Antes de partir para a
estrada é prudente que se tome alguns cuidados, visando que as necessidades da viagem, aquelas menos esperadas e as emergências possam estar de certa forma contornadas.
Todos os procedimentos que
possam evitar ou minorar os efeitos decorrentes de situações indesejadas devem
ser olhados. Não sei por hábito ou
se porque está funcionando, temos mantido esses procedimentos, vale salientar
que já foi possível evitar maiores dores de cabeça devido aos procedimentos de
preparamos para as viagens.
Primeiramente foi o
traçado do trajeto com os pontos de parada e passagem. Determinamos os pontos
de interesse onde pretendíamos ficar durante algum tempo e depois os pontos de
passagem, que nada mais são do que os locais que dividem os trajetos para
descanso.
Depois desses destinos principais
fomos subdividindo, conforme as distâncias, para não nos cansarmos demais e a
viagem ser interessante além de irmos também escolhendo os melhores caminhos e melhores estradas. Assim, no primeiro dia, rodaremos mais, obrigando ao ajuste do corpo ao formato do banco da moto. Já nos demais rodamos um pouco menos.
Entretanto julgamos que a viagem ideal é aquela onde as paradas ocorrem a cada pelo menos 200km. Aprendemos que as paradas cansam muito também embora pareçam descansar, mas que ao final dia, quando em excesso, acabam por drenar
toda a nossa energia.
Uma preocupação é o Chaco
argentino, que é uma reta muito longa, 732km, e que é extremamente quente no
verão. Tanto que quando passamos por lá no passado, pegamos 50ºC e isso de moto,
com jaqueta e calça de couro, não é moleza não. Tem que estar o tempo todo
muito bem hidratado senão a coisa pega e pode ocorrer inclusive um desmaio, o
que, no caso, significaria consequências imprevisíveis e ainda por cima, dessa vez, a Bê irá
pilotando. Todo cuidado para com ela teria que ser tomado, além dos cuidados
para comigo também, é claro.
Por esse motivo, tomamos o
cuidado de subdividir este trecho em dois, o primeiro até Presidência Roque
Saénz Peña e no dia seguinte finalizando o trajeto até Salta. Planejamos ainda sair
bem cedo para pegarmos temperaturas mais amenas pela manhã. Embora sabendo que essa parte do planejamento costuma não funcionar conosco.
Este ano de 2015 estamos
tendo o fenômeno El Niño e, ao que parece, resulta em temperaturas mais
amenas, tanto que no sul do Brasil está chovendo muito com a recorrentes e
constantes frente frias. Desta forma, estamos na esperança de que não esteja
tão quente dessa vez como esteve da vez anterior que passamos por lá. A
Argentina e o Paraguai também estão sendo castigados por fortes chuvas, mais um
fator que pode incomodar na viagem, pois calor, chuva e roupas impermeáveis são
coisas que drenam as energias e cansam mais do que o normal.
Em contrapartida do menor
calor ao longo do Chaco, estamos ainda com um outro dificultador que
possivelmente serão as menores temperaturas que deveremos encontrar no Paso de
Jama, quando cruzarmos a Cordilheira dos Andes. Acredito que poderemos pegar
muito frio lá em cima, portanto, estamos planejando levar as roupas apropriadas
para enfrentá-lo. Além é claro, da preocupação com as chuvas, que nas altitudes
da cordilheira, podem significar neve. O importante para a viagem é estar
alerta para qualquer problema que possa vir a ocorrer, antevendo o mesmo e
atenuando os seus efeitos.
Uma das principais coisas
que aprendemos ao longos desses anos de viajantes de longas distâncias, foi que
a pressa não ajuda, muito pelo contrário, funciona como um estressante enorme.
Logo vamos com calma e tomando todos os cuidados necessários para curtir muito
o caminho. Devagar, além de se ir ao longe, pode-se ver por onde vamos. Esse
tem sido o nosso lema e a cada dia estamos mais treinados para viajar de forma
segura. Meu velho pai ainda me acompanha e lembro que ele dizia: “Quem tem
pressa vai mais devagar!”. Lembro que quando eu era criança perguntei para ele
o porque disso, pois rápido chega antes e ele me explicou que quando se vai
rápido, pode ter um acidente e não chegar nunca. Gravei e não esquecerei
dessa grande verdade.
Descobrimos ainda que, a
partir de 2013, precisa ter o SOAPEX, que é o Seguro de Acidentes Pessoais para
Veículo Estrangeiros para poder trafegar no Chile, a Carta Verde não é mais
suficiente para o país, além disso, nos certificamos de que o seguro da moto é
extensivo aos países por onde andaremos e fizemos o seguro saúde de viagem com
a Vital Card do nosso querido amigo Rafael Turra, vulgo Chaolin, que na infância
e adolescência era amigo dos meus filhos e frequentava nossa casa em Guaratuba.
Na penúltima semana antes
da viagem, fui verificar o estado dos pneus das motos e vi que o pneu traseiro
da moto da Bê estava careca. Como era possível isso? Eu havia visto há pouco
tempo e estava meia vida. Havia me programado para trocar o mesmo, quem sabe em
Santiago, mas acho que a viagem a San Ignácio Miní e para Curitiba que fizemos
ultimamente, acabou com o pneu de vez.
Correria de última hora
para encontrar o pneu da moto. O da minha moto, que já estava ruim, eu já havia
trocado logo depois de voltar de San Ignácio. Em Floripa não encontramos o pneu da moto da Bê e tivemos que procurar em Curitiba, onde, graças a Deus, encontramos
no Célio Motorcycle.
A Bê trouxe o pneu de
Curitiba no carro para montar aqui em Florianópolis, na Concessionária pois
fiquei com medo de ter algum problema com a tal da fita de proteção da roda
que é raiada com pneu sem câmera. O pneu acabou sendo montado no dia anterior ao da
nossa partida.
Mas ainda tinha um outro
problema para solucionar. Estávamos buscando pelo comunicador Scala Rider G9x que estava esgotado tanto em Curitiba como em Florianópolis. Aí o Chiquinho sugeriu que a gente visse no Mercado
Livre e falando com o fornecedor, poderia ser negociado para a entrega ser realizada em
menos de uma semana. Gostei muito da solução e na noite de sábado fiz a
compra. O fornecedor me garantiu que colocaria no correio na segunda-feira cedo
e que na terça-feira possivelmente eu receberia, já que moramos em uma capital. De fato,
foi assim que aconteceu. Enquanto eu estava viajando a trabalho e a Bê em
Curitiba, liguei para o prédio e me informaram que havia sido realizado uma
entrega de uma caixa para nós. Ufa! Tudo certo e agora tínhamos o principal
solucionado para a viagem.
Essa foi uma viagem diferente porque normalmente a paisagem se encontra à nossa frente, e dessa vez, uma parte importante da paisagem estava vindo atrás de mim, em uma outra moto.
Esse primeiro dia de viagem foi emocionante até demais. Nem precisava tanto para um primeiro dia.
Saímos de Florianópolis com um pouco de chuva, usando nossas capas impermeáveis, na esperança de que em seguida pudéssemos nos livrar delas, o que de fato aconteceu.
Decidimos subir pela BR-282, em direção a Lages onde chegamos na hora do almoço. Paramos em uma churrascaria no trevo da BR-282 com a BR-116. A chuva parecia que não daria trégua e tivemos que seguir usando as nossas capas de chuva.
Descemos pela BR-116 até Vacaria e viramos para oeste na BR-285, conhecida como a rodovia dos argentinos, pois muitos deles vem para o litoral catarinense por ela. A estrada estava movimentada, mas seguimos tranquilamente.
Minha moto começou a dar problema de mau contato no botão do On/Off. Eu ligava o contato, dava partida e nada acontecia. Achei que poderia ficar pelo meio do caminho com a moto desligada. Toda a parte elétrica funcionava, mas não dava partida. Finalmente decidi não desligar mais a moto no botão desligando somente na chave principal, assim parou de falhar a partida, de onde concluí que devia mesmo ser mau contato da chave de On/Off.
Quando estávamos na altura de Entre Ijuís, aproximadamente, em uma fila de carros, aguardando para ultrapassar alguns caminhões, a Bê me disse pelo comunicador que tinha ouvido um barulho estranho na moto. Pedi a ela que passasse na minha frente para que eu pudesse dar uma olhada na moto dela. Notei que tinha uma coloração diferente no pneu traseiro, como se a faixa branca estivesse borrada por sobre a parte preta do pneu. Vi no GPS que tinha um posto uns 5 km à frente e combinamos de parar lá para ver o que era, já que no acostamento não é seguro parar.
