversária da Bete Poeta e o pessoal da Pousada ainda ofereceu um bolo de aniversário.

Depois da janta, fui descarregar as bagagens da moto, pegar as chaves do quarto etc. Levamos as bagagens para o quarto e coloquei os celulares e os transmissores Scala Rider para carregar, como sempre tínhamos que fazer para os mesmo funcionassem corretamente no dia seguinte, embora os nossos estivessem falhando muito.

O transmissor da Bê vinha funcionando cada dia pior, sendo que estava fora do ar já pela maior parte do tempo. Em Salto, quando o Adir trocou para nós o transmissor, colocando o microfone que fica na frente da boca, melhorando a transmissão e vimos que estava com o pino P2 descascando também, como o que teve que ser trocado logo que comprei o sistema do Poeta. Teria que falar com ele pois iria ter que solicitar a garantia, que ele havia me dito que ainda teria, ou devolver para ele, pois do jeito que estava não estava me servindo para nada.

Ainda assim coloquei tudo para carregar. Aí ficamos conversando com o Poeta que estava nos questionando sobre se iríamos junto com eles no grupo e a Bê estava achando que era mais seguro andar em menos motos. Eu também sempre gostei de viajar sozinho ou com poucas pessoas, em um grupo grande eu acho que pode ser mais perigoso.

Aí decidimos que sairíamos mais tarde do que eles, sendo que acordamos quando as motos estava saindo e depois de um banho fomos tomar o nosso café da manhã. A conversa com o dono da Pousada foi muito agradável. A esposa dele é fotografa e o filho, que nos atendeu na noite anterior e nos deu as chaves dos quartos, e a filha também trabalha com eles na administração e manutenção da Pousada.

16o Dia - 03/01/2015 – Sábado - Cristal - São Bento do Sul

Depois do café a esposa do dono nos pediu que fossemos com as motos em frente a Pedra Bonita, localizada ao lado da Pousada para tirar uma foto, sendo que disse que nos encaminharia a foto posteriormente. Embora ela não tenha nos pedido o e-mail nem nada, achei que poderia encaminhar para algum dos demais que nos repassariam as fotos, mas ao menos até hoje, não recebemos as fotos. Acho que teríamos que encaminhar uma e-mail para eles pedindo pela foto, quem sabe ela poderia nos mandar.
A estrada estava mais movimentada quando fomos chegando mais perto de Porto Alegre.
Aí então saímos em direção a Bento Gonçalves, sendo que na verdade passamos por Porto Alegre e depois do Guaíba saímos a caminho do norte sendo que passamos pela Arena do Grêmio e em seguida saímos para a esquerda em direção a Caxias do Sul, Bento e Gramado.

Chegamos bem em Bento e fomos diretamente para a Pousada Fornasier onde tínhamos feito nossas reservas. Assim que chegamos vimos que o restante do pessoal havia acabado de chegar e todos estava preocupados com o nosso horário pois teríamos que estar na visita do Museu do Imigrante e para o passeio de locomotiva até as 17h30 e já era 17h00.

O Chiquinho me perguntou se eu conhecia o local onde teríamos que ir e eu disse que sim, aí ele pediu que fossemos na frente tendo em vista que o grupo era muito grande e que ficaria difícil todos chegarem no horário. Imaginei que era para eu e o Adir irmos juntos e saímos. Mas no meio do caminho ele achou que deveria esperar pelo restante do pessoal e ficou esperando por eles. Eu e a Bê seguimos até o Museu da Imigração, onde a atendente falou que deveríamos nos dirigir para retirarmos os ingressos.

Confirmamos que a reserva estava valendo e teríamos que fazer a visita no próximo horário, pois se não fosse assim iríamos perder o último passeio da Maria Fumaça e se deixássemos para depois do passeio do trem não teria mais apresentação no Museu. Então tínhamos que ser rápidos. O pessoal chegou e a Bê foi chama-los para retirar os ingressos, eu até pensei em retirar para todos, mas era 80 por casal, 17 convites ficaria uma nota preta e eu achei que seria melhor cada um pagar o seu ou eu abriria falência.

Foi meio atrapalhado, mas com a ajuda do pessoal da administração, deixando que as pessoas entrassem para o passeio depois de iniciado o tour. O Poeta ficou para trás pois foi comprar água, quando ele chegou eu lhe disse que também estava com sede e que havia sido uma boa coisa comprar a água, aí ele me ofereceu um pouco e eu tomei um gole.

