Imagens do Fin del Mundo

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Eu estive lá. De frente para a vida!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

O Poldy se foi



O tempo está passando e que os companheiros já começam a retornar.

Hoje pela manhã, enquanto via as novidades nos grupos de WhatsApp, recebi um grande baque! A notícia postada por uma amiga comum, informando que o Poldy havia falecido. Que coisa inacreditável. Abri o FaceBook imediatamente e busquei pela página da Magaly, irmã dele. Eis que infelizmente estava lá uma mensagem de despedida. Que tristeza!

Fomos amigos desde os 11 ou 12 anos de idade. Lá pelos idos de 1967. Quando andávamos juntos. Eu o Zani e o Poldy éramos muito companheiros. Participávamos do Grupo da Mercês, pois os nossos pais haviam feito Cursilho de Cristandade juntos e acabamos nos aproximando através dos movimentos religiosos.

Os anos foram se passando, e nos tornamos jovens juntos e sempre compartilhando momentos. Até que quando tínhamos uns 16 ou 17anos, a família dele se mudou para Belo Horizonte.

O pai dele era na época exilado político do Paraguai, que vivia a ditadura do General Stroessner. Ele até fazia parte do governo até que o General decidiu não sair mais do poder e implantar um regime de excessão. Como ele discordou daqueles fatos teve que fugir do país. Primeiro para a Argentina e depois para o Brasil. Chegando aqui em Curitiba onde pediu asilo político e foi trabalhar na COPEL, que na época estava construindo a Usina Hidrelétrica de Capivari-Cachoeira. Parece que ele trabalhava na área de compras.

Lá pelo ano de 1970, me lembro que me convidaram para ir juntamente com eles até Assunção. O pai do Seu Leopoldo estava muito doente e ele conseguiu uma autorização especial para visitar o pai. Foi a família toda e eu junto. Todos nos acomodamos em uma Kombi que ele tinha. No total éramos em 13 pessoas, sendo que alguns de nós ainda eram pequenos.

Foi o casal, Leopoldo e Gladys, as 2 tias velhinhas que moravam com eles, os 7 filhos e eu. Os menores se deitavam sob os bancos da Kombi para dormir, pois o caminho era muito longo. Depois que entramos no Paraguai, foram feitos os tramites de fronteira e me lembro que o Seu Leopoldo me perguntou porque meus pais haviam feito a autorização em nome da Dona Gladys e não no nome dele para eu ir junto na viagem. Respondi que não sabia, mas que talvez ele acabasse não podendo ir e aí teria que estar em nome dela. Mas na verdade eu não sabia muito bem. Meus pais tiveram muita coragem em dar a autorização pois, o Paraguai vivia uma ditadura e ele era um exilado político, muito perigoso para o regime, pois era o Presidente de Partido Colorado, no exílio.

Notei que depois que cruzamos a fronteira, a vegetação mudou muito. Naquela época ainda não haviam plantações de soja e milho por todo o interior do estado do Paraná e nem no Paraguai. A vegetação nativa ficou muito diferente. Logo adiante, paramos em uma cidade, que na época era muito pequena, chamada Caaguazú, que é um nome em Guarani. Assim tive os meus primeiros contatos com o povo paraguaio. Era a família de parentes do Seu Leopoldo ou da Dona Gladys, não saberia precisar.

Na casa do Leopoldo eu já estava me habituando a ouvir o idioma espanhol, assim como o sotaque típico do paraguaio, que puxa um pouco pelo Guarani. Aprendi então que o Paraguai tinha dois idiomas oficiais. O Espanhol e o Guarani. Para mim isso foi uma surpresa. Mas os filhos do casal não sabiam falar Guarani, entretanto o Seu Leopoldo e a Dona Gladys, assim como as duas tias que com eles viviam, falavam o Guarani quase sempre. Apenas quando queriam que as crianças entendessem que o que estava sendo dito é que falavam em Espanhol. Assim fui aprendendo a entender o espanhol e também a falar alguma coisinha.

Foi uma viagem que durou 30 dias, ou seja, demorou um tempão. Naqueles dias, aprendi a compreender o castellano, que eu creio que seja oriundo de Castilla - España, além de me apaixonar pelo Paraguai. Mais pela capital do que por Ciudad del Este, que naqueles dias, se chamava Puerto Stroessner.

Quantas boas lembranças tenho dele. Desde a calça jeans, marca Lee, na época importada dos USA, que a mãe dele havia mandado aumentar dois triângulos na lateral. Isso deixou a calça com uma boca sino muito legal. Na época isso era moda, mas uma calça daquelas era coisa muito rara.

Meu maior sentimento é perceber que o tempo está passando e que coisas importantes em minha vida estão ficando para trás. Isso me acertou em cheio nesse ano de Pandemia. Como se já não bastasse a minha tia Alice, de Ribeirão, que se foi há pouco mais de 2 meses, agora isso.

Aos poucos vamos sabendo, na carne, que a vida não é eterna e que o tempo passa. Pior que isso. Passa rápido demais. Quando eu era criança ouvia as pessoas dizerem isso e achava que era mesmo conversa de velho, mas agora, vendo o que vejo e como vejo, realmente eles tinham razão.

Hoje perdi um Irmão. Com I maiúsculo mesmo.


Essa foto representa muito bem a alegria que ele emanava!

O Poldy, eu e o Zani. 

Não tenho como expressar aquilo que estou sentindo, mas independentemente disso, senti que precisava deixar isso aqui registrado, entre as passagens importantes da minha vida. 

Nada a fazer, a menos de saber que a vida simplesmente segue sempre em frente. 

Assim que é! 

Assim que sempre foi!

Assim que deve ser!

Adeus Poldy! Quem sabe algum dia não poderemos voltar nos encontrarmos?

Até lá!

terça-feira, 2 de junho de 2020

Viagem a Paia Grande

VIAGEM A PRAIA GRANDE

Saímos de Curitiba somente eu e a Bê, minha esposa.

Ambos fomos de Road Glide, a minha Ultra (Dark Side - com pneu de carro); a da Bê Special, ambas modelo 2018.

Saída: dia 21/Maio/2020
Retorno: dia 31/Maio/2020

Fizemos uma viagem a Praia Grande no Litoral sul de São Paulo para visitar uma filha que tem apartamento lá e que está passando a quarentena por lá.


Como resultado dessa viagem fiz uma filmagem da ida e da volta com pouca coisa de lá. Mas o vídeo está editado e postado no Link a seguir:

Link para o vídeo do YouTube - https://youtu.be/V87rquFUjK8

Eu achei que o vídeo ficou legal para quem quer conhecer o caminho de Curitiba a Praia Grande e, na quarentena ou não, se sente viajando quando vê um vídeo. Digo isso porque eu me sinto viajando quando vejo videos como esse.

Ainda aprendendo a fazer e editar vídeos...

Obrigado e até a próxima.

domingo, 17 de maio de 2020

Passeio até a Lapa

Pessoal.

No dia 16 de Maio de 2020, fomos até a Lapa para um passeio.

Nesse período de COVID-19, estamos nos cuidando mas também ficar preso dentro de casa não está dando muito certo. Já se passaram na verdade muito tempo desde o dia 16 de Março quando ficamos em confinamento, ou seja, já se vão 2 meses de confinamento.

Horas, dois meses em casa é mais do que todos havíamos nos proposto desde o início da pandemia. Agora, já estou achando que o assunto é muito mais político e de interesse econômico dos nossos políticos do que propriamente uma epidemia ou pandemia, como quiserem chamar.

De qualquer forma, o passeio foi muito agradável, com a participação do Lauro e da Edite e ainda do Saulo e da Regina.

Entretanto fomos tomando os cuidados necessários, pois nunca se sabe. Todos nós, afinal de contas, somos do grupo de risco! Hehehe!

Abaixo o link para o vídeo da viagem que contém ainda algumas dicas de segurança, que fique bem claro, não se trata de um profissional de segurança, mas apenas a minha experiência pessoal que tem funcionado muito bem ao longo desses mais de 10 anos de viagens pela America Latina, sempre considerando que ando de moto desde a década de 70.

Bom proveito a todos:

https://www.youtube.com/watch?v=IOTKpfSpx7o


sábado, 9 de maio de 2020

Passeio até o Sakura em Matinhos

Passeio até o Restaurante Sakura, em Matinhos


Durante esse período de quarentena temos tomado todos os cuidados para nos infectarmos, pois, afinal de contas, pelo menos eu sou um idoso. Hahahaha!

Mas também permanecer sem sequer dar uma voltinha de moto não dá.

Vale frisar que durante todo esse período de quarentena o tempo, que em Curitiba é quase sempre frio e chuvoso, tem estado maravilhoso como eu não via a muitos anos. Dizem, que isso é para deixar bem claro que não é férias, mas sim quarentena e que temos que ficar reclusos, pois se fosse para passear estaria mesmo é chovendo.

Neste sábado, aproveitando que mais uma vez o tempo estava maravilhoso, decidimos ir juntamente com o pessoal do Grupo Terça Nobre, dar uma voltinha até o litoral. Depois de algumas ponderações entre diversas alternativas, decidimos que iríamos até Matinhos para almoçar um peixe com camarão no Restaurante Sakura.

Descemos em 7 motos: a Bê, o Kruka, o Prego, o Gabriel, que eu não conhecia e nos encontrou no ponto de encontro que era o Posto ao lado do Shopping Jardim das Américas, o Sylvio, o Jackson, que eu não via ha muito tempo, e eu.

Pedimos dois Linguados com Camarões à Milanesa, que foram realmente deliciosos. Embora o Kruka tenha achado que não seriam suficientes para nós 7, pois o Prego que havia descido de moto conosco não ficou para o almoço e o Chefe nos encontrou lá no Sakura, pois desceu de caminhão.

Quando tínhamos o apartamento em Guaratuba, costumávamos almoçar no Sakura, fosse na ida ou na volta, assim, foi uma bela oportunidade de relembrar bons momentos que tivemos em nossas vidas, no passado.

Montei um vídeo da viagem o qual coloco aqui para registro e compartilhamento com os amigos. Infelizmente o vídeo é muito grande e novamente não consigo postar aqui, assim terei que compartilhar o link do YouTube, que segue abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=znneXj6Ya-c



sexta-feira, 24 de abril de 2020

Costela de Chão

Rolezinho até o Restaurante Costela de Chão em Ponta Grossa.

Tendo em vista que estamos estacionados em casa já há mais de um mês, precisamente, desde o dia 16 de Março de 2020, resolvemos sair para dar uma voltinha.

A gente já estava bem doido de vontade de andar de moto e nesse período fizemos apenas um passeio até Morretes pela Estrada da Graciosa com Retorno pela BR-277, sem parada em Morretes mas parando para tomar um caldo de cana na subida da serra, já no retorno.

