Bianchi e Bernadete - BEB: Ushuaia

Nesta manhã do último dia do ano, acordamos às 9:30. Já muito tarde, pois o café era servido apenas até as 10 da manhã. tomamos um banho rápido e descemos para o café. O nosso banheiro estava uma coisa de louco, cheio com as nossas roupas impermeáveis muito sujas. Juntamos todas as roupas e colocamos dentro do armário, juntamente com um pano que pedimos para a camareira visando limpar as nossas roupas depois.

Decidimos que ficaríamos em Ushuaia não apenas um dia, como originalmente havíamos previsto, mas sim 2 dias. Iriamos embora no dia 2 de janeiro para Punta Arenas. A parte da reprogramação da viagem estava indo assim meio sem um plano definitivo. Como havíamos perdido 4 dias, estávamos readequando o programa da forma como era possível e adequado.

O nosso roteiro envolvia até aquele momento Ushuaia, Punta Arenas, Puerto Natales, El Calafate, Bariloche, Villa la Angostura e estávamos avaliando, pois não parecia possível cruzar os Andes nos 2 Pasos que ainda não conhecíamos pois não teríamos tempo suficiente.

Ainda não havíamos decidido qual caminho tomar para ir a Punta Arenas, poderíamos ir através do mesmo caminho que havíamos utilizado para vir, cruzando o Estreito de Magalhães no mesmo ponto, ou ir até Porvenir para embarcar para Punta Arenas. O problema ficava por conta da barca de Porvenir sair apenas uma vez por dia sem horário muito certo, dependendo muito do clima e dos ventos além do fato de ter um trecho desconhecido de rípio que era mais longo um pouco.

Imagem da janela do nosso quarto no Hotel Costa Sur.

Nós na sala do café da manhã, que já estava encerrando.

Teve uma atendente que nos ajudou, pois quando chegamos no Hotel que havíamos reservado pelo e-booking ela nos disse que havia dado um problema e não havia vagas naquele hotel, dizendo que houve um problema com o e-booking, mas como ela trabalhava neste outro hotel também, ela nos reposicionou, o que ao final foi muito bom. Acabamos ficando em um hotel muito melhor que o anterior.

A Bê com a atendente que no ajudou na relocação entre hotéis.

Vista do portão do hotel Costa Sur.

Tratamos no hotel quem poderia nos levar para um passeio de barco pelo Cabo Horn e a nossa atendente conseguiu o contato e nos ajeitou tudo, dizendo onde teríamos que ir por qual da barraquinhas procurar.

Perguntamos ainda sobre a ceia de noite de Ano Novo e eles disseram que seria servida uma ceia no hotel às 10 horas da noite, pois os funcionários iriam embora para suas casas. Acertamos a ceia que custou uma fortuna, $600,00 pesos por pessoa, R$270,00. Com vinho e um refrigerante ou água. Apenas 1. O vinho era a vontade mas a água somente uma. Pode isso? Acertamos e pagamos a janta para eles.

Saímos do hotel, depois de uma rápida ajeitada nas nossas coisas do quarto, que decidimos deixar para arrumar depois. Tínhamos a intenção de voltar ao portal de chegada da cidade para tirar umas fotos, pois de madrugada acabamos não tirando devido ao cansaço e à chuva.

Pretendíamos ainda aproveitar a tarde para fazer uma passeio de barco pelo Cabo Horn, visitando os locais onde ficam os leões marinhos, e outros animais daquela região.

A moto estava simplesmente imunda e ficou assim até que chegamos de volta.

Embora alguns conhecidos tenham nos dito que o lugar é ruim e que não teria nada para ver ou fazer lá, ficamos impressionadíssimos com a paisagem. Ushuaia é cercada de montes nevados por todos os lados, onde se olha se vê montes nevados. além disso o colorido das casas é muito bonito, como característica geral das cidades da Patagônia, poderia se dizer que o colorido das casas é marca registrada, assim como o frio, o vento, etc.

Vista geral da cidade de Ushuaia.

A paisagem em Ushuaia é simplesmente fantástica.

Após darmos um jeito no quarto, limpar um pouco as nossa roupas de chuva, o que não estava sendo muito fácil e acabamos largando tudo lá meio que pela metade. Saímos e, mesmo sabendo que o clima em Ushuaia é muito instável, saímos do hotel com a moto sem as roupas de chuva.

Vale comentar que usamos as roupas de chuva durante a viagem muito mais como impermeáveis para proteção contra o frio do que contra a chuva propriamente dita, ou seja, quando estava muito frio, a gente já vestia a roupa de chuva antes de sair para a estrada, aí, quando ao longo do caminho chovia, já estávamos preparados. Desta forma não fazia quase diferença nenhuma chover ou não chover ao longo do caminho.

Fomos até o portal da cidade para tirar fotos e lá encontramos 2 motociclista com BMW e uma família de Campinas, pessoal muito bem humorado, casal e uma filha. Riam muito e tinham uma bandeira do Brasil bem grande.

