Imagens do Fin del Mundo

Imagens do Fin del Mundo
Eu estive lá. De frente para a vida!

domingo, 25 de setembro de 2011

20110924 - H.O.G.em Londrina

TRAJETO: CURITIBA – LONDRINA - CURITIBA
PERÍODO: 24 E 25/09/2011

TOTAL DE QUILÔMETROS RODADOS: 2.500 km

 Harley Davidson Electra Ultra Glide Classic 2010, Vermelha: Luiz e Bê

Neste dia 24 de setembro, sábado de um final de semana comum, fomos eu e a minha companheira inseparável das aventuras nas estradas, com a nossa Harley até Londrina, aqui no estado do Paraná mesmo, a uma distância de 400 km de Curitiba.
O passeio foi organizado pelo Kadu, que é diretor do HOG, clube de proprietários de Harley-Davidson, de âmbito mundial, e patrocinado em parte por nós mesmos que pagamos R$ 100,00 por pessoa e pela Plaenge que organizou nosso almoço, jantar e reservas no Hotel Confort Suítes, localizado ao lado do Shoping Catuaí.

Um fato interessante é que segundo nos informaram lá, é que a Plaenge é a maior empresa do seu segmento do Sul do Brasil, muito legal, mas, curiosamente, eu fui o primeiro cliente da Plaenge em Curitiba, quando ela fez o lançamento do Edifício Le Corbusier, localizado no Ecoville, nome que existe somente na cabeça dos Curitibanos, pois no mapa do Município este bairro não existe o nome é Mossunguê, eles haviam feito a permuta do terreno por sete apartamentos e eu comprei o oitavo, ou seja, o primeiro apartamento vendido de fato.
Claro que na época eu não sabia disso, mas ainda assim consegui uma boa negociação e este apartamento, veio futuramente a me ajudar na construção da casa, já que vendi o mesmo com uma boa margem de lucro devido à valorização do imóvel ao longo do período.

Depois disso a Plaenge se tornou uma das grandes construtoras de imóveis residenciais em Curitiba e agora, o proprietário da empresa também é um Harleyro.

Mas, voltando à nossa história do passeio no final de semana, estava marcado o café da manhã na Loja da HD em Curitiba, a The One, apartir da 6:30h da manhã, com saída programada para as 7:30h.

Levantamos as 6h da matina, com muita preguiça, mas como a gente gosta muito da coisa, tomamos nosso banho, nos vestimos, já tínhamos separado na noite anterior as poucas roupas de que precisaríamos para ir no sábado e retornar no domingo, apenas uma muda de roupas, que colocamos na sacola que vai no alforje lateral da Ultra. Cueca, meias, camiseta, calção de banho (vai que dá uma chance de tomar um banho) e minhas havaianas.

Vesti a segunda pele, uma camisa de manga curta HD, jaqueta e calça de couro. A calça que o Juarez me deu, já que ele desistiu de ser motociclista e a calça não servia mais nele e para mim ficou como que feita sob medida.

Colocamos tudo na moto, a Bê se vestiu adequadamente também, pegou as mudas de roupas dela, mas esqueceu do biquíni e eu de levar uma outra calça que não fosse de couro para ir no jantar, faz parte.

Saímos de casa eram quase sete da matina e o dia estava clareando, já tinha sol, estava bonito lá para o lado de Pinhais onde moramos. Chegamos na The One as 7:20h, ou seja quase na hora de sair. Fomos direto para tomar um café e comer alguns sanduíches que, por sinal, estavam uma delicia.

Eu ainda tinha que abastecer a moto, pois não tinha tido tempo de ir ao posto, já que havia chegado de viagem na noite anterior, já umas 10 da noite e saímos cedo e atrasados.

Quando estava saindo da loja para ir abastecer e reencontrar o pessoal e pegar a Bê, o Marquinhos estava indo junto comigo, o Kadu nos disse que estavam saindo e se éramos do grupo da bancava preta ou laranja. Eu disse para ele que não sabía e ele chamou a mocinha para que tanto eu como o Marquinhos pudéssemos pegar nossas bancavas pretas, que deveriam estar amarradas no retribuais esquerdo da moto, para reconhecimento nas passagens do pedágio. Também nos foram entregues fitas de colocar no pulso para reconhecimento na entrada do almoço e jantar que teríamos em Londrina.

Neste momento percebi que não daria tempo de abastecer e o Kadu me disse que o posto ficava a 224km de distância, no entroncamento que deriva para Telêmaco Borba, cidade do meu querido compadre Amilton e Vilma, dos quais agora me atento que tenho saudades, já que não nos vemos há pelo menos dez anos.

O odômetro da minha moto mostrava que tinha autonomia para 200km, ou seja, seria perigoso tentar seguir o grupo sem abastecer a moto. Quando cheguei na moto a Bê também chegou comigo, bem com a Bê junto ficava mais fácil pois eu poderia ir até um posto localizado à frente, no caminho por onde o comboio deveria passar, abastecer e me juntar ao grupo na passada.