Entramos no posto e olhamos a moto dela. O pneu estava mesmo estranho, mas não deu para ver nada de diferente. Eu dei uma voltinha com a moto e não senti nada de estranho também. Aí o frentista disse:
Putz! É mesmo! Cadê a placa da moto? Um susto enorme. O barulho tinha sido a placa que tinha voado e agora dava para entender o que tinha acontecido. A placa caiu e ficou presa pelo lacre entre a roda e o para-lama marcando o pneu, até que saiu, batendo no braço que sustenta a roda traseira, fazendo o barulho e sendo arremessada em algum lugar da estrada.
Pensei que teríamos que adiar a nossa ida, pois faríamos para seguir viagem? Cruzar a fronteira sem placa, nem pensar. Voltar para Floripa sem placa? Já seria um problema.
Teríamos que voltar pelo caminho e procurar pela placa. Se achássemos poderia ser que desse para dar um jeito. Enchemos os tanques e voltamos. Tínhamos um trecho de 5 a 8km para procurar. Se Deus quisesse estaria na estrada ou no acostamento, mas tinha a possibilidade de estar no mato ou de alguém ter pegado. Aí não teria o que fazer.
Depois de uns 8km vi que tinha alguma coisa no acostamento do lado direito e paramos. Falei para a Bê esperar, pois seria perigoso ficar fazendo a volta na estrada sem necessidade e voltei uns 300m para verificar o que eu tinha visto. Quando fiz o retorno ma pista, em um calombo da estrada raspou a mola do descanso da minha moto e o pé caiu fazendo com que o moto parasse de funcionar. Mama mia! Mais um problema. Já comecei a pensar que talvez não fosse para seguir em frente em nossa viagem, pois a coisa estava mesmo ficando muito complicada. Parei a moto com o apoio caído, me certifiquei de que a mola estava pendurada no local, chamei a Bê para que viesse com cuidado para fazer o retorno e fui ver se era a placa dela no acostamento. Não era, era um plástico rígido de embalagem de alguma coisa que foi descartada por alguém.
Pedi para a Bê segurar a minha moto para eu poder deitar no chão e com a ajuda de um alicate dobrável que sempre levo comigo, puxar a mola e colocá-la no lugar. Deu certo. A mola no lugar e seguimos na direção do posto novamente, pois se a placa estivesse por ali, teria que estar entre o local onde estávamos e o posto.
Dessa vez, voltamos andando muito mais pelo acostamento do que pela pista, assim poderíamos ir mais devagar e olhar melhor por algum sinal da placa. Estava escurecendo já e ainda tínhamos um bom trecho pela frente, mas cada hora era maior a chance de nem podermos seguir. Teríamos que voltar para Florianópolis, fazer uma placa nova, instalar na moto e refazer o lacre em um despachante.
Eis que vi um reflexo no chão e era a placa! INCRÍVEL!! Inacreditável. Era a placa com o suporte e tudo. Falei para a Bê que vinha atrás e paramos, sendo que ela parou no local da placa e pegou a mesma colocando dentro da jaqueta dela. Fizemos muita festa mas tratamos de cair fora daquele local e do acostamento.
Aí decidimos que seguiríamos em frente e que arranjaríamos parafusos para prender a placa. Como tinha ficado um pedaço do cabo de aço do lacre a gente daria um jeito de prender ele e pronto. Agora teríamos que arranjar os parafusos. Teria que ser em São Luiz Gonzaga mesmo.
Chagamos em São Luiz Gonzaga já era noite e a estrada não estava boa não. Tinham alguns buracos grandes e que poderiam comprometer caso a gente caísse em um deles. Assim fomos mais devagar que o normal para nos cuidarmos. Ao menos a chuva havia parado e tiramos o impermeável em São Luiz, comemos umas coxas de frango assadas e perguntamos sobre onde conseguir uns parafusos para prender a placa.
A loja do posto não tinha parafusos e porcas para vender mas nos indicaram um eletricista, que ficava no próximo posto e que atendia 24 horas. Fomos até lá. Ele meio desconfiado nos atendeu e acabamos conseguindo prender a placa e o lacre. Pronto poderíamos seguir viagem com tranquilidade.
Eu tinha visto no Bing Maps a localização do nosso Hotel do Sítio Preserva, que ficava na estrada de acesso da Ponte Internacional. Assim, viramos na estrada que leva para a Ponte e ficamos procurando por um hotel. Nada. Quando chegamos na cabeceira da ponte paramos no acostamento e eu peguei o celular e a ficha do hotel na bagagem, para ver o número e liguei para o hotel. Estávamos cansados, depois de todo o desgaste das emoções da placa da moto da Bê e ainda por cima os buracos da estrada, à noite. Estávamos em cacos e não conseguindo achar o hotel.
Falei com a moça do hotel e ela me explicou como fazia para chegar lá. Voltamos e nada. Fomos até a BR-285 novamente e fizemos o retorno. Só que dessa vez, continuei falando com a moça enquanto andava com a moto, através do Scala Rider. Aí vi que tinha uma entrada em uma estradinha de terra, muito apertada. Entrei e fomos passando por um caminho com mata burro e tudo. Achamos! Viva! Poderíamos finalmente esticar o corpo depois de um dia com mais de 900km rodados, considerando nossas idas e vindas.
O hotel é muito simples mas ao menos a cama é boa, já o chuveiro nem tanto assim. Mas, era o que tínhamos para a noite.
Dormimos bem no hotel fazenda em que nos hospedamos. A saída pela manhã deveria ser muito mais simples do que havia sido a nossa chegada na noite anterior.
Tomamos o nosso café da manhã, um tanto quanto simples, mas bem típico de café da manhã de fazenda mesmo. Tinha um menino andando a cavalo e pareci que ele era parente dos donos do hotel.
Hora de finalmente ligar para os cartões de crédito para solicitar a liberação do uso dos mesmos na Argentina, Chile e Uruguai, países por onde pretendíamos passar. Depois de várias tentativas, finalmente consegui desbloquear o AMEX e o VISA, ao menos foi o que pensei.
Foi muito rápido para cruzar a fronteira, pois já estávamos no caminho da ponte internacional. Fizemos a imigração e logo em seguida tinha uma praça de pedágio da ponte, que ficava em território argentino e que recebia em reais o pagamento. Retornamos até o prédio da aduana onde teria uma Casa de Câmbio. Troquei alguns Reais por Pesos, mas a taxa estava muito ruim. O atendente disse que não poderia trocar dólares americanos por Pesos tendo em vista que era uma casa de câmbio brasileira. Achei que ele estava de sacanagem comigo e acabei indo embora com poucos Pesos.
Quando fomos abastecer as motos, vi que o cartão não funcionou. Paguei com dólares, o curioso foi que deu US$ 32,00 que eu tinha exatos e trocados. Achei que o período de mau agouro tinha ficado com o dia anterior e que dali em diante tudo começaria a dar certo.
Seguimos em frente e nada do meu cartão funcionar. Fiquei preocupado, pois não tinha dinheiro suficiente para as despesas, então dicidi que deveríamos entrar em Corrientes, para sacar dinheiro para as necessidades. Assim fizemos e o GPS nos levou até uma agência do CitiBank, que embora fosse domingo, tinha um caixa eletrônico para saque. O Citi nunca me deixou na mão em nenhuma de nossas viagens. O cartão de débito não funciona para compras, mas para saques em caixas eletrônicos, sempre funcionou perfeitamente.
Saquei cerca de $ 3.000,00, ou seja, cerca de R$ 900,00, que deveriam ser suficiente por um período até que o Cartão começasse a funcionar, pois teríamos despesas com hotéis, alimentação e combustível para duas motos.
Seguimos pelo Chaco, que ia me parecendo muito mais habitado e rico do que quando passamos em 2009/2010. Muita plantação de girassol, seguido de milho e soja. Havia ainda um pouco de criações e reflorestamento no trecho inicial. A estrada também estava melhor e o movimento parece que aumentou também.
com acompanhamentos. Muito boa a nossa primeira refeição na Argentina.
O acessório mais importante da minha moto, estava mesmo sendo o retrovisor, pois através dele eu podia ver a Bê me seguindo. No começo é muito estressante ela tocando a moto dela atrás de mim. Mas eu tinha que ir me acostumando com a idéia. Ela é uma piloto muito boa e não faz bobagens. Anda com segurança e com cuidado a menos que deixe ela ir na frente, aí a coisa pega pois ela tem a mão pesada e acaba indo muito rápido, o que acaba ficando menos seguro.
O único problema que tivemos, foi com relação ao sono que quando esquentava a Bê sentia. Isso foi um pouco estressante pois eu ficava com a impressão que a qualquer momento ela acabaria passando reto em alguma curva. Haja coração!
Depois de sacar alguns Pesos, seguimos em direção a Presidencia Roque Saénz Peña, onde deveríamos passar a noite, dividindo o Chaco ao meio, de forma que ficasse menos cansativo para ambos.