Ao final eu comprei 2 garrafas de água, uma para mim e outra para a Bê, sendo que a minha eu tomei em um único gole. Saímos rapidamente e fomos até a Estação de trem que fica ao lado para pegar as passagens e descobrimos que o trem estaria atrasado em 1 hora mais ou menos. Enquanto isso ficamos tomando vinho, suco de uva e espumante.

Depois de alguma espera ouvindo música de boa qualidade, embarcamos no trem, sendo que ficamos todos no mesmo vagão. O sistema de som do nosso vagão não funcionava direito, sendo que a toda hora falhava e acabou que ficamos mesmo sem som. Os artistas quando vinham ficavam com as possibilidades reduzidas, pois não era possível que todos do vagão os ouvisse. Mas ainda assim foi muito legal.
Dá para ver que o pessoal estava mesmo se divertindo! Márcio e Márcia. Denise e Chiquinho e Fátima e Adir.

Alexandre e Miriam. Tolardo e Alessandra. Ao fundo o Guilherme que estava sozinho.

Carmem e Poeta muito tristes como pode ser visto!

E a turma na bagunça. Mesmo com o som do vagão não funcionando muito bem.

Não poderia faltar nós dois, é claro.

Eitaaaaaa!!!!!

Quase surfando no trem. Hehehe.

Mais música e vinho no caminho. Parada estratégica em Garibaldi.

Dá-lhe vinho!


Belo trem. Maria fumaça à moda antiga. Sempre me lembro do meu avô materno. Jerônimo Vietta. Saudades.

A gente acaba não resistindo...

Bê, Poeta e Carmem. Adir. Márcia e Márcio.

Márcio, Fátima, Márcia, Bê, Adir, Poeta e Carmem, Icléia e Nelson.

Saída das nossas motos que estavam estacionadas na Estação da Maria Fumaça em Bento Gonçalves.
O pessoal é bem divertido e soube tirar proveito de todas as possibilidades que apareciam. Teve piada, dança e demais atrações do trem. Chegamos em Carlos Barbosa e embarcamos em um ônibus para retornar até a estação novamente, pegar as motos e ir jantar em algum lugar.

O pessoal que conhece a cidade nos levou até uma pizzaria que parecia ser muito boa, mas a fila de espera era grande e estávamos em muitas pessoas o que complicava sobremaneira as possibilidades de conseguirmos uma mesa.

Aí alguém teve a ideia de irmos a um outro local, a meia quadra dali, sendo que lá tinha pizza, salgados e outras coisas para jantarmos. Foi possível ajeitar todo o pessoal em uma mesa longa. Foi meio confuso para fazermos os pedidos, pois era muita gente e alguns já estavam meio nervosos com a demora e o atendimento. Acabou que pedimos uma pizza para nós quatro e algumas bebidas.

O Júlio e a Juliana que não foram conosco no passeio e ficaram descansando na Pousada, disseram que estavam preocupados com a gente, pois quando eles saíram da pousada não tinha ninguém na recepção e como não tinhamos feito o checkin, pois chegamos muito em cima da hora para irmos ao passeio, estávamos na rua. Tirando o Júlio e o Nelson, que eu vi quando fez o checkin, os demais não tinham quarto ainda e era meio tarde. Sendo assim, logo depois que comemos eu comentei com o pessoal de eu ir na frente para ver como poderíamos proceder o checkin da turma, entrando em contato com a dona da pousada ou seja, encontrar uma saída.

Mas o pessoal achou que seria melhor irmos todos juntos. Ok, esperamos para irmos todos juntos. Quando chegamos lá eles já tinham as chaves e sobrou somente eu, a Bê, o Adir e a Fátima sem quarto. Que chato! 

Aí encontramos o telefone da dona que disse que poderíamos ocupar dois quartos, mas um deles não tinha as chaves com o chaveiro padrão e ficamos preocupados que pudesse estar ocupado e nenhum de nós queria passar pela situação de abrir uma porta de um quarto com alguém dentro dele.

