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Trecho efetivamente percorrido no dia 22/12/2012.
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Aí começou uma novela danada, entrar em contato com o seguro que havíamos contratado para ver como teria que ser o procedimento para remoção dela para o Brasil. Foram muitas ligações e muitos dias para que a coisa fosse solucionada, com a participação inclusive do Rafael Turra, que foi a pessoa que nos vendeu o seguro e que nos deu o maior apoio quando a coisa ficou mesmo preta.
Depois de passados um ou dois dias, eu, a Bê e o Lauro estávamos conversando sobre o ocorrido buscando compreender os sinais e onde exatamente erramos. Cheguei à conclusão que ainda não me foi dados compreender o que aconteceu, mas uma coisa é certa, varias foram as coincidências que nos prepararam para aquela situação, incluindo o próprio seguro saúde que contratamos 2 dias antes da viagem e que depois de decidido pelo plano mais simples, com uma ligação do Lauro, acabamos mudando para um plano mais caro e que incluía repatriamento, que era exatamente o que estávamos necessitando no momento.
Isso sem considerar as calças de cordura da Edite, que sempre preferiu usar calças jeans e que nesta viagem estava usando calças de cordura, o que impediu que ambos tivessem escoriações, agora reforçou ainda mais a minha insistência com a Bê para que ela nunca ande sem as roupas de proteção, mesmo quando faz muito calor.
Desta forma chegamos à conclusão de que aquele acidente parecia ter sido planejado e programado em seus mínimos detalhes. Como compreender isso? Não dá. Somos cegos para entender as nuances da vida.
Depois de muito sofrimento devido ao stress de não encontrar a solução definitiva, com a participação direta do Rafael foi possível acertar as ambulâncias e os trechos de avião para levar a Edite embora juntamente com o Lauro. Confesso que houve momento que senti inveja do Lauro estar indo embora e eu ter ficado ali com a Bê e a moto e o coração apertado com uma impressão terrível de algo muito ruim ainda poderia acontecer. Tudo bem que o medo faz parte, mas naquele momento a coisa estava um tanto forte de mais, parecia que havia uma voz gritando algo que eu não conseguia compreender.
Essa foi a parte mais complexa da viagem. Este momento, que durou uma eternidade, quando nós não sabíamos o que deveríamos fazer.
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Posto da Policia Caminera em Paysandu. |
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Foto que o policial pediu para tirarmos na entrada do Hospital Paysandu. |
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Rio Uruguai em Paysandu |
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Avenida Costanera em Paysandu |
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Venda de fogos nas ruas. Normalmente vendido por jovens. |
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Praça central de Paysandu. Local onde começa o calçadão. |
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Catedral de Paysandu. |
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Catedral de Paysandu. |
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Catedral de Paysandu. |
No final do dia 24, véspera de Natal, nós estávamos muito perdidos. Nem pensamos em comprar algo para a ceia. Desta forma, depois de um passeio pela cidade, realizado ao final da tarde, fomos até o hospital e entramos no quarto da Edite. O quarto estava vazio, na verdade a seção do hospital estava vazio, assim como acontece aqui no Brasil, eles preferem dar alta para os pacientes de forma que possam passar o Natal com os familiares em casa, a não ser aqueles que não tem alternativa, como era o caso da Edite.
Ficamos ali durante muito tempo, até que nos colocaram para fora. Eles estavam felizes pois na manhã do dia seguinte iriam finalmente embora. Isso era motivo de alívio.
A moto do Lauro iria ficar guardada na Policia Caminera e o Lauro retornaria para buscar a mesma e passar com ela na fronteira.
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Nós com a Edite no Hospital. |
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Eu e a Edite. Que estava com uma carinha muito boa. Ela é um anjo. |
O mais impressionante foi que uma senhora, nascida em Paysandu, com 92 anos de idade, entrou devido a um problema de uma hérnia abdominal. Pela fisionomia dela é possível ver a energia dela. A filha também uma mulher muito simpática, que estava com ela nesta noite de Natal, pois devido ao internamento da Mãe elas ficaram de fora da festa de Natal em casa onde toda a família estava reunida.
Conversamos e rimos muito, pois ambas eram de uma simpatia singular.
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A senhora de 92 anos e sua filha que entraram no mesmo quarto em que a Edite se encontrava. |
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