Imagens do Fin del Mundo

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Eu estive lá. De frente para a vida!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Ushuaia - Dia 26/12/2012

Trecho percorrido no dia 26/12 entre Montevideo e San Miguel del Monte - 372km.

Hotel Intercity em Montevideo


Na manhã seguinte, vestimos nossas roupas, tomamos café e fomos diretamente para a oficina. O Alejandro já estava lá e deu uma olhada na moto e achou que dava para dar um jeito logo, sendo que ele não via problemas em seguirmos com nossa viagem.
A Bê na saleta-bar da oficina.


Parede da oficina.

Enquanto o pessoal arrumava a moto, saímos em busca de um salão de beleza para a Bê aproveitar para fazer as unhas. Caminhamos um pouco mas nos informaram que somente poderíamos encontrar um salão aberto após as 2 da tarde. Eles não abrem pela manhã, curiosa.

Bem assim sendo fomos atrás de uma farmácia para comprar um removedor de esmalte e um esmalte para ela mesma ajeitar as unhas. Acabamos comprando um esmalte alaranjado, muito legal, bem da cor da HD. O mais interessante foi que em uma noite, com o quarto escuro, vimos que as unhas da Bê estavam fluorescentes. Bem legal.

Enquanto caminhávamos pelas ruas e avenidas no entorno do Parlamento de Montevideo passamos em frente a uma Igreja e acabamos entrando. Do jeito que a coisa estava a gente estava entrando em muitas igrejas para pedir a Deus sabedoria e discernimento para compreender o que tivesse a ser compreendido.






Neste aspecto tem um aparte, durante a viagem, passamos por inúmeras situações emocionais. Primeiramente estávamos com medo de sair do hotel. Simples assim. Depois que saímos, a Bê comentou porque não vamos em frente com o nosso plano? A viagem que tínhamos planejado, afinal já viajamos muito sozinhos e ela não via que teria algum problema em seguirmos em frente com nosso sonho.

O pensamento de seguir em frente finalmente me acalmou o espírito e cheguei imediatamente à conclusão de que esta deviria ser a solução para a situação em que nos encontrávamos. Decidimos que seguiríamos para Montevideo e que as situações iriam nos mostrando quais caminhos seguir. Assim foi. Chegou ao cúmulo de única peça que não tinha jeito de desempenar o Alejandro tinha em estoque, as demais ele conseguiu desentortar satisfatoriamente.

O cara é demais mesmo, ele sabe trabalhar e assim como quando tivemos problema com a moto do Daniel em Julho de 2012, também no Uruguai, arrumou tudo e seguimos, assim também foi desta vez, mesmo que ainda tenha ficado meio torto, ao menos não havia mais riscos em seguir viagem.



O mecânico (esqueci o nome dele, me desculpe), o Alejandro e eu. 

Este é o suporte dos alforges que ficou todo retorcido e o Alejandro tinha um novo para colocar no lugar
(grande sinal de que deveríamos continuar).

Fotos da oficina do Alejandro em Montevideo.

Mais um sinal positivo foi o de que havia uma peça torcida que devia para suportar a bolsa do lado esquerdo e ele tinha uma peca nova na oficina para colocar no lugar. Este para mim foi outro sinal muito forte de que drapeara seguir.

As 2h da tarde o serviço estava pronto e ele disse que eu poderia seguir com tranqüilidade a minha viagem. Disse que estávamos indo para o Ushuaia e que teríamos que enfrentar aqueles 130km de rípio e ele ainda assim disse que não teria nenhum problema a moto estava com algumas pecas ainda para trocar mas poderíamos seguir tranquilos.

Ele disse ainda que ele não conseguiu chegar no Ushuaia quando ele foi, pois passando Rio Gallegos, a estrada já era de rípio e estava chovendo. A moto dele acabou escorregando e ele caiu estragando a moto e se machucando um pouco. Aí retornou para Rio Gallegos e encontrou a oficina de um Mecânico local e pediu por espaço e ferramentas apenas que ele mesmo arrumaria a moto. O caro foi muito legal com ele e além do espaço colocou um ajudante a disposição dele para auxiliar nos trabalhos.

Ele diz se lembrar com muito carinho da oficina e do proprietário que o auxilio, mas que infelizmente nunca tinha podido chegar ao Fin del Mundo.

Fui em busca de um caixa eletrônico para realizar um saque para pagar a peça e o serviço dele e Tive que caminhar um bocado para achar um que desse certo para sacar, acertamos as contas, desejamos feliz ano novo e decidimos seguir até Colônia del Sacramento a fim de pegar o Buque Bus para Buenos Aires, onde pretendíamos apenas desembarcar e seguir em frente e, quem sabe, se tudo desse certo, dormir em Las Flores, retomando assim o nosso plano original.

De qualquer forma, teríamos que replanejar a viagem, já que teríamos 4 dias a menos para rodar, ou seja, de 23 ficamos apenas com 19 dias. Mas estava ótimo, teríamos 19 dias, com a Graça de Deus.