Hoje, o Kruka convidou os amigos para almoçar em Ponta Grossa, no Restaurante Costela de Chão e considerando que nós estávamos pensando para onde ir, foi fácil decidirmos ir junto com ele e os demais amigos que ao final participaram. Acabamos indo em 5 motos, O Kruka, o Fiapo, o Prego, a Bê e eu.

Um passeio delicioso que acabei filmando e posto aqui o filme editado.

Como não consegui publicar o vídeo diretamente aqui no Blog, coloco o Link do mesmo:

https://www.youtube.com/watch?v=znneXj6Ya-c




segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Passeio até Boituva

VIAGEM A BOITUVA - 22 A 24/02/2020


Tendo em vista as dificuldades que a Bê está tendo com a mãe dela, que quebrou o fêmur, fez uma cirurgia, tem problemas com diabetes, e está hospitalizada por diversos desses problemas, e ainda com o nascimento da Vittoria, que é um fato super positivo, mas que acaba ocupando muito a cabeça e o tempo também, decidimos ir passear neste carnaval de 2020 até Boituva.

Era para sairmos na sexta-feira mas acabamos saindo no sábado pela manhã bem cedo e retornamos na segunda-feira, já não tão pela manhã assim.

Dia 22/02/2020 - Trecho Nossa Casa - Casa do Walter em Boituva - 420km

Trecho percorrido entre a nossa casa e a casa do Walter e da Maria Ângela em Boituva.
Saímos de casa às 06h50 e seguimos pela BR-116, Rodovia Régis Bitencourt, até Registro, onde entramos em direção Sete Barras e depois passamos pelo interior do Parque Estadual Carlos Botelho. 

Essa estrada é conhecida como Serra da Macaca - SP-139, muito bonita mas cheia de curvas de baixa velocidade. A distância total fica um pouco maior que ir pelo Rastro da Serpente, caminho que sempre utilizamos quando vamos a Boituva, mas o tempo de deslocamento é um pouco menor, tendo em vista que a BR-116 é uma estrada mais rápida que as alternativas, entretanto, quando se entra para o Parque, a partir de Sete Barras, até São Miguel Arcanjo, é curva em cima de curva, todas de baixa velocidade. Coisa de 40km/h.

Nossa parada para colocar capa de chuvas na entrada da Graciosa.
Saímos de casa sem roupas de chuva, na esperança de não pegarmos chuva. Estava frio, coisa de 16ºC, e assim que chegamos na entrada da Serra da Graciosa, já estava começando a chover. Saímos da rodovia na entrada da Graciosa e colocamos as roupas de chuvas, o que foi uma decisão super acertada, tendo em vista que a garoa nos acompanhou até depois do Parque Carlos Botelho.

A estrada estava muito perigosa, pois a garoa deixou a pista super lisa. Assim, vimos 7 carros que haviam rodado, derrapando na pista e caindo no canteiro ou batendo na mureta de concreto. Como nós dois estávamos de moto, imagina a tensão que nós ficamos. Seguimos fazendo as curvas mais fechadas da serra a 60km/h.

Graças a Deus nada de mal nos aconteceu.

O pior foi que quando coloquei a roupa de chuva, me lembrei que teria que deixar o dinheiro do pedágio em um bolso de fácil acesso, aí foi quando notei que não tinha dinheiro para os pedágios. Perguntei para a Bê e ela também não tinha nenhum centavo. Eu chequei o bolso esquerdo da minha jaqueta, que é onde deixo sempre o dinheiro dos pedágios e tinha R$4,20. Bem, com essa fortuna poderia pagar o primeiro pedágio das 2 motos, que daria R$3,20. Depois teria que me arranjar em algum posto para conseguir dinheiro ou ficaria preso para sempre entre os 2 pedágios. Hehe.

No primeiro pedágio, perguntei se aceitavam cartão e ela me disse que não. Perguntei onde tinha banco 24 Horas e ela me disse que no Posto Represa parece que teria, ou mais a frente, cerca de 25km, parece que tinham instalado um caixa eletrônico em um outro posto que não me recordo o nome.

Seguimos em frente e no Posto Represa entramos. Perguntei ao atendente se no caso de abastecermos as 2 motos, com cartão de débito, poderiam me dar um troco de R$10,00. Ele perguntou ao caixa que confirmou que sim. Enchemos os tanques com R$94,00 e pedi ao rapaz se ele poderia me dar 20 Reais e ele me disse que sim. Me cobrou R$114,00 e me deu R$20,00. Fiquei feliz e muito agradecido pois assim poderia chegar em Boituva mesmo se tivesse mais algum pedágio para pagar fora a BR-116.

Depois que subimos a serrinha e chegamos em São Miguel Arcanjo o tempo melhorou e pudemos andar muito melhor. Tocamos a 100 ou 110 e chegamos em Boituva às 13h00 da tarde, onde eles nos esperavam para o almoço.

Eles estavam nos esperando com o aperitivo pronto.
Assim que chegamos nos deparamos com o aperitivo já servido e em cima do balcão, assim como um peixe, pescado pelo Walter mesmo já na churrasqueira sendo assado para o almoço. Tudo uma delícia e servido com um carinho que não tem comparação com nada. Além das cervejas geladas para tirar o pó da estrada de nossas gargantas. Hehe.

Ficamos em Boituva o restante desse dia, inclusive com cantoria noturna. Hehe.

Dia 23/02/2020 - Boituva - Botucatu - Boituva - 236km


Deslocamento entre Boituva e Botucatu, até o Restaurante Celeiro.
Nesse dia aguardamos pela chegada do Luís Eduardo, irmão da Maria Ângela, e sua esposa Gláucia, que viriam de Itú, em uma moto KTM 1000. Uma bela máquina.

Aí juntamos eu e a Bê, com nossas 2 Road Glide, O Walter e a Mari com a BMW GS 1200 e o Luís e a Gláucia com a KTM 1000.

Nosso objetivo era ir almoçar no Restaurante Celeiro, que fica em Botucatu e que pertence à prima da Mari e o marido.

Eles chegaram de Itú, onde moram, umas 10h00 da manhã e saímos umas 11h00 pela Castelo Branco, mas depois entramos em uma outra estrada que nos direcionou a uma serrinha muito bonita, sendo que chegamos diretamente na entrada da estrada de terra que leva ao restaurante, não mais de 500m de estrada não pavimentada mas em muito bom estado de conservação.

No posto Shell próximo da casa do Walter para abastecimento das motos. Bê, Mari e Gláucia.

Nós todos no mesmo Posto.

Minha moto estacionada na sombra no Restaurante Celeiro.

Ao longe os demais estacionados em frente ao Restaurante Celeiro. 
Entrada do Restaurante Celeiro.

Decoração interna do Restaurante Celeiro. Segundo uma amiga, é um Restaurante Hipster.

Outra vista interna do Restaurante.

Mesa externa onde nos instalamos. Eu, Walter e Mari.

Mari, Bê e Glaucia.

Luís Eduardo e eu.
 Comemos algumas entradas e pedimos um bife de chorizo que vem 2 bifes e uma salada muito boa. O pessoal pediu umas 4 entradas, foram uns bolinhos de tapioca muito bons, um patê de beringela, queijo da Serra da Canastra derretido e bruschettas. Como eu não estava comendo trigo, não pude comer quase nada das entradas. Mas o Bife de Chorizo mal passado e a salada estavam mesmo maravilhosos.

A cerveja sem álcool estava uma M... mas a água estava boa. Hehehe.


Depois do almoço fomos até o ateliê de um artista plástico que fica localizado atrás do restaurante, onde vimos muitas peças interessantes. Inclusive carteiras escolares dos Móveis Cimo, daqui de Curitiba, onde eu mesmo me sentei quando estudei no primário lá no colégio Santa Maria, nos idos de 1963 em diante.

Fachada externa do Restaurante.

Walter e Mari passando em frente ao Celeiro na hora da saída.
Depois que almoçamos, o Walter nos levou até o Cuesta Café para aproveitar um pouco mais a nossa tarde e, é claro, tomar um café. É um lugar muito bonito onde nós já havíamos ido anteriormente com o Adir e a Fátima, em uma viagem à Botucatu, de onde eles são originários. Vale registrar que a Cuesta de Botucatu é um lugar lindíssimo que merece ser conhecido.

Eu, Bê, Walter, Mari, Glaucia e Luís Eduardo no Cuesta Café.


Vista do Cuesta Café.
Depois do Café fomos até a Castelo Branco, onde paramos curiosamente no mesmo posto onde havíamos parado na viagem que fizemos com o Adir e a Fátima, coincidências, e seguimos direto até Boituva sendo que o Luís Eduardo e a Glaucia foram direto até Itú evitando roda após o anoitecer, ainda por cima que o farol da moto dele estava queimado e ele tinha apenas os faróis auxiliares que são bons também.

Quando entramos em Boituva vi uma Pizzaria bem bonita. Embora eu esteja evitando o trigo, propus que fôssemos comer uma pizza lá e todos toparam. Fomos e comemos muito bem. A massa era muito fina e a qualidade excelente. Eu pensei que passaria a noite sentado devido ao refluxo que sempre me pega quando como carboidrato, mas como eu não estava comendo carbos até que dormi bem.

O Walter, que também comeu 5 pedaços, assim como eu, na manhã seguinte me disse que passou a noite em claro e ele que normalmente acorda cedo, lá pelas 6h30, no dia seguinte ele levantou depois das 9h00, dizendo que não dormiu nada durante a noite. Pensei que dei sorte, porque costumeiramente eu passava as noites assim mesmo. Até pensei que isso aconteceria comigo e, surpreendentemente, não aconteceu.

Dia 24/02/2020 - Trecho Boituva - Casa - 418km

Trecho de retorno percorrido por nós até em casa.
Neste dia levantamos sem pressa, tendo em vista que o Walter e a Mari desistiram de viajar até a Ilha Bela, e assim pudemos dormir mais tranquilos e saímos lá pelas 11h00 da manhã, depois de um belíssimo café da manhã onde o Walter fez o ovo cozido mole que o Benjamin, netinho dele pediu. Foi muito gostoso estarmos juntos naquela manhã.

Preciso registrar aqui um pedido de desculpas para a Luiza, filha deles, devido à minha dureza e firmeza, ou teimosia em minhas opiniões, considerando que ela é de uma outra geração que pensa muito diferente de mim. Mas fica registrado que entendo que os jovens devam pensar diferente da geração dos mais velhos.

Saímos da casa deles e fomos direto até a Castelo, tomando o caminho de Tatuí e depois Itapetininga e São Miguel Arcanjo, exatamente o mesmo caminho que fizemos na ida.

Letreiro que instalaram em São Miguel Arcanjo, no dia da nossa ida.


Em São Miguel Arcanjo estão construindo um belo loteamento.
É notável que a região de São Miguel Arcanjo está investindo muito no turismo para dar uma nova imagem à região. Com isso a cara da cidade está visivelmente mudando em uma grande velocidade. Não sei quem é o prefeito mas ele está de parabéns.