Chegamos em Presidencia Roque Saénz Peña e nos surpreendemos com o movimento. Na praça central, próximo ao posto onde abastecemos as motos, havia um aglomerado de pessoas e muitas cadeiras arrumadas para uma apresentação ou teatro, algo assim.
Fomos atrás do hotel que eu tinha localizado pelo Google em casa e que o frentista do posto também havia indicado, o problemas é que ele era bom demais. A diária era relativamente cara para o que pretendíamos, coisa de US$180,00 e não aceitava pagamento em dólares, a não ser que fosse pelo cartão de crédito que não estava funcionando.
Fomos atrás de outros para avaliar melhor. O primeiro que vimos era muito ruim. O segundo era mais ou menos. Ao menos tinha garagem para as motos e tinha um quarto grande. Decidimos ficar ali mesmo, depois que a Bê fez uma vistoria e viu que era bom.
Tomamos um banho e trocamos de roupas, tiramos as botas e saímos para caminhar e procurar um lugar para comer uma carne,
Passamos pela praça onde realmente estava tendo uma festividade de encarramento escolar, pelo que nos pareceu. Com apresentação de peças de teatro.
Dia de terminar de cruzar o Chaco e chegar em Salta, onde ficaríamos um tempo para conhecer e realizar alguns passeios. No caminho combinamos de entrar em Joaquin V. Gonzales, onde havíamos dormido da última vez que passamos por lá e que, quando em 2011/2012, passou por lá, nos disseram que estava tudo muito ruim, para ver o hotel Colonial e almoçar no mesmo restaurante.
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As paisagens do Chaco são demais e a estrada estava muito boa. |
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A Bê estava radiante com a viagem. Muito ligada. |
Achamos que o Chaco argentino se desenvolveu muito nestes últimos 6 anos, pois já podíamos ver muitas plantações de girassol, soja e milho. Que bom. Os guardas também estavam tranquilos e não estavam nos incomodando, pedindo contribuições, etc.
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O tempo estava meio fechado mas nada de chuvas. |
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A Bê tirando fotos enquanto pilotava no Chaco. Pouco movimento e com cuidado. |
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Algumas borboletas que ficaram grudadas na minha moto. Coitadas. |
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O caminho vai se descortinando. Muito bom o clima com temperaturas baixas, apenas 32ºC. |
Entramos em Joaquín V. Gonzales e fomos até a praça principal, onde tem a Igreja Matriz e busquei pela churrascaria onde jantamos da outra vez. Nada. Havia no local uns botecos muito ruins e nada do restaurante. No local tinha uma sorveteria. Que pena. Realmente o pessoal tinha razão de reclamar pois era mesmo muito ruim a aparência dos botecos.
Passamos em frente o Hotel Colonial e até que nos pareceu muito bem arrumadinho. Mas não paramos para nada. na avenida principal, paramos e perguntei a um policial, onde tinha uma parrilla para almoçarmos e ele indicou uma na estrada, na esquina do posto YPF. Fomos direto para lá.
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Parrilla onde almoçamos em Joaquín V. Gonzales. Na estrada mesmo. Muito boa. |
Conversando com o proprietário da parrilla, perguntei sobre aquela outra parrilla que tinha na praça principal, onde tinha ido e ele me explicou que o dono de lá havia se mudado para Monte Quemado e que havia aberto uma outra parrilla, localizada na beira da estrada. Ele disse ainda que o restaurante era muito bom, assim como o antigo.
Fiquei de certa forma feliz, pois não havia mentido ao pessoal que viajou sem nós e que sofreu para comer naquela ocasião. Mas bastava ter perguntado por uma alternativa e poderiam ter comido neste mesmo local.
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Estávamos muito felizes. A Bê então não cabia em si. |
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Depois do almoço uma chuva de borboletas brancas. |
Depois do almoço seguimos em frente e cada vez tinham mais borboletas brancas. Uma verdadeira muralha de borboletas. O capacete fechado e uma metralhadora de borboletas por tudo. O parabrisa da moto da Bê e da minha ficaram cheios de borboletas.
Paramos em um posto para abastecer as motos, banheiro e tomar água e tiramos as jaquetas. Quando a Bê recolocou a sua jaqueta sentiu alguma coisa na manga e tirou desesperada a jaqueta. Não é que saiu uma borboleta voando de dentro da manga? Viva e voando. Mas era muita borboleta mesmo para chegar a ter uma viva na manga da dela.
Ainda tivemos uma outra sorte muito grande. Acho que a questão do El Niño, neste ano, o calor estava muito mais ameno do que quando passamos da outra vez. Tudo para nos ajudar. Pois o calor do Chaco é da ordem dos 45 a 50ºC, e não é fácil suportar essas temperaturas na moto. Mas pegamos temperaturas de 28 a no máximo 32ºC, bastante tranquilo de manter as roupas de segurança sem que os riscos de desidratação fossem grandes demais.
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Minha querida estava mesmo radiante. Nem sequer dava para ver o cansaço em seu rosto. |
Coloquei o endereço do hotel e resultou no local errado. A partir desse ponto comecei a usar somente as coordenadas dos locais de destino o que resultou sempre na frente do local. Muito melhor se orientar pelas coordenadas do GPS. É exato sempre.
Chegamos em Salta ainda dia e estava um movimento danado na cidade, devido à proximidade do Natal. Muito movimento de pedestres na ruas. Tem uma peatonal com muita gente também. Saímos para passear caminhando à noite e fomos nos encontrar cm o pessoal de Florianópolis que estavam em um café a cerca de 10 quadras do nosso hotel.
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Fachada do Villa Vicuña Hotel Boutique, localizado na Calle Caseros. |
No hotel nos indicaram um estacionamento a cerca de 100m de distância. Fomos até lá e deixamos as motos. Acertamos os valores das diárias para as duas motos e pegamos as bagagens para levar ao hotel.
Aproveitamos acertar com a Romina, que nos atendeu na recepção, para tratar o Cititur, assim poderíamos conhecer um pouco da cidade. O Cititur seria no dia seguinte à tarde.
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Nosso quarto no Villa Vicuña Hotel Boutique, em Salta. Muito agradável. |
Fomos caminhando até o Café onde o Poeta e Bete, Júlio e Juliana, Diogo e Juliana e Thiago se encontravam. Nos encontramos pela primeira vez com eles, que estariam saindo para San Pedro de Atacama cedo na manhã seguinte, na verdade eu nem tinha me dado conta de que poderíamos nos encontrar em Salta, o que era ótimo.
Comemos uma empanada e tomamos uma cerveja que acabou sendo paga por eles. Foi um presente muito carinhoso que ganhamos. Além de encontrar amigos naquela distância, ainda sermos recebidos com todo o carinhos que eles tinham para nós.
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Encontramos o pessoal em um café. Caminhamos 9 quadras apenas. Eles sairiam na manhã seguinte para San Pedro de Atacama e nós ficaríamos ainda um tempo. |
Conversamos sobre a estrada, sobre as borboletas e os passeios que eles haviam realizado, pois eles haviam saído alguns dias antes de nós de Florianópolis. Marcamos de passar a noite do Natal juntos em San Pedro e pedimos que fizessem a reserva para nós no que quer que eles decidissem fazer, estaríamos junto, só que chegaríamos lá no dia 24 à tarde.
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A cidade de Salta - La Linda, é mesmo muito linda. |
Eles se retiraram já era relativamente tarde, creio que mais de 22h30, pois partiriam muito cedo na manhã seguinte e nós voltamos caminhando para o hotel, pensando se jantaríamos ou não e acabamos não jantando, pois não vimos nenhum restaurante no caminho que nos tenha despertado a fome.
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Basílica de São Francisco de Assis, localizada na esquina do nosso hotel. |
DIA 4 - 22/12/2015 - Salta
Claro que não acordamos cedo, pois estávamos precisando descansar do trajeto já rodado para chegar em Salta, sendo que quase perdemos o café da manhã, na verdade chegamos na sala do café às 10h00, bem na hora em que se encerrava o café da manhã.
Saímos para uma caminhada nas proximidades do hotel e visitamos a Igreja de São Francisco que estava aberta, fomos caminhando até a praça, pela peatonal, como eles chamam. Depois circulamos pela praça centrar e visitamos alguns museus, incluindo o de Arte Moderna, que na verdade tinha uma exposição sobre arte Andina, com todos os seus mitos e deuses.
Outros Museus estavam fechados, devido às férias de final de ano e retornamos até um restaurante localizado ao lado do estacionamento em que se encontravam as nossas motos. Aproveitamos para lavar os para-brisas das motos que estavam em estado lastimável.
