Imagens do Fin del Mundo

Imagens do Fin del Mundo
Eu estive lá. De frente para a vida!

domingo, 20 de novembro de 2011

Viagem a Brasília


Neste ano de 2011, o feriado de 15 de Novembro caiu em uma terça-feira, normalmente quando os feriados caem numa terça a gente acaba emendando a segunda e passamos a ter quatro dias maravilhosos o que é normalmente o suficiente para realizar uma viagem mais ou menos longa, de até 1.500 ou 2.000 km.

Entretanto, na segunda-feira acabou aparecendo uma reunião em SP. Tudo bem, o que se pode fazer, afinal de contas é a vida, feita de coisas que vão se interpondo no nosso caminho. Segunda em SP, terça feriado e de quarta a sexta em Brasília! Propuz para a Bê que fôssemos de moto para Brasília, assim ela poderia visitar o Tio dela que mora lá. Ela achou a idéia ótima.

Quando apareceu, de ultima hora a reunião em São Paulo, mudamos um pouco os nossos planos, no sábado fomos até Boituva, que fica na beira da Rodovia Castelo Branco, uns 100km distante de São Paulo, e passaríamos o domingo lá, segunda pela manhã eu iria a SP para a minha reunião, e aí sairíamos para Brasília na segunda feira à tarde e foi o que fizemos.

Eu havia mandado a minha moto para a revisão, mandei trocar os pneus, óleo e mais alguns ajustes já pensando em nossa viagem para o Chile no próximo dia 17 de dezembro, mas essa é outra história. Pegamos a moto no sábado pela manhã na The One, logo depois do costumeiro café da manhã que é servido para os clientes, saímos de lá e fomos para casa arrumar as malas, etc., acabamos por sair meio tarde, já devia ser 4 horas da tarde. Pegamos a BR.-116 e seguimos até o Posto Petropen, em Registro. De lá, onde almojantamos, seguimos direto para a casa do Walter em Boituva, passando pelo Rodoanel, ou seja, evitamos cortar caminho pela serrinha que sobe de Juquiá via Votorantin até Sorocaba, pois estava garoando ao longo de todo o trajeto e passar por aquela serrinha a noite, com o chão molhado me pareceu meio perigoso demais.

Tirando o trecho da Serra do Cafezal, que encontra-se em duplicação (já não era sem tempo!), o restante da estrada estava muito bom. Chegamos em Boituva já era noite, infelizmente, pois havia me proposto a não andar mais a noite, depois do acidente com a capivara, mas o que fazer, para isso teria que ter saído no domingo ou um pouco mais cedo no sábado. Mas de qualquer forma na Castelo não tem animais selvagens ha muitos anos.
Em Boituva vimos a Mari, a Laurinha e a Luiza grávida, com uma barriga muito bonita. Estavam lá ainda o namorado da Laura e o da Luiza. O Walter tinha ido pescar e não estava. De qualquer forma, como a Bê estava querendo visitar a Luiza grávida e eu também, foi muito bom termos ido.
Pensamos ainda no Juarez, que ha muito tempo não vamos lá, mas desta vez ficamos em Boituva mesmo.
Almoçamos em um restaurante muito legal no domingo. Um local de pesca que serve peixe, acredito que pescado ali no lago deles mesmo, servido do jeito caseiro, ou que sobrou dele pois o Estado de São Paulo já se tornou industrializado a tanto tempo que é difícil quem se lembra do que é a vida no campo. Hehehe
Passamos um domingo super agradável, eu ainda acabei lavando a moto (mesmo que por cima), melhorando a aparência da dita.
Na segunda cedo eu peguei o carro do Walter emprestado, uma Fionrino e fui para SP.
Ainda bem que o local da reunião era fácil de encontrar no bairro Jardins. Saí de lá era pouco mais de 1 da tarde e cheguei de volta em Boituva era pouco mais de 2 da tarde. Almoçamos uma comida maravilhosa em casa mesmo e quando era umas 4 da tarde saímos para Brasília seguindo via Tietê e Cerquilho. Logo que passamos Cerquilho começou a chover pesado pra caramba. Colocamos nossas roupas de chuva em um SAU e saímos de volta para a estrada em baixo de chuva mesmo. Mas era daquelas de formar um rio, ou enchurrada como chamava minha mãe, já que em Ribeirão Preto é muito comum estas chuvas de verão devido ao forte calor.

Seguimos até a Bandeirantes e depois pela Anhanguera. Passamos por Ribeirão Preto e ainda chovia, mas era mais leve, sendo que quando passamos por Pirassununga, região da caninha 51, caiu uma chuva forte novamente. Em Santa Rita do Passa Quatro (adoro este nome, pois desde pequeno leio este nome quando íamos para Ribeirão) também estava chovendo que Deus mandava do jeito que queria, hehehe.

Jantamos em um posto Graal, que era dos melhores em Ribeirão, na beira da Anhanguera mesmo, acho que chamava posto Trevo, e seguimos um pouco mais, acabamos por dormir em Uberaba, novamente pegando um pouquinho de estrada à noite. Parece que o tempo estava esperando a gente chegar, pois tiramos as coisas da moto e novamente caiu um pé d’água de impressionar.

Dormimos muito bem e acordamos umas 7:30 da manhã, a chuva que tinha persistido por grande parte da noite havia ido embora. Que maravilha, o tempo estava bom. Tomamos um belo café da manhã e saímos era uma 9h da manhã em direção a Brasília, passando por Uberlândia, Araquari, Catalão, sendo que até Catalão até que se vê cidades e localidades, postos etc. mas depois de Catalão até Cristalina, que já fica mais ou menos perto de Brasília, não tem nada, a gente tem que andar com cuidado pois se precisar de algo, vai ser duro conseguir.
Durante o café da manhã, conversamos com um casal de aposentados, já de alguma idade (uns 75) e eles ficaram interessadíssimos em nós, por causa de estarmos viajando de moto. Ele disse que quando era novo teve uma Java e gostava da brincadeira mas que depois casou, nunca mais voltou ao tema e que gostava muito de motocicleta. Ele nos sugeriu que fôssemos por Goiânia que a pista é duplicada embora fosse um pouco mais longe, poderia valer a pena. Agradeci a ele e disse que iria avaliar. Realmente avaliamos o caminho no GPS, mas resultaria em um trecho de 120 km a mais na viagem. Teríamos que andar 524km naquele dia e aumentar para 645km era meio de mais. Decidimos que iríamos pelo caminho normal mesmo.

Paramos para abastecer em Catalão, quase ficamos sem gasolina pois coloquei desta vez 22,1 litros de gasolina, nunca antes, nem quando peguei a moto nova na loja, com o tanque vazio eu tinha colocado tanta gasolina, pois o tanque da moto tem 23 litros. Chegamos em Brasília, no Hotel Confort, era 2h da tarde. Ligamos para o Tadeu vir nos buscar, após um banho, e passamos um domingo maravilhoso comendo comida nordestina e conversando com pessoas agradabilíssimas.

Trabalhei na quarta, quinta e sexta e a Bê pode passear com a tia, com o tio e as primas, durante os dias. À noite fomos ouvir música, comer mais comida nordestina no Chique-Chique, que é muito bom.

