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Trecho entre Colonia del Sacramento e Rivera - 540 km. |
O dia anterior e esta manhã, eram um dia especial que devido ao nosso esforço maior, conseguimos praticamente ganhar, adiantando a nossa viagem para desfrutar.
Levantamos não muito cedo, conseguimos sair do quarto era quase 9 e meia, mas era da manhã ainda, não estava tão mal. Tomamos o nosso café e fechamos a conta no hotel, colocando as bagagens já na moto. Iríamos dar uma volta pela deliciosa cidade, despedir do pessoal que estava no hostal e seguir até Rivera, para quem sabe comprar alguma coisa de interessante.
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Saímos do quarto no raiar das 9:30 da matina. |
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Café da manhã. |
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E a tentação permanecia. Um calor de rachar e a piscina nos chamando. Resistimos. |
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Saída na frente do hotel. |
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As maravilhosas ruas do centro histórico de Colonia |
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Voltinha pelo centro histórico de Colonia. |
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Este foi mesmo corajoso. Um verdadeiro iron butt. De 883, original, sem parabrisa. |
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O pessoal acabou acordando. Ao menos alguns deles. |
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Mais ruas maravilhosas. |
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Esta é uma praça que tem o pavimento original de Colonia preservado. |
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Só aqui mesmo! |
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Paramos em frente ao banco eletrônico para sacar alguns pesos uruguaios. |
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A paisagem em Colonia é sempre muito interessante. Sempre tem uma surpresa. |
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As palmeiras que ladeiam a estrada na saída de Colonia. Nunca me acostumarei com essa imagem. |
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Que paisagem esta. Palmeiras plantadas a mais de 50 anos às margens da estrada! |
Precisava passar em um banco eletrônico para sacar um pouco de Peso Uruguaio para seguirmos em frente, já que algumas vezes ao longo do caminho poderíamos encontrar a necessidade de ter dinheiro, como vinha acontecendo em diversos locais da Argentina.
Depois de uma luta normal para conseguir sacar dinheiro nos caixas dos hermanos e ter tido que trocar de banco ao menos 2 vezes, consegui sacar $ 3.000,00, algo como R$ 300,00, o que deveria ser mais do que suficiente para aquele dia incluindo o pernoite em Rivera.
Depois de rodar um pouco pelo setor histórico da cidade, saímos de Colonia, ainda perto do meio-dia. Não almoçamos em Colonia e seguimos em direção a Tacuarembó, cidade opnde teria nascido Carlos Gardel, segundo os Uruguaios, depois Rivera, já na divisa com o Brasil em Santana do Livramento.
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Caminho ladeado por palmeiras lindas. |
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Como sempre, as estradas são lindas. |
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Cruzando a Ruta 3, por onde havíamos passado quando fomos de Paysandu a Montevideo, no início da viagem. |
Este dia havia sido um presente que nos demos, pois puxamos muito nos outros dias para que tivéssemos um dia de folga e posso garantir que foi um dia maravilhoso.
Não gosto da ideia de que a viagem deve ser apenas a ida, a volta tem que ser algo sem graça, apenas voltar para casa. Discordo totalmente, até o último momento da viagem trata-se da viagem. Assim como temos que nos cuidar desde o primeiro momento até o último, pois a maioria dos acidentes acontecem nas proximidades do ponto de origem ou de destino exatamente devido a este pensamento, acho eu.
Desta forma, enquanto estávamos voltando, fomos apreciando e aproveitando o caminho de todas as formas que se apresentaram, exatamente da mesma forma que fizemos durante a ida. Assim, aquela tarde em Bs. As., quando almoçamos no Puerto Madero, foi muito especial e esta noite e manhã em Colonia também foi muito especial. Nem imaginávamos ainda o que nos aguardava a frente.
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Parando a moto para almoçar em Trinidad. |
Ao longo do caminho passamos por uma cidade chamada Trinidad, um lugar quente e preguiçoso onde não havia quase ninguém nas ruas, quando paramos em um sinaleiro, à nossa esquerda vimos um restaurante bem movimentado que parecia ser muito bom, embora simples.
Achei uma sombra para parar a moto, mesmo em cima da calçada, já que tinham outros carros sobre a calçada também. Afinal era sábado à tarde e em uma cidade do interior isso significa que deve ser ainda mais tranquilo.