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O interior do Mosteiro da Igreja de São Francisco. |
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Interior da Igreja. |
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A Catedral de Salta, localizada na Praça 9 de Julio. |
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Antigo prédio da administração Municipal de Salta, com mais de 200 anos de idade, junto à praça. |
Divindades muito loucas as desses povos dos Andes.
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Ruas do centro histórico de Salta. |
Almoçamos em uma maravilhosa parrilla, El Charrúa Restaurante e Parrillada, localizada na rua Caseros, pouco à frente do nosso hotel e ao lado do estacionamento. Tomamos um bom vinho, já que não precisaríamos dirigir à tarde. À tarde iríamos fazer o cititur.
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Estavam mesmo uma delícia essas carnes. |
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Loja de lembranças. Muito cheia de coisas. |
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Convento San Bernardo, onde vivem freiras reclusas que nunca saem ou mantém contato com o mundo exterior (loucura). |
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Cerro 20 de Febrero. Vista da Cidade de Salta. |
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Cerro 20 de Febrero - Vista de Salta e do teleférico. |
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Cachoeiras localizadas no alto do Cerro 20 de Febrero. |
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Monumento a Güemes. Heroi de Salta. |
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Cenas de Salta. |
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Mercado de Artesanias de Salta. |
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Tomando um café na Quebrada de Humahuaca - Salta. |
DIA 5 - 23/12/2015 - Trecho Salta - Tilcara - Purmamarca
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Trecho percorrido no dia. Um passeio muito agradável - 201km. |
Sempre é chegada a hora de partir e quando a gente viaja de moto, a hora de partir é sempre mais cedo. Normalmente ficamos poucos dias em cada local pois se fica muito tempo rodando e esse é que é o legal da viagem de moto.
Decidimos que seguiríamos pela Ruta 9, que é uma antiga estrada muito bonita e turística, mas que tem uma pista muito estreita e, por esse motivo, demora um pouco mais. Onde tinha a faixa pintada no meio cabia somente uma moto. Imagina onde a faixa não estava pintada qual a largura da pista! Hehehe.
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Estrada entre Salta e Jujuy. Linda e muito antiga. Um veículo de cada vez. |
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Nós parados em um mirante admirando o local. |
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A Bê ocupando a pista toda. Ainda bem que quase não passa ninguém. |
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O lugar é cheio de belezas naturais e a dos visitantes, é claro! |
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Já estamos com saudades de estar lá. |
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Passagem pelo Dique La Cienaga, localizado em Carmen, Jujuy. |
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Lindas paisagens, relativamente desérticas, no caminho de Tilcara. Vales com rios de degelo. |
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A Bê não estava cabendo nela mesma, tamanha a felicidade em estar realizando um sonho assim tão sublime. |
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A caminho de Tilcara tem muitos locais de beleza singular. |
Conforme havíamos planejado, seguimos pela Ruta 9 até Jujuy, onde não entramos, pois sabíamos que teríamos um posto para abastecimento na entrada de Tilcara. No entroncamento da 9 com a 66, a Ruta 9 passa a ser uma rodovia moderna e larga. Seguimos até o entroncamento com a Ruta 52, que sobe para Purmamarca e Susques, indo para o Paso de Jama e nos mantivemos na 9 em direção a Tilcara. Este trecho é muito bonito. Valeu muito a pena termos ido até lá pois a cidade é bem interessante. Tem muitos artesanatos e é uma cidade histórica também, pois como no caso das demais, nasceu e viveu desde o início, apoiada na extração de minérios.
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Na praça central de Tilcara onde paramos para sacar dinheiro no banco e almoçar. |
A praça central de Purmamarca e alguma das lojas de artesanatos do local.
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A paisagem é extremamente incomum. Simplesmente linda. |
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Purmamarca é uma cidadezinha muito simples, assim como Tilcara ou San Pedro de Atacama, mas que tem um viés turístico |
Purmamarca é uma cidade singular que somente indo lá é que se pode entender como é o lugar. Muitos artistas e bicho-grillo para tudo quanto é lado, gastando o dinheiro dos pais, é claro. Dizem os moradores que em Janeiro o perfil dos turistas se altera, bem, teria que voltar para ver. Se parece um pouco com San Pedro de Atacama, no Chile, devido às construções de adobe e a aparência geral desértica.
Assim que chegamos, fomos direto até a pousada onde ficaríamos hospedados, localizada em uma subida de areia e pedras que não era fácil de lidar com motos pesadas como as nossas. Paramos na frente da pousada e com o freio dianteiro acionado a moto ia descendo pois a roda dianteira derrapava.
Combinei com o atendente do Killari Hotel, pousada onde iríamos dormir, em parar as motos mais acima em um pátio na outra pousada que tinha acima, onde havia uma área plana. Depois de alguma negociação não seria possível deixar as motos lá, então tive que descer as motos para a calçadinha localizada em frente à pousada. Com cuidado tudo deu certo.
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Merecíamos uma cerveja depois do nosso dia de calor e muito seco. Para acompanhar tinha somente amendoins. |
Depois de instalados e as motos estacionadas, descarregamos a moto, trocamos de roupas e saímos para conhecer Purmamarca. Andamos até a praça onde encontramos um mercado de artesanatos. Andamos um pouco, ponderamos sobre a possibilidade de comprar uma bolsa para ajudar a levar as bagagens que estavam aumentando com o passar dos dias e, finalmente, sentamos em um bar, ao lado da praça e pedimos água e cerveja. Hummmm! Como desceu bem aquela cerveja. Um lugar tranquilo sem quase nada para fazer e algum tempo para desfrutar daquele lindo final de tarde que tínhamos ganhado de presente.
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Purmamarca cercada por montes coloridos e construções de adobe. |
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Que coisa boa estar com a minha amada tão longe de casa. |
Depois que começou a escurecer, caminhamos até a rua da nossa pousada e na esquina encontramos o Restaurante El Diablada, muito bem apresentável com um pequeno palco, onde um artista provavelmente tocaria algumas músicas regionais.
Pedimos uma cazuela de llama e vinho nacional mesmo, mais precisamente da própria região de Salta. Depois o cantor, Julio Cesar, cantou o que ele chamava de baguala. Este, segundo ele explicou, é um grito, ou seja, da explosão das emoções na forma de um grito, ou de uma forma de deixar a emoção sair em uma explosão. Segundo ele esse era o canto da Mercedes Sosa.
Esse prato de llama também nos agradou muito. É bom e recomendo a quem for para as regiões andinas que prove.
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Depois fomos ao El Diablada, jantar um ensopado de llama, a famosa cazuela. |
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Para quem não conhece, como nós não conhecíamos, isso é madeira de cactos. Hoje é proibido cortar. |
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Nossa pousada em Purmamarca era mesmo muito romântica. |
DIA 6 - 24/12/2015 - Trecho Purmamarca - San Pedro de Atacama
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Esse era o Grande Dia, cruzar os Andes pelo Paso de Jama - 411km. |
O dia de cruzar os Andes é sempre um dia muito mais que especial, pois reserva momentos de inexplicável beleza. As fotos que tiramos na tentativa de reunir o que vimos, não consegue exprimir nem a imagem e muito menos as emoções que se sente naquelas paragens.
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Tirando as motos da frente do Hotal Killari. Mais difícil do que parece na foto. Hehehe. |
Saímos muito animados pois como já conhecíamos o que nos seria apresentado, estávamos muito ansiosos por vencer a altitude e a travessia.
Tomamos um chá de coca no café da manhã, para melhorar a nossa resistência aos males da altitude, que não é pequeno e não sabíamos como a Bê iria reagir à falta de oxigênio. Havíamos comprado folhas de coca em Salta para este fim também. Nos informamos sobre como deveríamos mascar as folhas para melhora a nossa resistência e nos informaram que na verdade não se masca as folhas de coca, mas sim as mantém no canto da bochecha. Quando não tem mais gosta se dá umas mordidinhas e mantém elas ali no canto. Dessa forma o chá das folhas vai agindo no organismo como um energético. Assim fizemos e tivemos muito bom resultado, nem eu nem a Bê sentimos nada de estranho.
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Paisagens assim que saímos de Purmamarca. |
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As paisagens são muito lindas, principalmente pelas cores das montanhas. |
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A Bê sempre animada e me seguindo muito bem e segura. |
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Por vezes parecia que estávamos em cidades mexicanas de filmes de far west. |
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A paisagem ia se tornando cada vez mais árida e desértica. Mas de uma beleza inacreditável! |
Depois que subimos por uma serrinha com verdadeiros caracoles, paramos para tirar fotos e as nuvens vieram praticamente junto conosco, fechando tudo, quase que imediatamente após a nossa chegada.