Letreiro instalado no posto logo na saída de São Miguel Arcanjo.


Chegada no Parque Carlos Botelho.

Portal de entrada do Parque e o controle de acesso ao Parque.

A Bê atrás de mim na entrada do Parque esperando a nossa vez de pegar o passe.

Placas informativas do Parque.

O pavimento ao longo do Parque é de bloquetes de concreto.

Outro local onde estavam instalando as placas no sábado de carnaval e agora já estava disponível para as fotos.


Grupo de São Paulo que estava no Parque. Infelizmente não me recordo os nomes deles.

Tem até placa com lugar para colar os decalques dos grupos de motociclismo.



Essas últimas fotos foram tiradas por um rapaz de São Paulo que estava em um grupo de 4 HD's.
 A parte boa foi que depois que saímos do Parque, uma garoa ainda persistiu até Registro, mas de Registro em diante não choveu mais e a pista ficou seca. Considerando que a BR-116 molhada é muito perigosa, andar pela estrada seca é uma delícia. 

Paramos no Posto 4 Irmãos, como de costume, para comermos uma chuleta com salada e depois seguimos muito bem pela estrada. Tinha pouco movimento na segunda-feira de carnaval, só mesmo caminhões e até mais do que esperávamos encontrar, mas haviam poucos carros o que tornou a viagem tranquila.

Viemos curtindo muito as curvas da estrada e, sinceramente até mesmo não respeitando os 60km/h do limite dos trechos de serra. Graças a Deus não havia fiscalização com radares móveis, eu vim com o Waze ligado para indicar os radares fixos e viemos muito bem. Mas é claro que não corremos nenhum risco desnecessário, nem mesmo necessário, ou seja, viemos com muita segurança, mas curtindo a viagem. Chegamos em casa às 18h00, sendo que a viagem durou 7 horas, sendo que 1 hora ficamos parados para o almoço e o trecho entre São Miguel Arcanjo e Sete Barras, de cerca de 80km, é muito sinuoso e,  por isso, muito demorado devido às suas muitas curvas.

Finalmente, foi um passeio maravilhoso que por assim ter sido, decidi deixá-lo aqui registrado para que no futuro possa me relembrar desses dias e de parte desse carnaval.


sábado, 4 de janeiro de 2020

ANO NOVO DE 2020 EM PUNTA DEL ESTE

ANO NOVO DE 2020 EM PUNTA DEL ESTE

Trajeto planejado para a viagem de final do Ano de 2019 até Punta del Este no Uruguai.


Todos os demais itens como o Check List, foram utilizados conforme constante das publicações anteriores, sendo que nesse caso foi útil para lembrar, no caso do Walter, de fazer a autorização da empresa para o veículo sair do Brasil para o Uruguai. Pior é que depois do Walter ter um trabalhão com isso e uma correria enorme, até mesmo viajando para São Paulo nas vésperas do Natal, quando passamos pela fronteira ele me disse que não lhe pediram nenhum documento. Ou seja, caso ele não tivesse feito nada não teria tido nenhum problema. A não ser pela Lei de Murphy, que, caso ele não tivesse feito a carta, aí eles a teriam pedido. Hehehe. Não sei!

Mas todos tínhamos a Carta Verde e os demais documentos necessários e inclusive os demais itens, como roupas de condução, impermeáveis, ferramentas, Tyre Repair, etc., etc., etc.

O trajeto é muito parecido na ida e na volta, pois é praticamente uma linha reta. Pensamos em planejar uma passagem por Colônia de Sacramento, considerando que o Walter e a Mari nunca estiveram no Uruguai, mas aí teríamos que aumentar o número de dias rodando o que poderia acabar sendo mais cansativo para eles, pois para mim e para a Bê a coisa é meio diferente, a gente gosta mesmo é de andar de moto.


Trajeto planejado de nossa viagem de final de ano.
Combinamos inicialmente de passarmos o final de ano de 2019 e Ano Novo de 2020 juntamente com o meu primo Walter e a Mari em Punta del Este, Uruguai. Isso lá por Agosto/2019, no aniversário do Walter, já estávamos combinando.

Quando, mais perto da viagem, lá pelo final de Outubro, o Adir e a Fátima perguntaram se não poderiam ir junto conosco, pois como eles estariam indo passar um tempo nos EUA por questões de trabalho e teriam a oportunidade de fazer uma viagem de moto conosco antes da partida deles. Eles ainda não conheciam o outro casal que iria junto, mas isso também não era um problema mas sim uma oportunidade.

Bem, já havíamos reservado um apartamento em Punta, à Beira-Mar, com 2 quartos e 2 BWC, na praia Mansa, e decidimos que deveríamos trocar por um outro mais adequado com 3 quartos e 3 banheiros. Encontramos um apartamento que atendia a essas condições e rachamos a conta.

Depois de muita expectativa, chegou o grande dia da viagem. Até que nem demorou tanto quanto a outra para o Chile, pois o agito de final de ano é tão grande que não deixa a gente perder tanto tempo com expectativas. Hehehe.

Dia 26/12/2019 - Trecho Boituva - Pinhais - 676km


Walter e Mari saíram de Boituva até a nossa casa em Pinhais, distância de 413km.

O Walter escolheu um caminho excelente para o passeio até aqui. Indo de Boituva a Tatuí, depois Itapetininga e então descendo para o litoral pelo Parque Carlos Botelho chegando em Registro e daí até Curitiba/Pinhais, através da BR-116, Régis Bitencourt.

Trecho percorrido pelo Walter e Mari dia 26/12 pela manhã.
Eles chegaram aqui por volta do meio dia e comemos aqui em casa mesmo as sobras do Natal do dia anterior.

Lá pelas 14h00, saímos para a estrada em direção sul pela BR-116, pois, pegar a BR-376/101, seguindo pelo litoral de Santa Catarina, seria muito difícil. Logo no dia 26, depois do Natal, imaginei que o mundo inteiro estaria de deslocando por aquela rodovia, embora seja pista duplicada de muito boa qualidade, ainda assim acaba ficando cheia de engarrafamentos quilométricos que somam em periculosidade e aumenta muito o tempo de viagem.

Trecho complementar do Primeiro dia até Santa Cecília-SC - 263km.
Partimos em Direção a Santa Cecília, onde possivelmente pernoitaríamos, rodando apenas mais 263km. Para mim e para a Bê seriam somente esses quilômetros mas para eles somariam uma bela puxada de 676km.


Posto próximo de casa onde abastecemos.
Por enquanto somente eu e a Bê, o Walter e a Mari. O Adir e a Fátima  se encontrariam conosco em Cristal, no Rio Grande do Sul.

A estrada estava muito tranquila. Haviam diferenças mo estilo de condução, pois eu e a Bê estamos muito acostumados a viajar juntos de forma que aquilo que um pensa o outro executa. Isso dava uma certa má impressão para o Walter, que achava que a Bê estava se arriscando em algumas situações. Mas na verdade, ela sempre olha se pode ultrapassar antes de entrar na ultrapassagem. Eu saio e ela vê se pode ir e sai junto comigo.

Eu a Bê e o Walter. As 3 motos na estrada.

Além do que ele tem um estilo diferente de tocada, pois nós aprendemos e estamos acostumados a andar com o pessoal da HD que tem um estilo próprio de condução, repassado do aprendizado da Polícia americana e que foi adotada pelo nossa PF, Exército e Polícias Militares. É como se fosse um estilo de pilotagem com uma série de regras e sinais que os demais acabam não conhecendo e que podem estranhar.

Quando chegamos em Santa Cecília, ainda era dia claro e nós estávamos em festa. Dia de estrada muito bom e sem nenhum imprevisto ou risco de qualquer natureza. Fomos ao Hotel Paulo Felipe, que tinha diversas chamadas na estrada e que parecia bom e barato, negociamos um preço bom para os 2 quartos e ficamos ali mesmo. Na verdade o hotel era para estar fechado nas férias de final de ano, mas como tinha uma certa demanda, o mesmo estava operando.

Estacionamos as motos no subsolo, em uma garagem protegida e tomamos um banho. Depois vimos que o hotel não servia jantar, somente lanches. Atravessamos a rodovia, até o Hotel e Churrascaria Modelo. Teria sido também uma boa opção de hospedagem. Ele está localizado logo depois do Shopping de Santa Cecilia, que é um edifício grande em estilo Bechamel, aquele estilo alemão com madeira e alvenaria.

Tinha um büffet razoável e pedimos uma chuleta para cada um. Ficou de bom tamanho. O principal é que tomamos algumas geladas para tirar o pó da garganta.

Dia 27/12/2019 - Santa Cecília-SC - Cristal-RS - 603km.

Segundo dia, Trecho de Santa Cecília-SC a Cristal-RS.
Levantamos cedo para o café da manhã e partimos aproximadamente às 7h30, que para nós era cedo mas para o Walter era muito tarde, pois ele acorda cedinho, junto com o sol. Logo, ele quer sair sempre às 6h00 da matina, que é o horário que ele acorda todos os dias. Com certeza ele cuida muito bem da sua saúde com esse hábito, pois dorme cedo e acorda cedo, pena que eu e a Bê não temos o mesmo hábito e quando a Bê acorda cedo, ela fica com sono durante o dia, o que aumenta muito o risco de ter sono durante a pilotagem.

Abastecimento em posto no caminho.

Serra Gaucha. Lugar muito lindo entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O Rio Pelotas divide os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul em uma serra muito bonita. Descemos a encosta do rio Pelotas e depois subimos no lado de lá do rio, já no RS, onde paramos em um local simples e muito agradável, pois tinha sombra, mas não tinha almoço. Fui ao banheiro, apreciamos o local, tomamos uma água e seguimos em frente.

O Walter combinando com a Mari as condutas de garupa.
Paramos para banheiro e uma água em ponto de comércio logo que entramos no RS.

Lugarzinho bem arranjado com uma capelinha.
A Serra de São Marcos é muito gostosa de andar de moto, as curvas são fechadas mas agradáveis, sendo que poucas são realmente perigosas. Quando chegamos em São Marcos já era hora do almoço e avistamos o Restaurante Ala Cantina, localizado do lado direito da estrada, muito movimentado. Pensamos que poderia ser bom e barato. De fato foi uma decisão acertada.

Paramos para almoçar no restaurante Ala Cantina, por quilo, localizado na beira da estrada em São Marcos. Pela nossa fisionomia dá para ver como estávamos tristes. Hahahaha!
O Adir e a Fátima, já haviam chegado em Cristal muito cedo. Eles disseram que foram de moto mas acabaram indo de avião. Não é possível! Saíram de Florianópolis às 9h00 da manhã e quando era uma 15 ou 16h00 já estavam em Cristal, dentro da piscina, ou seja, 615km em 5 ou 6 horas de viagem, incluíndo as paradas.