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Restaurante onde almoçamos em Trinidad. |
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Eh! Beleza! |
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Imagens do caminho. |
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Chegada em Tacuarembó. |
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A caminho de Rivera. |
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Na chegada em Rivera um monumento em protesto aos acidentes. |
Chegamos em Rivera e fomos direto até a loja da Harley, pois era praticamente 8 da noite, quando, imagino, as lojas do comércio deveriam estar fechando. Chegamos a tempo de pegar a loja aberta, entretanto não tinha botas a venda. Incrível a dificuldade para se comprar uma bota da HD.
Já que não tinha, descemos pela rua lateral da loja, que nos levou até a esquina da Avenida Sarandí, na esquina do Hotel Uruguai-Brasil, onde deveríamos dormir. Pensamos em parar ali no hotel e ir até o comércio da Av. Sarandí, onde se localiza a maioria das lojas do bom comércio de Rivera, entretanto todas as lojas estavam fechadas. Que pena!
Seguimos em direção à Aduana para fazer a nossa saída do Uruguai, para que no dia seguinte pudéssemos seguir direto para Floripa, pois teríamos um trecho de 932 km.
Enquanto descíamos a avenida principal passou no sentido oposto uma moto Big Trail, com muitas bagagens e cumprimentamos como sempre fazemos com companheiros de sonhos. Escutei o assobio do piloto e pelo tipo do cumprimento, o movimento com as mãos, achei que parecia o Daniel.
Aí falei com a Bê:
- Será que era o Daniel e a Ana?
Ela disse:
- Acho que não! Como poderia ser eles?
Bem, acompanhei a imagem pelo retrovisor e vi que eles se preparavam para fazer a volta. Parei a moto próximo à esquina da praça onde estávamos e ele veio. Aí vi que eram eles. Incrível! Como poderia ser eles com uma moto que não tinha nada a ver com a HD? Era uma Kawasaki Versys 1000cc. Acho que é esse o nome.
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Quando o Daniel e a Ana pararam do nosso lado na avenida Sarandí. |
Como era possível isso? A viagem dos encontros foi o que falei para eles. Fizemos uma pequena festa e fomos até a Aduana parar as motos e conversar. Eles tinham acabado de chegar e já tinham feito a aduana e estavam subindo a avenida e nós estávamos descendo.
Paramos em frente à Aduana de Rivera e foi uma festa. A maior emoção era mesmo a do inusitado encontro que nenhum de nós podia acreditar que tivesse acontecido assim, sem mais nem menos. Até hoje tenho dificuldades em acreditar nisso.
Colocamos um pouco da conversa em dia e fui até o balcão da Aduana, aproveitando que não tinha ninguém ali para fazer a nossa saída. Voltei e decidimos sair da rua, indo até o Hotel Uruguai-Brasil, pois o outro que havíamos ficado era muito ruim.
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Quando paramos em frente a Aduana. |
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Em frente a Aduana em Rivera - UY. |
Guardamos as moto, levamos as bagens para cima, demos entrada no hotel e nos acomodamos nos quartos e descemos para colocar as conversas em dia. Claro que isso nem seria possível, pois precisaríamos de uma semana pelo menos para contar todas as nossas aventuras e para que eles também pudessem nos contar as suas.
Muito se falou e muito rimos de tudo o que tínhamos vivido. As histórias do ocorrido com o Lauro e a Edite, as dificuldades que tivemos a partir daquele momento para podermos encarar a viagem, todas as nossas dúvidas em seguir ou não. A ida a Montevideo e visita ao Alejandro. Foram muitas coisas. Mas o inusitado do encontro, realmente ninguém podia acreditar. A Siba em El Calafate, o Jorge no Buque Bus e o Botto e seus companheiros em Colonia e agora eles aqui.
Realmente, a viagem dos encontros.
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Jantar na Churrascaria do Hotel Uruguai-Brasil, onde ficamos. |
Eu havia programado com a Bê de irmos jantar no mesmo restaurante que nós havíamos jantado juntamente com o Lauro e a Edite em nosso primeiro dia de viagem, me parecia muito legal essa idéia, mas depois daquele encontro, acabamos ficando ali mesmo na Uruguai-Brasil, que também é boa.
Ficamos de papo até as 2:30 da manhã. Quando vimos já era muito tarde. Fomos dormir para seguirmos nosso caminho no dia seguinte que seria um bom trecho de quase 1.000 km. O Daniel e a Ana disseram que iriam fazer umas compras e que sairiam mais tarde, pois o destino deles seria Porto Alegre, pois ainda tinham uns 3 dias para chegar em Curitiba. Nós é que teríamos apenas o domingo para chegar em Floripa, o que não era nenhum problema.
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