Imagens do Fin del Mundo

Imagens do Fin del Mundo
Eu estive lá. De frente para a vida!

domingo, 13 de janeiro de 2013

Ushuaia - Dia 13/01/2013

Trecho percorrido entre Rivera e Florianópolis - 940 km.
Levantamos as 9 da manhã, descemos com as bagens, tomamos café, passei o restante dos meus pesos e caímos fora. Não vimos o Daniel e a Ana, vimos apenas a moto deles no estacionamento do hotel quando saímos. 

Os caminhos são sempre muito bonitos e as estradas do Rio Grande do Sul são muito semelhantes às do Uruguai e Argentina. Muitas retas e tudo plano, o que muda é o movimento.



Mas olha só! Que vontade de virar à esquerda e, quem sabe, ir até Santiago.


Quando passamos por Porto Alegre, vimos o novo estádio do Grêmio e tiramos uma foto para a Louise, minha filha que é gremista. Uma bela obra.

Estádio do Grêmio em Porto Alegre.


Na Free Way, a caminho da BR-101.

Finalmente chegamos em Floripa, sem nenhum incidente, seguindo com muita tranquilidade e em velocidades seguras. Chegamos às 8:30 da noite, depois de quase 12 horas de viagem.

A moto estava absolutamente suja, visto que ainda guardava o banho que tomamos no rípio, tanto o da ida como o da volta e toda a poeira e sujeira do caminho percorrido.

Muita sujeira.

Mas muita sujeira mesmo! Se na foto ficou assim imagina ao vivo como estava.

Finalmente o odômetro parcial da moto marcava 1.587,10 km percorridos. Somando-se os 10.000
que o odômetro virou, totalizando os 11.587,10 km percorrido nos 23 dias.
No total percorremos 11.587,10 km ao longo dos 23 dias. Temos que considerar que ficamos parados da metade do dia 22 até o dia 25, que no dia 26 fomos na oficina do Alejandro em Montevideo e ainda que ficamos 2 dias em Ushuaia, 1 em Puerto Natales, 2 em EL Calafate e 1, metade em Bs. As. e metade em Colonia, resulta que rodamos 14 dias. A média foi de 827 km/dia que rodamos. Boa média. Nem cansamos muito. hehehe!

Adoro esta vida de motociclista, se você que está lendo precisa de um gás em sua vida faça loucuras, quaisquer que elas sejam. Ser normal não tá com nada não. 

E lembra-se, não pergunte nada, pois se tiver que explicar, infelizmente, você não vai entender!

Beijos a todos.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Ushuaia - Dia 12/01/2013

Trecho entre Colonia del Sacramento e Rivera - 540 km.
O dia anterior e esta manhã, eram um dia especial que devido ao nosso esforço maior, conseguimos praticamente ganhar, adiantando a nossa viagem para desfrutar.

Levantamos não muito cedo, conseguimos sair do quarto era quase 9 e meia, mas era da manhã ainda, não estava tão mal. Tomamos o nosso café e fechamos a conta no hotel, colocando as bagagens já na moto. Iríamos dar uma volta pela deliciosa cidade, despedir do pessoal que estava no hostal e seguir até Rivera, para quem sabe comprar alguma coisa de interessante.


Saímos do quarto no raiar das 9:30 da matina.

Café da manhã.

E a tentação permanecia. Um calor de rachar e a piscina nos chamando. Resistimos.

Saída na frente do hotel.

As maravilhosas ruas do centro histórico de Colonia

Voltinha pelo centro histórico de Colonia.

Este foi mesmo corajoso. Um verdadeiro iron butt. De 883, original, sem parabrisa.

O pessoal acabou acordando. Ao menos alguns deles.

Mais ruas maravilhosas.

Esta é uma praça que tem o pavimento original de Colonia preservado.
Só aqui mesmo!

Paramos em frente ao banco eletrônico para sacar alguns pesos uruguaios.

A paisagem em Colonia é sempre muito interessante. Sempre tem uma surpresa.

As palmeiras que ladeiam a estrada na saída de Colonia. Nunca me acostumarei com essa imagem.

Que paisagem esta. Palmeiras plantadas a mais de 50 anos às margens da estrada!
Precisava passar em um banco eletrônico para sacar um pouco de Peso Uruguaio para seguirmos em frente, já que algumas vezes ao longo do caminho poderíamos encontrar a necessidade de ter dinheiro, como vinha acontecendo em diversos locais da Argentina.

Depois de uma luta normal para conseguir sacar dinheiro nos caixas dos hermanos e ter tido que trocar de banco ao menos 2 vezes, consegui sacar $ 3.000,00, algo como R$ 300,00, o que deveria ser mais do que suficiente para aquele dia incluindo o pernoite em Rivera.

Depois de rodar um pouco pelo setor histórico da cidade, saímos de Colonia, ainda perto do meio-dia. Não almoçamos em Colonia e seguimos em direção a Tacuarembó, cidade opnde teria nascido Carlos Gardel, segundo os Uruguaios, depois Rivera, já na divisa com o Brasil em Santana do Livramento.

Caminho ladeado por palmeiras lindas.

Como sempre, as estradas são lindas.
Cruzando a Ruta 3, por onde havíamos passado quando fomos de Paysandu a Montevideo, no início da viagem.
Este dia havia sido um presente que nos demos, pois puxamos muito nos outros dias para que tivéssemos um dia de folga e posso garantir que foi um dia maravilhoso.

Não gosto da ideia de que a viagem deve ser apenas a ida, a volta tem que ser algo sem graça, apenas voltar para casa. Discordo totalmente, até o último momento da viagem trata-se da viagem. Assim como temos que nos cuidar desde o primeiro momento até o último, pois a maioria dos acidentes acontecem nas proximidades do ponto de origem ou de destino exatamente devido a este pensamento, acho eu.