Aí pegamos um quarto embaixo e outro na torre, sendo que ela disse que uma das chaves estava guardada atrás da luminária do lado de fora e a outra poderíamos pegar na gaveta mesmo. O Adir pegou o quarto da torre e eu e a Bê pegamos o de baixo. Ao final eles disseram que tinha coco de pássaros sobre a cama e ainda por cima que a cama estava suja e nós nos demos mal porque nossa cama estava desmontando e tivemos que empurrar a cama para o lado e colocar o colchão no chão para dormir. Ainda bem que tinha espaço.
Nossa cama estava quebrada. Assim que a Bê sentou ela caiu. Nem fui eu o culpado. Hehehe.

Como estávamos cansados nem quisemos saber de nada. Empurramos a cama para o lado e arrumamos o colchão no chão onde dormimos até que muito bem. Mas deu para ver que a pousada estava mesmo decadente depois da morte do dono.

Hora de dormir, embora o Adir tenha nos convidado para irmos até o quarto deles para ver como era, mas deixamos para ir no dia seguinte, pois estávamos mesmo cansados. A noite tinha sido um tanto estressante, principalmente devido ao ocorrido com a questão do check in da pousada. Ao final, dormi com todas essas coisas na cabeça.

17o Dia - 04/01/2015 – Domingo - São Bento do Sul - Gramado

O pessoal foi embora logo cedo, às 9h00 da manhã. Quando chegamos para tomar café eles estavam lá embaixo tirando foto para sair. Eu desci para me despedir do pessoal.

O pessoal foi embora e nós fomos tomar o nosso café da manhã e depois conversamos com a Mari, que é a dona da pensão, sobre todos os problemas que havíamos observado e ela ficou só se defendendo dizendo que os empregados é que não estavam informando e fazendo o que eles deveriam fazer. Pode uma coisa maluca dessas? Insisti que ela me acompanhasse ao meu quarto para mostrar para ela como estava a nossa cama e que era mesmo uma vergonha a gente ter dormido daquele jeito.

Soubemos que o dono da pousada havia falecido e que a esposa dele ficou cuidando da Pousada. Visivelmente ela está tendo dificuldade em administrar o local. É uma pena, porque o lugar costumava ser muito bom e agradável. Ao menos em nosso quarto tinha água para tomar banho e um café da manhã razoável, embora o pessoal tenha comentado que teve quarto que não tinha água e o Adir nos falou que a torneira do chuveiro do quarto deles estava dando choque.

Mas, é a vida. Acho que a Pousada Fornasier não vai durar muito não, pois a dona não está sendo capaz de compreender o que está acontecendo com o negócio dela. Eu bem que tentei alertar.

Fomos até o quarto da torre, onde o Adir e a Fátima tinham ficado, embora estivesse com os problemas que haviam dito ainda assim a vista era mesmo maravilhosa. Descemos para irmos arrumar as bagagens e descer para carregar a moto. Fomos pegar as motos que estavam estacionadas ao lado da pousada. As motos das duas estava dentro da garagem e as nossas estavam estacionadas do lado de fora.
O Adir e eu em frente a pousada.

Nós quatro no mirante da cachoeira que é mesmo linda!

Como resistir a este paisagem e a esta mulher? Eu não consigo.



A pousada Fornasier anda é uma construção impressionante.
Subimos com as motos, carregamos as bagagens e saímos em direção a Gramado. Uma viagem curta mas que tem um estrada muito bonita em uma serrinha cheia de curvas que vale muito a pena. É o caminho entre Caxias do Sul e Gramado, por onde a gente passa quando vem de Curitiba para Gramado pela BR-116.
As nossas meninas prontas para partir para Gramado. Cada dia uma aventura.

A Fátima não resistiu a ir buscar umas uvas na parreira. Hehehe. O melhor é que estavam mesmo muito boas.

Passamos por Nova Petrópolis e depois Gramado. Fomos direto até o Hotel Sky, onde havíamos conseguido fazer a reserva apenas a 2 dias. Aí foi quando ficamos sabendo que não tinham vagas em lugar algum em Gramado e que foi um golpe de muita sorte mesmo quando conseguimos as vagas no hotel. Caminhamos muito para chegar ao quarto e demos tantas voltas que achei que não conseguiria encontrar novamente o quarto depois de sair. Não fizemos um mapa, mas deveríamos ter um. Hehehe.

Ainda estavam arrumando o quarto do Adir e da Fátima, e eles tinham que esperar. Dissemos para deixarem as coisas no nosso quarto mas eles não quiseram e ficaram esperando. Só que a Fátima estava desmontando todas as malas e, depois nos explicou que estava procurando pelo relógio da câmera Sony que ela estava utilizando presa ao capacete, do tipo GoPro. Ficamos todos preocupados pois tratava-se de um acessório importante para o funcionamento da filmadora.

