Imagens do Fin del Mundo

Imagens do Fin del Mundo
Eu estive lá. De frente para a vida!

domingo, 25 de setembro de 2011

20110924 - H.O.G.em Londrina

TRAJETO: CURITIBA – LONDRINA - CURITIBA
PERÍODO: 24 E 25/09/2011

TOTAL DE QUILÔMETROS RODADOS: 2.500 km

 Harley Davidson Electra Ultra Glide Classic 2010, Vermelha: Luiz e Bê

Neste dia 24 de setembro, sábado de um final de semana comum, fomos eu e a minha companheira inseparável das aventuras nas estradas, com a nossa Harley até Londrina, aqui no estado do Paraná mesmo, a uma distância de 400 km de Curitiba.
O passeio foi organizado pelo Kadu, que é diretor do HOG, clube de proprietários de Harley-Davidson, de âmbito mundial, e patrocinado em parte por nós mesmos que pagamos R$ 100,00 por pessoa e pela Plaenge que organizou nosso almoço, jantar e reservas no Hotel Confort Suítes, localizado ao lado do Shoping Catuaí.

Um fato interessante é que segundo nos informaram lá, é que a Plaenge é a maior empresa do seu segmento do Sul do Brasil, muito legal, mas, curiosamente, eu fui o primeiro cliente da Plaenge em Curitiba, quando ela fez o lançamento do Edifício Le Corbusier, localizado no Ecoville, nome que existe somente na cabeça dos Curitibanos, pois no mapa do Município este bairro não existe o nome é Mossunguê, eles haviam feito a permuta do terreno por sete apartamentos e eu comprei o oitavo, ou seja, o primeiro apartamento vendido de fato.
Claro que na época eu não sabia disso, mas ainda assim consegui uma boa negociação e este apartamento, veio futuramente a me ajudar na construção da casa, já que vendi o mesmo com uma boa margem de lucro devido à valorização do imóvel ao longo do período.

Depois disso a Plaenge se tornou uma das grandes construtoras de imóveis residenciais em Curitiba e agora, o proprietário da empresa também é um Harleyro.

Mas, voltando à nossa história do passeio no final de semana, estava marcado o café da manhã na Loja da HD em Curitiba, a The One, apartir da 6:30h da manhã, com saída programada para as 7:30h.

Levantamos as 6h da matina, com muita preguiça, mas como a gente gosta muito da coisa, tomamos nosso banho, nos vestimos, já tínhamos separado na noite anterior as poucas roupas de que precisaríamos para ir no sábado e retornar no domingo, apenas uma muda de roupas, que colocamos na sacola que vai no alforje lateral da Ultra. Cueca, meias, camiseta, calção de banho (vai que dá uma chance de tomar um banho) e minhas havaianas.

Vesti a segunda pele, uma camisa de manga curta HD, jaqueta e calça de couro. A calça que o Juarez me deu, já que ele desistiu de ser motociclista e a calça não servia mais nele e para mim ficou como que feita sob medida.

Colocamos tudo na moto, a Bê se vestiu adequadamente também, pegou as mudas de roupas dela, mas esqueceu do biquíni e eu de levar uma outra calça que não fosse de couro para ir no jantar, faz parte.

Saímos de casa eram quase sete da matina e o dia estava clareando, já tinha sol, estava bonito lá para o lado de Pinhais onde moramos. Chegamos na The One as 7:20h, ou seja quase na hora de sair. Fomos direto para tomar um café e comer alguns sanduíches que, por sinal, estavam uma delicia.

Eu ainda tinha que abastecer a moto, pois não tinha tido tempo de ir ao posto, já que havia chegado de viagem na noite anterior, já umas 10 da noite e saímos cedo e atrasados.

Quando estava saindo da loja para ir abastecer e reencontrar o pessoal e pegar a Bê, o Marquinhos estava indo junto comigo, o Kadu nos disse que estavam saindo e se éramos do grupo da bancava preta ou laranja. Eu disse para ele que não sabía e ele chamou a mocinha para que tanto eu como o Marquinhos pudéssemos pegar nossas bancavas pretas, que deveriam estar amarradas no retribuais esquerdo da moto, para reconhecimento nas passagens do pedágio. Também nos foram entregues fitas de colocar no pulso para reconhecimento na entrada do almoço e jantar que teríamos em Londrina.