Sábado levantamos tarde, pois estávamos cansados e saímos do hotel já eram 11 da manhã. O Tadeu veio nos encontrar de scooter Burgman 400 e nos levou até uma farmácia e depois até a saída da cidade em direção a Cristalina, onde abastecemos novamente e seguimos para Ribeirão Preto, 732 km de distância. Chegamos em Ribeirão era 7 e meia da tarde, junto com o anoitecer.

Entramos na cidade e paramos em um sinaleiro na esquina de uma praça, que tinha um prédio histórico antigo e muito bem cuidado e bonito, tinha ainda uma igreja onde estava acontecendo uma cerimônia de casamente, sendo que quando viramos em frente a igrja vimos a noiva entrando. Foi uma cena bacana. Duas quadras para baixo da igreja, em uma esquina, tinha um posto e eu parei para por gasolina e pedir algumas informações, nem preciso dizer que no meu GPS estava apontando para a Praça XV e nós estávamos cheios de más intenções indo para o Pinguim tomar um belo chopp com aquele calor que estava fazendo de 38 graus às 8 da noite.

O rapaz do posto era gago, e foi muito difícil para ele dizer que estávamos na Vila Tibério. Oras a Vila Tibério foi o bairro onde eu nasci e de onde toda a minha família veio. Perguntei sobre o antigo campo de Botafogo e me informaram que estava próximo e que agora se chama Centro de Esporte, ou algo assim. A rua que chega no meio dele, que é a Dr. Loiola, rua onde nasci e onde minha avó e tia tinham casa, ficava duas ruas para a direita e nós estávamos na Rua MArtinico Prado, onde a tia Toninha morava.

Ainda demorou para cair a ficha de que aquela praça bonita que tínhamos passado ficava na esquina da casa da minha tia e que muitas vezes fiquei passeando, brincando ou paquerando nela. Alí ficava ainda o cinema da Vila onde fomos algumas vezes quando eu era pequeno, em um tempo em que os bancos do cinema eram de madeira sem almofada ainda. Aquela Igreja bonita que vi, foi onde casaram a Tia Bete e a Tia Toninha, onde eu fui batizado também, a Igreja Matriz da Vila Tibério. Muitas vezes fui lá naquela Igreja que era mais feia pois era pintada de uma cor escura e agora ela esta mais clara, iluminada e muito mais bonita, tão bonita que nem reconheci. Que coisa!

Não tive dúvida e segui para a Dr. Loiola, passei na frente da casa de meus avós que ainda se encontra lá, sendo que agora já não é mais uma escolinha, como foi durante um tempo, agora parece que é uma residência. Foi bem bom passar por lá, só pensei que poderia ter levado meu pai junto conosco e que neste momento de fraqueza apenas, pensei que deveria ter ido de carro para poder levá-lo junto..

O cara do posto me disse ainda que seria melhor ir tomar o chopp no Pinguim do Shopping Ribeirão. Lá fui eu pela Martinico Prado, Jerônimo Gonçalves, que tem o nome de meu avô (que também era Jerônimo) e é onde passa o Ribeirão Preto, o que pouca gente sabe, até mesmo os moradores de lá, que aquele ribeirão é que deu o nome para a cidade. Dalí fomos pela Francisco Junqueira e Av. Ipiranga chegando até a 9 de Julho onde entramos para uma volta até a Sociedade Recreativa e retornamos para a Ipiranga novamente. Na 9 de Julho é onde aconteciam as coisas em Ribeirão naquele tempo. Era um tipo de footing dos tempos dos meus pais, lá pela década de 40, só que de carro naqueles anos 60 e 70.

Subimos pela Ipiranga e nos perdemos um pouco para achar o Ribeirão Shopping, mas achamos o dito. Dentro da área do estacionamento tem um Hotel Ibis, pensamos, vamos nos hospedar, tomar uma banho e seguir para o Shopping até o Pinguim e tomar uns bons chopps. Que nada, o Hotel estava lotado. Lá fomos nós para o centro novamente, ficamos em um hotel localizado a 2 quadras da Praça XV. Ficamos no Hotel Stream Plaza, de excelente qualidade. Tomamos nosso banho, colocamos roupas leves e fomos à pé para a Praça XV, chegamos no Pinguim, a fila estava pequena e esperamos por uns 15 minutos até conseguirmos uma mesa lá dentro.

O garçom era muito engraçado, um senhor já de certa idade, que falava com a gente e ria. O interessante é que a gente não entendia o que ele falava e ria junto, não sabíamos do que! Ele é um personagem muito interessante, apelidado de gaúcho, mas que mora lá há muitos anos. O garçom trouxe 2 chopp em uma tulipa de cristal e super gelado, nós viramos o primeiro copo de chopp sem para para ver que a garganta estava gelada, pois o chopp é gelado pra caramba, mas com o calor que estava, ficou perfeito. Imediatamente o gaúcho trouxe mais 2 copos, este segundo foi possível tomar um pouco mais devagar para poder curtir o paladar do famoso chopp do Pinguim. Realmente aquilo deveria ter outro nome, porque é uma heresia chamar aquilo que nós tomamos do mesmo nome que se chama os demais chopps que tem em todos os demais lugares do Brasil e da Alemanha e de onde mais quiser colocar no mundo.

Que delícia é aquilo. Preciso voltar mais lá para poder tomar aquele chopp com mais freqüência, graças a Deus me comprometi em levar meu pai para lá em breve para ele rever Ribeirão mais uma vez ainda e tomar o chopp do Pinguim para relembrar os tempos bons da sua juventude. Que tristeza me dá falar nisso, pois a vida passa e é assim mesmo que acontece. Ele ficou muito feliz com o convite e disse que vai, poxa! Eu até fiquei surpreso com a alegria que ele ficou. Eu tenho que levá-lo, iremos no início do ano, de preferência em Janeiro mesmo, de avião, pois de carro seria muito cansativo para ele.

Depois de várias tulipas, mais precisamente 4 eu e 3 a Bê. Isso merece um esclarecimento. É que jantamos lá no Pinguim e pedimos um escondidinho. Este escondidinho era feito com muito queijo o que me deixou meio enjoado, senão eu acho que teria tomado mais de meia dúzia de copinhos maravilhosos daquele líquido precioso que só tem em Ribeirão Preto mesmo. Acho que este lugar é o maior embaixador que Ribeirão Preto tem.

Dormimos muito bem, tomamos um café da manhã de encher os olhos, bom como poucos que encontramos pelos nossos hotéis e saímos era umas 8 da manhã. Paramos em Jundiaí para por gasolina, às margens da Bandeirantes, dempois de quase ficarmos sem gasolina novamente, pois tem um trecho muito grande sem posto, mais de 100km eu acho, e depois paramos novamente apenas e em Registro, no Posto Graal Buenos Aires para almoçar e abastecer e chegamos em casa era 5 e meia da tarde muito tranquilamente novamente. Andamos 730 km neste dia também, ou seja, Ribeirão Preto fica no meio do caminho entre Curitiba e Brasília.

sábado, 12 de novembro de 2011

O que é ser Motociclista?


