Ushuaia - Dia 27/12/2012

Trecho entre San Miguel del Monte e San Antonio - Percorridos 998km.

Levantamos cedo tiramos uma foto do Hotel Agua y Madera, onde havíamos dormido, não tomaríamos o café da manhã no hotel, pois o mesmo seria servido apenas a partir das 8 da manhã e saímos em direção ao posto onde iríamos colocar gasolina e tomar um café. Acabamos indo a um posto localizado no centro da cidade, onde o comércio parecia mais forte e que já era caminho para irmos embora, pois havíamos entrado na cidade por alí. Passamos ainda na praça central, onde tinha a Igreja Matriz, a delegacia e um caixa eletrônico.

Eu aproveitei e saquei uns $1.000 pesos, além daqueles que o Lauro havia deixado comigo, o que corresponde a cerca de R$450,00. Pois tivemos que pagar o hotel e a janta com dinheiro e eu estava preocupado em não faltar dinheiro pois quanto mais longe dos grandes centros se vai, mais difíceis podem vir a ser as condições para utilização de cartões, ainda mais que a Argentina que anda em crise há alguns anos e nunca se sabe como a coisa está. Ao final de contas, dinheiro é sempre dinheiro.

Nosso hotel em San Miguel del Monte.

San Miguel del Monte - Lago que origina o balneário

Depois de rodar um bom trecho chegamos em uma cidadezinha onde pela primeira vez observamos uma placa que nos indicava a distância até Ushuaia. Ainda faltavam 2.859km de pura alegria e felicidade por caminhos que nunca havíamos percorrido. A emoção daquele momento era muito grande, pois nós, que depois de tudo o que passamos era para nem estarmos indo, nos víamos realizando um grande e grandioso sonho.

A primeira placa indicando que o rumo estava correto.

O meu amor feliz em uma parada realizada em um posto de combustíveis em Colorado para almoço.

Fomos descendo com uma paisagem que parecia não mudar nunca, ao longo de todo o trajeto estávamos vendo chuvas localizas por muitos lugares, ao sul, a leste, oeste e também a sudeste, mas nenhuma delas ainda havia no tocado embora tivéssemos andado em piso molhado em alguns trechos, indicando que a chuva havia passado por ali a muito pouco tempo.

Entretanto, olhando à frente, direção para onde estávamos nos dirigindo, vimos que um temporal muito feio estava armado e, pelo nosso rumo passaríamos bem pelo meio daquela tempestade. Consultei o GPS e vi que tinha um posto a mais de 40 km. Falei com a Bê que poderia não dar tempo e, caso não desse, deveríamos parar para colocar as roupas de chuva no acostamento mesmo, pois dali para diante as temperaturas estavam começando a baixar o que poderia acabar nos incomodando com as roupas molhadas.

A distância do posto foi diminuindo e a tempestade chegando. Quando começaram a cair as primeiras gotas de chuva o posto apareceu finalmente e entramos nele, mas foi entrar e despencar um temporal enorme com direito a muito vento. O posto estava localizado em Rio Colorado.

Ali encontramos um companheiro de viagem, que estava subindo em direção a Bariloche, onde residia, e que já havia tomado um banho danado, pois ele vinha do sul para o norte, caminho inverso ao nosso. Como estava ficando meio frio, colocamos as roupas de chuva, tomamos um café dos bons, comemos um sanduichinho e compramos a nossa garrafa térmica, bomba, cuia e ainda um pacote de erva Amanda argentina, aquela que é grossa, pois esperar com um chimarrão ficou bem melhor. Com $2 pesos se pode encher uma garrafa térmica de 1 litro com água quente para o mate.

A tempestade estava bem armada.

Nossa grandiosa aquisição para esperar passar o temporal.

Posto em Rio Colorado.

Temporal que caiu assim que entramos no posto

Nosso passa tempo estava garantido.

Depois que a tempestade passou.

O motoqueiro de Bariloche era a cara do Luiz Fernando, certo Cláudio e Dumi?

O curioso foi que depois da tempestade o tempo arrumou novamente e seguimos viagem, primeiramente com o chão molhado mas logo depois  foi ficando maravilhoso novamente. Sendo que quando foi chegando a hora do pôr do sol, a paisagem ficou muito bonita.

Este foi um lindo por do sol, após a tempestade.

Com o entardecer chegamos em San Antonio. Na estrada mesmo vimos um hotel, muito simples ao lado de um posto que tinha duas churrascarias.

Paramos no hotel e negociamos um preço para dormir com café da manhã. Foi uma paulada. Pagamos $430,00 por um quartinho muito sem vergonha e a janta no restaurante do posto também era muito simples. Ninguém ali aceitava cartão e pagamos tudo em dinheiro mesmo.

Bota hotel simples nisso. Ao menos o preço não era simples R$ 350,00.