Neste momento percebi que não daria tempo de abastecer e o Kadu me disse que o posto ficava a 224km de distância, no entroncamento que deriva para Telêmaco Borba, cidade do meu querido compadre Amilton e Vilma, dos quais agora me atento que tenho saudades, já que não nos vemos há pelo menos dez anos.

O odômetro da minha moto mostrava que tinha autonomia para 200km, ou seja, seria perigoso tentar seguir o grupo sem abastecer a moto. Quando cheguei na moto a Bê também chegou comigo, bem com a Bê junto ficava mais fácil pois eu poderia ir até um posto localizado à frente, no caminho por onde o comboio deveria passar, abastecer e me juntar ao grupo na passada.

Foi o que fizemos, quando saímos os policiais estavam começando a tocar as sirenes das motos chamando o pessoal para saírem, na frente os que receberam bandana preta e atrás os que receberam as bandanas alaranjadas. Eu saí na frente, antes que o pessoal se arrumasse para a partida do comboio e fui ao posto. Pedi que o frentista colocasse 20 reais e fui pagando a gasolina no balcão, pois estava sem dinheiro e tive que pagar com o cartão.

Enquanto eu pagava escutei as cotejes dos policiais e vi que o comboio estava chegando ali. Voltei para a moto para sair e vi que o Marquinhos e a Manu, nossos queridos amigos, haviam entrado no posto e estavam esperando para seguir junto conosco, mas conseguimos sair do posto e entrar no meio das motos de bandana alaranjada, saímos pelo lado e seguimos até o grupo de bandanas pretas.

Aí é que começou o prazer, viajar de HD é um prazer indescritível, ao menos para mim, mas com os batedores da polícia abrindo caminho é coisa de outro mundo. Pode ter o movimento que tiver, o comboio vai em velocidade constante, coisa de 80 a 90 km/h enquanto um grupo de batedores vai na frente abrindo o caminho.

Formamos uma fila dupla composta de 97 motocicletas sendo que 60 delas com duas pessoas, ou seja, éramos 157 felizardos. Que pagamos R$100,00/pessoa pelo passeio, com tudo incluído, do pedágio às refeições, passando pelo hotel.

Muitas brincadeiras foram ditas no rádio, do tipo:
- estamos sendo ultrapassados por uma CG-125;
- não sei o que está acontecendo, daqui a pouco terei que parar para tirar gasolina do tanque, vai começar a vazar;
- os de bicicleta estão longe lá na frente e o pessoal que está indo à pé está nos alcançando.

E assim fomos indo. Lentamente, é verdade, mas até que foi bom, pois assim ficamos mais tempo andando, o que é ótimo, mas também pela segurança do grupo. Não é preciso pensar muito para ver que, se alguém lá no meio do grupo, der uma freada esse efeito acabaria provocando uma tragédia lá para trás.


Bem, o caminho foi ótimo, as curvas em Mauá da Serra deixaram bem claro quem sabe e quem tem dificuldades com as curvas, sendo que a maioria dos motociclistas que têm dificuldades nas curvas devem isso ao fato de manterem o olhar muito próximo da moto ao invés de olhar mais à frente para onde se está indo e não onde se está no momento.

Quando chegamos em Londrina, fomos diretamente à Central de Apartamentos Decorados da Plaenge, ao lado tem um pátio grande com espaço para estacionar as motos e ainda tinha uma área grande, coberta por várias barracas enormes com as mesas e cadeiras arrumadas.

Melhor que isso é que tinham pelo menos 3 ou 4 bombas de chopp, refrigerantes e água, e ainda vários atendentes com caixas, do tipo geladeira plástica, com espetinhos deliciosos de carne, chicho, frango e calabresa.


Como as caixas estavam cheias, o pessoal que chegou morto de fome, foi pegando e comendo de forma que ninguém ficou esperando pelo que comer. Foi genial. Parabéns para o planejamento, embora o objetivo deste blog não seja o de fazer propaganda, tenho que reconhecer o que é bem feito é bem feito.

Confesso que comi diversos espetinhos e tomei uns 3 chopp apenas, a Bê não comeu muito mas acho que tomou mais chopp do que eu. Depois de muito calor, resolvi tirar a segunda pele que estava me matando cozido. Como algumas pessoas já haviam saído, resolvi tirar a dita ali mesmo. Foi uma festa, só ficou faltando mesmo colocar uma música de fundo para o Streep-tease e olha que um amigo ali falou, - troca aqui mesmo, ninguém vai notar. Mas não, heiiiim! Foi uma loucura! Aplausos, assobios e gritos de todo tipo. Que fazer? Desfrutei daquela sacanagem e pronto.