Ser Motociclista

Muita gente me pergunta o que é ser motociclista. É ser piloto de corrida? É ter uma velha moto na garagem, ou uma reluzente Harley na carreta? É fazer trilha nos fins de semana ou apenas ter habilitação torna uma pessoa um motociclista? Em vários anos de motociclismo, conheci várias pessoas que pilotam ou possuem motocicletas e me atrevo a tentar descrever o que é ser um motociclista. O termo motociclista, genericamente se enquadra a todos que andam de moto, mas como não conseguimos perder a mania de rotular, acabamos chamando-os de motoqueiros, traieiros, jaspions, estradeiros, harleiros, e outros rótulos, pejorativos ou não. Para começar o verdadeiro Motociclista nunca vê sua moto como um investimento, seja ela de qualquer modelo ou tamanho. Vê como se fosse uma mulher, pela qual se apaixonou um dia. Nada o impede de se apaixonar várias vezes, até que um dia ele descobre que sua paixão não é "aquela moto", é andar de moto. Um motociclista não mede esforços para fazer o que ama e jamais associa dinheiro, ganhos de capital, inflação, etc... à sua paixão. Ser motociclista é cuidar da moto que lhe dá prazer, é dar-lhe um banho, é perder horas de seu fim de semana colocando um acessório, ou simplesmente polindo, consertando algo ou tirando a poeira. O motociclista faz questão de entender o seu amor. Ser motociclista é passar o máximo de tempo possível sobre sua moto, é escolher as viagens ou trilhas mais longas. É chegar e ao invés de voltar, resolver ir mais longe, é rodar, rodar, rodar e querer mais. Ser motociclista é coisa que vem no sangue. Não conheço nenhum grande jogador que tenha começado a jogar depois que se estabilizou na vida ou teve dinheiro para comprar um time. Todos sem exceção, começaram a se interessar pela bola ao mesmo tempo que aprenderam a andar. Ser motociclista não foge a regra, ninguém vira motociclista, a gente nasce motociclista. Ser motociclista não é se unir em "gangs", fantasiado de "bad boy", para amedrontar as pessoas e fazer coisas que não teria coragem de fazer se estivesse só. Ser motociclista não é ir para os "Points" da moda, no fim de semana, parar a moto, ficar a noite inteira contando vantagens de quanto gastou em acessórios e depois voltar para casa. Ser motociclista é rodar com a moto, mesmo sem ter ninguém para mostrá-la. Nada impede que um motoboy, o qual rotulamos hoje de motoqueiro seja mais motociclista que muitos proprietários de motos. Uns diriam que ser motociclista é uma doença, eu digo que é um caso de amor.

Cicero Paes

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Paixão de Motociclista

Prezados,

Este texto maravilhoso eu copiei do FaceBook do Paulo Enrico, grande e querido amigo.

Entenda a Paixão do Motociclista.

Muitos acham que vestimos aquelas roupas de couro apertadas, deconfortáveis, capacetes coloridos apenas para chamar atenção.

Mas uma vez que as viseiras fumês são levantadas, o que se vê são olhos bonitos, limpos e cheios de lágrimas; olhos onde você poderia se perder neles, chegar em suas almas e ver o quanto pura elas são.
Tirando nossas roupas de couro e capacetes, você verá que somos como crianças grandes, nada mais que isso…
 

Gostamos da vida, de carne, cerveja e tudo que é bom.... Mas também continuamos procurando pela mãe quando as coisas dão errado…

Tem gente que diz que quando montamos em nossas motos, anjos e demônios vão conosco!
Pode até ser verdade. É um tipo de dualismo que faz esse estilo de vida ser tão rico em emoções, que faz seu coração bater mais rápido, parecendo que vai sair pelo peito a qualquer momento...

Demônios fazem você acelerar.... Irracionais e violentas aceleradas, na hora que a adrenalina corre direto pelo corpo e você fica tremendo por vários minutos...

Anjos carregam com eles a face e as vozes dos que não estão mais conosco; vozes da experiência, que por vezes foram forjadas por ossos quebrados, mas que nos fazem pensar o quanto pode ser doloroso a brincadeira.
 

Mas nada se compara à quantidade de lembranças fantásticas, em "flashes", que duram uma eternidade de risadas e que deixam a vida muito mais alegre... Risadas altas e profundas que vem do coração, tão altas que fazem o sol brilhar num dia nublado.
 

Converse com qualquer um de nós. Peça para contarmos uma história de um dos nossos últimos passeios... Alguma curva da estrada de sua montanha preferida ou alguma viagem e você se perderá naqueles olhos sorridentes, naquele sorriso natural que, gradualmente, se espalha pelo rosto inteiro.
 

Mas converse com qualquer um de nós e pergunte como a vida seria, se algum dia tivéssemos de desistir de nossa paixão... Tudo que você irá escutar é o som do silêncio. E verá que aquele rosto sorridente do "garoto" ficará vazio...
 

Sim, você pode morrer em uma moto, mas acredite, não há melhor jeito de se viver o pouco tempo que nos é dado!
 

E se você não entendeu nada até agora, não se preocupe, você nunca entenderá!
Mas se um dia você estiver na estrada, com sua família na segurança de seu carro, e UM DE NÓS passar vagarosamente, e o seu filho, sentado no banco de trás, virar a cabeça e acenar, empolgado, cumprimentando o motociclista...
 

Não tente entendê-lo...
 

Ele, com toda sua inocência, vê em nós uma centelha de algo que você nunca reparou!
 

E pode ter certeza que o motociclista acenará também. Não há nada de errado nisso, pois você sabe que... anjos, na terra, se cumprimentam!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Feira Duas Rodas em São Paulo

Eu e minha companheira de jornada fomos até São Paulo neste final de semana, dias 8 e 9 de outubro de 2011, para visitar a Feira Duas Rodas.
Nós nunca havíamos visitado esta feira e achamos muito interessante.

No stand da Harley pudemos ver os modelos que, suponho estarão sendo lançados no Brasil, talvez no próximo ano.

Como sempre as feiras de exposições são por demais cansativas, a gente anda muito e devagar o que acaba dificultando a circulação do sangue nas pernas e o pé fica inchado mesmo. Ainda mais o meu, que ainda se encontra em recuperação, da última capivara.

Saímos de Curitiba no sábado pela manhã, às 8:30 da manhã e chegamos em SP 1:30 da tarde. Fomos direto até o Anhembi, onde teve a exposição, que acabou no domingo, onde estavam nos esperando o Marquinhos, Manu, Snardi e Rosa.

Chegamos em meio a uma sensação de calor quase insuportável, como sempre acontece no início da primavera devido à falta de costume depois de um período de inverno e ainda por cima eu e a Bê estávamos vestidos com roupas de couro e como não fomos primeiro ao Hotel para trocarmos de roupas e tomar um banho depois da estrada, já que o Marquinhos tinha comprado os ingressos para nós e estavam esperando pela gente na entrada da feira.
Este pessoal é muito boa companhia. Chegamos lá e a fila para entrar no estacionamento era coisa que somente pode ser vista em um evento desta magnitude em uma megalópole do porte de São Paulo mesmo. Nós que somos de Curitiba, não estamos acostumados ao agito de carros e pessoas que existe nesta cidade. Depois de bem cozido e já com o motor grilando devido ao super-aquecimento consegui entrar e estacionar a moto.

Encontrei o pessoal e entramos na feira.

Como sempre, muitas mulheres bonitas (e mau educadas, já que são apenas comerciantes de suas belezas gratuitas). O que mais eu vi foi o tanto que fiquei cansado e se o pé bom estava doendo imaginem o pé que está se recuperando como é que ficou!