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Sem palavras... |
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Lugares realmente incríveis. |
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Alguns caraciles diferente daquele do Paso Los Libertadores ou Cristo Redentor, entre Mendoza e Santiago. |
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A serração foi fechando muito rapidamente assim que chegamos na parte mais alta. |
Ao longo do caminho encontramos alguns pastores de llamas e vicunhas que se alimenta daquela vegetação muito rala, mas elas dependem da altitude e daquele clima para sobreviver.
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Haviam alguns pastores de llamas e vicunhas, que vivem daquela vegetação escassa que cresce ali. |
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Grupo de vicunhas pastando. Tem também muitos burrinho do tipo jegue. |
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Aí está a grande vencedora da viagem. |
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Linda e feliz! |
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Muito bonitos os lugares onde passamos. |
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Olha se não somos transportados ao México do Velho Oeste. |
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Construção localizada bem no meio do Gran Salar. É um Centro de Informações Turísticas. |
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A Bê no meio do Gran Salar. |
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Eu estava muito feliz também com a superação, disposição e coragem da minha companheira. |
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Posto em Susques, onde abastecemos as motos e almoçamos. |
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Restaurante onde almoçamos em Susques, ao lado do posto de gasolina. |
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Planície por onde cruzamos os Andes a 3.500m de altitude |
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Linda essa imagem. |
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Nossas motos ficaram muito econômicas. A minha mostrou autonomia de 530km. Vejam se tem dinheiro que pague essa imagem que eu vi e eternizei nessa foto. |
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Muito sal depositado nos altiplanicos do deserto. |
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Posto ACA - YPF, onde também abastecemos na chegada da Aduana do Paso de Jama. |
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Isso foi um marco para nós. |
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Cruzando a fronteira entre Argentina e Chile. |
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No outro lado da América. Perto da fronteira com a Bolívia também. |
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Se nas fotos fica bonito, seria possível imaginar como é ao vivo? Este novo planalto está a 4.000m de altitude. |
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A Bê ligada nas fotos, que era possível tirar enquanto pilotando quando não tinha movimento. |
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A maior altitude que registrei no GPS. Dizem que se chega a 4.860m, registrei 4.827m. |
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A Paisagem é muito diferente de tudo aquilo que conhecemos em um país tropical como o nosso, a menos de nós. Hehe. |
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Quando retornamos de San Pedro, em 2009/2010, estas águas estavam congeladas, mesmo no verão. Desta vez estava quente, pouco menos que 10ºC. |
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Essas também são heroínas. |
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Retas intermináveis enquanto se cruza os Andes, pode isso? |
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Muitas retas e este planalto, depois do Paso de Jama, está a 4.000m de altitude. |
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Uma paradinha para foto! |
Depois que se passar pelo ponto mais alto da travessia, a estrada segue praticamente em linha reta até San Pedro de Atacama. À nossa direita fica aquele que reina soberano sobre a paisagem, que é o Vulcão Licancabur. Em pesquisas que fiz, parece que a palavra significa Montanha do Povo.
A descida é muito longa e quando, na viagem anterior, que estávamos viajando em sentido inverso, tivemos que subir esta rampa, o motor da moto sentiu muito a altitude, o motor grilava e não passava dos 80km/h, mesmo que em quarta marcha. Achei que dessa vez, no sentido contrário, foi mais fácil, pois o motor da minha moto sequer grilou.
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Apresento-lhes o Licancabur, que alguns dizem que significa "Montanha do Povo". |
Chegamos em San Pedro de Atacama ainda cedo, era dia, fomos até o nosso Hotel Don Raul, localizado na rua principal, logo na primeira quadra depois que acaba a peatonal. Um harleiro de São Paulo, como uma Ultra cor bege com marrom, igual à do Roger, veio perguntar se precisávamos de ajuda, agradecemos mas estávamos bem.
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Hotel Don Raul onde nos hospedamos em San Pedro. Muito gostoso e confortável. |
A Bete havia nos informado que havia feito uma reserva para nós também em um restaurante na peatonal e cearíamos todos juntos na noite de Natal. Afinal de contas, acabamos nos tornando uma família, embora a família mesmo fosse a do Guilherme, pois estavam todos menos uma irmã. Pai, mãe, três irmãos e como agregados, nós, os entrões. Hehehe.
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A caminho do Restaurante pela peatonal. |
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Restaurante onde ceamos com os amigos na noite de Natal. |
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Toda a turma na ceia de Natal. Eu, Júlio, Poeta, Júlio, Thiago e esposa, Adroaldo, Maria Rita, Diogo, Juliana, Léias, Bete, Juliana e a Bê, que turminha boa. |
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As queridas Juliana, Maria Rita e Bê. Muito felizes e lindas! |
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Será que o Poeta estava feliz? Hehehe. |
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Junto com o pessoal de FLoripa para a ceia de Natal em San Pedro de Atacama.
Maria Rita, esposa e o filho do Tiago, Juliana, Bê, Bete, Juliana e Mariléa e Alice no colo. |
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Lugar onde fomos tomar um café depois da ceia de Natal. |
DIA 7 - 25/12/2015 - San Pedro de Atacama
Uma noite bem dormida, logo de cara para começar bem o ano. Depois de um ótimo café da manhã que era servido no Hotel Don Raul, saímos para passear pelas ruas interessantes de San Pedro. Tudo permanecia com a mesma aparência de quando estivemos lá seis anos atrás, mas algumas coisas mudaram. O interior dos restaurantes e cafés ficaram muito mais modernos. As ruas haviam recebido algum tipo de manutenção e desta forma tinham menos buracos também. De maneira geral houveram melhorias, mas foi mantido o principal que era a evidência de que se tratava de uma cidade muito antiga que mantém a aparência de quando teve o seu auge.
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Estio das casas de comércio ou residências de adobe em San Pedro. |
Precisava encontrar um banco para poder sacar alguns Pesos Chilenos. Nos informaram que tinham alguns caixas eletrônicos e lá fomos nós atrás deles. Infelizmente, os mesmos não aceitavam ler o meu cartão do Citi. Creio que era o tipo do Banco que não tinha convênio.
Fomos até uma casa de câmbio e troquei alguns dólares, pois ficar completamente sem dinheiro, não dá, nunca se sabe quando chegaremos a um posto que não aceita catão de crédito.
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Na praça principal de San Pedro. Decorada para o Natal. |
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Centro administrativo de San Pedro, também com enfeites muito artesanais. Tudo no espírito da cidade. |
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Central da Polícia (no Chile são os Carabineros), neste posto que da outra vez o policial me pegou de moto nesta rua. |
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Catedral de San Pedro. Muito linda. |
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O interior da Igreja é algo a ser considerado a parte. |
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Presépio montado no centro da praça principal da cidade. |
Depois que conseguimos o dinheiro e passeamos um pouco pela região central de San Pedro, acabamos encontrando o pessoal na peatonal (que é como eles chamam a rua para pedestres). Fomos até o Hotel San Pedro onde eles estavam hospedados.
Encontramos o pessoal tomando umas cervejas tranquilamente, na área coberta em frente à piscina. Disseram que a água estava muito gelada e que não tinha ninguém com coragem para pular na água. Aí o Júlio começou a provocar dizendo que iria pular e o Poeta falou que caso ele pulasse ele também pularia. Moral da história, os dois acabaram caindo na água, mas não ficaram muito tempo não, porque estava muito gelada mesmo!
Na hora do almoço a maioria ficou para almoçar ali mesmo e nós saímos para buscar um local diferente, pois tínhamos visto o restaurante Adobe e queríamos experimentar. Quando chegamos lá acabamos encontrando o Diogo e a Juliana, esposa dele e acabamos almoçando junto.
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Encontro com o pessoal no Hotel San Pedro, onde eles estavam hospedados. Tinha uma linda piscina mas disseram que a água era muito gelada. |
Havíamos combinado de ir visitar o Valle de la Luna à 16h00. Assim, depois do almoço eu e a Bê demos umas voltas e fomos no Hotel e no estacionamento para buscar as nossas motos. Não sei porque a Bê não quis ir na minha garupa e acabou indo na moto dela mesmo. Hehehe.