A Bê já tinha ido ao banheiro para tirar a dela, mas mesmo com uma camisa sobre a pele estava muito quente ainda. Talvez na casa dos 32 ou 34 graus.

Saímos dali, depois de sermos informados que o jantar seria servido ali na Central de Apartamentos Decorados, na parte interna, a partir das 8 da noite. Dessa forma estávamos com a tarde livre.

Fomos até o Hotel Confort Suites, onde fizemos o check in e tomamos um banho para refrescar, trocamos de roupas e combinamos com o Zani e a Pat, nossos amigos de infância, que estão morando em Londrina, para irmos até a casa deles a fim de bater um papo e matar as saudades desses queridos amigos e irmãos de coração. A piscina do hotel teria que ficar para uma outra oportunidade. Que pena! Mas temos que fazer escolhas e sem dúvida, neste caso, jamais escolheríamos a piscina.

Com o GPS ficou muito fácil de chegar na casa do Zani, fomos pela Av. Maringá e depois viramos na Rua Goiás. Vale salientar que morei nesta rua, mais para o lado do centro, entre os meus 6 meses e 4 anos de idade. Chegamos no apartamento, umas aceleradas e o Zani desceu.

Muito bom rever amigos amados. Principalmente quando a gente não consegue se ver com frequência. A Path é excelente na caipirinha e ela fez uma de limão com Absolut de pimenta, a pepper, uma coisa de louco. Fez ainda uma outra de frutas vermelhas, calabresinhas especiais na frigideira e cream cheese com geléia de mexerica feita por ela mesma, tudo acompanhado de pães de vários tipos.

Dali a pouco o Marquinho me ligou no celular para saber onde estávamos que ele estava sozinho com a Manu, sem saber para onde ir. Chamei ele para ir até lá e ele não demorou muito para chegar, estacionou a moto do lado da minha, na frente do prédio, e passamos momentos especialíssimos juntos.

Quando já era quase 8h da noite, eu nem vi o tempo passar, chegou a hora de irmos para o jantar. Saímos em direção ao Hotel, para reagrupar com o pessoal, mas quando passamos em frente ao estacionamento da Plaenge vimos que haviam várias motos estacionadas ali e decidimos ficar por ali mesmo.

Como eu havia comprado uma bomba para calibrar a suspensão da moto mas ainda não tinha tido a chance de usar, e a moto estava muito dura, batendo a suspensão em qualquer irregularidade da pista, aproveitamos aqueles momentos para calibrar a suspensão das duas motos, pois o Marquinho também disse que a dele estava ruim.

A minha estava com 15 libras e a dele com 25. Alteramos para 45 a minha e 40 a dele por eles serem mais leves do que eu, já que o Áureo, passou por ali e disse que no manual não se pode passar das 50 libras e deu uma idéia das pressões. Esta calibragem realmente ficou muito diferente, de maneiras que fomos com uma moto e voltamos com outra, de tão macia que ficou.

A Bê e a Manu já haviam entrado para reservar uma mesa para nós e nós fomos lá para dentro sedentos de uma dose do velho Jack, comer é que não estaria muito fácil, pois desde a hora do almoço estávamos comendo.

Elas haviam reservado uma mesa com várias pessoas, alguns já conhecíamos, outros ficamos conhecendo e, como sempre, pessoas da maior qualidade. Como sempre neste meio.

Foi duro de conseguir o meu Jack mas fui atrás dele e peguei uma bela dose. Foi servido no jantar muito da boa conversa, roast beef, uma salada de repolho temperada com açúcar e outros complementos. Estava muito bom. Eu comi pouco pois estava com pouca fome, quer dizer, nenhuma fome. Comi de guloso que sou.

Ficamos por ali papeando e vendo os apartamentos (eu não fui ver, mas o pessoal foi) e depois fomos embora para o Hotel mesmo. Nós e o André e a Luciana chegamos a cogitar irmos ao bar onde o conjunto que esteve ali se apresentando iria tocar, mas como estava frio (uns 15 graus), tínhamos bebido um pouco e a preguiça bateu, já que no dia seguinte teríamos que sair às 8:30h, caso fôssemos com o comboio escoltado pela polícia.

