Bianchi e Bernadete - BEB: Ushuaia

Trecho percorrido no dia 25/12 - 373 km.

Dia 25 de dezembro, dia de Natal, as 5 horas da manhã a ambulância saiu com eles do hospital para Montevidéu sendo que em seguida embarcariam para São Paulo e depois para Curitiba. E nós ficamos no hotel em que havíamos nos hospedado aqueles dias todos, levantamos tarde e sem muito ânimo para seguir para qualquer lado que fosse. Tomamos o nosso café da manhã e era chegada a hora da partida.

Decidimos que iríamos até Montevidéu procurar pelo Alejandro, um mecânico de HD extraordinário que fica nas cercanias do prédio do Parlamento. Nem havia ligado para ele ainda, mas saímos em direção a Montevidéu devia ser umas 11h da manhã.

Confesso que fui com muito cuidado e muito desconfiado de tudo, mas a viagem estava indo muito tranquila Lá pelas tantas perguntei para a Bê o que ela achava que deveríamos fazer, pois eu não estava conseguindo me ver retornando antes do tempo para casa. E aí ela foi genial. Ela simplesmente disse:

- Será que não poderíamos seguir em frente com a nossa viagem?

Eu imediatamente senti um alivio muito grande em meu coração. Parece que aquela seria a solução para o problema, fazer Quilo que havíamos saído de casa para fazer, entretanto perguntei a ela:

- E quanto ao aviso que recebemos? E se acontecer alguma coisa de ruim jamais me perdoarei pois depois de um aviso como este ainda estava teimando em seguir em frente. Seria isso?

E ela responde:

- Vamos vendo os sinais. Eles nos indicarão o caminho. Se o Alejandro disser que está tudo bem, se for possível consertar o que for preciso. Se tudo indicar para irmos, creio que aí deveremos seguir.

Concordei imediatamente com a posição da Bê, pois isto era o que o meu coração me dizia mas eu tinha medo de aceitar, pois poderia ser outra coisa.

Quando paramos em um posto para comer algo e abastecer a moto liguei para o Alejandro e ele estava à disposição, dizendo que estaria na oficina na manhã do dia seguinte. Mas primeiro me perguntou se eu estava em Montevidéu, imagino que se eu estivesse ele teria arrumado a moto na mesma hora, mesmo sendo dia de Natal. Este é um Harleyro de verdade, não deixa um irmão na mão de forma alguma.

Que beleza de estrada. É muito bom andar no Uruguai. Pena que sempre acontece algo de ruim.

Olha só quem encontrmos na viagem: a capivara!!!!

Quando paramos para abastecer e comer um sanduiche de almoço, liguei para o Alejandro e ele me disse que estaria na oficina a partir das 10 da manhã do dia seguinte. Perfeito. Tudo arranjado e parecia que as energias estavam se apresentando mais favoráveis.
Chegamos em Montevideo, fui direto até a oficina a fim de verificar se não havia ninguém na oficina, quem sabe poderíamos adiantar alguma coisa, mas nada. Dali fomos diretamente para o Hotel Intercity, onde havíamos ficado hospedados em Julho deste ano, quando fomos a Punta del Este juntamente com o Lauro e o Daniel e esposas, é claro. O Hotel é bom e tem um preço justo.

Chegando em Montevideo.

A viagem foi muito boa, a moto não estava com nenhum comportamento estranho que pudesse indicar algo de errado e com isso muito inspiradora, o que começou a reforçar a idéia de ir em frente com o nosso plano, só que agora, infelizmente, novamente em voo solo.

Monumento ao Motociclista em Trinidad.

Mas ainda era difícil ficar tranquilo depois do susto que levamos. Precisávamos saber quais os sinais a serem seguidos para evitar que ainda mais coisas ruins viessem a acontecer. Mas parecia que tudo estava tomando um rumo mais tranquilo e seguro.

A Bê falou que se fosse para irmos, deveríamos ler os sinais indicando para ir ou não. O concerto da moto, as peças, e tudo o mais, ou seja, se fosse para não ir as coisas começariam a dar errado e se fosse para ir, as coisas iriam dando certo indicando este caminho.