Foi o que fizemos, quando saímos os policiais estavam começando a tocar as sirenes das motos chamando o pessoal para saírem, na frente os que receberam bandana preta e atrás os que receberam as bandanas alaranjadas. Eu saí na frente, antes que o pessoal se arrumasse para a partida do comboio e fui ao posto. Pedi que o frentista colocasse 20 reais e fui pagando a gasolina no balcão, pois estava sem dinheiro e tive que pagar com o cartão.

Enquanto eu pagava escutei as cotejes dos policiais e vi que o comboio estava chegando ali. Voltei para a moto para sair e vi que o Marquinhos e a Manu, nossos queridos amigos, haviam entrado no posto e estavam esperando para seguir junto conosco, mas conseguimos sair do posto e entrar no meio das motos de bandana alaranjada, saímos pelo lado e seguimos até o grupo de bandanas pretas.

Aí é que começou o prazer, viajar de HD é um prazer indescritível, ao menos para mim, mas com os batedores da polícia abrindo caminho é coisa de outro mundo. Pode ter o movimento que tiver, o comboio vai em velocidade constante, coisa de 80 a 90 km/h enquanto um grupo de batedores vai na frente abrindo o caminho.

Formamos uma fila dupla composta de 97 motocicletas sendo que 60 delas com duas pessoas, ou seja, éramos 157 felizardos. Que pagamos R$100,00/pessoa pelo passeio, com tudo incluído, do pedágio às refeições, passando pelo hotel.

Muitas brincadeiras foram ditas no rádio, do tipo:
- estamos sendo ultrapassados por uma CG-125;
- não sei o que está acontecendo, daqui a pouco terei que parar para tirar gasolina do tanque, vai começar a vazar;
- os de bicicleta estão longe lá na frente e o pessoal que está indo à pé está nos alcançando.

E assim fomos indo. Lentamente, é verdade, mas até que foi bom, pois assim ficamos mais tempo andando, o que é ótimo, mas também pela segurança do grupo. Não é preciso pensar muito para ver que, se alguém lá no meio do grupo, der uma freada esse efeito acabaria provocando uma tragédia lá para trás.


Bem, o caminho foi ótimo, as curvas em Mauá da Serra deixaram bem claro quem sabe e quem tem dificuldades com as curvas, sendo que a maioria dos motociclistas que têm dificuldades nas curvas devem isso ao fato de manterem o olhar muito próximo da moto ao invés de olhar mais à frente para onde se está indo e não onde se está no momento.

Quando chegamos em Londrina, fomos diretamente à Central de Apartamentos Decorados da Plaenge, ao lado tem um pátio grande com espaço para estacionar as motos e ainda tinha uma área grande, coberta por várias barracas enormes com as mesas e cadeiras arrumadas.

Melhor que isso é que tinham pelo menos 3 ou 4 bombas de chopp, refrigerantes e água, e ainda vários atendentes com caixas, do tipo geladeira plástica, com espetinhos deliciosos de carne, chicho, frango e calabresa.


Como as caixas estavam cheias, o pessoal que chegou morto de fome, foi pegando e comendo de forma que ninguém ficou esperando pelo que comer. Foi genial. Parabéns para o planejamento, embora o objetivo deste blog não seja o de fazer propaganda, tenho que reconhecer o que é bem feito é bem feito.

Confesso que comi diversos espetinhos e tomei uns 3 chopp apenas, a Bê não comeu muito mas acho que tomou mais chopp do que eu. Depois de muito calor, resolvi tirar a segunda pele que estava me matando cozido. Como algumas pessoas já haviam saído, resolvi tirar a dita ali mesmo. Foi uma festa, só ficou faltando mesmo colocar uma música de fundo para o Streep-tease e olha que um amigo ali falou, - troca aqui mesmo, ninguém vai notar. Mas não, heiiiim! Foi uma loucura! Aplausos, assobios e gritos de todo tipo. Que fazer? Desfrutei daquela sacanagem e pronto.

A Bê já tinha ido ao banheiro para tirar a dela, mas mesmo com uma camisa sobre a pele estava muito quente ainda. Talvez na casa dos 32 ou 34 graus.

Saímos dali, depois de sermos informados que o jantar seria servido ali na Central de Apartamentos Decorados, na parte interna, a partir das 8 da noite. Dessa forma estávamos com a tarde livre.

Fomos até o Hotel Confort Suites, onde fizemos o check in e tomamos um banho para refrescar, trocamos de roupas e combinamos com o Zani e a Pat, nossos amigos de infância, que estão morando em Londrina, para irmos até a casa deles a fim de bater um papo e matar as saudades desses queridos amigos e irmãos de coração. A piscina do hotel teria que ficar para uma outra oportunidade. Que pena! Mas temos que fazer escolhas e sem dúvida, neste caso, jamais escolheríamos a piscina.