Dormimos muito bem, eu como sempre, quando janto muito, acabei passando a noite sentado com meus 2 travesseiros, mas dormi. Arrumei o despertador do telefone errado para despertar, usei o alarme de dias de semana e era domingo. Claro que não tocou. Acordei assustado às 8 da manhã, ou seja, tínhamos meia hora para levantar, tomar banho, nos vestir, arrumar tudo, carregar na moto, tomar café, fechar a conta e seguir com o grupo. CONSEGUIMOS!!!! Saímos junto com o grupo as 8:40h. Estes 10 minutos foram muito importantes. Ainda deu para comer algo no café da manhã, na verdade engolir.


Acabei ficando perto do batedor líder, o que foi muito legal. Na ida nós fomos no meio do grupo, que também foi bacana, mas na frente foi muito mais legal ainda, já que a gente vê o trabalho dos batedores. Os guardas estão de parabéns, eles são muito bons mesmo na coisa. Viemos a uma velocidade constante de 90 a 100 km/h. Claro que nos trechos de serra com curvas mais fechadas, ele baixavam a velocidade, mas foi muito bom.

Chegamos em Curitiba, com uma parada para reabastecer, às 13:30h da tarde e fomos almoçar no Madalosso em Santa Felicidade. Embora tenhamos vindo em um grupo de 70 motos, somente umas 10 acabaram indo almoçar pois pegamos uma garoa quando estávamos chegando em Curitiba e a temperatura não era das mais agradáveis, coisa de uns 10 graus.

Depois do almoço fomos para casa. Foi um belíssimo final de semana, como sempre, apenas boas lembranças das mais gostosas.

Até a próxima pessoal! E obrigado por compartilharem comigo estas aventuras.

domingo, 4 de setembro de 2011

Viagem a Altamira

Motivo: Trabalho


Data: 30/08 a 02/09/2011
Que dureza!
Depois de perder um vôo pela manhã, devido ao forte trânsito encontrado a caminho do aeroporto, pois havia saído meio atrasado de casa devido a um namoro um pouco errado no relógio, embora tão acertado nas coisas do coração. Ah! Esse coração que parece não se cansar de amar esta mulher por mais de dez anos. Confesso que por vezes acho que devo ter algum problema muito sério por continuar amando a mesma mulher e sentindo tanto prazer com isso. Vou anotar que preciso visitar um médico a respeito.
Sigo novamente ao aeroporto a fim de embarcar para uma viagem ao norte do país, mais precisamente, para Altamira, no Estado do Pará. É uma viagem a trabalho que já ficou complicada, pois após perder o vôo pela manhã, iria embarcar as 5 da tarde, passaria a noite toda viajando para chegar ao destino apenas às 7:40 na manhã do dia seguinte.
Passar a noite toda viajando e sem dormir, para encarar um dia inteiro de reunião era um programa de índio mesmo e não de cara pálida.
Naquele momento eu não tinha que me preocupar com isso, tinha apenas que curtir o meu Azira novinho em folha, tirado da loja a menos de uma semana. O rodar macio e silencioso que me dava mais prazer ainda.
Deixei o meu maravilhoso no estacionamento do aeroporto e peguei a van para o terminal. Eu deveria retirar o tiquet da minha passagem que a empresa havia adquirido em meu nome para poder viajar e havia dado um monte de problemas na reserva e compra, de forma que a funcionaria que cuida do assunto não sabia me informar se tinha dado certo ou não a compra. Aí eu teria que ir até a loja e caso não tivesse sido realizado o pagamento da passagem eu teria que pagar e retirar o bilhete para depois reembolsar o custo. Ainda era muito cedo para a viagem, eu tinha mais de duas horas de antecedência em relação à hora da partida.
Chegando lá, fui ao guichê da TRIP e estava tudo certo, para minha surpresa. Retirei o bilhete, sendo que a atendente disse que poderia emitir apenas o tiquet de embarque para o trecho Curitiba - Belo Horizonte e que chegando em BH eu teria que ir ao guichê da companhia para retirar o bilhete de BH para Salvador, daí para Belém e, finalmente, de Belém para Altamira, meu destino final.
Com o ticket de embarque nas mãos não tinha mais o que fazer a não ser esperar pela hora do embarque. Subi ao andar de cima do terminal, fui até o banheiro e encontrei umas mesinhas atraentes para sentar e ligar o computador a fim de ler e responder e-mails, esta maravilha que nos escraviza o tempo todo nestes tempos modernos.
Até que o tempo passou rápido, pois antes que eu conseguisse colocar minha conexão no ar, chegou a hora do embarque. Isso pode parecer pura incompetência, e acho que é mesmo, pois tentei com o iPhone, através do maravilhoso e moderno WiFi, pois o iPhone 4 gera sinal de wireless. Que moderno. Só que não funciona quando a gente precisa que funcione. Que coisa! Depois de inúmeras tentativas, desligar e religar o iPhone, desligar e religar o computador, de novo, outra vez, uma última tentativa, cheguei à inteligente conclusão de que devia ter algum problema e que talvez fosse melhor desistir, já que eu não sabia qual poderia ser o problema.
Peguei então, como bom tecnológico que sou, o meu outro telefone, o empresarial, para conectar no computador com o cabo USB, que beleza, cliquei no programa que dá acesso pelo telefone e apareceu a mensagem "Existe uma versão mais atual e precisa ser instalada antes de sua utilização".
Muito bem, como estava mesmo esperando o tempo passar, cliquei no OK, para que a nova versão fosse baixada e instalada para poder finalmente navegar.
Que nada, erro. Seguido de uma mensagem impossível baixar o programa. Um caso de loopping infinito, onde nào baixa o programa sem navegar e nào navega sem baixar o programa. Desisti, meio puto pelo completo insucesso atingido naquela empreitada.
Levantei e segui mancando para a área de embarque, já haviam se passado quase duas horas inteiras desde que eu havia pegado o ticket de embarque na companhia aérea. Ah! Sim. Mancando devido ao acidente de moto da Páscoa de 2011, quando atropelei uma capivara de motocicleta, próximo de Pelotas, na BR-116. O que me rendeu sete parafusos e uma placa no pé esquerdo, o qual ainda está me incomodando pra caramba.
Chegada a hora do embarque, fui feliz para a fila já que como estou momentaneamente com dificuldades de locomoção, posso embarcar por primeiro sem ter que enfrentar a fila. O que muito pouco adianta, já que os demais passageiros andam muito mais rápido do que eu e acabam passando na minha frente e, embora eu saia por primeiro da região do embarque, acabo chegando bem depois no avião.