A viagem pela RN1 no trecho entre Montevidéu e Colônia del Sacramento foi muito boa. Nenhuma surpresa, passamos por boa parte do trecho em pista dupla, onde deu para andar um pouco mais, pois não havia nenhum movimento. Entrei em Rosário, localizada às margens da rodovia para poder abastecer pois não havia postos nas margens da rodovia. 

RN 1 Já próximo de Colônia del Sacramento
Chegamos em Colônia com a ideia de que caso não houvesse nenhum Buque Bus para o horário da chegada ainda poderíamos dar uma voltinha pelo centro histórico que é um lugar super agradável, entretanto, quando chegamos havia um barco saindo em 20 minutos. A vendedora nos vendeu a passagem, entretanto não houve tempo hábil para nós embarcarmos, pois como se trata de um trecho internacional, são necessários trâmites alfandegários.

Desta forma, tivemos que trocar de barco, sendo que o próximo saía às 6 da tarde com um pouco mais de folga.
Estação do Buque Bus em Colônia
Aguardando para embarcar na Balsa. Encontro com um gaucho de Porto Alegre que estava indo para Mendoza com a esposa.
As meninas dentro do Ferry. Tinha uma BMW de um porteño muito besta atrás,
ele estava voltando de Punta del Este.
Nós no BuqueBus
Vista geral do Ferry. Quase igual ao de Guaratuba. hehehe.
Nós e os gauchos da outra Ultra que iam para Mendoza.
Buenos Aires. É muito bonita embora esteja muito desgastada pela violência.

Pegamos um engarrafamento enorme na saída de Bs.As. e não teve como irmos muito longe, Acho que demoramos cerca de 3 horas para andar uns 10km ao longo da RN-3. Depois de seguir alguns quilômetros entre os carros, e alguns outros pelo acostamento e por tudo quanto foi possibilidade, acabamos chegando em um ponto onde o trânsito estava sendo desviado para uma perimetral. O motor da moto estava extremamente quente o que acabava fazendo com que o mesmo grilasse. Ainda bem que já estava no final do engarrafamento, pois eu já estava pensando em desligar a moto um pouco para dar uma refrigerada. Aí começo a andar um pouco mais normal e então retornamos para a rodovia, só que desta vez sem movimento.

O motivo de toda aquela confusão foi um protesto de moradores de algum bairro localizado por ali devido a um corte de energia que foi realizado naquele bairro devido a um suposto aumento de consumo e uma política de redução de consumo do governo. A alegação deles era a de que devido ao forte calor houve aumento de consumo ocasionado pelo uso de aparelhos de ar condicionado.

Desta forma não fomos até Las Flores, evitando de rodar no período da noite, acabamos entrando em San Miguel del Monte sem fazer a menor ideia de que tipo de lugar era aquele. Descobrimos ser um balneári, muito legal, bem organizado, construido nos moldes de Villa Carlos Paz, ao redor de um lago, na avenida costanera, acabamos passando em frente de um restaurante que nos chamou a atenção e onde se via muitos clientes jantando.

Fizemos a volta e paramos ali também. O jantar foi ótimo. Claro que comemos bife de Chorizo. Uma delícia e tomamos uma cerveja que o garçom nos indicou e que nos surpreendeu pela excelente qualidade. 
Cerveja maravilhosa que tomamos.
Ah que saudade..... Pensa num cara feliz por estar comendo o merecido
bife de Chorizo.
Ainda que de noite, aí está a fachada do restaurante El Maugrullo onde jantamos.
Assim que chegamos havíamos passado em um hotel muito bom, na beira da lagoa, com todo o conforto de um 4 ou 5 estrelas. A única coisa que nos deixou meio assim de ficar foi mesmo preço. Queríamos um hotel apenas para dormir e aquele era uma coisa de louco.

Depois da janta, seguimos pela costanera onde se viam muitas casas de veraneio, todas muito interessante, sendo que algumas poucas eram nova e a maioria eram mais antigas, o que demonstrava que aquele era um balneário já de muitos anos.

Ao final da avenida, o GPS indicava alguns hoteis, fomos indo e achamos um bem simples, mas muito simples mesmo, pareciam cabanas, do tipo quarto e banheiro apenas, de madeira entretanto com calefação, de onde se tira que por lá deve fazer muito frio no inverno.

Acertamos o preço, sem café da manhã por uns $170,00 para nós dois, e tinha onde deixar a moto, num local interno do hotel/pousada, bem em frente ao nosso quarto. O lugar estava ótimo. Já devia ser umas 11:00h da noite e pretendíamos sair muito cedo na manhã seguinte. O mais curioso era o banheiro que não tinha sequer cortina no boxe de banho, e tinha rodo no banheiro para puxar a água para o ralo.

Celular ajustado para as 6:00 da manhã e dormimos. Este havia sido um dia muito bom. Agradecemos a Deus por estar nos iluminando e acompanhando no trajeto e a cada hora que passava maior era a nossa certeza de que havíamos tomado a decisão acertada.

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