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Nós no caminho do Vale de la Luna. |
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Coisa linda! |
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Eu, ciclista casual, Poeta e Júlio, Juliana e Bê, Juliana e Bete. Na direita Guilherme e Léia coma Alice no colo, Maria Rita, Adroaldo e Geraldo, o Pai do Guilherme. Na portaria do Valle de la Luna. |
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Esse lugar é muito mágico e realmente tem uma paisagem lunar. |
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Monumento localizado na entrada do Valle. |
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O caminho no Valle de la Luna com estrada de rípio bem batido. |
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A Bê animadíssima por estar de moto na lua. Hehehe. |
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Eu também! Hahaha. |
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Na Mina de Sal. |
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Nós na caverna da mina de sal. |
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Deu uma canseira para sair de lá. |
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As paisagens são mesmo lunares. |
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As Três Marias. |
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A Bê estava radiante, afinal, tinha suas razões para isso. |
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As estradas eram de maneira geral boas, mas tinham trechos de areia que pregavam peças. |
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O sal deixado na superfície depois milênios de chuvas seguidas de evaporação. |
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O magestoso Licancabur dominando a paisagem. |
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Foto do Estádio de cima da Duna do Pôr do Sol. |
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Nosso retorno antes do Pôr do Sol, para não sairmos à noite. |
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No caminho de volta para San Pedro de Atacama. |
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Visto de San Pedro concluo que perdemos um belo espetáculo lá na Duna do Valle de la Luna. |
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Simplesmente incrível! |
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À noite, quando saímos para jantar, a lua se apresentou maravilhosa. |
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A turma que foi jantar. Guilherme, Poeta, Bete, Bê, Léia, Juliana, Júlio e eu. |
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Na esquina do nosso hotel tinha o Café da Esquina. Hehehe. |
DIA 8 - 26/12/2015 - Trecho San Pedro de Atacama - Taltal
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523 km percorrido no 8º dia. |
Dia de rodar. O pessoal saiu bem cedo com destino a Chañaral, onde dormiriam para depois seguirem até La Serena. Nós havíamos programado passar a noite em Taltal, para dormirmos no Hotel Plaza e podermos reencontrar a Mariele e o Mohamed, que nos receberam com tanto carinho quando estivemos lá em 2009. Decidimos não avisar que estávamos indo para poder fazer uma surpresa.
A viagem pelo deserto é muito linda, eu até pensei em passar em Antofagasta, para conhecer, mas como saímos tarde não tínhamos muito tempo disponível e seguimos direto para Taltal. Fizemos duas paradas para abastecimento e no final da tarde estávamos chegando lá.
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A estrada na saída de San Pedro é simplesmente linda. |
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Eu sempre cuidando do meu amor que vinha atrás, me seguindo sempre com muita eficiencia. |
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É impossível registrar em uma foto essas paisagens. |
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A Bê tirando lindas fotos também. |
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Notamos que muitos aerogeradores apareceram na região. Taltal evoluiu muito com eles. |
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Na beira da estrada eles continuam cultuando as capelas em homenagem àqueles que faleceram em acidentes. |
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Passagem por Calama. |
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Casal de São Paulo com quem almoçamos em um posto em Calama. |
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Pensa numa motociclista que mantém a determinação e o prazer de pilotar. Está aí, logo atrás de mim! |
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No principal acessório da minha moto sempre vendo a minha amada Bê. |
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Encontramos capelas de todos os tipos, algumas até mesmo com quintal cercado. Hehehe. |
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Parada estratégica para uma água espantando o sono. Carinha mais linda! |
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Um dos principais Monumentos no deserto é "La Mano del Deserto". |
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Nossas meninas ficaram muito bem na foto. |
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Todos nós juntos também! |
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Indicação de entrada na Ruta 5 para a Ruta 1, trevo para Taltal. |
Fomos a Taltal para reencontrar a Mariele e o Mohamed, que haviam nos recebido muito bem da primeira vez que fizemos a viagem pelo Atacama em 2009. Acabamos passando a virada de Ano junto com eles e a convite deles. Por esse motivo gostaríamos de voltar a encontrá-los.
Quando chegamos lá, estacionamos em frente ao Hotel Plaza, que ainda estava pintado de azul e branco e batemos várias vezes até que ouvimos uma criança do lado de dentro e um senhor, de meia idade, veio abrir a porta. Nos apresentamos dizendo como conhecemos a Mariele e o Mohamed e ele nos informou que infelizmente o hotel estava fechado e que eles estavam de férias em Santiago.
Poxa! Que pena. Mas também nem havíamos avisado que iríamos. Que pena, vamos ter que voltar ao deserto para vê-los. Quem sabe no futuro pode ser que voltemos a ter a satisfação de encontrar gente tão boa como eles.
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Nós em frente ao Hotel Plaza em Taltal. Pena que os donos estavam de férias em Santiago. |
Uma vez que não pudemos ficar lá no Hotel Plaza, acabamos indo até um outro hotel que na época já existia também e fica localizado bem em frente ao mar, a Cristal Hosteria - Taltal.
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Paisagem da janela do nosso hotel. |
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Taltal é muito linda e tranquila. |
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Fomos caminhando até o Costa Traviesa Restaurante, localizado no início da orla. |
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Sempre se come muito bem no Chile. Principalmente frutos do mar. |
Tivemos um dia muito bom. Rodamos bem pelo deserto e depois chegamos em Taltal, encontrando, seis anos depois, uma cidade muito mais evoluída do que aquela que conhecemos. Infelizmente com muito mais pobreza também.
Taltal foi cenário de uma catástrofe quando, alguns meses atrás, houve uma enchente terrível na região do deserto. Tudo coisa provocada pelo El Niño que altera muito o clima. Como houve uma enchente muito grande que destruiu muito a cidade, o governo investiu em reservatórios enormes segidos de vertedores, para controle de cheias. Mesmo considerando que as chuvas não caem com frequência, pois chove a cada 20 anos no deserto mais seco do mundo, ainda assim o governo investiu e as construções já estavam prontas em menos 4 ou 5 meses.
DIA 9 - 27/12/2015 - Trecho Taltal - La Serena
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Trecho de deserto percorrido no nosso 9º dia de viagem. |
Amanheceu completamente nublado e com o teto muito baixo. A gente demora a crer que está no deserto onde não chove nunca, mas o céu se apresenta tão nublado como se estivéssemos em uma semana de chuvas em Curitiba.
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O dia amanheceu completamente nublado. |
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Um pulinha na beira da praia, onde tomamos o nosso café da manhã. |
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Pousada em que ficamos bem na frente do mar. |
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Não poderia faltar uma foto na entrada da cidade. |
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Parte das obras contra enchentes que foram executadas em Taltal, poucos meses depois da enchente. |
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Nubladíssimo e desértico! |
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Com o avançar do dia o céu foi ficando azul. |
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Sistemas de iluminação com energia solar e a placa indicando Altamira, só que essa não é no Pará. |
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Como eu gosto dessa paisagem e sinto saudades dela! Quando voltamos a nos aproximar da costa, nublou novamente. |
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Posto onde paramos no caminho para tomar um café. Muito 10! |
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As paisagens da costa do Pacífico são muito bonitas e diferentes das do Atlantico. Muitas pedras. |
As paisagens ao longo da costa do Pacífico são muito lindas.
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Que tal? Pode isso? |
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O caminho foi muito cheio de diferentes paisagens, umas mais lindas que as outras. |
No final do dia chegamos em La Serena e seguimos pela avenida até o farol da praia, no começo da avenida costaneira. Cheguei pensar que era o mesmo hotel onde tínhamos ficado da vez anterior, pois passamos em frente ao mesmo e o GPS indicava que era próximo. Passamos na frente do Hotel Mar Ensueño e, um pouco adiante, estava o Hotel Club La Serena, onde ficamos.
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Hotel Club La Serena - Um lugar super agradável em frente à praia, mas pensa num mar gelado! Hehehe. |
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Vista do nosso quarto em La Serena. |
Muito elegante o Hotel Club La Serena.
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Novamente o tempo nublado em um lugar que não chove. |
O vento que vem do mar em La Serena é muito frio e o vento que sopra do mar também é muito gelado. O céu fica nublado possivelmente devido à inversão térmica. De qualquer forma, La Serena é uma cidade muito agradável.
Nos instalamos e descemos para jantar. Acabamos ficando no hotel mesmo, pois tinha um bom restaurante anexo ao mesmo. Tomamos um aperitivo de Pisco Sour chileno. Muito bom também, embora diferente do peruano que derruba muito mais rápido. Hehe.
Jantamos no Hotel, mas em um excelente local - Alto del Carmen - Brisa Restaurant.
DIA 10 - 28/12/2015 - La Serena
O Hotel Club é muito bom. Gostamos de tudo, desde a garagem até tudo o resto.
Saímos perto das 11 da manhã para encontrarmos o pessoal que estava na casa onde o Tiago, irmão do Guilherme, que é professor da Universidade Federal em Aracaju, esteve morando por um ano, trabalhando no observatório. A casa era localizada em um condomínio fechado próximo da Universidade.
Imagens do Hotel Club La Serena.
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A área da piscina do hotel era bem atraente. Pena que não tivemos um tempo para desfrutar dela. |
Como o Guilherme tinha colocado a localização dele no WhatsApp, coloquei a localização no GPS e resolvemos que iríamos encontrar ele na casa do Tiago.