O Adir e a Fátima mandaram uma foto enquanto nós estávamos na estrada só para nos atiçar!
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Tudo Anda Bem com Barddal!! Quem lembra? A Mari não resistiu a uma foto!

No memo posto a Bê e a Mari, muito felizes.
Nós chegamos em Cristal já bem mais tarde, cerca de 18h30, embora ainda fosse dia claro, trocamos de roupas e fomos direto para a piscina tomar umas cervejas e nos refrescarmos. A água estava uma delícia. O Walter e a Mari também trocaram de roupas e em seguida chegaram na piscina.

Eu, Fátima, Adir e Bê. Assim que chegamos fomos para a piscina.

Eu, Fátima, Adir e Bê já na água. 

Eita delícia! Eu, Walter, Bê e Mari na água e o Adir e a Fátima que já estavam enrugados de tanta água. Hahaha.


Pôr do Sol na Pousada em Cristal.

Depois que anoiteceu foi a hora de um charuto para relaxar!
Na Pousada não serviria jantar naquela noite, com a sugestão do dono da Pousada, pedimos 4 pizzas para entrega. Foi muita pizza, claro que tive que dormir sentado. Hehehe.

Dia 28/12/2019 - Trecho Cristal - Punta del Este - 583km.

Trecho percorrido no Terceiro dia.
Nosso plano era partir cedo, tipo 7h30 para chegarmos em Rocha, na Posada Maria Esther, para almoçarmos.

Saindo da Pousada Pedra Bonita em Cristal.
De Cristal a Pelotas a estrada já está quase toda duplicada, com alguns poucos trechos em obras. Mas o caminho foi bom e rápido. O Adir se colocou no final do grupo, mas logo ele viu que a distância que o Walter anda é muito maior que aquela que andamos, dentro do padrão de deslocamento que adotamos na HD. Aí ele passou o Walter e veio atrás da Bê, deixando o Walter tranquilo para seguir conforme seu estilo de pilotagem.
A Bê muito feliz na estrada. Coisa de outro mundo!
No motociclismo cada um tem que conduzir a sua moto de forma que se sinta seguro e sem pressões, evitando assim que, em algum momento, acabe por superar seus limites, o que pode resultar em um acidente. Assim, uma corrente nunca será mais forte que seu elo mais fraco, em qualquer situação que a gente se encontre.

Planície das estradas no sul do RS.

Chegando parto da Reserva do Taim.


Nossa turminha se deslocando. Eu, Bê, Adir e Walter.
Saímos de Cristal em direção a Pelotas, depois entramos como se fôssemos para a cidade de Rio Grande e finalmente descemos pela BR-471, que segue entre a Lagoa Mirim e a Lagoa Mangueira, até a Reserva do Taim, ou, Estação Ecológica do Taim. 

Quando se entra na Reserva, a velocidade máxima é de 50km/h e tem mata-burros para evitar entrada e saída de animais. A quantidade de capivaras é muito grande, mas tem muitos outros animais como lagartos, jacarés, cobras, emas e seriemas (ñandu como chamam los hermanos), etc. 

Eu gosto de ir bem devagar, pois o risco de atropelar um animal é grande. Ao longo do caminho a gente pode encontrar muitas capivaras mortas. Assim, costumamos respeitar o limite de 50km/h. Se pede 40, reduzimos.

Animais na Reserva do Taim. Capivaras e Aves.


Capivara nadando bem pertinho. Me dá até um arrepio!
Embora a estrada seja cercada para evitar o acesso dos animais, não sei como, muitos ainda conseguem chegar ao asfalto e são atropelados. Claro que quando é um caminhão, a coitada da capivara se ferra sozinha, mas quando é uma moto, a coisa muda de figura, como já aconteceu comigo e eu tive uma fratura complicada no pé.

As nossas três garotas maravilhosas.
Nós parados na Reserva do Taim admirando a natureza!

Que coisa mais linda essas motos todas no habitat delas.

A BR-471 é muito linda.


Na sombra das árvores.
Paramos em um Posto novo logo depois da Reserva do Taim. Agora ficou bom.

A Região de Santa Vitória do Palmar está cada dia mais produtiva.

O meu retrovisor é sempre muito lindo. A estrada fenomenal!
Chamou muito a atenção o grau de desenvolvimento da região ao sul da Reserva do Taim. Antes não se via produção agrícola e agora vemos muitas áreas plantadas. Santa Vitória do Palmar deve estar crescendo muito. Além da agricultura, vimos uma quantidade enorme de fazendas de geradores eólicos de grande porte.

Passamos pelo portal de entrada de Santa Vitória do Palmar e seguimos direto a Chuí, cidade mais austral do Brasil e que faz divisa com a cidade de Chuy no Uruguai.

Na Fronteira com o Uruguai.


A Bê fazendo festa, como sempre aliás!

Novamente no Uruguai. Tanto nós como nossas motos.


Adir, Fátima e a Bê.


Eu, Walter, Mari, Bê, Fátima e Adir. Toda a trupe!
Um outro motociclista tirou essa foto para nós.

A Bê achou uma placa de Benvindo ao Chuí-BR. Hehe.
Fizemos o trâmite fronteiriço, o que não foi fácil, pois havia muita gente indo para o Uruguai e estava um sol de rachar o côco. Depois de muito tempo se bronzeando, conseguimos fazer a entrada no Uruguai e vimos que havia uma tempestade se formando ao sul, bem por onde deveríamos passar.

A fila na fronteira. E olha que essa é a de retorno que foi aberta devido ao movimento.
Na verdade a fila foi uma grande festa. Aumentou o prazer da viagem. Ao menos vimos assim para melhorar nosso humor. Na fila haviam muitas pessoas interessantes e pudemos rir um bocado.

Outro grupo de motociclistas felizes, como sempre somos, na fila.

Depois dos trâmites saindo com as motos em direção à tempestade. Hehehe.
Não colocamos roupas impermeáveis pois estava muito quente e a chuva possivelmente poderia nos refrescar ao invés de nos gelar. Assim decidimos seguir em frente com tempestade e tudo. 

Comentei com o pessoal que na última vez que fomos ao Uruguai pegamos uma tempestade com muito vento e que foi muito difícil de pilotar pois o vento era muito forte, coisa de 80 a 90km/h e que não havia nenhum lugar para parar e se esconder do vento. Depois me lembrei que cruzamos por outro posto fronteiriço e que aqui, neste local onde estávamos agora, tem acostamento e melhores condições. 

Seguimos em diante passando pelo Forte de Santa Teresa e pela pista de pouso na estrada, não deu para tirar uma foto devido às chuvas.

Quando chegamos ao local do almoço já não estava mais chovendo e as nossas roupas já estavam secas.


Chegada ao Parador Maria Esther para o almoço.

Comemos chivitos pois a parrilla estava desligada, infelizmente. Uma pena. Chegamos muito tarde.
Nós já mais próximo de Punta.
Eita coisa boa! Chegando em Maldonado e feliz.

A Bê também feliz em sua moto.

Walter e Mari vindo de cerra fila.

Coisa Boa, Nos arrabaldes de Maldonado. Foto tirada pela Mari.

A vista do apartamento era fantástica.

Quando chegamos levamos um susto com a vista do apartamento. 

Quando chegamos no apartamento a única coisa que não estava legal era o terceiro quarto. Na verdade era um quarto de empregada. O pior é que estava com cheiro de mofo ou umidade, o que para quem tem renite, é uma situação muito desagradável. Mas, como o Adir e a Fátima, além de serem mais novos, foram os que chegaram por último no grupo da viagem, eles acabaram ficando lá naquele quarto. 

Para tomar banho já foi outra questão, pois ninguém sabia como ligar a água quente. Acabamos por acertar tudo e a Fátima foi a primeira a tomar banho. Saiu dizendo que tinha uma janela externa sem cortina expondo o corpo de quem estivesse tomando banho para todos lá fora.

Bem, combinamos que as mulheres poderiam tomar banho no outro banheiro que era uma pouco melhor, embora a janela também fosse com vidro transparente pelo menos ficava do lado inverso do chuveiro.

Depois que nos ajeitamos, saímos para procurar algum local para comer e andar um pouco pela vizinhança e conhecer o Punta Shopping, que ficava praticamente em frente ao nosso apartamento.

Acabamos descendo em direção à Punta propriamente dita, e no caminho encontramos um restaurante que tinha uma pequena fila de espera e parecia ser muito bom, chamado 481. A atendente nos disse que embora tivesse fila, já era tarde e as mesas já estavam desocupando.


Cópia do cardápio do 481.







No 481 para jantar em Punta del Este. Fátima, Bê, Mari, Walter, Eu e Adir.
Jantar no 481 foi uma excelente experiência. Embora o Uruguai esteja muito mais caro que o Brasil e muito mais ainda que a Argentina, o preço no 481 era razoável. No Uruguai quando se paga com cartão de crédito, o que comprova que você é estrangeiro, tem um desconto de 21% referente ao IVA. O mesmo que acontece na Argentina, mas lá é somente com os hotéis, os restaurantes não nos dão esse benefício, mas no Uruguai sim.

Depois do jantar, conversei com a mocinha que nos atendeu e disse a ela que poderíamos falar em espanhol ou italiano ou inglês e ela me disse que eu falava muitas línguas. Aí eu brinquei com ela dizendo que, quando eu era pequeno, eu confundia poliglota com troglodita. Rimos muito.

O Adir ficou me sacaneando dizendo que eu chamei a mocinha de mulher peluda e cabeluda das cavernas! Sacanagem! Rimos pra caramba com isso. O Adir sacaneou legal! Hahahaha!

Ah sim! Aproveitamos para passar num mercadinho e comprar as coisas para o nosso café da manhã, iogurte, frutas, ovos, pão, frios, manteiga, etc. Coisa profissional mesmo.

Dia 29/12/2019 - Em Punta del Este


Na manhã seguinte pudemos ver plenamente a beleza da vista do apartamento e também as dificuldades do Adir e da Fátima em ficar no quartinho que eles ficaram. Passaram uma noite lúgubre. 



Combinamos que eles dormiriam as demais noites na sala, com a televisão, para compensar a primeira noite mal dormida no quartinho.



A paisagem era mesmo um desbunde!
Aproveitei e fui para a cozinha fazer ovos mexidos a minha moda, café (tinha uma cafeteira daquelas que passa o café numa jarra). O pessoal arrumou a mesa para o café e foi uma delícia. 

Aproveitamos e combinamos mais ou menos o que faríamos para a ceia do Ano Novo, que seria dois dias depois.

Nosso prédio era o Dormar e ao lado uma torre ovalada. Punta é linda.

Vista da sacada.
Saímos para passear de moto e conhecer a cidade. Fomos até a Punta propriamente dita, que é na verdade um cabo formado pela topografia da região. Demos a volta pela Rambla, que é a costaneira, chegamos ao Iate Clube, ao mercado de peixes e ainda à zona dos restaurantes mais luxuosos, que ficam localizados ali no cabo mesmo.