O problema é que durante o dia, meu pé esquerdo incha e durante a noite, por eu ficar deitado, ele desincha. Assim vão se seguindo os dias. Só que nesta condição em que me encontrava, aconteceria um caso um pouco diferente.
D
Durante o dia o pé inchando, durante a noite sentado com o pé para baixo, o pé inchando e durante o dia seguinte, de reuniões, o pé inchando novamente. A perfeição da porcaria para o meu pé. Eu já estava achando que até mesmo o pé direito, que esta bom, acabaria ficando inchado.
Lá fui eu até BH. Chegando lá, nos informaram que os passageiros com conexão para Salvador deveriam ficar no avião. Ok. Pensei que tinha me dado bem, pois a melhor coisa seria nem descer do avião e seguir em frente para Salvador.
Falamos, eu e um outro passageiro, chamado Vinícius, que era de uma outra empresa, e que estava indo para Altamira também, com uma atendente da TRIP e ela nos instruiu para que ficássemos a bordo.
Eu expliquei para a mocinha que não tinha ticket de embarque e que ficaria estranho eu viajar clandestino para Salvador no avião. O rapaz falou a mesma coisa para ela, não adiantou nada. Ela insistiu. Aí eu tive que apelar, solicitando para ela que escrevesse em uma folha de papel para mim que a empresa assumia a responsabilidade de nós viajarmos sem o ticket de embarque. Foi quando ela afinou e disse que não poderia fazer isso sem consultar a empresa, ora bolas, então consulte!
A outra aeromoça que estava no avião, havia acabado de fazer a contagem do pessoal e disse "são 17 e deveriam ser 15 passageiros".
Ao que a outra atendente, que nem vou dizer que era loira para evitar discriminacões e possíveis disputas judiciais, disse que estava chamando a van para nos levar ao terminal pois teríamos que desembarcar, pois o número do nosso vôo era um número de vôo da TAM e não da TRIP. Muito esperta ela, demorou mas entendeu. Eu é que não entendi, se compramos o bilhete na TRIP e o avião em que estávamos era da TRIP e ia para Salvador, por que nos deslocaram para um avião da TAM? Acho que a TRIP estava sendo administrada por uma loira naquele dia...
Lá fomos nós para o saguão do aeroporto de Confins, agora em companhia do Vinicius. Fomos direto até o balcão da companhia aérea para fazer o check in, que acabou sendo feito já para o trajeto completo, BH-Salvador-Belém-Altamira, e como teríamos que esperar por 3 horas no aeroporto para embarcar para Salvador pela TAM com bilhete TRIP, que coisa incrível, fomos jantar em um restaurante até que de boa qualidade, localizado no aeroporto mesmo, onde eu já havia comido numa outra oportunidade e é de boa qualidade. Comi um filé com arroz e salada que estava bom, acompanhado de um chopp, que estava melhor ainda.
A temperatura estava na casa dos 30 graus, mais do que suficiente para um chopp gelado ficar sempre bom.
Quando foi chegando perto da hora do embarque, seguimos para a área de embarque, onde a máquina de raios X estava regulada com super sensibilidade e tive que tirar o cinto, as botas, que nunca mais viajarei com botas de motociclismo, pois tive que tirá-las em todos os locais de embarque, menos de Curitiba, que não deu problema.
Chegando lá na área de embarque, procurei por uma tomada para ligar o computador e tentar baixar os e-mails que eu já tinha lido no celular, mas que os anexos são legíveis apenas no computador, pois ler planilhas do excel no celular ninguém merece, e nada de tomadas.
Tomamos um café. Cuidando do quadro de saídas dos vôos para acompanhar o nosso vôo, já que teríamos apenas meia de hora entre a chegada em Salvador e a saída para Belém. Não deu nega, logo depois apareceu que o vôo atrasaria 40 minutos, até que nem era muito, mas era o suficiente para que nós perdêssemos nossa conexão. Que merda!
Fomos atrás da moça da TAM e ela nos disse que não tínhamos com o que nos preocupar, pois a empresa nos colocaria em um hotel em Salvador e que poderíamos ir para Altamira no dia seguinte. O que de jeito nenhum nos atendia, nem a mim e nem ao já meu companheiro de viagem e luta, que embora fosse novo e até que era pouco maluco, pois teríamos que estar em Altamira no dia seguinte pela manhã e não de noite.
Enquanto ele foi à luta com a moça da TAM eu cheguei até a moça da AZUL, pois estava indicando um vôo da AZUL direto de BH para Belém e ela me disse que tinha lugares vagos no vôo.