Saímos e fomos muito bem, até que chegamos em um local muito alto da cidade, onde não tinha como chegar na casa dele pois estava atrás de um muro da Universidade. Não parecia fácil encontrar a entrada. Subimos e descemos a rua um porção de vezes e nada. Até que decidi subir por uma rua ao lado da Universidade, por pura falta de opção e acabamos chegando a uma portaria. Perguntei ao porteiro e ela mesmo lá. Hehehe. Demos sorte.
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Encontramos a casa do Tiago e todo o pessoal estava lá. |
Depois de algum tempo e algum atraso nós finalmente saímos. Acho que o pessoal havia ido atrás de casa de câmbio para trocar dinheiro e acabou demorando um pouco mais do que o planejado.
Saímos pela 5 em direção a Santiago e rodamos alguns quilômetros, para chegar em um Condomínio simplesmente maravilhoso. Pena que o restaurante não estava funcionando naquele dia. Mas ainda assim, entramos para passear por lá e pudemos ver o tamanho do empreendimento, com casa, apartamentos e tudo o mais.
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Condomínio maravilhoso, em Totoralillo, uma verdadeira cidade, onde o Tiago nos levou. |
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A turma toda na beira da baía. |
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O lugar é de tirar o fôlego mesmo. |
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A Bê a Maria Rita e Bete. Mulheres lindas! |
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Algumas das casas do condomínio, localizadas na orla da baía. |
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Na avenida que sai do Condomínio. Ao fundo se vê alguns dos prédios. |
Ao final não conseguimos mesmo almoçar lá no Condomínio e o Tiago nos levou a um outro restaurante. Muito simples mas muito bom. Lugares onde realmente somente quem mora no lugar poderia encontrar. Valeu muito a pena pois eu e a Bê comemos machas cruas, temperadas como se fosse ceviche e estava mesmo muito bom.
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Estacionando as motos na frente do restaurante. |
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Mario Restaurant, onde o Thiago nos levou para almoçar. |
Boa cerveja em boa companhia. O garçon nos ajudou temperando as Machas cruas que ficaram.
Depois do almoço saímos passeando pela orla em Coquimbo e fomos até o Forte, ou Faro Punta Tortuga, que protegia a entrada da baía e o Porto de Coquimbo. O pessoal que mora em Coquimbo considera que La Serena não é nada, porque não tem porto, La Serena é uma cidade turística apenas.
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Depois do almoço saímos por um passeio pela orla de Coquimbo, ao lado de La Serena. |
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Lindo Monumento - Escultura Plaza Barrio Ingles. |
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Casal Poeta. Bons companheiros. |
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Visita ao Forte de Coquimbo, localizado na entrada da Baía que leva ao Porto. |
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Estar lá e poder curtir a paisagem é uma dádiva que ganhamos de presente. |
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Só não puxou o gatilho porque estava muito feliz! Hahaha. |
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Bê, Léia, Juliana, Alice e Bete. |
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Muitas aves do mar vivem nessas pedras. Pareciam cormorões, gaivotas e muitos pelicanos. |
Seguimos ao longo de toda a orla da praia desde o Forte de Coquimbo até o Farol Monumental de La Serena.
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O pessoal foi para casa e nós fomos ao Shopping para ver se encontrávamos um chip para o celular. Mas naquele Shopping só café mesmo. |
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Fomos jantar no restaurante Peruano Sabor Limeño que o Thiago conhecia. Ele era o nosso cicerone em La Serena. |
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Excelente o restaurante Peruano Sabor Limeño, na Av. Balmaceda em La Serena |
O Pisco peruano e um drink e o ceviche peruano. Uma delícia de deixar saudades.
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Faltou documentar o polvo mas eu comi um cordeiro com creme de batata. Delícia! |
DIA 11 - 29/12/2015 - La Serena
Café da manhã no dia seguinte. A Bê estava com uma carinha muito boa, muito animada com as possibilidade de mais um dia de passeios. Hoje deveríamos ir visitar umas vinícolas e passear por lugares diferentes que somente poderíamos conhecer juntamente com o Tiago, morador do local, ao menos por algum tempo.
Depois saímos em direção à casa do Tiago para nos encontrarmos com o pessoal e sairmos para o passeio. Quando tem muita gente é bem complicado conseguir sair de casa, então depois que chegamos lá acabou que ainda ficamos esperando um bocadinho, mas não tinha problema porque afinal de contas estávamos passeando mesmo.
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A Bê no café da manhã. Hotel Club La Serena. |
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Vista da cidade a partir dos fundos da casa do Tiago. |
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A construção das casas da vila do observatório são em estilo americano, embora não difira muito do padrão Chileno. |
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E aí Juliana! O desejo se manifestando! Coisa boa! |
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Partimos pela Ruta 5. |
Saímos em direção ao Sul pelo Ruta 5 e seguimos por muitos quilômetros até Socos, onde tem o acesso para Ovalle, pela Ruta 45. Pagamos o pedágio assim que entramos na estrada e seguimos pelo asfalto até um ponto de ônibus, onde entramos para a esquerda e uma estrada vicinal de terra, a D-561 até a Villa Barraza.
A estrada de acesso foi um tanto desafiadora, no sentido de que é uma forte descida, com muitas curvas e o piso é de rípio com muitas pedras soltas e areia, entretanto com os devidos cuidados, nenhuma das motos encontrou problemas para ir até lá embaixo. A Bê, com que eu tinha alguma preocupação, é claro que nem sei porque, desceu super bem e os demais também.
O lugarejo é muito bonito com a Igreja N. Sra. de Barraza, em uma praça relativamente bem urbanizada para o tamanho da localidade. Parece ter feiras de artesanato ou de produtos coloniais no local, devido à presença de armações simples de barracas. O local onde fomos almoçar se chama Cabildo Abierto.
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Caminho para Barraza. Rípio, no trecho mais plano. |
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Restaurante onde almoçamos. Muito bom. |
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O Cabildo Abierto é um tipo de restaurante misturado com galeria de arte. De motivo Andino. |
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Um lugar muito aconchegante. |
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Juliana, Diogo, Adroaldo, Júlio, Juliana, Bê, Poeta, Guilherme e Tiago, nosso guia da Fat Boy. |
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Tem horas que todo herói se entrega. Momento de recarga! |
O Interior da Igreja de N. Sra. de Barraza.
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Igreja N. Sra. Barraza na Praça central de Barraza. A Bê foi agradecer a Deus pelos nossos prazeres abençoados! |
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Quanta saudades essas fotos trazem! |
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O início da subida de rípio para sair de Barraza. Um lugar de certo risco mas todos fomos muito bem. |
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A Bê quando chegou lá em cima. |
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Fizemos uma pequena festa pois o importante é a gente aprender a valorizar as pequenas vitórias. |
Saímos da estrada de terra e retornamos à Ruta 45 e seguimos em frente por ela até a via D-589, na entrada para a Vinícola Tabali, onde o acesso era muito melhor que os anteriores, entretanto, antes de entrarmos no acesso correto, o Tiago ainda nos reservaria uma surpresinha. Entramos no acesso errado e acabamos caindo em uma estrada muito pior que a anterior e acabamos chegando em uma descida, também muito pior que a anterior e, quando chegamos lá não tinha como retornar pois a descida não nos permitiria fazer a volta sem muita luta.
Ali, acredito que todos xingaram o Tiago. Hahahaha. Foi muito bom para que a gente visse que o acesso anterior era ótimo, pois esse era de matar. Ao final acabou que deu certo, mas teve gente que passou mal, porque tem fobia de altura e coisa foi mesmo punk. Hahaha.
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Acesso à Vinícola Tabali. |
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Na Vinícola Tabali. As visitas estavam ecerradas mas a loja estava aberta. |
Eu nunca tinha ouvido falar da vinícola Tabali e ficamos muito bem impressionados com o que vimos. Compramos 3 garafas de vinho e levamos todas para o Sadir, sendo que um branco e um tinto, bons, levamos e acabamos consumindo, mas o melhor que eles tem na bodega, que é um vinho de guarda, levamos para ele guardar na adega para uma ocasião especial.
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A vinícola Tabali é muito agradável. Pena que não conseguimos chegar a tempo de realizar a visita guiada, mas ao menos a loja estava aberta e pude comprar umas garrafas de vinho para o Sadir. |
DIA 12 - 30/12/2015 - Trecho La Serena - Santiago
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Trecho percorrido até Santiago - 476km. |
Tudo o que é bom acaba, a diferença é que passa mais rápido do que as demais coisas. Assim chegou o dia em que seguiríamos em frente. Destino Santiago, onde levaríamos a moto da Bê para fazer a revisão dos 24.000 km e passar o Ano Novo junto com a família dos nossos queridos amigos Sadir e Joyce.
O dia amanheceu muito fechado, com o teto absolutamente baixo, considerando que se trata de uma região desértica, isso é realmente muito estranho. Neste dia chegou até mesmo a aparecer alguma umidade maior, quase uma garoa, mas nem tanto.