Ela procurou muito não encontrou, o pior é que não fazia a menor ideia do que tinha acontecido ou de onde poderia estar o relógio, controle-remoto.

Depois o Adir me falou que o relógio estava com o Poeta! Nossa! Não entendi como isso teria acontecido, mas tinha algo a ver com a gente ter saído da Pousada Fornasier rapidinho para irmos até o passeio antes do restante do pessoal visando garantir nossa reserva. Ces`t la vie! O que fazer. Ainda bem que ao menos não estava perdido, mas em nossa viagem não teria mais como ela utilizar o disparador.

Saímos em direção ao centro da cidade, mas antes fomos apanhados pelo dono do restaurante que estava em frente ao hotel e que havia convencido a Bê e a Fátima de que valeria a pena almoçarmos lá, o pior é que o almoço estava bom mesmo, o dono não estava mentindo.

O dono do restaurante ainda nos deu uma carona até o centro, na verdade até perto do centro. Depois fomos caminhando atrás de encontrar uma bota para a Bê, pois a dela estava mesmo precisando jogar no lixo, no início apenas a sola estava quebrada, onde por vezes enroscava o puxador do pedal de apoio da moto, mas depois a bota já tinha aberto completamente. Abril um rombo do lado, descolando a sola quase que completamente.
Boneco na rua. Quase um soldadinho de chumbo.

Uma loja de muitos badulaques interessantes.

Essa foto a Bê dedicou ao Nino que sempre gostou de um globo. Mas quem não gosta? Não é mesmo?

Depois de umas voltas por algumas lojas, inclusive de antiguidades, com relógios cuco, etc., encontramos uma bota que nos agradou e compramos. Aproveitei para ir ao Bradesco sacar um dinheiro. Retornando para a avenida central paramos na loja de um gaúcho muito simpático que nos enrolou bastante e acabamos comprando algumas lembranças na loja dele, o pior é que esqueci de pegar alguma coisa que comprei e, pior ainda, até agora não me lembro do que era. Hehehe. Ainda bem, assim não me faz falta. Era uma loja daquelas que tem pelego, cuia, bomba, etc.
Loja do gaúcho simpático que nos atendeu muito bem.

O dia estava maravilhoso.

A árvore de Natal na rotatória principal de Gramado.

A Igreja é um símbolo da cidade. Ainda mais com essa luz ficou divina!
A alameda da Igreja é ladeada por imagens que lembra Roma.
Depois descemos para a rua principal e fomos até a Igreja de pedra de Gramado e depois fomos à rua coberta onde tomamos um café e assistimos a um show de pessoal de circo, montado em um micro-ônibus antigo com um toldo. Um pessoal interessante que faziam principalmente malabares.

A Bê não estava tão interessada nos malabares. Hahaha.
Aí seguimos até um bar onde o Adir nos levou dizendo que ali tinha cerveja e pediu uma Coruja Viva para tomarmos. Uma delícia realmente. Muito boa. É incrível como a cerveja artesanal sustenta, a gente não consegue tomar, tomar e tomar. Toma 1 ou 2 e simplesmente não cabe mais nada.
À pé gente podia beber. Uma coisa muito boa essa cervejaria que o Adir nos indicou.

E para acompanhar a cerveja....

Caminhando pela galeria onde estava o bar das cervejas encontramos uma loja de coisas vintage. O Adir sabe qual o nome do estilo, mas eu não me lembro. Latas de coca-cola estilosas, bombas de gasolina, etc., depois nos chamou para subir pela escada caracol até o piso superior e ver uma eletrola. Aí rolou o maior papo cabeça de gente que conhece os esquemas de mixagem et all. Aí foi que tive uma aula sobre mixagem onde se elimina os pontos muito altos que evitam o salto da agulha. Ainda por cima, a gente nem gostaria de escutar uma música sem mixagem, pois os pontos de volume alto seriam desagradáveis aos ouvidos.