No cabo da Punta del Este.

Nossas meninas paradas melhorando a paisagem já bela de Punta.
 

Praia na Ponta do Cabo de Punta del Este.
O derrame se estendeu para dentro do mar ficando uma praia de rochas jovens.

Igreja de Nuestra Señora de la Candelaria.


O Farol de Punta del Este.

O nosso antigo Hotel The SmallEast agora é o Hotel del Faro!

Pequenas e alegres ruas da região da Punta del Este.
Depois seguimos pela Rambla, passando pelo Conrad, famoso Hotel-Casino de Punta del Este, que pintaram de uma cor que, na minha opinião, roubou a classe e a visibilidade do prédio. Ele tinha um belo tom de azul que o destacava de todas as demais construções e agora ele não se impõe mais, diria que ficou até mesmo feio.

Hotel Casino Conrad. Perdeu sua imponência e graça com a nova cor.

Na Rambla em direção à Punta Ballena.

Adir e Walter em uma paisagem de tirar o fôlego. 

Neste trecho se pode ver a passarela de madeira que acompanha a praia de areia.

Estrada de acesso a Piriápolis.
A Rambla continua maravilhosa, com jardins majestosos e prédios ainda mais fantásticos e modernos. Depois passamos direto por Punta Ballena e seguimos até Piriápolis, onde pretendíamos almoçar no TerranOva, restaurante onde no passado fomos com o Daniel e o Lauro e tem uma história da mãozada. Hahahaha.

Mari e Walter na Rambla de Piriápolis.

Chegamos lá e conseguimos encontrar o restaurante, entretanto a Graziela não estava mais trabalhando lá. A atendente até a havia conhecido. De qualquer forma, o restaurante continua sendo muito bom. Comemos uma bela carne mas dispensamos a Copa da sobremesa.

Almoçando na Parrilla TerranOva. Não pudemos rever a Graziela pois não trabalha mais lá a 2 anos. Uma pena!

Achei o crock para o Walter!
Depois de sairmos do restaurante demos uma voltinha pela Rambla, para vermos o Hotel Argentino e o Cassino.

Hotel Argentino. O mais chique e tradicional de Piriápolis.

Outra vista do Hotel Argentino. O edifício é muito lindo.

Saímos de Piriápolis e retornamos pela estrada até a Punta Ballena e entramos no sentido contrário, para irmos até a Fazenda Lapataia, comer o bom e velho crepe de Doce de leite. 

Depois de sairmos da estrada principal, Ruta 10, pegamos uma estradinha bem mais simples, mas ainda asfaltada. Mais à frente a estrada é de terra, sendo que o material é muito solto, ao menos quando esta seco como estava, ficando muito liso. A Bê estava na minha garupa, pois não quis sair de moto, e coloquei uma terceira mantendo o motor cheio e fui embora tranquilo. Só lembrando de desencostar do apoio lombar que quando o piso fica ruim não gosto de encostar pois parece que desestabiliza o meu equilíbrio, ao invés de ajudar atrapalha.

O crepe é uma delícia, mas pensa numa coisa doce. Para mim é doce demais. Pedimos um apenas e eu dividi com a Bê. Tomei um café e muita água para poder rebater. Hehehe.

Fazenda Lapataia para comer crepe de doce de leite. Coisa de doido!

Na entrada do Café da Fazenda Lapataia.
A Mari com a vaquinha. Hehehe!
Pena que não havíamos levado as peças de Xadrez do Walter para jogar.



Balcão onde se faz o pedido que depois eles chamam para retirar.

As meninas produzindo os crepes. Muito bom! Com o doce de leita Lapataia.

Pegamos uma mesa fora, O dia estava excelente. Eu com o meu café.

Região para as crianças mostrando o que é uma fazenda.

Cercado com os animais da fazendinha!


A Fátima estava bem feliz em retornar conosco para o Uruguai. Boas recordações.

Antigo poço azulejado à moda portuguesa ou espanhola. Não sei.

Da Fazenda Lapataia retornamos ao nosso apartamento e depois saímos para irmos ao Shopping comprar uma capinha para o meu celular e mais algumas coisas como bolsa para a Mari, etc. 

Ainda por cima a Fátima havia comentado que o dia anterior tinha visto em uma loja de bebidas no shopping um Conhaque Diplomático. Na verdade 2, um envelhecido e um outro mais normal. O Adir ficou louco para comprar. O preço estava bom e ele comprou os 2 litros.
No Estacionamento do Punta Shopping localizado em frente nosso Apartamento.

No estacionamento do Punta Shopping.
Depois que saímos Shopping, onde achamos que a praça de alimentação era muito ruim, fomos até a rua ao lado do nosso prédio, onde tinha um lugar chamado Chivipizza.

Queríamos comer chivito, que no Uruguai é uma iguaria muito legal. Um sanduíche no prato que é muito gostoso. Tinha um movimento enorme o local, indicando que devia ser mesmo muito bom. Boa música ambiente e ficamos ali aguardando por uma mesa que não demorou muito.

Eu pedi por um daqueles completos e quase todos também. Tomamos chopp. Estava muito bom. Nosso dia foi perfeito. Todo mundo cansado, pois passeamos muito durante todo o dia, mas estava muito bom e todos estávamos super felizes, como dá para ver na foto.

Jantando no Chivipizza. Lugarzinho bem agradável.


Dia 30/12/2019 - Punta del Este.

Neste dia nós decidimos ir visitar a escultura de la Mano na prais Brava e depois seguimos por toda a Avenida da Praia Brava até o seu final, que é na foz do rio Maldonado onde tem um estuário mais ou menos grande.

Ali foi constuída uma ponte muito louca em ondas, ou seja, tem duas corcovas para cima e 3 para baixo.

Deslocamento ao longo da Rambla da Praia Brava.

A avenida ao longo da Brava é muito bonito também.

As casas dessa região são fantásticas. Embora já estejam cedendo lugar aos prédios.


Casas e jardins impressionantes.

A Ponte da foz do rio Maldonado é muito louca mesmo.

Eu, Adir, Fátima, Bê, Mari e Walter na Ponte da Foz do Río Maldonado.
Casal maravilhoso na Ponte louca! Hahaha.
Encontramos um casal de motociclistas de Recife e que estavam passando por Punta como nós.

Voltando pela Rambla da Praia Brava.

Linda região próxima ao Monumento ao Afogado ou à Mão, no início da Praia Brava.
Retornamos ao nosso prédio e estacionamos as motos sendo que fomos almoçar no 481 novamente. Era meio tarde e não tinha movimento. Comemos muito bem como de costume. O melhor ali é que não cobram o couvert e o pão que eles servem é espetacular. Fazíamos a "scarpetta" com azeite de oliva, sal e pimenta do reino, enquanto aguardávamos pelos pratos.

Depois do passeio fomos para a piscina do Hotel.Afinal queríamos ficar um pouco sem fazer nada e desfrutar da piscina do prédio que era de água aquecida. Mas nem com a piscina aquecida é possível ficar na água depois das 7 da tarde porque o ar esfria muito e o vento não dá trégua não. 

O que o pessoal comenta lá em Punta é que o verão é muito bom mas é muito curto, pois o frio entra muito rápido deixando uma janela de verão bem estreita.

Nós todos na piscina aquecida do Condomínio onde estávamos.
Neste dia decidimos ir experimentar a Restaurante e Churrascaria El Palenque, localizada praticamente ao lado do nosso apartamento. Tinha uma instalação muito grande. Coisa feita mesmo para turista. Inclusive o preço é para turista também, um pouco mais caro e atendimento menos personalizado que no 481 onde já havíamos ido duas vezes e gostamos muito. 


Nós todos no El Palenque para jantar.
Além disso chegamos meio tarde e sem reservas o que nos pareceu ter alguma influencia do tipo - "nos atenderam meio que por favor!" Ao menos foi a minha impressão.

A Bê pediu uma massa al Frutti di Mare. Provei e estava uma delícia!

Aconteceu um caso engraçado na hora de pagar. Eu sempre que ia pagar com o telefone, por aproximação, eles me diziam que não sabiam fazer. aí eu ensinava a eles, dizendo para colocar o valor, crédito e 1 parcela aí eu aproximava o telefone e bip. Tudo certo. 

Na hora de pagar a janta no El Palenque aconteceu a mesma coisa. A senhora que estava no caixa disse que no Uruguai não existia o pagamento com o celular. Eu falei a ela que eu estava pagando em todos os locais desta forma. Ela insistiu que ali, naquele estabelecimento não tinha. Aí eu falei para ela: - Digite o valor; Agora Crédito, Uma Parcela. Aproximei o celular e Bip. O pagamento foi realizado. 

A senhora que com certeza era portenha, pela pouca paciência e educação ficou muito contrariada, pois ela queria me provar que não funcionaria e não o contrário. Aí eu disse para ela, viu como é simples? E eu nem vou cobrar nada pela aula! Ela me olhou com uma cara que só faltou me lançar um feitiço mortal! Hahaha.

Rimos muito com o Adir e o Walter relembrando a situação.

Dia 31/12/2019 - Punta del Este.

Nesse dia resolvemos ir visitar a Casa Pueblo e o Adir disse que não tinha intensão de voltar que ele achou muito chato. Mas como o Walter e a Mari não conheciam decidimos ir até lá, pois, goste ou não goste tem que conhecer aquele local maluco.

Saímos do apartamento localizado na Av. Pres. Kennedy e seguimos novamente pela Rambla da Praia Mansa até a Punta Ballena onde se encontra a Casa Pueblo. Idealizada pelo Carlos Villaró. Um artista plástico que devia ser muito rico, pois era comunista, e andou pelo mundo todo aprontando. Era amigo de Vinícius de Moraes, e outros no mundo. Um dado interessante é que um dos filhos dele foi sobrevivente do acidente aéreo dos Andes, aquele em que os sobreviventes ficaram muitos dias até conseguirem encontrar a salvação.

Nós quatro na Punta Ballena. 

Mari e Walter.

Só fazendo graça com a câmara do iPhone.

A Punta Ballena é muito bonita também.

Ao fundo a Praia Mansa e a Punta del Este. Nem dá para ver mas tinha um transatlântico fundeado na baía.


Nós na entrada da Casa Pueblo já com os ingressos.
Pousando para um ensaio fotográfico! Hahaha.

Vista do Hotel Casa Pueblo.

O Walter e a Mari lindos e felizes.

Mari em frente a antiga moradia do Carlos Villaró, onde tem o piso de madeira com piscina.

Nossas meninas, faltou a Fátima que não foi junto nesse dia.

Bê e Mari na paisagem da Casa Pueblo. Ele dizia que lá era o pôr do sol mais lindo do mundo.

Mais uma sereia no aquário! Lindas!

Nós na Casa Pueblo. Um museo das memórias do Carlos Villaró.