Tiramos fotos com a bandeira e com eles.

Nós no portal da cidade.

Nós com o Campineiro e sua bandeira.

Meu amor. Ao fundo o casal de Campineiros.

Nós estivemos lá! É difícil de acreditar, mas é fato.

Na fila do posto para colocar gasolina. Isso é comum lá na Argentina.

Na maioria dos postos onde abastecemos na Argentina havia fila para abastecimento. Tanto nas rodovias como nas cidades. Algumas vezes abastecemos sem filas, mas era muito raro. Na Argentina quando o caminhão chega para abastecer o posto, todos os abastecimentos são paralizados por segurança e o posto fica fechado para abastecimentos durante cerca de 1 hora. Depois deste tempo a fila é relativamente longa, quando não tem outro posto com gasolina pela região.

Estacionamos a moto na praça na região costeira

Nos informamos no Hotel e eles nos disseram que para fazer o passeio teríamos que ir até uma das barraquinhas que tinha na região do porto, onde também havia um Centro de Informações Turísticas, onde conseguimos um mapa da cidade com o seus pontos turísticos.

A Bê estudando o mapa da cidade.

Nós em frente ao porto aguardando para embarcar.

Tomando chimarrão embarcado no Cabo Horn

Vista de nosso passeio pelo Cabo de Horn ou Canal de Beagle. Que paisagem!

Acho que a Bê achou a paisagem mágica ou inebriante. Eu também achei.

A paisagem é inacreditável.

Um dos picos dentre as muitas montanhas que circundam Ushuaia,

Ilha de Cormorões.

Leões Marinhos tomando sol.

Ilha com leões marinhos e cormorões aos montes. Além de muito frio.

A Bê estava linda. Nem cara de cansada não tinha.

Que delícia!

Faro do Fin del Mundo, no Cabo Horn.

Mais Cormorões.

Eu andando em uma das Ilhas por onde passamos. Uma praia de conchas.

O barco que nos levou para o passeio.

A paisagem é inexplicável. A foto fala por si.

Depois que voltamos do passeio fomos até a praça em frente ao porto.

Dá para ver pela cor do capacete o tanto que ficamos sujos no rípio.

Pegamos a moto novamente e saímos para passear pela cidade. Fomos em direção à região mais alta da cidade, onde tem um caminho que conduz ao pé do acesso ao Graciar Martial. Chegamos lá e estava tudo bem dizer abando nado, ninguém por lá, claro, já eram umas 8 e meia da noite e era noite de véspera de Ano Novo.

A Bê já estava querendo voltar para o hotel a fim de se arrumar pelo menos um pouco para a noite de Ano Novo. Concordei com ela que estava na hora de voltar ao hotel mesmo, fomos até lá.

Tomamos nosso banho de banheira, pois ainda tinha um tempinho sobrando e aproveitamos para limpas as roupas de chuva que estavam uma coisa de doido. O pior é que a sujeira parecia não sair, ou seja, havia um pó de pedra que havia infiltrado nos poros das roupas e estava difícil de tirar.

Aos poucos fomos limpando. O pior foi que quando saímos da banheira, vimos que havia vazado água, ou seja, tinha transbordado a banheira e o banheiro estava alagado. Lá fomos nós darmos um jeito no banheiro.

Colocamos nossas roupas para o ano novo, ajeitamos aceitavelmente a bagunça do quarto e descemos devia ser umas 10 da noite. Encontramos um pessoal muito legal de Buenos Aires, dois casais novos e uma menina de uns 10 anos. O Fernando e o amigo dele que não me lembro o nome estavam lá em baixo, mas as mulheres ainda não. Estavam no quarto se arrumando para o jantar.

Eu e a menina do casal de Bs. As.

Nossos amigos de Bs. As. esperando pela ceia de Ano Novo.
Da esquerda para a direita: Javier, Paola, a menina (não lembro o nome) Natalia e Fernando.

Esse pessoal era muito gente boa. Eles estava com um Eco Sport e estavam todos juntos no carro. O Fernando nos contou que estava viajando de moto mas quando entraram na Península Valdez, ele se empolgou no rípio que estava muito ruim e acabou caindo. Aí ele foi levado ao hospital em Puerto Madryn e estava com a clavícola quebrada, não dá para ver muito bem, mas ele estava com um tipo de gesso moderno que não permitia que ele mexesse muito bem o ombro esquerdo.

Até que ele estava muito animado e não se entregava à dor não, o cara era firme. Muito bo a gente mesmo, se interessou um monte pela moto, quis saber um monte coisas.

Depois, ainda acompanhamos eles pelo Facebook por alguns dos caminhos que passamos, nos deram uma excelente dica de ficarmos no hotel Posta Sur, em El Calafate, que foi uma outra excelente indicação por um preço de US$84,00 a diária do casal.