Depois de muita conversa, dentro e fora da loja, quando ficamos sentados em um banco na calçada enquanto elas foram ver lojas. Tive uma verdadeira aula sobre sistemas de som e gravação. Achei muito interessante aprender um pouco sobre efeitos especiais sonoros. Inclusive ele me explicou sobre uma empresa que fornece sistemas de som para games e que eu já tinha visto no youtube uma gravação que simula que você está no barbeiro. Quem já ouviu sabe do quanto é impressionante o que estou falando, é mesmo uma experiência de som 3D. Falamos sobre como isso funciona e como o cérebro calcula de onde o som vem, etc. Tudo tecnologias que são utilizadas para o desenvolvimento de games.

Do centro fomos caminhando até o Hotel novamente, até que não era longe. Chamamos um taxi para nos levar até o Natal de Luz, que era na verdade o principal motivo para termos ido até Gramado. Antigamente o desfile era realizado na Avenida principal da cidade mas agora, foi construído um galpão enorme onde o desfile acontece. Tem arquibancadas em ambos os lados. Um lugar muito grande construído em um parque.

Nós no taxi para assistir ao Natal de Luz.
Chegamos cedo e encontramos um senhor, amigo do Adir, novamente as coincidências da viagem, elas continuavam. Ficamos de papo com ele e depois o Adir combinou de conversarmos após o desfile, pois estávamos pensando em ir jantar um fondue juntos, a nossa sugestão era o restaurante que tem ao lado do Hotel, na verdade no próprio salão do café da manhã do hotel.

Exposição na entrada do espetáculo.

Nós encontramos um amigo do Adir de Florianópolis que estava passeando por Gramado.

Gostamos da imagem, quase deu certo nos inserirmos na paisagem.

A fila da pipoca foi algo impressionante, fiquei cerca de 20 min na fila, papeando com um senhor, que estava aposentado da Petrobrás e que estava morando em Salvador. Era gaúcho e estava visitando familiares no sul. Perguntei sobre a violência em Salvador e ele me disse que estava demais, assim ele mesmo estava pensando em retornar para o sul, agora que estava aposentado. O papo estava bom e ajudou um bocado para que a fila andasse um pouco mais rápido.

Como tinha carro-quente, comprei cachorro e pipoca para todos. Voltei para o nosso lugar na arquibancada. Na verdade eu não fazia a menor ideia do que a gente veria, pois nunca havia me informado sobre o que é o Natal Luz. Depois que começou vi que se trata praticamente de um desfile de carnaval, só que tem motivos de Natal. É muito bem feito. Passaram muitos anjos, Marias e Josés, Jesus e Apóstolos, sem se esquecer dos Reis Magos, que eram também magros.

Tinham muitos carros alegóricos e muitos figurantes. É uma apresentação de muito luxo, claro que não se compara com o carnaval do rio, porque realmente esse é sem comparativos, mas creio que é melhor do que muito carnaval que tem por aí, inclusive o de Florianópolis por exemplo.
Já na entrada um boneco tipo soldado inglês. Registramos.

Na arquibancada esperando pelo desfile.

Depois do desfile, fomos até a pista e reencontramos o amigo do Adir, só que dessa vez, com a esposa e a filha. O amigo dele estava falando com o Prefeito de Gramado, pois a seção que eles ficaram era com cadeiras numeradas, cadeirinhas, etc. O local que nós ficamos era banco do tipo taboa de circo mesmo. Hehehe. Aí combinamos de ir jantar em um restaurante sugerido pela esposa do amigo dele, cujo nome me escapa, que ficava localizado ao lado do Clube de Tênis de Gramado.







Algumas fotos dando uma ideia do que é o desfile. Quase uma Marquês de Sapucaí. Hehehe. Com motivos natalinos.

Saímos e fomos caminhando para o local onde deveria estar os taxis que buscam o pessoal após o show. Acontece que a fila do taxi era simplesmente enorme. Aí pegamos o celular e vimos que tínhamos que caminhar muito pouco para chegar lá, coisa de 800m. Fomos caminhando mesmo que seria muito mais rápido e interessante do que ficar esperando na fila.

Ao longo do caminho eu estava aloprando, como sempre e a Bê bateu a minha mão na perna dela, só que o dedão estava virado e bateu de frente com a perna dela. Cara meu!!!! Quase quebrou o meu dedo. Fiquei muito puto! Para que essa agressividade? E o pior é que não tem delegacia do Homem!

