Como a semana seguinte eu teria que passar no Pará, ao invés de eu sair de Curitiba ou Floripa, saí de BH mesmo e o retorno, na sexta-feira seguinte, também para BH. Desta forma programamos a ida de Curitiba - BH na sexta-feira, dia 12/10/12 e o retorno para o outro sábado, dia 20/10.
Fato é que o tempo disponível para rodar é muito raro e temos aproveitado todas as oportunidades, claro que desta forma, somos obrigados a abrir mão de muitas outras coisas para dar lugar a rodar com nossa companheira.
Retornei de Floripa na quinta-feira chegando em Curitiba às 11 da noite. Na manhã seguinte levantamos às 5:45 da matina e saimos de casa com a moto carregada às 6:30 em ponto, com combustível para rodar cerca de 190 km, pois eu não tinha abastecido a moto. Resolvi seguir um pouco pela BR-116 antes de abastecer, assim aproveitaríamos para esticar as pernas 100km à frente.
Na parada para abastecimento em um posto localizado pouco antes da descida da Serra do Azeite, resolvi colocar a calça de chuva e galocha pois estava garoando forte. A Bê colocou o casaco impermeável e notamos que havíamos esquecido de pegar as galochas dela, mas como os pés dela ficam mais protegidos que os meus, ela foi sem proteção mesmo. Na verdade não pegamos chuva forte, mas durante todos os 1.110km percorridos creio que não choveu em cerca de 100km apenas.
Chegamos em BH era 2 horas da manhã, ou seja, a bagatela pouco mais de 19 horas de viagem, depois de muita luta contra o sono e diversas paradas onde tive que tomar café com açúcar mesmo, já que MG é parecido com o interior de SP onde o café é passado com açúcar na água e ninguém sabe que café poderia ser passado amargo.
Café da manhã no Petropen. |
Acontece que paramos no Petropen para tomar café da manhã, por cerca de 1 hora. Depois, quando chegamos no pedágio da subida da serra do cafezal, encontramos o trânsito completamente parado e fomos seguindo pelo corredor entre os carros passando pela fila. Desta forma conseguimos chegar na praça de pedágio, já tínhamos ouvido no rádio, que estava sintonizado no canal 5, canal aberto dos caminhoneiros, que a PRF havia fechado a estrada para que sobre privilegiando o trânsito no sentido contrário.
O Policial que chegou praticamente junto conosco no pedágio nos confirmou que a estrada ficaria fechada por 3 a 4 horas. Pareceu vantajoso subir por Santos, pela Imigrantes que a gente ainda não conhecia. Dois motciclistas que estavam ali parados também resolveram me seguir. Como um dos motociclistas estava com uma moto 250 cc, me disse que se eu fosse a menos de 120 ele poderia me seguir. fomos a 90 - 110 km/h.
Este estava indo para o RJ e o outro, com garupa, estava indo para uma cidade na região metropolitana de São Paulo mesmo. Subimos nas motos e fizemos o retorno no pedágio e tomamos o caminho de volta, rodamos cerca de 25km até a saída para a estrada litorânea que passa por Itanhaêm, Cubatão, etc. e seguimos até a Imigrantes. Vimos informação ao usuário de que apenas a Imigrantes estava subindo. Nós nunca tínhamos passado pela Imigrante e foi muito legal a subida, embora com muita cerração, mas é impressionante a qualidade da mesma, que é uma sequência de viadutos e túneis, sendo que raros trechos tem o leito da estrada apoiado no chão, propriamente dito.
O pessoal foi nos seguindo, sendo que o que ia para SP mesmo acabou parando num posta para abastecer a moto e o outro, que ia para o RJ continuou nos seguindo até chegar perto de São Paulo. Ele acabou seguindo pelo rodoanel e eu fui seguindo o caminho indicado pelo GPS, que é um f.d.p. às vezes, pois ele acabou nos levando para dentro da cidade e quando vimos estavamos em plena Av. Paulista com uma montoeira de ciclistas e com muitos acessos fechados para os carros, o que me impossibilitou de entrar na 23 de maio e foi um tempão para conseguir chegar na marginal e poder sair pelo caminho de Guarulhos pegando a Fernão Dias.
Como perdemos muito tempo para chegar na Fernão Dias e como a garoa não parava, deixando a pista muito lisa, o movimento ainda não tinha diminuído de maneira que por muitas vezes tivemos que ir passando pelos corredores com os carros parados e depois que começava a andar não havia nenhum motivo aparente para ter parado tudo a não ser o excesso de movimento mesmo. Com tudo isso acabamos demorando muito, além do que em diversos trechos a nossa velocidade era de 60 a 80 por hora, pois não dava para andar mais rápido do que isso.
Haviam poucas motos nas estradas por onde passamos pois o dia estava meio sem graça mesmo. Ligamos para a Kátia várias vezes durante o dia para informar onde estávamos, pois a programação original era chegar em BH lá pelas 5 ou 6 da tarde e estavamos demorando muito mais do que isso, sendo que ele nos dizia que em BH estava um sol aberto e 33 graus. Para a gente não era possível acreditar nisso pois o tempo estava muito fechado e não acreditávamos que ia ser possível abrir em 300 km. Realmente não abriu, fomos levando a chuva junto conosco, sendo que quando parava um pouco a gente parava para tomar um café, lavar o rosto para acordar e começava a chover. Aí saíamos e por um trecho estava chovendo mas depois parava novamente, parávamos para acordar novamente e a chuva nos alcançava. Assim viemos até BH.
Marcamos de nos encontrarmos no Shopping Del Rei, que fica perto da casa da Kátia e ela foi nos buscar, quando chegamos ela estava parada lá nos esperando e seguimos até a casa dela. Por diversas vezes ponderamos a possibilidade de dormirmos pelo caminho, mas aí perderíamos o café da manhã na BH Harley Davidson no dia seguinte.
Em frente à BH HD. Bê junto com a moto alaranjada. |
Estávamos programando ir tomar o café da manhã, comprar alguma camiseta de lembrança e deixar a moto para a revisão dos 1.600 km. A primeira revisão de mil milhas.
Deu certo, deixamos a moto na loja para a revisão, o pessoal saiu para um passeio até a inauguração da cerveja do Capitão Senra, com o qual conversamos e tiramos uma foto, além de comprar a camiseta comemorativa à ele. Eles seguiram para a festa e nós fomos passear em Ouro Preto, pois a Kátia tinha idealizado o passeio e a gente queria muito conhecer Ouro Preto onde a gente nunca tinha estado.
Saímos da loja da HD e fomos para Ouro Preto.
Por enquanto a história fica por aqui, faltam ainda as fotos e a continuação do dia em Ouro Preto e ainda o domingo na Fundação Inhotim, localizada na cidade de Brumadinho a uns 60km de BH.
Nós almoçamos no restaurante de um lugar chamado Fazendinha, que fica localizado em Brumadinho mesmo, pouco antes de chegar na cidade.
Abaixo segue série de fotos da Fundação Inhotim.
Os jardins são maravilhosamente projetados e as galerias também são muito interessantes.
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