Com o GPS ficou muito fácil de chegar na casa do Zani, fomos pela Av. Maringá e depois viramos na Rua Goiás. Vale salientar que morei nesta rua, mais para o lado do centro, entre os meus 6 meses e 4 anos de idade. Chegamos no apartamento, umas aceleradas e o Zani desceu.

Muito bom rever amigos amados. Principalmente quando a gente não consegue se ver com frequência. A Path é excelente na caipirinha e ela fez uma de limão com Absolut de pimenta, a pepper, uma coisa de louco. Fez ainda uma outra de frutas vermelhas, calabresinhas especiais na frigideira e cream cheese com geléia de mexerica feita por ela mesma, tudo acompanhado de pães de vários tipos.

Dali a pouco o Marquinho me ligou no celular para saber onde estávamos que ele estava sozinho com a Manu, sem saber para onde ir. Chamei ele para ir até lá e ele não demorou muito para chegar, estacionou a moto do lado da minha, na frente do prédio, e passamos momentos especialíssimos juntos.

Quando já era quase 8h da noite, eu nem vi o tempo passar, chegou a hora de irmos para o jantar. Saímos em direção ao Hotel, para reagrupar com o pessoal, mas quando passamos em frente ao estacionamento da Plaenge vimos que haviam várias motos estacionadas ali e decidimos ficar por ali mesmo.

Como eu havia comprado uma bomba para calibrar a suspensão da moto mas ainda não tinha tido a chance de usar, e a moto estava muito dura, batendo a suspensão em qualquer irregularidade da pista, aproveitamos aqueles momentos para calibrar a suspensão das duas motos, pois o Marquinho também disse que a dele estava ruim.

A minha estava com 15 libras e a dele com 25. Alteramos para 45 a minha e 40 a dele por eles serem mais leves do que eu, já que o Áureo, passou por ali e disse que no manual não se pode passar das 50 libras e deu uma idéia das pressões. Esta calibragem realmente ficou muito diferente, de maneiras que fomos com uma moto e voltamos com outra, de tão macia que ficou.

A Bê e a Manu já haviam entrado para reservar uma mesa para nós e nós fomos lá para dentro sedentos de uma dose do velho Jack, comer é que não estaria muito fácil, pois desde a hora do almoço estávamos comendo.

Elas haviam reservado uma mesa com várias pessoas, alguns já conhecíamos, outros ficamos conhecendo e, como sempre, pessoas da maior qualidade. Como sempre neste meio.

Foi duro de conseguir o meu Jack mas fui atrás dele e peguei uma bela dose. Foi servido no jantar muito da boa conversa, roast beef, uma salada de repolho temperada com açúcar e outros complementos. Estava muito bom. Eu comi pouco pois estava com pouca fome, quer dizer, nenhuma fome. Comi de guloso que sou.

Ficamos por ali papeando e vendo os apartamentos (eu não fui ver, mas o pessoal foi) e depois fomos embora para o Hotel mesmo. Nós e o André e a Luciana chegamos a cogitar irmos ao bar onde o conjunto que esteve ali se apresentando iria tocar, mas como estava frio (uns 15 graus), tínhamos bebido um pouco e a preguiça bateu, já que no dia seguinte teríamos que sair às 8:30h, caso fôssemos com o comboio escoltado pela polícia.

Dormimos muito bem, eu como sempre, quando janto muito, acabei passando a noite sentado com meus 2 travesseiros, mas dormi. Arrumei o despertador do telefone errado para despertar, usei o alarme de dias de semana e era domingo. Claro que não tocou. Acordei assustado às 8 da manhã, ou seja, tínhamos meia hora para levantar, tomar banho, nos vestir, arrumar tudo, carregar na moto, tomar café, fechar a conta e seguir com o grupo. CONSEGUIMOS!!!! Saímos junto com o grupo as 8:40h. Estes 10 minutos foram muito importantes. Ainda deu para comer algo no café da manhã, na verdade engolir.


Acabei ficando perto do batedor líder, o que foi muito legal. Na ida nós fomos no meio do grupo, que também foi bacana, mas na frente foi muito mais legal ainda, já que a gente vê o trabalho dos batedores. Os guardas estão de parabéns, eles são muito bons mesmo na coisa. Viemos a uma velocidade constante de 90 a 100 km/h. Claro que nos trechos de serra com curvas mais fechadas, ele baixavam a velocidade, mas foi muito bom.

Chegamos em Curitiba, com uma parada para reabastecer, às 13:30h da tarde e fomos almoçar no Madalosso em Santa Felicidade. Embora tenhamos vindo em um grupo de 70 motos, somente umas 10 acabaram indo almoçar pois pegamos uma garoa quando estávamos chegando em Curitiba e a temperatura não era das mais agradáveis, coisa de uns 10 graus.

Depois do almoço fomos para casa. Foi um belíssimo final de semana, como sempre, apenas boas lembranças das mais gostosas.

Até a próxima pessoal! E obrigado por compartilharem comigo estas aventuras.

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