Nos hospedamos no Hotel Íbis Congonhas, ou seja, saindo do Anhembi, virei à direita na Av. Santos Dumond e fomos, praticamente em linha reta até o Hotel. Acabamos demorando muito mais do que eles para chegar ao hotel, pois passamos no caixa eletrônico para sacar dinheiro e depois passamos em um posto para encher o tanque, adiantando o expediente do dia seguinte.

Finalmente tomamos nosso merecido e desejado banho e depois de um descanso, saímos para jantar as 8:30.

A Rosa disse que um irmão dela também estava em São Paulo e que iríamos jantar junto com eles em um local tipo bar, com música ou show, não entendi muito bem. Eu queria ir novamente ao Tordesilhas, para levar a Bê para conhecer o lugar que o Cláudio havia me levado (grande abraço para você Claudião). O pessoal acabou aceitando a sugestão e o irmão da Rosa acabou não indo.

Comemos, eu e a Bê e mais vários outros o pirarocu com mini-legumes. Hummmmmmm!!!!!!!! E ainda por cima tomamos a caipirinha de caju com cachaça Jacuba. Eita trem bão sô!!!!

Saímos tarde do restaurante e fomos dormir, na manhã seguinte fomos ao Mercado Municipal de São Paulo, comemos pastel de bacalhau e sanduíche de mortadela Ceratti. O Mercado Municipal de SP é muito interessante e realmente contém boa parte da história da cidade, com vitrais muito bonitos.

Saímos do Mercado às 11:30 e rumamos direto para a estrada. O Marquinhos já morou em SP e conhece bem os caminhos, eu fui seguindo ele nem precisei seguir os caminhos do GPS.
Seguimos pela BR116 com destino a Curitiba, paramos para almoçar no Buenos Aires, que é da rede Graal e que agora está muito bom, vou incluí-lo no meu caminho de volta de SP.

Enfim, foi um final de semana maravilhoso onde rodamos os 800km básicos para um final de semana saudável, em cima do nosso cavalo de aço, como se dizia a muito tempo atrás.

Abraço a todos os leitores.
Luiz e Bê.

domingo, 25 de setembro de 2011

20110924 - H.O.G.em Londrina

TRAJETO: CURITIBA – LONDRINA - CURITIBA
PERÍODO: 24 E 25/09/2011

TOTAL DE QUILÔMETROS RODADOS: 2.500 km

 Harley Davidson Electra Ultra Glide Classic 2010, Vermelha: Luiz e Bê

Neste dia 24 de setembro, sábado de um final de semana comum, fomos eu e a minha companheira inseparável das aventuras nas estradas, com a nossa Harley até Londrina, aqui no estado do Paraná mesmo, a uma distância de 400 km de Curitiba.
O passeio foi organizado pelo Kadu, que é diretor do HOG, clube de proprietários de Harley-Davidson, de âmbito mundial, e patrocinado em parte por nós mesmos que pagamos R$ 100,00 por pessoa e pela Plaenge que organizou nosso almoço, jantar e reservas no Hotel Confort Suítes, localizado ao lado do Shoping Catuaí.

Um fato interessante é que segundo nos informaram lá, é que a Plaenge é a maior empresa do seu segmento do Sul do Brasil, muito legal, mas, curiosamente, eu fui o primeiro cliente da Plaenge em Curitiba, quando ela fez o lançamento do Edifício Le Corbusier, localizado no Ecoville, nome que existe somente na cabeça dos Curitibanos, pois no mapa do Município este bairro não existe o nome é Mossunguê, eles haviam feito a permuta do terreno por sete apartamentos e eu comprei o oitavo, ou seja, o primeiro apartamento vendido de fato.
Claro que na época eu não sabia disso, mas ainda assim consegui uma boa negociação e este apartamento, veio futuramente a me ajudar na construção da casa, já que vendi o mesmo com uma boa margem de lucro devido à valorização do imóvel ao longo do período.

Depois disso a Plaenge se tornou uma das grandes construtoras de imóveis residenciais em Curitiba e agora, o proprietário da empresa também é um Harleyro.

Mas, voltando à nossa história do passeio no final de semana, estava marcado o café da manhã na Loja da HD em Curitiba, a The One, apartir da 6:30h da manhã, com saída programada para as 7:30h.

Levantamos as 6h da matina, com muita preguiça, mas como a gente gosta muito da coisa, tomamos nosso banho, nos vestimos, já tínhamos separado na noite anterior as poucas roupas de que precisaríamos para ir no sábado e retornar no domingo, apenas uma muda de roupas, que colocamos na sacola que vai no alforje lateral da Ultra. Cueca, meias, camiseta, calção de banho (vai que dá uma chance de tomar um banho) e minhas havaianas.

Vesti a segunda pele, uma camisa de manga curta HD, jaqueta e calça de couro. A calça que o Juarez me deu, já que ele desistiu de ser motociclista e a calça não servia mais nele e para mim ficou como que feita sob medida.

Colocamos tudo na moto, a Bê se vestiu adequadamente também, pegou as mudas de roupas dela, mas esqueceu do biquíni e eu de levar uma outra calça que não fosse de couro para ir no jantar, faz parte.

Saímos de casa eram quase sete da matina e o dia estava clareando, já tinha sol, estava bonito lá para o lado de Pinhais onde moramos. Chegamos na The One as 7:20h, ou seja quase na hora de sair. Fomos direto para tomar um café e comer alguns sanduíches que, por sinal, estavam uma delicia.

Eu ainda tinha que abastecer a moto, pois não tinha tido tempo de ir ao posto, já que havia chegado de viagem na noite anterior, já umas 10 da noite e saímos cedo e atrasados.

Quando estava saindo da loja para ir abastecer e reencontrar o pessoal e pegar a Bê, o Marquinhos estava indo junto comigo, o Kadu nos disse que estavam saindo e se éramos do grupo da bancava preta ou laranja. Eu disse para ele que não sabía e ele chamou a mocinha para que tanto eu como o Marquinhos pudéssemos pegar nossas bancavas pretas, que deveriam estar amarradas no retribuais esquerdo da moto, para reconhecimento nas passagens do pedágio. Também nos foram entregues fitas de colocar no pulso para reconhecimento na entrada do almoço e jantar que teríamos em Londrina.

Neste momento percebi que não daria tempo de abastecer e o Kadu me disse que o posto ficava a 224km de distância, no entroncamento que deriva para Telêmaco Borba, cidade do meu querido compadre Amilton e Vilma, dos quais agora me atento que tenho saudades, já que não nos vemos há pelo menos dez anos.

O odômetro da minha moto mostrava que tinha autonomia para 200km, ou seja, seria perigoso tentar seguir o grupo sem abastecer a moto. Quando cheguei na moto a Bê também chegou comigo, bem com a Bê junto ficava mais fácil pois eu poderia ir até um posto localizado à frente, no caminho por onde o comboio deveria passar, abastecer e me juntar ao grupo na passada.

Foi o que fizemos, quando saímos os policiais estavam começando a tocar as sirenes das motos chamando o pessoal para saírem, na frente os que receberam bandana preta e atrás os que receberam as bandanas alaranjadas. Eu saí na frente, antes que o pessoal se arrumasse para a partida do comboio e fui ao posto. Pedi que o frentista colocasse 20 reais e fui pagando a gasolina no balcão, pois estava sem dinheiro e tive que pagar com o cartão.