Fomos para fora da área de embarque, o que exigiria que tirasse a minha roupa novamente para poder passar no raio X e fomos até a TAM para solicitar que nos enviassem pela AZUL para Belém, a fim de que não perdêssemos a nossa conexão em Salvador.
Até que a funcionária Ana foi bem legal e competente e em cerca de 20 minutos estávamos novamente no raio X para poder ter acesso à área de embarque, já com os nossos bilhetes da AZUL.
Sentados ali tranqüilos esperando pela chamada de embarque do nosso vôo, quando de repente ouvimos um chamado por Marcos Bianchi (nome errado) e Vinicius (não me lembro do sobrenome). Que merda, cancelaram o vôo ou nós não poderíamos embarcar, no mínimo seria algo assim.
Lá fomos nós.
Quando chegamos perto do balcão de embarque da TAM, a mocinha que tinha nos atendido e nos encaminhado para a troca dos bilhetes, nos disse que devido à troca dos bilhetes o chefe dela teve que cancelar o nosso embarque de Belém para Altamira também.
Ufa! Que alívio. Nada de mais para aquele momento. Embarcamos pela AZUL sem entender o que tinha acontecido com a TRIP, que não nos encaminhou direto para Salvador no mesmo avião em que estávamos e nos colocou em uma conexão com a TAM.
Lá fomos nós direto para Belém, até que de certa forma felizes, ainda era apenas meia noite e não tinha caído por completo a ficha de que naquela noite não daria para dormir e não deu mesmo, pois chegamos em Belém já era mais de 2:30 da madrugada. Até desembarcar, chegar ao saguão, fazer o check in para Altamira, entrar na área de embarque, não esquecendo do raio X que me obrigava a tirar quase que a roupa toda, vestir tudo novamente, e seguir até a região da área de embarque, foi um tempão.
Bem, mas pelo caminho aconteceram diversas coisa e uma delas foi a minha surpresa com a beleza do aeroporto de Belém. Um aeroporto novo, moderno e muito bonito, ao menos por dentro, e notei que no norte os vôos madrugadeiros são mais do que comuns. Tinha uma fila grande no guichê da TRIP pois estavam fazendo check in de vôos que deveriam sair às 4 da madrugada, tinham outros vôos ainda antes do nosso que deveriam sair lá pelas 6 da manhã, com previsão de chagada em Altamira às 7:40. Que beleza, já que a reunião começaria apenas às 9:00. Desta forma seria possível tomar um banho e um café da manhã no hotel, caso tudo ajudasse,
depois de passar pela Polícia Federal, fomos atrás da sala de descanso de uma empresa de turismo, que se chama Vale Verde, o Vinicios sabia que lá tinha uma sala de descanso onde se poderia pagar e dormir.
Achamos a sala, entramos e a atendente nos informou que o custo era de apenas R$ 75,00 para ter o direito de ficar ali e descansar. Caraca meu! 75 pila para ficar alí? Entramos, demos uma olhada no local e vimos que era uma sala meio normal com sofás e poltronas. Teríamos que dormir sentados, se é que seria possível dormir, teria custado 75 reais para ficar sentado ali. Pensei e achei que mesmo com a empresa pagando, aquilo era um absurdo. O meu companheiro pensou a mesma coisa e saímos de lá indo para o portão de embarque localizado no subsolo.
Chegamos no portão onde embarcaríamos algumas horas depois e ali estava cheio de gente, pois estavam embarcando um vôo, eram 4 horas da madrugada. Nos acomodamos em um banco daqueles típicos de aeroporto, que são largos e duros, embora macios para se sentar por algum tempo enquanto se espera para embarcar em um vôo, mas desconfortáveis para quem pretende se deitar para dormir.