Desta forma, enquanto estávamos voltando, fomos apreciando e aproveitando o caminho de todas as formas que se apresentaram, exatamente da mesma forma que fizemos durante a ida. Assim, aquela tarde em Bs. As., quando almoçamos no Puerto Madero, foi muito especial e esta noite e manhã em Colonia também foi muito especial. Nem imaginávamos ainda o que nos aguardava a frente.
Parando a moto para almoçar em Trinidad.
Ao longo do caminho passamos por uma cidade chamada Trinidad, um lugar quente e preguiçoso onde não havia quase ninguém nas ruas, quando paramos em um sinaleiro, à nossa esquerda vimos um restaurante bem movimentado que parecia ser muito bom, embora simples.

Achei uma sombra para parar a moto, mesmo em cima da calçada, já que tinham outros carros sobre a calçada também. Afinal era sábado à tarde e em uma cidade do interior isso significa que deve ser ainda mais tranquilo.

Restaurante onde almoçamos em Trinidad.

Eh! Beleza!

Imagens do caminho.


Chegada em Tacuarembó.

A caminho de Rivera.

Na chegada em Rivera um monumento em protesto aos acidentes.

Chegamos em Rivera e fomos direto até a loja da Harley, pois era praticamente 8 da noite, quando, imagino, as lojas do comércio deveriam estar fechando. Chegamos a tempo de pegar a loja aberta, entretanto não tinha botas a venda. Incrível a dificuldade para se comprar uma bota da HD.

Já que não tinha, descemos pela rua lateral da loja, que nos levou até a esquina da Avenida Sarandí, na esquina do Hotel Uruguai-Brasil, onde deveríamos dormir. Pensamos em parar ali no hotel e ir até o comércio da Av. Sarandí, onde se localiza a maioria das lojas do bom comércio de Rivera, entretanto todas as lojas estavam fechadas. Que pena!




Seguimos em direção à Aduana para fazer a nossa saída do Uruguai, para que no dia seguinte pudéssemos seguir direto para Floripa, pois teríamos um trecho de 932 km.

Enquanto descíamos a avenida principal passou no sentido oposto uma moto Big Trail, com muitas bagagens e cumprimentamos como sempre fazemos com companheiros de sonhos. Escutei o assobio do piloto e pelo tipo do cumprimento, o movimento com as mãos, achei que parecia o Daniel.

Aí falei com a Bê:
- Será que era o Daniel e a Ana?
Ela disse:
- Acho que não! Como poderia ser eles?
Bem, acompanhei a imagem pelo retrovisor e vi que eles se preparavam para fazer a volta. Parei a moto próximo à esquina da praça onde estávamos e ele veio. Aí vi que eram eles. Incrível! Como poderia ser eles com uma moto que não tinha nada a ver com a HD? Era uma Kawasaki Versys 1000cc. Acho que é esse o nome.


Quando o Daniel e a Ana pararam do nosso lado na avenida Sarandí.




Como era possível isso? A viagem dos encontros foi o que falei para eles. Fizemos uma pequena festa e fomos até a Aduana parar as motos e conversar. Eles tinham acabado de chegar e já tinham feito a aduana e estavam subindo a avenida e nós estávamos descendo.

Paramos em frente à Aduana de Rivera e foi uma festa. A maior emoção era mesmo a do inusitado encontro que nenhum de nós podia acreditar que tivesse acontecido assim, sem mais nem menos. Até hoje tenho dificuldades em acreditar nisso.

Colocamos um pouco da conversa em dia e fui até o balcão da Aduana, aproveitando que não tinha ninguém ali para fazer a nossa saída. Voltei e decidimos sair da rua, indo até o Hotel Uruguai-Brasil, pois o outro que havíamos ficado era muito ruim.


Quando paramos em frente a Aduana.

Em frente a Aduana em Rivera - UY.


Guardamos as moto, levamos as bagens para cima, demos entrada no hotel e nos acomodamos nos quartos e descemos para colocar as conversas em dia. Claro que isso nem seria possível, pois precisaríamos de uma semana pelo menos para contar todas as nossas aventuras e para que eles também pudessem nos contar as suas.

Muito se falou e muito rimos de tudo o que tínhamos vivido. As histórias do ocorrido com o Lauro e a Edite, as dificuldades que tivemos a partir daquele momento para podermos encarar a viagem, todas as nossas dúvidas em seguir ou não. A ida a Montevideo e visita ao Alejandro. Foram muitas coisas. Mas o inusitado do encontro, realmente ninguém podia acreditar. A Siba em El Calafate, o Jorge no Buque Bus e o Botto e seus companheiros em Colonia e agora eles aqui.

Realmente, a viagem dos encontros.

Jantar na Churrascaria do Hotel Uruguai-Brasil, onde ficamos.
Eu havia programado com a Bê de irmos jantar no mesmo restaurante que nós havíamos jantado juntamente com o Lauro e a Edite em nosso primeiro dia de viagem, me parecia muito legal essa idéia, mas depois daquele encontro, acabamos ficando ali mesmo na Uruguai-Brasil, que também é boa.

Ficamos de papo até as 2:30 da manhã. Quando vimos já era muito tarde. Fomos dormir para seguirmos nosso caminho no dia seguinte que seria um bom trecho de quase 1.000 km. O Daniel e a Ana disseram que iriam fazer umas compras e que sairiam mais tarde, pois o destino deles seria Porto Alegre, pois ainda tinham uns 3 dias para chegar em Curitiba. Nós é que teríamos apenas o domingo para chegar em Floripa, o que não era nenhum problema.