Bem, depois disso fiquei muito puto. Minha vontade era de nem ir jantar mais. Eu estava querendo ir para o hotel direto. Meu dedo deslocado me lembrando que durante o próximo mês estaria com esse dedo doendo e me incomodando, ou ainda pior, porque de velho a natureza não cuida. Hehe.

O local indicado no GPS não tinha nada de Clube de Tênis. Encontramos alguém para perguntar onde era e nos informaram que era uns 500m mais para frente. Assim seguimos. O duro foi subir a ladeira que tem para chegar ao restaurante. Jantamos muito bem e o pessoal que estava conosco era bem interessante.

Depois disso fomos ao Hotel, com um transfer do restaurante e não nos cobrou nada. Uma delícia. Antes de dormir conversamos um pouco sobre o nosso caminho do dia seguinte para retornarmos para Florianópolis, considerando que na BR-101 costuma ter uma fila muito grande na ponte de Laguna que está em construção. Como época de final de ano tem um movimento de verão daqueles eu estava preocupado com o caminho que tínhamos pela frente. Ficamos de ver no dia seguinte qual a melhor alternativa. O pessoal de Floripa, que havia seguido de Bento Gonçalves, acabou decidindo ir por Lages, para evitar o movimento. Aí é que fiquei mais em dúvida ainda, pois ele chegaram relativamente cedo em casa, saíram às 9 e chegaram em Floripa antes das 5 da tarde.

18o Dia - 05/01/2015 – Segunda-Feira - Gramado - Florianópolis

Durante o café da manhã conversamos sobre qual caminho e seguir e depois de algumas alternativas fomos pela Estrada do Sol e BR-101 mesmo. Ao final o caminho foi excelente, paramos no mirante da Estrada do Sol para tirar umas fotos. A estrada do Sol é muito agradável. Paramos para abastecer antes de chegarmos em Laguna para estarmos com o tanque cheio para o caso de termos que ficar um tempo a mais para passar por Laguna.

Quando chegamos lá, vimos pelo GPS que teríamos pouco mais de 10km de engarrafamento. Claro que com a moto é muito mais simples do que quando a gente está de carro. Fomos seguindo pelo corredor, devagar e mesmo assim teve uma hora que uma mulher abriu a porta do carro bem na frente da Bê e quase que ela se atrapalha, pois por muito pouco não bateu o mata-cachorro no pneu de uma caminhão.

A escolha do caminho foi acertada, pois passamos pelo movimento rapidamente. Depois de passarmos por Laguna paramos no posto Graal para um lanche, banheiro, etc. Aí nos despedimos e seguimos juntos até Floripa. A via expressa estava meio engarrafada, como sempre. Chegamos já era noite, pois saímos meio tarde de lá.
Muita alegria pelo cumprimento de um percurso desafiador e com muitas dificuldades superadas.

Ao final de uma magnífica jornada, onde as Ladies foram pilotando e a Bê fez a sua melhor viagem. Uma saga maravilhosa pois ela estava muito ansiosa com a viagem tendo em vista que ela queria muito fazer uma viagem longa.

Esta viagem teve dois momentos. O início, em que todos estávamos muito felizes e satisfeito e o final onde, possivelmente por estarmos retornando, o clima ficou um pouco mais tenso. Mas, assim são as viagens e as relações.

Ao final creio que pudemos aprender muitas coisas. Eu, por exemplo. aprendi que a Bê é uma excelente piloto e que anda de Harley como poucas pessoas, incluindo os homens que conheço. Esse aprendizado continua sendo o mais impressionante para mim, pois não achei que ela pegaria tão rápido as manhas para rodar em viagens mais longas.

Em resumo acho que ela tem duas coisas para melhorar ainda. Uma delas é achar uma forma de não sentir sono quando o caminho se torna monótono, o que eu superei através da satisfação de estar andando de moto, ela deverá encontrar a solução dela, que nem imagino qual seja, e a outra é aprender a frear mais com o freio dianteiro quando a situaçãoo exige, em velocidades um pouco maiores. Só isso e ainda assim a título de aperfeiçoamento, porque do jeito que está, já está ótimo.
Na segurança da garagem do nosso lar.

Em casa. Que delícia. A felicidade não pode ser escondida.

Esse foi o resumo do caminho. Uma distância percorrida de 4.367km. Parabéns Bê! Já está uma mocinha!

Abraços pessoal e grato por terem lido até aqui esses meus registros de mais uma aventura que tivemos.

Até a próxima.