Enquanto eu pagava escutei as cotejes dos policiais e vi que o comboio estava chegando ali. Voltei para a moto para sair e vi que o Marquinhos e a Manu, nossos queridos amigos, haviam entrado no posto e estavam esperando para seguir junto conosco, mas conseguimos sair do posto e entrar no meio das motos de bandana alaranjada, saímos pelo lado e seguimos até o grupo de bandanas pretas.

Aí é que começou o prazer, viajar de HD é um prazer indescritível, ao menos para mim, mas com os batedores da polícia abrindo caminho é coisa de outro mundo. Pode ter o movimento que tiver, o comboio vai em velocidade constante, coisa de 80 a 90 km/h enquanto um grupo de batedores vai na frente abrindo o caminho.

Formamos uma fila dupla composta de 97 motocicletas sendo que 60 delas com duas pessoas, ou seja, éramos 157 felizardos. Que pagamos R$100,00/pessoa pelo passeio, com tudo incluído, do pedágio às refeições, passando pelo hotel.

Muitas brincadeiras foram ditas no rádio, do tipo:
- estamos sendo ultrapassados por uma CG-125;
- não sei o que está acontecendo, daqui a pouco terei que parar para tirar gasolina do tanque, vai começar a vazar;
- os de bicicleta estão longe lá na frente e o pessoal que está indo à pé está nos alcançando.

E assim fomos indo. Lentamente, é verdade, mas até que foi bom, pois assim ficamos mais tempo andando, o que é ótimo, mas também pela segurança do grupo. Não é preciso pensar muito para ver que, se alguém lá no meio do grupo, der uma freada esse efeito acabaria provocando uma tragédia lá para trás.


Bem, o caminho foi ótimo, as curvas em Mauá da Serra deixaram bem claro quem sabe e quem tem dificuldades com as curvas, sendo que a maioria dos motociclistas que têm dificuldades nas curvas devem isso ao fato de manterem o olhar muito próximo da moto ao invés de olhar mais à frente para onde se está indo e não onde se está no momento.

Quando chegamos em Londrina, fomos diretamente à Central de Apartamentos Decorados da Plaenge, ao lado tem um pátio grande com espaço para estacionar as motos e ainda tinha uma área grande, coberta por várias barracas enormes com as mesas e cadeiras arrumadas.

Melhor que isso é que tinham pelo menos 3 ou 4 bombas de chopp, refrigerantes e água, e ainda vários atendentes com caixas, do tipo geladeira plástica, com espetinhos deliciosos de carne, chicho, frango e calabresa.


Como as caixas estavam cheias, o pessoal que chegou morto de fome, foi pegando e comendo de forma que ninguém ficou esperando pelo que comer. Foi genial. Parabéns para o planejamento, embora o objetivo deste blog não seja o de fazer propaganda, tenho que reconhecer o que é bem feito é bem feito.

Confesso que comi diversos espetinhos e tomei uns 3 chopp apenas, a Bê não comeu muito mas acho que tomou mais chopp do que eu. Depois de muito calor, resolvi tirar a segunda pele que estava me matando cozido. Como algumas pessoas já haviam saído, resolvi tirar a dita ali mesmo. Foi uma festa, só ficou faltando mesmo colocar uma música de fundo para o Streep-tease e olha que um amigo ali falou, - troca aqui mesmo, ninguém vai notar. Mas não, heiiiim! Foi uma loucura! Aplausos, assobios e gritos de todo tipo. Que fazer? Desfrutei daquela sacanagem e pronto.

A Bê já tinha ido ao banheiro para tirar a dela, mas mesmo com uma camisa sobre a pele estava muito quente ainda. Talvez na casa dos 32 ou 34 graus.

Saímos dali, depois de sermos informados que o jantar seria servido ali na Central de Apartamentos Decorados, na parte interna, a partir das 8 da noite. Dessa forma estávamos com a tarde livre.

Fomos até o Hotel Confort Suites, onde fizemos o check in e tomamos um banho para refrescar, trocamos de roupas e combinamos com o Zani e a Pat, nossos amigos de infância, que estão morando em Londrina, para irmos até a casa deles a fim de bater um papo e matar as saudades desses queridos amigos e irmãos de coração. A piscina do hotel teria que ficar para uma outra oportunidade. Que pena! Mas temos que fazer escolhas e sem dúvida, neste caso, jamais escolheríamos a piscina.

Com o GPS ficou muito fácil de chegar na casa do Zani, fomos pela Av. Maringá e depois viramos na Rua Goiás. Vale salientar que morei nesta rua, mais para o lado do centro, entre os meus 6 meses e 4 anos de idade. Chegamos no apartamento, umas aceleradas e o Zani desceu.

Muito bom rever amigos amados. Principalmente quando a gente não consegue se ver com frequência. A Path é excelente na caipirinha e ela fez uma de limão com Absolut de pimenta, a pepper, uma coisa de louco. Fez ainda uma outra de frutas vermelhas, calabresinhas especiais na frigideira e cream cheese com geléia de mexerica feita por ela mesma, tudo acompanhado de pães de vários tipos.

Dali a pouco o Marquinho me ligou no celular para saber onde estávamos que ele estava sozinho com a Manu, sem saber para onde ir. Chamei ele para ir até lá e ele não demorou muito para chegar, estacionou a moto do lado da minha, na frente do prédio, e passamos momentos especialíssimos juntos.

Quando já era quase 8h da noite, eu nem vi o tempo passar, chegou a hora de irmos para o jantar. Saímos em direção ao Hotel, para reagrupar com o pessoal, mas quando passamos em frente ao estacionamento da Plaenge vimos que haviam várias motos estacionadas ali e decidimos ficar por ali mesmo.

Como eu havia comprado uma bomba para calibrar a suspensão da moto mas ainda não tinha tido a chance de usar, e a moto estava muito dura, batendo a suspensão em qualquer irregularidade da pista, aproveitamos aqueles momentos para calibrar a suspensão das duas motos, pois o Marquinho também disse que a dele estava ruim.

A minha estava com 15 libras e a dele com 25. Alteramos para 45 a minha e 40 a dele por eles serem mais leves do que eu, já que o Áureo, passou por ali e disse que no manual não se pode passar das 50 libras e deu uma idéia das pressões. Esta calibragem realmente ficou muito diferente, de maneiras que fomos com uma moto e voltamos com outra, de tão macia que ficou.

A Bê e a Manu já haviam entrado para reservar uma mesa para nós e nós fomos lá para dentro sedentos de uma dose do velho Jack, comer é que não estaria muito fácil, pois desde a hora do almoço estávamos comendo.

Elas haviam reservado uma mesa com várias pessoas, alguns já conhecíamos, outros ficamos conhecendo e, como sempre, pessoas da maior qualidade. Como sempre neste meio.

Foi duro de conseguir o meu Jack mas fui atrás dele e peguei uma bela dose. Foi servido no jantar muito da boa conversa, roast beef, uma salada de repolho temperada com açúcar e outros complementos. Estava muito bom. Eu comi pouco pois estava com pouca fome, quer dizer, nenhuma fome. Comi de guloso que sou.

Ficamos por ali papeando e vendo os apartamentos (eu não fui ver, mas o pessoal foi) e depois fomos embora para o Hotel mesmo. Nós e o André e a Luciana chegamos a cogitar irmos ao bar onde o conjunto que esteve ali se apresentando iria tocar, mas como estava frio (uns 15 graus), tínhamos bebido um pouco e a preguiça bateu, já que no dia seguinte teríamos que sair às 8:30h, caso fôssemos com o comboio escoltado pela polícia.