O Vinicius foi comprar algo para comer e me troxe uma água e 2 sonhos de valsa e depois de algum tempo me deitei no banco e tirei um cochilo de 1 hora mais ou menos. Quando era pouco mais de 5 da manhã acordei com uma mulher da faxina recolhendo o lixo e levei um susto pois achei que ela estava pegando algo meu. Ela também se assustou com o meu pulo e disse "estou recolhendo o lixo" Ah sim! Desculpas! Disse eu. Mas me sentei em seguida, pois haviam muitas pessoas já ali na sala esperando para embarcarem no mesmo vôo que nós. Logo em seguida o Vinicius acordou também. Ele estava dormindo mais ou menos como eu em um outro banco próximo.
Dei uma ajeitada nos meus parcos cabelos e fiquei esperando pelo embarque que não demorou quase nada. Meu pé ferrado estava inchado pra caramba, abri o zipper da bota e lá fui eu, como sempre, na turma com dificuldades de locomoção, mas sendo ultrapassado pela tropa ao longo do caminho, que nesta hora foi pelo pátio do aeroporto mesmo.
Embarcamos em um turbo hélice grande, com 22 filas de 4 poltronas, ou seja, levando 88 passageiros de Belém para Altamira. Embarquei e fui até o meu lugar. Embarcou muita gente e quase lotou o aparelho, que teria a sua primeira escala em Altamira indo depois para Santarém e Manaus, passando ainda por um outro local que acho que era Alta Floresta.
Deu certo, chegamos em Altamira, rigorosamente no horário previsto, 7:40 da matina sem dormir.
Quando desembarquei, tinha um rapaz com uma placa CCBM e me apresentei, junto comigo chegou uma moça dizendo ao rapaz da placa, vim buscar por Luiz Bianchi, vocês se importam que eu o leve. Eu sou Fulana e vou leva-lo para uma reunião no Hotel Amazon Xingu.
Pois bem, ela viu que eu estava mancando e pediu que eu esperasse e foi buscar o gol que estava estacionado ali por perto. Me mostrou um pouco da cidade conforme íamos pela avenida do aeroporto, passando em frente do prédio da Norte Energia, que se encontra em construção e que em breve deverá acomodar os escritórios da empresa. Disse que agora iria me levar para o Hotel, que estava localizado na mesma avenida e convidou para conhecer os escritórios do nosso Consórcio se tivesse um tempinho naqueles 2 dias e meio.