Só chamam isso de arte porque ele era famoso. Se eu faço um vaso desses chamariam de porcaria.

Passeando e conhecendo o Museu Casa Pueblo.


Foto da foto. Hahaha.




A Bê em mais um vaso escultura feito e pintado pelo artista.
Ao final, eu gostei de uma gravura que foi preparada pela filha do Carlos Villaró e decidi comprar. A Mari se animou também e compramos duas. Uma para cada um de nós.
Gravura que eu e a Mari compramos. Da filha do Carlos Villaró.
O Walter disse que na moto dele não caberia mais nada e eu me propus a trazer para ela, futuramente a veria como entregar a ela. Até a data de hoje ainda estou devendo essa entrega, mas é uma boa desculpa para dar uma voltinha até a casa deles em Boituva. Hehehe.

Saindo da Casa Pueblo. Umas coisas meio estranhas.

Nós voltando da Casa Pueblo. O Adir e a Fátima não foram junto.

Depois que retornamos fomos almoçar no Il Mondo della Pizza.
Retornamos da Casa Pueblo e fomos direto ao centro, com as motos, para almoçar com o Adir e a Fátima. Eles já estavam passeando por lá pela manhã. 

O chivito especial no prato. Um belíssimo lanche.

Depois de passear um pouco e tentar entrar no La Pasiva que já havia fechado para a noite de Ano Novo, fomos almoçar em um restaurante tipo Fast Food chamado Il Mondo della Pizza, que além de pizza servia muitas outras coisas, inclusive chivito

Tomamos alguns canecos de chopp e comemos o chivito especial no prato que veio muito bem servido. Estava espetacular. Ainda havia ficado faltando comer o Chivito do La Pasiva que é a rede de lanchonetes mais famosa do Uruguai e que tem o chivito mais tradicional.

Aproveitamos e depois do almoço fomos ao Supermercado El Dorado, localizado ao lado do Fast Food, para comprar as coisas para a nossa ceia de Ano Novo.


No almoço no Il Mondo della Pizza.

Na praia para ver os fogos de artifício.

A Bê na praia Mansa esperando pelos fogos.
Na verdade estava muito escuro, mas a câmara do celular é impressionante. Imaginem que as fotos que estão aqui, a gente na verdade mal enxergava e ainda assim na foto fica absolutamente visível. Incrível mesmo.

Ao fundo um daqueles fogos que parece um sinalizador de naufrágio.
Casinha dos Salva Vidas.

Tomamos conta da casinha dos Salva Vidas.
Enquanto estávamos ali esperando pelos fogos e pela virada do Ano, chegou um grupo de travestis e mais uns caras. Eram uns 4 ou 5 no total. A sandalha da Fátima estava na rampa da casinha dos Salva Vidas, um dos travestis sentou ali e depois foram para a areia e ficaram ali. 

O Adir perguntou para eles sobre a sandalha da Fátima que tinha sumido e eles disseram que não tinham visto nada. Pois o Adir desceu como um raio e foi fuçar nas sacolas deles, achou a sandalha lá dentro pegou e retornou com a sandália. Bando de fdp aqueles carinhas. Que sacanagem roubar na maior cara dura.

Como garoava eu e a Bê que não subiu, ficamos sob a Casinha dos Salva Vidas.
Mais um ano que se termina! Tantas coisas aconteceram nesse ano de 2019 e, ainda mais, quantos anos já se passaram e quantas coisas já aconteceram. Ao final de cada ano não tem como não fazer uma retrospectiva.

A Louise está morando em Portugal, ralando por lá mas agora parece que as coisas estão se encaminhando e ela está trabalhando muito e começando a se ajeitar por lá, depois de um ano e meio ralando e estudando.

O Conrado retornou para Curitiba com a família, o que para mim foi muito bom e creio que para ele também, pois morar em São Paulo pode ter muitos benefícios profissionais mas para a família fica um tanto difícil, principalmente no que concerne a criar filhos. O Lorenzo também está crescendo e chegando aos 3 anos de idade, uma criança cheia de amor para dar, muito querido e respeitoso. Além de tudo isso tem uma ligação muito grande e forte comigo, que me deixa até mesmo preocupado com a responsabilidade que isso trás.

O Gui está namorando firme e a Manu é uma garota muito querida e acho que gosta muito dele, parece que acertou na escolha. Que Deus os ilumine sempre e que sejam muitos felizes!

Ainda tem os meus enteados. O Lucianinho está começando a ficar grande, tanto que neste ano começa a estudar de manhã, já no 6º Ano, e o Bernardo já indo para o 2º Ano da escola. Os dois são netinhos muito queridos também que nos amam profundamente e deixam isso bem claro para nós.

A Kátia, que eu achava que não viria a ter filhos, por diversos acontecimentos e dificuldades do passado e eis que engravidou e superando várias dificuldades está com um barrigão e vai ter uma menina que deverá chegar até o final de Janeiro ou início de Fevereiro. Quem diria! Finalmente aparecerá uma menina depois de 3 meninos.

O Nino continua namorando e depois de mais de 10 anos chegaram somente cachorros mesmo! Hahaha. Graças a Deus! Pois eles ainda não moram juntos e filhos agora seria algo difícil deles gerenciarem.

Independente dos filhos, enteados e netos ainda tem a nossa vida. Fomos ao Chile, para o Encontro Internacional de Viña del Mar que aconteceu em San Juan na Argentina devido a manifestações orquestradas por lá. Em um grupo maravilhoso que Graças a Deus só teve experiências agradáveis e de muita realização e felicidades para todos os 15 participantes. Fora os outros 6 que não percorreram todo o trajeto conosco. 

Também estive em Portugal, junto com a Lou para contratar um advogado para poder entrar na justiça contra a Imobiliária ComprarCasa que pegou meu dinheiro do sinal de negócio de uma aquisição que não deu certo e nada de me devolver. Não consigo nem entender o porquê de eles não me devolverem o dinheiro. Parece coisa de bandido mesmo e não de uma empresa que tem endereço e portas abertas.

Muitas coisas boas, outras nem tanto, mas sempre aprendendo a viver e a superar as coisas da vida. É importante poder ver o que fica para depois, pois aquilo que fazemos por aqui é muito fugaz. Dura muito pouco. Por mais longa que pensemos que a vida seja.

Bem, chegamos ao início de 2020 com muitas conquistas e algumas perdas. Mas a construção está aí e pode ser observada por quem quiser e puder ver. Adoro andar de moto e tivemos a oportunidade de estarmos rodando nesta virada de ano, uma vez mais em Punta del Este que é um lugar muito bonito, onde as pessoas são educadas, no geral, pois tem alguns argentinos de Bs.As. também. Hehehe. Uma pena, mas é verdade, porteños não são muito educados de maneira geral.

Conclusão é que tínhamos muitos e bons motivos para abrir a champagne e muito o que pedir para o próximo e próximos anos. Muita construção ainda por realizar ou acompanhar a frutificação daquilo que plantamos.


Mas nem por isso deixamos de compartilhar os brindes com os demais companheiros da viagem!
Os fogos em Punta são impressionantes. Dura mais de 15' sem descanso.


Pessoal na praia e os fogos rolando direto.

Fomos até a praia e retornamos à pé. Pois não era tão longe de onde nós estávamos hospedados, cerca de umas 10 ou 12 quadras ou 1,5km. A gente precisa caminhar um pouco quando viaja de moto para desinchar os pés. 

Depois da nossa ida à praia para ver os fogos, retornamos para a nossa ceia especial de Ano Novo. 


Aí estava a nossa ceia de Ano Novo!


Parecia até que éramos naturebas, mas Estava espetacular.

Dia 01/01/2020 - Punta del Este


Na manhã seguinte saímos do apartamento e fomos caminhando até a avenida da Praia Brava e visitamos a Escultura da Mão, também conhecida como Monumento ao Afogado, para falar a verdade no dia que descobri esse nome achei de muito mal gosto. Dá até um mal estar imaginar apenas os dedos para fora da água.


No caminho até La Mano. Passamos pela Plaza Mexico. Bem típica realmente.
O Monumento aos Afogados, visto de longe. Impossível fotografar sem ninguém mais na foto.

Finalmente en la Mano. Lugar bonito.


Nós todos en la Mano.

Cada invenção! Uma ficam boas e outras nem tanto. Hehehe.
 Saímos de la Mano e fomos caminhando até o Hotel Casino Conrad, pois o Adir queria conhecer e nem eu nem a Bê também conhecíamos.

Foi bem interessante, o Cassino é grande e bem equipado. Não gastei nem 1 centavo sequer lá dentro. Para falar a verdade tentei tomar um café, mas quando perguntei o preço, imediatamente desisti. Hehehe.


No Hotel Casino Conrad. Vale frizar que no cassino propriamente não se pode tirar fotos.

Uma limusine enorme no saguão do Cassino. Deve ser para transportar os jogadores VIP.



Saímos do cassino e fomos caminhando para casa. No caminho encontramos uma via com um jardim muito legal feito no canteiro central da avenida.

No caminho de volta para casa. Jardim central da Av. Itália(?) com árvores maravilhosas.

Dia 02/01/2020 - Trecho Punta del Este - Camaquã - 609km.

Chegado o dia da nossa partida. A gente nunca sabe se fica feliz ou triste. Feliz porque vamos finalmente voltar para a estrada rodar e triste porque os dias estão passando e o nosso período de passeio juntos, vai acabando.

Depois de conversarmos um pouco decidimos que ao invés de ficarmos novamente em Cristal, experimentaríamos um local novo em Camaquã, que é uma cidade maior um pouco e que tinha o Hotel Bartz com um preço mesmo mais interessante do que o da Pousada Pedra Bonita.


Esse foi o nosso trajeto planejado para dia.
Para fazer um caminho um pouco diferente e aproveitar para almoçar no Restaurante Batuva, fizemos um caminho diferente para a volta passando pela cidade de Río Branco-UY, ainda no Uruguai, ao lado da Ponte da fronteira com Jaguarão - RS.

Pois foi nesta cidade e neste restaurante onde passamos e jantamos naquele ano em que depois, seguindo viagem, eu acabei atropelando a capivara já próximo de Pelotas.

Pontes estreitas comuns no Uruguai. Ceda passagem.
Subimos pela Ruta 8 e depois pela 18 em direção a Río Branco, as estradas são excelentes, mas em alguns pontos existem placas indicando a presença de Ponte Angusta o que significa que a ponte é estreita. Mas é estreita mesmo! Passa somente um veículo de cada vez. Assim existe sempre uma indicação de quem tem a preferencial. No caso da estrada onde transitávamos a preferência era de quem se deslocava para o sul, assim nós que íamos para o norte tínhamos que dar preferência para quem vinha em sentido contrário.

Os caminhos uruguaios são muito lindos. Adoro andar no Uruguai!