Dormimos muito bem, eu como sempre, quando janto muito, acabei passando a noite sentado com meus 2 travesseiros, mas dormi. Arrumei o despertador do telefone errado para despertar, usei o alarme de dias de semana e era domingo. Claro que não tocou. Acordei assustado às 8 da manhã, ou seja, tínhamos meia hora para levantar, tomar banho, nos vestir, arrumar tudo, carregar na moto, tomar café, fechar a conta e seguir com o grupo. CONSEGUIMOS!!!! Saímos junto com o grupo as 8:40h. Estes 10 minutos foram muito importantes. Ainda deu para comer algo no café da manhã, na verdade engolir.


Acabei ficando perto do batedor líder, o que foi muito legal. Na ida nós fomos no meio do grupo, que também foi bacana, mas na frente foi muito mais legal ainda, já que a gente vê o trabalho dos batedores. Os guardas estão de parabéns, eles são muito bons mesmo na coisa. Viemos a uma velocidade constante de 90 a 100 km/h. Claro que nos trechos de serra com curvas mais fechadas, ele baixavam a velocidade, mas foi muito bom.

Chegamos em Curitiba, com uma parada para reabastecer, às 13:30h da tarde e fomos almoçar no Madalosso em Santa Felicidade. Embora tenhamos vindo em um grupo de 70 motos, somente umas 10 acabaram indo almoçar pois pegamos uma garoa quando estávamos chegando em Curitiba e a temperatura não era das mais agradáveis, coisa de uns 10 graus.

Depois do almoço fomos para casa. Foi um belíssimo final de semana, como sempre, apenas boas lembranças das mais gostosas.

Até a próxima pessoal! E obrigado por compartilharem comigo estas aventuras.

domingo, 4 de setembro de 2011

Viagem a Altamira

Motivo: Trabalho


Data: 30/08 a 02/09/2011
Que dureza!
Depois de perder um vôo pela manhã, devido ao forte trânsito encontrado a caminho do aeroporto, pois havia saído meio atrasado de casa devido a um namoro um pouco errado no relógio, embora tão acertado nas coisas do coração. Ah! Esse coração que parece não se cansar de amar esta mulher por mais de dez anos. Confesso que por vezes acho que devo ter algum problema muito sério por continuar amando a mesma mulher e sentindo tanto prazer com isso. Vou anotar que preciso visitar um médico a respeito.
Sigo novamente ao aeroporto a fim de embarcar para uma viagem ao norte do país, mais precisamente, para Altamira, no Estado do Pará. É uma viagem a trabalho que já ficou complicada, pois após perder o vôo pela manhã, iria embarcar as 5 da tarde, passaria a noite toda viajando para chegar ao destino apenas às 7:40 na manhã do dia seguinte.
Passar a noite toda viajando e sem dormir, para encarar um dia inteiro de reunião era um programa de índio mesmo e não de cara pálida.
Naquele momento eu não tinha que me preocupar com isso, tinha apenas que curtir o meu Azira novinho em folha, tirado da loja a menos de uma semana. O rodar macio e silencioso que me dava mais prazer ainda.
Deixei o meu maravilhoso no estacionamento do aeroporto e peguei a van para o terminal. Eu deveria retirar o tiquet da minha passagem que a empresa havia adquirido em meu nome para poder viajar e havia dado um monte de problemas na reserva e compra, de forma que a funcionaria que cuida do assunto não sabia me informar se tinha dado certo ou não a compra. Aí eu teria que ir até a loja e caso não tivesse sido realizado o pagamento da passagem eu teria que pagar e retirar o bilhete para depois reembolsar o custo. Ainda era muito cedo para a viagem, eu tinha mais de duas horas de antecedência em relação à hora da partida.
Chegando lá, fui ao guichê da TRIP e estava tudo certo, para minha surpresa. Retirei o bilhete, sendo que a atendente disse que poderia emitir apenas o tiquet de embarque para o trecho Curitiba - Belo Horizonte e que chegando em BH eu teria que ir ao guichê da companhia para retirar o bilhete de BH para Salvador, daí para Belém e, finalmente, de Belém para Altamira, meu destino final.
Com o ticket de embarque nas mãos não tinha mais o que fazer a não ser esperar pela hora do embarque. Subi ao andar de cima do terminal, fui até o banheiro e encontrei umas mesinhas atraentes para sentar e ligar o computador a fim de ler e responder e-mails, esta maravilha que nos escraviza o tempo todo nestes tempos modernos.
Até que o tempo passou rápido, pois antes que eu conseguisse colocar minha conexão no ar, chegou a hora do embarque. Isso pode parecer pura incompetência, e acho que é mesmo, pois tentei com o iPhone, através do maravilhoso e moderno WiFi, pois o iPhone 4 gera sinal de wireless. Que moderno. Só que não funciona quando a gente precisa que funcione. Que coisa! Depois de inúmeras tentativas, desligar e religar o iPhone, desligar e religar o computador, de novo, outra vez, uma última tentativa, cheguei à inteligente conclusão de que devia ter algum problema e que talvez fosse melhor desistir, já que eu não sabia qual poderia ser o problema.
Peguei então, como bom tecnológico que sou, o meu outro telefone, o empresarial, para conectar no computador com o cabo USB, que beleza, cliquei no programa que dá acesso pelo telefone e apareceu a mensagem "Existe uma versão mais atual e precisa ser instalada antes de sua utilização".
Muito bem, como estava mesmo esperando o tempo passar, cliquei no OK, para que a nova versão fosse baixada e instalada para poder finalmente navegar.
Que nada, erro. Seguido de uma mensagem impossível baixar o programa. Um caso de loopping infinito, onde nào baixa o programa sem navegar e nào navega sem baixar o programa. Desisti, meio puto pelo completo insucesso atingido naquela empreitada.
Levantei e segui mancando para a área de embarque, já haviam se passado quase duas horas inteiras desde que eu havia pegado o ticket de embarque na companhia aérea. Ah! Sim. Mancando devido ao acidente de moto da Páscoa de 2011, quando atropelei uma capivara de motocicleta, próximo de Pelotas, na BR-116. O que me rendeu sete parafusos e uma placa no pé esquerdo, o qual ainda está me incomodando pra caramba.
Chegada a hora do embarque, fui feliz para a fila já que como estou momentaneamente com dificuldades de locomoção, posso embarcar por primeiro sem ter que enfrentar a fila. O que muito pouco adianta, já que os demais passageiros andam muito mais rápido do que eu e acabam passando na minha frente e, embora eu saia por primeiro da região do embarque, acabo chegando bem depois no avião.