Chegamos rápido ao hotel, pois a cidade não é muito grande, desci e fui pegar a chave do meu quarto, agradecendo pela carona à nossa administrativa do escritório avançado do Consórcio.
Peguei a chave do quarto 2007, e subi para tomar banho, de água fria, caso fosse possível, pois a água fria não estava fria, depois troquei de roupa e tomei meu café da manhã.
Passei o dia meio como um Zumbi, na maior parte do dia acordado. Almoçamos no refeitório do CCBM, como cortesia do mesmo e na parte da tarde foi pior que o da manhã para ficar acordado.
À noite fomos jantar, tipo de uma recepção que fizeram para nós, em um restaurante e churrascaria onde nos reservaram um salão exclusivo. Serviram whisky e vinho, eu tomei apenas 2 doses de whisky, e jantamos peixe.
Me sentei ao lado de uma panela de barro que parecia conter uma peixada amazonense. E era mesmo. Muito boa. A mesa era comprida, arrumada para 28 pessoas e eram servidos diversos pratos, todos de peixe, sendo que um era diferente do outro. Comi a peixada, parecida com moqueca de peixe e depois um pouco de um outro Tucunaré, em homenagem ao nome da rua onde moro, hehe, com cebola, repolho e pimentão, entre outras coisas, picados e refogados sobre o file de peixe à milanesa.
Voltamos para o hotel lá pelas 10 da noite, fui escovar os dentes e dormir. Claro que antes liguei para a Bê que não me atendeu, pois ela disse que iria na casa de uns amigos para um jantar. E sem mim. Pode uma coisa dessas?
Dormi rápido, com as luzes acesas e a televisão ligada? Notei isso quando acordei às 2:30 da manhã devido a um forte refluxo, do tipo ardido e de cor rósea, a mesma do molho do peixe.
Que merda! Cuspindo um pedaço de cebola. Levantei fui até o banheiro e assoei o nariz, ardido com o caldo róseo, pigarrei com caldo da mesma cor, e vomitei com a mesma cor. Pena que não saiu tudo e ainda fiquei incomodado embora mais leve. Coloquei os dois travesseiros em posição mais para sentar que para deitar e fiquei ali assim. Vi que minha perna ainda estava bem inchada.
Dormi e na manhã seguinte, 6:30, acordei para tomar banho e senti o corpo dolorido, na verdade a pele dolorida. Achei que era por ter passado mau de madrugada e não ter dormido na noite anterior, até agora não sei ao certo do que se tratava, mas naquele dia, tomei um café da manhã muito light e, como estava passando mau, ou melhor, não muito bem, fiquei na reunião, mas na hora do almoço o pessoal foi para o refeitório do CCBM e eu fui para o quarto dormir e realmente dormi por 1 hora, foi pouco, devo confessar, mas foi muito bom.

Acordei com o despertador que eu tinha ajustado para despertar às 2:10 da tarde, levantei, lavei o rosto, penteei os poucos cabelos que tenho mas que mesmo assim precisam ser penteados, e desci para a reunião.
Não comi nada e tomei muita água, acho que neste dia devo ter tomado uns 3 litros, e mais dois tubetes de Epocler. Demorou mas depois comecei a urinar cada vez mais claro até que comecei a me sentir melhor e na hora da janta já estava com fome.
As 8:30 da noite fomos até a chamada orla, que é a avenida localizada ao longo das margens do rio Xingu que banha a cidade, e sentamos em mesas localizadas do lado de fora, tipo quiosque, de um restaurante bem bacana, para quem conhece, fica localizado em frente à sorveteria.
Pedimos um Tucunaré grelhado (como sempre grelhado na chapa) e com aquela mesma mistura do dia anterior por cima só que com uma diferença, a cor era natural e não rosada, o que já me deixou um pouco mais otimista. Claro que não comi muito e desceu super bem o peixe, acompanhado de uma coca-cola, esta parte não foi tão boa, ficaria muito melhor acompanhado por uma cerveja gelada já que estava fazendo uns 32 graus às 10 da noite.
Voltei para o hotel às 10 da noite e fui dormir direto, achando que poderia ter problemas de digestão, já que novamente havia acabado de jantar e estava indo para a cama. Que nada, como não havia comido durante o dia todo, acabei dormindo feito uma criança e quando acordei pela manhã até fiquei impressionado por ter dormido tão bem.
O duro foi acordar novamente cedo pra caramba, às 7:00 para ir a uma reunião das 8 até as 9:30 e depois pegar a carona, juntamente com os demais que iriam viajar no vôo das 11 para iniciar o retorno. Digo iniciar o retorno pois a viagem demora pelo menos 12 horas, neste nosso caso demorou um pouco mais, foram 14 pois na volta o nosso avião teve um problema técnico em Belo Horizonte, atrasando mais de 1 hora o nosso retorno.
Graças a Deus, nada de mais aconteceu e nenhuma capivara voadora atravessou o nosso caminho. Ainda bem! A última, que não era voadora, me detonou o pé. Hehe.