Nosso grupo se deslocando no Uruguai.
Quando chegamos em Río Branco passamos toda a cidade e fomos até praticamente a ponte da fronteira, pois o Restaurante Batuva fica localizado ao lado da cabeceira da ponte. Demos a volta por trás da quadra do restaurante, buscando vagas para estacionar as motos. Tivemos que parar na rua de trás, que nem é asfaltada, na orla do rio Jaguarão, ou em espanhol río Yaguarón.


Bê na Rambla do rio Jaguarão, onde paramos do lado esquerdo.
Quando paramos um rapaz se apresentou dizendo que ele cuidaria dos veículos e que não precisaríamos nos preocupar com nada. Ok. Assim ficaria melhor. Claro que trancamos tudo e fomos até o restaurante. Chegando lá falei com o proprietário sobre o local onde estacionamos as motos e ele me disse que não tinha problema não, disse ainda que o rapaz que cuida ali é de confiança e que nunca tiveram qualquer problema. Perguntei se tinha algum valor pré-definido para pagar ao guardador e ele me disse que cada um dava qualquer coisa para ele e ele ficava feliz. Parece que eu estava antevendo qualquer problema.

Almoçamos muito bem, pois a Churrascaria Batuva é mesmo excelente. A churrasqueira é enorme e tem muita lenha queimando com um calor enorme que aquece o restaurante que não é pequeno.

Churrasqueira da Batuva. Fantástica.
A Batuva é um local muito agradável.
Na Rambla,  atrás do Restaurante Batuva, às margens do rio Jaguarão. A Ponte Internacional Barão de Mauá e, na outra margem, a cidade de Jaguarão no Brasil.
A Bê nas margens do rio.
Depois de um belo almoço chegou a hora da partida. Havia uma preocupação com relação às questões de sono. Comer bem não combina com passar a tarde dirigindo uma moto. Pior que ainda tínhamos um bom trecho de estrada até Camaquã, algo como 267km, o que não era pouco não.

Eu dei um dinheiro para o guardador e eu e a Bê saímos. O rapaz, que nem era tão novo, e ele ajudou a mim e à Bê a manobrar a moto e saímos. Depois de virar a esquina o Walter estava conosco e nada do Adir chegar. Começou a demorar demais e eu achei que poderia ter acontecido algo, do tipo a moto não ter ligado ou coisa assim.

Mas ele veio e disse vamos, vamos. E realmente fomos em frente. Somente depois é que ficaríamos sabendo o que fato aconteceu.

Saímos cruzando a ponte depois de fazer o trâmite fronteiriço com o carimbo de nossa saída no passaporte.


Saindo da Cidade de Jaguarão nos deparamos com o Portal.

Deixando Jaguarão e o Portal da cidade para trás.
Depois de um belo trecho passando inclusive pelo local onde atropelei a capivara e que hoje está protegido com uma cerca alta o que evita que as capivaras acessem tão facilmente a rodovia com riscos para nós motociclistas. 

O caminho é longo e em muitos pontos tem pista dupla. Fomos em velocidade um pouco mais puxada, pois como saímos mais tarde do restaurante poderia acontecer de pegarmos uma parte do trecho depois do por do sol, o que não queríamos que acontecesse.

Passamos pela entrada da Pousada Pedra Bonita, onde havíamos nos hospedado na ida e depois pelo posto onde abastecemos. Faltava apenas mais uns 30km. Tranquilo.


A Bê, com o Lihue de carona, em um pare e siga do caminho.

Impressionante a beleza da estrada. Eu fico hipnotizado!
Chegamos em Camaquã e entramos na cidade pela avenida central, indo diretamente até o hotel que ficava localizado nessa mesma avenida.

Entramos para fazer o check in e perguntar onde era a garagem, depois de pegarmos as chaves colocamos as motos na garagem do hotel, que na verdade era um pátio aberto, onde descarregamos as bagagens pois ficava mais perto do quarto.

Infelizmente não tinha janta no local e nós fomos até o posto que fica localizado na beira da rodovia, onde deveríamos ter parado para abastecer antes de irmos ao hotel e teríamos que retornar no dia seguinte pela manhã.

Na primeira parada do hotel, o Adir falou que o cuidador não queria deixar ele ir embora porque o Walter teria mostrado o dedo do meio para ele e, pior, ele não gostou da situação. Começou a dizer que isso não era certo, pois nós estávamos na casa dele e não na nossa. Aí ele queria saber como ficaria essa situação. E ficou na frente da moto do Adir que não podia manobrar a moto para sair.

Acabou que ele foi conversando com o rapaz e se demorou para se desvencilhar, sendo que ele ficou mesmo preocupado com a segurança dele e da Fátima. Eu não sei se entendi tudo muito bem, mas não entendi o porque do Walter mandar o cara para aquele local e também não entendi porque o Adir não deu um trocado para ele e disse que repreenderia o colega pedindo desculpas. Não entendi. Achei que não deveríamos ter que ter passado por uma situação daquelas.

Depois de descarregar as bagagens descemos para a área, logo em frente do pátio onde as motos estavam estacionadas e nos sentamos para tomar um whiskey e fumar um charuto. Ficamos ali batendo papo e relembrando as coisas da vida e da viagem, além de registrar o quanto estava sendo boa aquela viagem.

Embora o Hotel Bartz não tenha piscina é um local muito agradável. Gostei do hotel e voltaria lá.


Nós no Hotel Bartz em Camaquã onde ficamos na volta.
Nossas coisinhas para curtir a noite, um Cohiba e o Bulleit.


Até a Bê se animou a mandar um charutinho depois de vários shots.
Perguntamos onde poderíamos ir jantar e nos indicaram o restaurante do posto mesmo. Aquele localizado na estrada, bem no trevo de entrada da cidade de Camaquã. Fomos caminhando pois era pertinho, cerca de umas 5 quadras. Perguntamos para a pessoa do hotel sobre os riscos de caminhar à noite e disseram que não tinha problema nenhum. Lá fomos nós.

Já na entrada da lanchonete do posto encontramos um rapaz de triciclo que estava iniciando na vida de motociclista e que viajando com a mulher estava fazendo o seu primeiro rolê. Paramos e ficamos batendo um papo com o cara, principalmente o Adir se animou com as iniciativas dele.

Entramos e nos sentamos em uma mesa. O local não me pareceu muito legal não. Meio abandonado, do tipo já fechou mas ainda estamos faturando se você quiser gastar conosco. Fizemos nossos pedidos e aí veio um garços que trabalhava lá em cima onde rolava um rodízio de pizza. Aí ele pediu que o seguíssemos para ver se estaria do nosso contento. Bem, chegando lá em cima vimos que ali tinha um monte de gente da cidade mesmo. Parecia ser um lugar muito bem frequentado pela população local, tanto jovens como famílias. Claro que ficamos por ali mesmo e cancelamos os pedidos que havíamos feito e entramos de cabeça no rodízio mesmo.

Comemos como condenados e tomamos alguns canecos de chopp regional, tudo foi muito bom. Ao final saímos dali satisfeitos com o que tivemos mas um pouco insatisfeitos com a noite que teríamos que enfrentar depois de comer tudo aquilo.

Dia 03/01/2020 - Trecho Camaquã - Gramado - 224km.

Trecho percorrido do Bartz Hotel, em Camaquã até Gramado.
Saímos mais tarde, pois teríamos apenas 224km para rodar, o que levaria cerca de 3 horas apenas, rodando de forma muito tranquila. Boa parte do trecho seria em pista dupla o que faz a viagem render muito bem. Essas 3 horas já consideraria uma parada para banheiro e abastecimento.

Assim tomamos nosso café da manhã e saímos do hotel lá por 8h30 e fomos ao posto onde havíamos jantado no dia anterior, para abastecer as motos. Dali partimos pela rodovia que se encontrava parcialmente duplicada e parcialmente em obras. A outra pista parecia estar em obras bem avançadas, mas ainda não estava liberada para o trânsito. Cerca de 60% da rodovia está liberada. Vimos ainda muitos equipamentos e trabalhadores do exército que, pelo que pudemos ver, é quem está tocando a obra. Possivelmente a empresa que estava fazendo a obra acabou por abandonar ou caiu na Lava-Jato, ou sei lá o que aconteceu. Mas o exército estava lá tocando as obras.

Cruzamos o Guaíba e passamos ao largo por Porto Alegre, pelas vias expressas que cortam ao longo do Guaíba sem que seja necessário entrar na cidade propriamente dita. Parte dos viadutos, que na última vez que passamos por lá ainda estavam em construção, já estão prontos e em operação, o que facilitou muito nossa viagem.

Subimos a serra gaúcha até Gramado. Chegamos em Gramado com um pouco de chuva, mas não colocamos as roupas impermeáveis. Paramos no Portal de Gramado para uma foto.

Chegando no Portal de Gramado. O céu estava carregado.

Passamos pelo centro de Gramado e fomos em direção a Canela, tomando o caminho para a Churrascaria Garfo e Bombacha, localizada próximo ao balão de Canela, pois o Adir havia sugerido aquele local para o nosso almoço. O tempo estava muito ruim e a qualquer momento deveria começar a chover forte. Esperávamos poder chegar na churrascaria antes da chuva, mas não deu certo. Começou a chover de verdade pouco antes do balão de Canela e entramos em um posto para abastecer e nos protegermos da chuva.

Enquanto estávamos parados no posto para abastecer, caiu um dilúvio. Impressionante a quantidade de chuva e o rio que se formou na rua. Ficamos ali no posto uns 10 minutos até que a chuva passasse e o melhor foi que ao final nem vestimos os impermeáveis.

Chegamos na Churrascaria e negociamos o preço com o rapaz que nos recebeu lá fora. Ele parecia com o Gugu. Hehehe. Mas tinha um vozeirão de radialista, que acabou por fazer um preço especial para nós 6, considerando que tinha muito pouco movimento naquele dia.

Entrada da Churrascaria Garfo e Bombacha em Canela.

Ótima essa foto do Walter e da Mari na entrada do Garfo e Bombacha.


Eita coisa boa. Costela na vala, parecido com fogo de chão mas assa um lado de cada vez.

Criatividade é tudo. Hehehe.
Fiquei imaginando se isso seria politicamente correto! Hahaha.
Adir e Eu no salão das caças. Hehehe.

Nós todos na mesa almoçando, excelente qualidade.
Não havia show de danças gauchescas, boleadeira, etc., tendo em vista o pouco movimento, somente na janta parece que haveria o show. Eu achei ótimo porque o show eu já vi várias vezes tanto ali como em Foz do Iguaçu e nem acho assim tão legal.

A Churrascaria é ótima, logo comemos bem pra caramba. Ao final do almoço liguei para a moça que nos tinha alugado o apartamento no Booking. Ela perguntou se poderíamos passar na Imobiliária, que ficava localizada no centro de Canela, para pegar as chaves e combinamos assim, ou seja, sairíamos do Restaurante e iríamos até o centro de Canela, logo depois do balão onde passaríamos. Assim fizemos.