O problema é que durante o dia, meu pé esquerdo incha e durante a noite, por eu ficar deitado, ele desincha. Assim vão se seguindo os dias. Só que nesta condição em que me encontrava, aconteceria um caso um pouco diferente.
D
Durante o dia o pé inchando, durante a noite sentado com o pé para baixo, o pé inchando e durante o dia seguinte, de reuniões, o pé inchando novamente. A perfeição da porcaria para o meu pé. Eu já estava achando que até mesmo o pé direito, que esta bom, acabaria ficando inchado.
Lá fui eu até BH. Chegando lá, nos informaram que os passageiros com conexão para Salvador deveriam ficar no avião. Ok. Pensei que tinha me dado bem, pois a melhor coisa seria nem descer do avião e seguir em frente para Salvador.
Falamos, eu e um outro passageiro, chamado Vinícius, que era de uma outra empresa, e que estava indo para Altamira também, com uma atendente da TRIP e ela nos instruiu para que ficássemos a bordo.
Eu expliquei para a mocinha que não tinha ticket de embarque e que ficaria estranho eu viajar clandestino para Salvador no avião. O rapaz falou a mesma coisa para ela, não adiantou nada. Ela insistiu. Aí eu tive que apelar, solicitando para ela que escrevesse em uma folha de papel para mim que a empresa assumia a responsabilidade de nós viajarmos sem o ticket de embarque. Foi quando ela afinou e disse que não poderia fazer isso sem consultar a empresa, ora bolas, então consulte!
A outra aeromoça que estava no avião, havia acabado de fazer a contagem do pessoal e disse "são 17 e deveriam ser 15 passageiros".
Ao que a outra atendente, que nem vou dizer que era loira para evitar discriminacões e possíveis disputas judiciais, disse que estava chamando a van para nos levar ao terminal pois teríamos que desembarcar, pois o número do nosso vôo era um número de vôo da TAM e não da TRIP. Muito esperta ela, demorou mas entendeu. Eu é que não entendi, se compramos o bilhete na TRIP e o avião em que estávamos era da TRIP e ia para Salvador, por que nos deslocaram para um avião da TAM? Acho que a TRIP estava sendo administrada por uma loira naquele dia...
Lá fomos nós para o saguão do aeroporto de Confins, agora em companhia do Vinicius. Fomos direto até o balcão da companhia aérea para fazer o check in, que acabou sendo feito já para o trajeto completo, BH-Salvador-Belém-Altamira, e como teríamos que esperar por 3 horas no aeroporto para embarcar para Salvador pela TAM com bilhete TRIP, que coisa incrível, fomos jantar em um restaurante até que de boa qualidade, localizado no aeroporto mesmo, onde eu já havia comido numa outra oportunidade e é de boa qualidade. Comi um filé com arroz e salada que estava bom, acompanhado de um chopp, que estava melhor ainda.
A temperatura estava na casa dos 30 graus, mais do que suficiente para um chopp gelado ficar sempre bom.
Quando foi chegando perto da hora do embarque, seguimos para a área de embarque, onde a máquina de raios X estava regulada com super sensibilidade e tive que tirar o cinto, as botas, que nunca mais viajarei com botas de motociclismo, pois tive que tirá-las em todos os locais de embarque, menos de Curitiba, que não deu problema.
Chegando lá na área de embarque, procurei por uma tomada para ligar o computador e tentar baixar os e-mails que eu já tinha lido no celular, mas que os anexos são legíveis apenas no computador, pois ler planilhas do excel no celular ninguém merece, e nada de tomadas.
Tomamos um café. Cuidando do quadro de saídas dos vôos para acompanhar o nosso vôo, já que teríamos apenas meia de hora entre a chegada em Salvador e a saída para Belém. Não deu nega, logo depois apareceu que o vôo atrasaria 40 minutos, até que nem era muito, mas era o suficiente para que nós perdêssemos nossa conexão. Que merda!
Fomos atrás da moça da TAM e ela nos disse que não tínhamos com o que nos preocupar, pois a empresa nos colocaria em um hotel em Salvador e que poderíamos ir para Altamira no dia seguinte. O que de jeito nenhum nos atendia, nem a mim e nem ao já meu companheiro de viagem e luta, que embora fosse novo e até que era pouco maluco, pois teríamos que estar em Altamira no dia seguinte pela manhã e não de noite.
Enquanto ele foi à luta com a moça da TAM eu cheguei até a moça da AZUL, pois estava indicando um vôo da AZUL direto de BH para Belém e ela me disse que tinha lugares vagos no vôo.

Fomos para fora da área de embarque, o que exigiria que tirasse a minha roupa novamente para poder passar no raio X e fomos até a TAM para solicitar que nos enviassem pela AZUL para Belém, a fim de que não perdêssemos a nossa conexão em Salvador.
Até que a funcionária Ana foi bem legal e competente e em cerca de 20 minutos estávamos novamente no raio X para poder ter acesso à área de embarque, já com os nossos bilhetes da AZUL.
Sentados ali tranqüilos esperando pela chamada de embarque do nosso vôo, quando de repente ouvimos um chamado por Marcos Bianchi (nome errado) e Vinicius (não me lembro do sobrenome). Que merda, cancelaram o vôo ou nós não poderíamos embarcar, no mínimo seria algo assim.
Lá fomos nós.
Quando chegamos perto do balcão de embarque da TAM, a mocinha que tinha nos atendido e nos encaminhado para a troca dos bilhetes, nos disse que devido à troca dos bilhetes o chefe dela teve que cancelar o nosso embarque de Belém para Altamira também.
Ufa! Que alívio. Nada de mais para aquele momento. Embarcamos pela AZUL sem entender o que tinha acontecido com a TRIP, que não nos encaminhou direto para Salvador no mesmo avião em que estávamos e nos colocou em uma conexão com a TAM.
Lá fomos nós direto para Belém, até que de certa forma felizes, ainda era apenas meia noite e não tinha caído por completo a ficha de que naquela noite não daria para dormir e não deu mesmo, pois chegamos em Belém já era mais de 2:30 da madrugada. Até desembarcar, chegar ao saguão, fazer o check in para Altamira, entrar na área de embarque, não esquecendo do raio X que me obrigava a tirar quase que a roupa toda, vestir tudo novamente, e seguir até a região da área de embarque, foi um tempão.
Bem, mas pelo caminho aconteceram diversas coisa e uma delas foi a minha surpresa com a beleza do aeroporto de Belém. Um aeroporto novo, moderno e muito bonito, ao menos por dentro, e notei que no norte os vôos madrugadeiros são mais do que comuns. Tinha uma fila grande no guichê da TRIP pois estavam fazendo check in de vôos que deveriam sair às 4 da madrugada, tinham outros vôos ainda antes do nosso que deveriam sair lá pelas 6 da manhã, com previsão de chagada em Altamira às 7:40. Que beleza, já que a reunião começaria apenas às 9:00. Desta forma seria possível tomar um banho e um café da manhã no hotel, caso tudo ajudasse,
depois de passar pela Polícia Federal, fomos atrás da sala de descanso de uma empresa de turismo, que se chama Vale Verde, o Vinicios sabia que lá tinha uma sala de descanso onde se poderia pagar e dormir.
Achamos a sala, entramos e a atendente nos informou que o custo era de apenas R$ 75,00 para ter o direito de ficar ali e descansar. Caraca meu! 75 pila para ficar alí? Entramos, demos uma olhada no local e vimos que era uma sala meio normal com sofás e poltronas. Teríamos que dormir sentados, se é que seria possível dormir, teria custado 75 reais para ficar sentado ali. Pensei e achei que mesmo com a empresa pagando, aquilo era um absurdo. O meu companheiro pensou a mesma coisa e saímos de lá indo para o portão de embarque localizado no subsolo.
Chegamos no portão onde embarcaríamos algumas horas depois e ali estava cheio de gente, pois estavam embarcando um vôo, eram 4 horas da madrugada. Nos acomodamos em um banco daqueles típicos de aeroporto, que são largos e duros, embora macios para se sentar por algum tempo enquanto se espera para embarcar em um vôo, mas desconfortáveis para quem pretende se deitar para dormir.