Depois de pegar as chaves fomos até Gramado e nosso apartamento era mesmo bem no centro da cidade, localizado em local simplesmente maravilhoso. Tinha uma vaga de garagem onde teríamos que colocar as nossa 4 motos. Depois de algumas peripécias, colocamos as motos na vaga e subimos até o apartamento, localizado na cobertura (4º andar). O apartamento tinha 2 quartos no andar de baixo e um outro quarto no andar de cima. Como o Adir e a Fátima são mais novos escolheram ficar em cima e eu e a Bê ficamos em baixo e o Walter e a Mari também. Ótimo.



Chegando em nosso apartamento com garoa. (Prédio de tijolos à vista).

Ajeitamos as 4 motos na vaga do apartamento na garagem.


Descarregando as bagagens das motos.

Comentário a fazer sobre o pneu de carro da minha moto. Funcionou super bem e quando o piso está molhado me pareceu mais seguro que o de moto.

Descarregamos as coisas das motos e levamos tudo para cima, fomos ao banheiro, trocamos as roupas e partimos à pé para o centro de Gramado que ficava a 2 quadras do apartamento.


Casa do Papai Noel de Gramado.

Relógio Cuco operando em frente à Casa dos Relógios.

Relógio Cuco bem legal! Instalado na calçada.



Rua central de Gramado encantadoramente decorada.


Casa dos Relógios. Realmente impressionante. Inclusive os preços. Hehe.



Relógio parecido com o da casa dos meus avós maternos.
Adir comprando uma cuia para um amigo filho de mãe brasileira que mora nos USA e gosta de chimarrão.


Gramado é muito linda e cheia de surpresas.

Entrando na rua coberta.


A Mari curtindo os Papais Noéis que o Benjamim gosta.
Fomos até a Igreja de pedra de Gramado, ao teatro do Festival de Cinema de Gramado e na rua coberta que tem em frente onde tomamos um chocolate quente. Enquanto tomávamos o chocolate o Adir e a Fátima vieram com uma notícia boa. Haviam negociado ali mesmo na rua coberta, uma visita à fábrica de cerveja, com direito a degustação livre, visita ao museu do chocolate, com direito a degustação, e ao bar de gelo com direito a um drink. Tudo isso por um bom preço. Estávamos meio sem programa e topamos na hora.

Fomos lá na fábrica de cerveja, onde começaria o tur, que ficava ali dentro da rua coberta mesmo. Aguardamos cerca de 15 minutos apenas e já começou o passeio. Palestras sobre como são feitas as cervejas, as matérias primas. Achei legal porque pudemos experimentar o Lúpulo que eu ainda não conhecia assim tete a tete. Peguei um pedaço e comi. Achei o amargo muito saboroso. As cervejas eram bem boas. Tomamos vários copos de cerveja. Eu acho que tomei 5 copos e o Adir tomou mais do que eu ainda, acho que uns 8. As meninas beberam pouco e o Walter também mandou bem, mas não vi quantos ele tomou. Claro que nenhuma delas no nível da "Um Gole" que é realmente imbatível. Mas essa só mesmo na Villa da Nascente, no Rio Vermelho, é que se pode tomar. Hehehe.


Visita na Fabrica de Cerveja.

Nós preparados para iniciar a visita.

Sarcófago para mostrar que no Egito Antigo já tinha cerveja.


As Leis sobre a cerveja são mesmo antigas. Não podia fazer de milho.

Passeio pela história da cerveja.

Estátua de cera do cervejeiro que fundou a fábrica.

O rapaz nos servindo a cerveja. 

Primeiros tanques cervejeiros da antiga fábrica.

Os ingredientes. Cevada maltada, mais ou menos queimada para dar aroma, e o Lúpulo.

Nós assistindo aos filmes.

Pedalando para a filmagem que nos colocou em um ambiente virtual.

Cabine com painel informativo dos tipos de cervejas pelo mundo.

Depois do tur na cervejaria ainda tivemos uma experiência em uma cabine de cinema 180º e depois fomos convidados a sentar em uma bicicleta e pedalar por um roteiro virtual. Esse último foi filmado e depois disponibilizado na internet para nós.

Saímos da fábrica de cerveja e fomos visitar o Museu do Chocolate. Muito interessante o que os caras fizeram. Gastaram toneladas de chocolate para montar réplicas de diversos locais como por exemplo Veneza, Castelos Árabes, lagoas de chocolate com sistemas de bombeamento e etc. Coisa de doido. Figuras também. Quase como um museu de cera onde ao invés de se usar a cera se utilizou o chocolate. Ao final, bem interessante.


Saleta montada de chocolate.



Tudo chocolate.









Só para variar um pouco a nossa roupa. Hehehe.

Hahaha.




Todas essas coisas foram feitas de chocolate. Somente chocolate.

Um rio de chocolate com escoamento e tudo.

O melhor é que depois de visitar os diversos ambientes, que eram refrigerados com ar condicionado por razões óbvias, tinha uma loja onde se podia provar vários dos tipos de chocolate, branco, ao leite, amargo e com crocante. Valeu a pena também esse passeio.

Depois fomos ainda visitar o Bar de Gelo. Esse foi interessante também. Ficamos na fila esperando, pois a quantidade de pessoas que podem entrar é limitada. Creio que são apenas 40 de cada vez dentro do ambiente gelado, que nada mais é do que uma câmara fria, mas bem fria mesmo, com diversos móveis de gelo dispostos no espaço. Tem também um balcão de gelo onde um atendente nos serviu um drink interessante.

A temperatura lá dentro é da ordem de -30ºC, o que é bem frio. Daí a necessidade de colocar casaco que eles fornecem com capuz para proteger. Creio que não seja muito saudável ficar lá dentro por mais de 20', pois a pessoa pode começar a congelar. Entretanto como não tem vento a coisa fica até que suportável. Tiramos algumas fotos e nos divertimos lá dentro. Tinha gente dançando e cantando, pulando e fazendo todo o tipo de farra.


Preparados para o frio do Bar de Gelo.

Congelando lá dentro do bar. Hehehe.

Caminho da saída do Bar de Gelo bem legal também.
Ao final a sugestão do Adir e da Fátima foi excelente. Nos divertimos com os passeios que eles arranjaram.

Ao final da noite, fomos a um restaurante ali mesmo, quase em frente da Igreja de Pedra de Gramado, que é a Paróquia de São Pedro.


    
Igreja de Pedra de Gramado - Paróquia de São Pedro.

Rua central de Gramado toda enfeitada para o Natal Luz.

Gramado fica linda à noite. Até no verão é frio.

A rua coberta é um desbunde. Feita para o turista pois é menos frio aqui dentro.

Claro que em Gramado teríamos que comer o rodízio de Fondue que iniciou com fondue de queijos, que comemos com o pão, depois o rapaz trouxe placas de pedra quente com rechaud com álcool em baixo para manter quente e carne vermelha, porco e frango, cortados em tirinhas para assar ou grelhar na chapa de pedra. Tudo acompanhado com uma quantidade bem grande de molhos, coisa de 15 a 20 variedades, que vinham cada um separadamente em um pote. Bem interessante. Ao final ainda, trouxeram os rechaud de chocolate e frutas de vários tipos para comer com chocolate. 



Nós comendo um Fondue. Não podia deixar de comer. Gramado = Fondue! Hehehe.

Foi uma janta daquelas de sair carregado, o pior de tudo é conseguir ir dormir depois disso tudo. Mas no dia seguinte teríamos que acordar cedo, pois o Adir e a Fátima teriam um caminho de 445km até Florianópolis e nós 4 teríamos que vir até Curitiba, numa jornada de 652km. Ainda teríamos um jantar na casa de uns amigos para ir na noite. Teria que dar tempo de chegar.

Estava 15ºC quando fomos para casa.
Fomos caminhando até nosso apartamento e o Adir pegou um charuto para nós e ficamos lá em baixo do prédio, na área de acesso à garagem, sob uma marquise, porque ainda estava chovendo, foi um dia alternado entre chuva, garoa e tempo seco. Papeamos por cerca de 1 hora ainda antes de subirmos para tomar banho e dormir. Quando subi a Bê já estava dormindo e os demais também parecia que estavam dormindo.


Dia 03/01/2020 - Gramado - Pinhais - 652km.

Último dia de viagem. Levantamos cedo, pois o dia era longo, e havíamos combinado de entregar as chaves do apartamento para uma moça que a responsável havia confirmado que estaria no prédio às 8h00. Ela acabou chegando somente às 8h30 quando pudemos sair. 

Carregamos as bagagens nas motos e tiramos elas da garagem deixando todas estacionadas na rua em frente ao prédio. Hora de nos despedirmos do Adir e da Fátima que tomariam outro rumo, pois iriam descer pela Estrada do Sol e depois subiriam pela BR-101 até Florianópolis. O GPS queria que nós fôssemos por esse mesmo caminho até Curitiba, mas quando tem movimento na estrada ou acontece algum acidente, o que é muito comum, acaba ficando todo o trânsito travado e, algumas vezes, por muitas horas. 

Então eles subiriam pelo litoral e nos subiríamos pelo mesmo caminho que havíamos descido para o sul, pela BR-116, que é uma estrada mais lenta mas também é maravilhosa. 

Saímos e fui seguindo o GPS, adivinha por onde ele me mandava ir? Pela BR-101, exatamente o que eu não queria fazer. Notei isso somente no balão de acesso de Canela. Demos um tchau para o Adir e a Fátima e retornamos pelo mesmo caminho em direção a Gramado novamente, passamos por dentro de Gramado e saímos pelo outro lado em direção a Nova Friburgo. 

Rodamos poucos quilômetros até Nova Friburgo onde paramos em uma panificadora para o nosso café da manhã, pão com manteiga na chapa e uma xícara de café. Compramos água para a viagem também.

Pegamos a estrada novamente e seguimos pela serrinha maravilhosa que tem logo na saída de Nova Friburgo. Muitas curvas e uma paisagem de tirar o fôlego.

Depois seguimos pelo mesmo caminho da ida, só que em sentido inverso, o que segundo um amigo meu é uma outra viagem, já que olhar daqui para lá é sempre diferente de olha de lá para cá.

Pegamos alguma garoa pelo caminho mas no geral o tempo estava bom.


Chegamos de viagem e fomos direto na casa do Augusto e da Cida onde havia uma festa nos esperando. Sequer passamos em casa.
Adir e Fátima em Floripa já festando na reinauguração da Ponte mais cara do Planeta.



Distância total da viagem, medida no velocímetro da moto da Bê.

Nossos queridos companheiros de viagem chegaram bem em Boituva-SP.
Com pelo menos 826km rodados a mais que nós, ou seja, 3.930km.

PARABÉNS A TODOS NÓS PELO SUCESSO DA VIAGEM E PELAS BELAS EMOÇÕES COMPARTILHADAS. 

JÁ ESTOU COM SAUDADES!!