O Vinicius foi comprar algo para comer e me troxe uma água e 2 sonhos de valsa e depois de algum tempo me deitei no banco e tirei um cochilo de 1 hora mais ou menos. Quando era pouco mais de 5 da manhã acordei com uma mulher da faxina recolhendo o lixo e levei um susto pois achei que ela estava pegando algo meu. Ela também se assustou com o meu pulo e disse "estou recolhendo o lixo" Ah sim! Desculpas! Disse eu. Mas me sentei em seguida, pois haviam muitas pessoas já ali na sala esperando para embarcarem no mesmo vôo que nós. Logo em seguida o Vinicius acordou também. Ele estava dormindo mais ou menos como eu em um outro banco próximo.
Dei uma ajeitada nos meus parcos cabelos e fiquei esperando pelo embarque que não demorou quase nada. Meu pé ferrado estava inchado pra caramba, abri o zipper da bota e lá fui eu, como sempre, na turma com dificuldades de locomoção, mas sendo ultrapassado pela tropa ao longo do caminho, que nesta hora foi pelo pátio do aeroporto mesmo.
Embarcamos em um turbo hélice grande, com 22 filas de 4 poltronas, ou seja, levando 88 passageiros de Belém para Altamira. Embarquei e fui até o meu lugar. Embarcou muita gente e quase lotou o aparelho, que teria a sua primeira escala em Altamira indo depois para Santarém e Manaus, passando ainda por um outro local que acho que era Alta Floresta.
Deu certo, chegamos em Altamira, rigorosamente no horário previsto, 7:40 da matina sem dormir.
Quando desembarquei, tinha um rapaz com uma placa CCBM e me apresentei, junto comigo chegou uma moça dizendo ao rapaz da placa, vim buscar por Luiz Bianchi, vocês se importam que eu o leve. Eu sou Fulana e vou leva-lo para uma reunião no Hotel Amazon Xingu.
Pois bem, ela viu que eu estava mancando e pediu que eu esperasse e foi buscar o gol que estava estacionado ali por perto. Me mostrou um pouco da cidade conforme íamos pela avenida do aeroporto, passando em frente do prédio da Norte Energia, que se encontra em construção e que em breve deverá acomodar os escritórios da empresa. Disse que agora iria me levar para o Hotel, que estava localizado na mesma avenida e convidou para conhecer os escritórios do nosso Consórcio se tivesse um tempinho naqueles 2 dias e meio.

Chegamos rápido ao hotel, pois a cidade não é muito grande, desci e fui pegar a chave do meu quarto, agradecendo pela carona à nossa administrativa do escritório avançado do Consórcio.
Peguei a chave do quarto 2007, e subi para tomar banho, de água fria, caso fosse possível, pois a água fria não estava fria, depois troquei de roupa e tomei meu café da manhã.
Passei o dia meio como um Zumbi, na maior parte do dia acordado. Almoçamos no refeitório do CCBM, como cortesia do mesmo e na parte da tarde foi pior que o da manhã para ficar acordado.
À noite fomos jantar, tipo de uma recepção que fizeram para nós, em um restaurante e churrascaria onde nos reservaram um salão exclusivo. Serviram whisky e vinho, eu tomei apenas 2 doses de whisky, e jantamos peixe.
Me sentei ao lado de uma panela de barro que parecia conter uma peixada amazonense. E era mesmo. Muito boa. A mesa era comprida, arrumada para 28 pessoas e eram servidos diversos pratos, todos de peixe, sendo que um era diferente do outro. Comi a peixada, parecida com moqueca de peixe e depois um pouco de um outro Tucunaré, em homenagem ao nome da rua onde moro, hehe, com cebola, repolho e pimentão, entre outras coisas, picados e refogados sobre o file de peixe à milanesa.
Voltamos para o hotel lá pelas 10 da noite, fui escovar os dentes e dormir. Claro que antes liguei para a Bê que não me atendeu, pois ela disse que iria na casa de uns amigos para um jantar. E sem mim. Pode uma coisa dessas?
Dormi rápido, com as luzes acesas e a televisão ligada? Notei isso quando acordei às 2:30 da manhã devido a um forte refluxo, do tipo ardido e de cor rósea, a mesma do molho do peixe.
Que merda! Cuspindo um pedaço de cebola. Levantei fui até o banheiro e assoei o nariz, ardido com o caldo róseo, pigarrei com caldo da mesma cor, e vomitei com a mesma cor. Pena que não saiu tudo e ainda fiquei incomodado embora mais leve. Coloquei os dois travesseiros em posição mais para sentar que para deitar e fiquei ali assim. Vi que minha perna ainda estava bem inchada.
Dormi e na manhã seguinte, 6:30, acordei para tomar banho e senti o corpo dolorido, na verdade a pele dolorida. Achei que era por ter passado mau de madrugada e não ter dormido na noite anterior, até agora não sei ao certo do que se tratava, mas naquele dia, tomei um café da manhã muito light e, como estava passando mau, ou melhor, não muito bem, fiquei na reunião, mas na hora do almoço o pessoal foi para o refeitório do CCBM e eu fui para o quarto dormir e realmente dormi por 1 hora, foi pouco, devo confessar, mas foi muito bom.

Acordei com o despertador que eu tinha ajustado para despertar às 2:10 da tarde, levantei, lavei o rosto, penteei os poucos cabelos que tenho mas que mesmo assim precisam ser penteados, e desci para a reunião.
Não comi nada e tomei muita água, acho que neste dia devo ter tomado uns 3 litros, e mais dois tubetes de Epocler. Demorou mas depois comecei a urinar cada vez mais claro até que comecei a me sentir melhor e na hora da janta já estava com fome.
As 8:30 da noite fomos até a chamada orla, que é a avenida localizada ao longo das margens do rio Xingu que banha a cidade, e sentamos em mesas localizadas do lado de fora, tipo quiosque, de um restaurante bem bacana, para quem conhece, fica localizado em frente à sorveteria.
Pedimos um Tucunaré grelhado (como sempre grelhado na chapa) e com aquela mesma mistura do dia anterior por cima só que com uma diferença, a cor era natural e não rosada, o que já me deixou um pouco mais otimista. Claro que não comi muito e desceu super bem o peixe, acompanhado de uma coca-cola, esta parte não foi tão boa, ficaria muito melhor acompanhado por uma cerveja gelada já que estava fazendo uns 32 graus às 10 da noite.
Voltei para o hotel às 10 da noite e fui dormir direto, achando que poderia ter problemas de digestão, já que novamente havia acabado de jantar e estava indo para a cama. Que nada, como não havia comido durante o dia todo, acabei dormindo feito uma criança e quando acordei pela manhã até fiquei impressionado por ter dormido tão bem.
O duro foi acordar novamente cedo pra caramba, às 7:00 para ir a uma reunião das 8 até as 9:30 e depois pegar a carona, juntamente com os demais que iriam viajar no vôo das 11 para iniciar o retorno. Digo iniciar o retorno pois a viagem demora pelo menos 12 horas, neste nosso caso demorou um pouco mais, foram 14 pois na volta o nosso avião teve um problema técnico em Belo Horizonte, atrasando mais de 1 hora o nosso retorno.
Graças a Deus, nada de mais aconteceu e nenhuma capivara voadora atravessou o nosso caminho. Ainda bem! A última, que não era voadora, me detonou o pé. Hehe.