Levamos todas as bagagens na moto e fechamos a conta do hotel antes de entrarmos no salão do café. Tomamos nosso café e nos mandamos para a estrada que estava muito tranquila ao longo de todo o caminho praticamente.
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Paisagem da janela do nosso Hotel em La Serena. |
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O farol Monumental de La Serena. |
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A avenida Francisco de Aguirre, saindo de La Serena. Adornada com belas palmeiras. |
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Ao longo do caminho, as costas do Pacífico, simplesmente lindas. |
Conforme a gente ia se aproximando de Santiago o movimento ia aumentando.
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As estradas chamam para rodar. |
Fomos muito bem até Santiago, quando fomos entrando na região urbana, embora o GPS tenha indicado um caminho mais periférico para chegar até a loja da HD, o trânsito foi ficando insuportável. Demoramos mais de meia hora, mesmo de moto, para conseguir andar poucos quilômetros até chegar na loja. A pior parte é que estava quente e isso acaba desgastando um pouco a gente.
Chegamos na loja e a mesma ainda estava fechada para o almoço. Tinha um grupo de três brasileiros parados na frente da loja esperando que a mesma abrisse. Ficamos por ali de papo e hoje me arrependo de não ter ido até a loja das bicicletas Edoardo Bianchi, que ficava a umas 2 quadras de distância da HD, na mesma avenida Padre Hurtado Norte, em Vitacura.
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Muito movimento em Santiago no dia 30 de Dezembro. |
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Nós na Loja da HD em Santiago. |
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Nós no café da loja da HD. Bem gostoso. |
A Road Glide é uma senhora motocicleta. Pena que ainda não tem no Brasil. Mas é mais cara que a Ultra Glide.
Compramos uma jaqueta ventilada muito bonita para a Bê, assim pudemos trazer uma boa lembrança dessa viagem. Pedi para dar uma olhada no filtro de ar da minha moto para ver se estava muito cheio de pó e estava limpo e poderia seguir viagem sem problemas.
A Bê subiu na minha garupa e com o endereço da casa do Sadir no GPS, sendo que eu tive que procurar no mapa do GPS e marcar o lugar no mapa o que só foi possível graças ao fato de eu ter visto antes no mapa da cidade a região e o tipo de arruamento onde estava o condomínio dele.
Saímos enfrentando um trânsito forte na região mais urbana e depois que fomos nos afastando foi ficando muito mais tranquilo. Assim, chegamos facilmente no Condomínio onde eles moram. A Joyce já havia deixado avisado que nós chegaríamos e nos deixaram entrar com relativa facilidade.
Chegamos na casa do Sadir e da Joyce.
O Ryan é muito querido. O pôr do sol é muito especial.
Quando chegamos na rua da casa dela, ela, a Carolina e o Ryan estavam lá fora esperando. O Ryan, que tem 2 aninhos, é apaixonado por motos, mas acabou se assustando porque a minha moto é grande demais. Fizemos uma grande festa com o reencontro. Gostamos muito dessa família.
Não demorou muito e o Sadir chegou de Antofagasta onde se encontra trabalhando durante os dias de semana. E foi outra festa. Tomamos um banho e trocamos de roupas, pois as roupas de estrada são muito incômodas, principalmente quando está calor, embora em Santiago à noite as temperaturas baixem bem e com o vento acaba ficando frio.
DIA 13 - 31/12/2015 - Santiago
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No Borderio em Santiago. |
Depois do almoço fomos ao supermercado para comprar as coisas para o almoço do dia primeiro. O Sadir iria fazer um prato especial de frutos do mar para o almoço e eu fiquei de fazer um camarão para a janta.
Os frutos do mar que vimos no supermerdado eram espetaculares. Mariscos, Vongolis e Ostiones maravilhosos.
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Nossa turma na passagem do ano. Essa com o Ahmed! |
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Nossa ceia de Ano Novo. Preparada com carinho para nós. Essa com a Bê! |
Nossa ceia de Ano Novo foi com comidas árabes. Uma delícia. Tudo muito gostoso. O mafufos foram feitos em casa.
DIA 14 - 01/01/2016 - Santiago
Primeiro dia do ano de 2016. Que coisa, novamente nós estávamos vivendo um primeiro dia de ano, no meu caso o 60º ano novo e olha que ainda não me cansei deles, me sinto pronto para muitos mais. Hehehe.
Passamos um dia de preguiça à beira da piscina. Comendo e bebendo como doidos. Começamos muito bem o ano. Até que depois de algumas horas todos acabaram cansados e indo dormir, menos alguns, eu e a Bê também não fomos dormir.
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Melissa, Ahmed, Carolina, Sadir, Joyce, Bê e eu. |
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Passamos um dia de preguiça e divertido à beira da piscina. |
A água da piscina estava muito gelada, pois em Santiago a água é sempre gelada. Mas até que deu para ficar na piscina e ainda por cima, com muito prazer. O dia estava muito quente.
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Brindando o novo ano com o Ryan. |
Trabalho infantil! Que querido esse pequeno Mínion que falava muitos idiomas misturados.
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O Ryan argumentando sobre seus pensamentos. |
O Ryan é uma criança muito querida e cheia de amor. Um verdadeiro Mínion apaixonante!
Ao final do dia, nós decidimos que era a hora de fazer um almojanta. O Sadir fez o côngrio com vinho branco e mariscos na concha como machas, vôngolis entre outros. Ficou uma delícia.
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Os cozinheiros fazendo o seu melhor. |
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Vejam que delícia ficou o peixe que o Sadir fez. além de uma apresentação maravilhosa! |
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Esse foi o camarão no creme de abacaxi, gratinado. |
Eu também acabei indo para a cozinha, com o acompanhamento próximo da Joyce, que queria aprender a receita e acompanhou tudo de perto. Eu fiz um camarão no creme de abacaxi, com pedaços de abacaxi gratinado ao forno. Também ficou muito bom.
Jantamos muito bem e depois papeamos um pouco mais e chegou a hora de irmos dormir. No sábado, dia seguinte, iríamos embora, cruzando novamente os Andes através do Paso de Los Libertadores, ou Cristo Redentor. O Ahmed, Carolina e Ryan, também iriam embora para Antofagasta no dia seguinte às 14h00, de avião.
DIA 15 - 02/01/2016 - Trecho Santiago - Mendoza
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Trecho de Santiago a Mendoza - 365km de pura emoção! |
Não levantamos cedo, devia ser umas 9h00 quando descemos para o café da manhã e saímos, acho que deviam ser 10h00 da manhã.
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Sadir curtindo a moto da Bê com o Ryan que ficou com meda da minha moto porque era muito grande. Hahaha! |
Saímos do Paseo Los Bravos, seguimos em direção a Chicureo até a Ruta 57 e depois a 60, já em Los Andes e tomamos a direção do Paso Los Libertadores.
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A passagem de uma serra torna a chegada em Chicureo muito especial. |
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A caminho de uma nova grande aventura que é cruzar os Andes. |
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Chegando no entroncamento com a Ruta 60 em Los Andes. |
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O Cassino é muito bem estruturado pelo que parece. Como sempre, aliás! |
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O painel da minha moto, com os 2 GPS's funcionando. Até que o da HD funciona bem por lá. |
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Eu também fui de moto e a Bê fotografando enquanto pilota. É mole? |
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Dá para ver o quanto ela estava triste. |
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A Bê se tornando uma motociclista adulta. |
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O caminho é simplesmente maravilhoso. |
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Usina hidrelétrica do caminho. |
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Uma da duas usinas hidrelétricas existentes no caminho. |
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A Bê em um mirante no caminho. |
No início da subida, pouco antes do Posto dos Carabineros, num local denominado
Guardia Vieja - Los Andes, do lado direito da pista, paramos para comer uma empanada em um local que o PHD Chico nos havia indicado. Nos surpreendemos com as melhores empanadas que já comemos. Uma delícia. De hoje em diante o endereço passa a fazer parte do itinerário, todas as vezes que passarmos pela região.
O endereço GPS é: 32º54'10,6"S; 70º15'58,1"W. Quem quiser provar, pode ir que é bom mesmo, pena que fica a exatos 2.669km da minha casa. Hehe.
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Local onde comemos a melhor empanado do Chile. |
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Aproveitamos para tirar uma foto com as proprietárias do local. Gente muito boa as amigas do PHD Chico. |
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Veja que encontramos em um quadro na parede uma foto com o PHD Chico. |
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Essas foram disparado as melhores empanadas de carne que já comemos. Sinto muitas saudades quando vejo essa foto! Hahaha. |
A partir do Restaurante onde comemos as empanadas, teríamos apenas 37km até a fronteira com a Argentina, um trecho super curto. Antes da fronteira, ainda teríamos a principal atração do trajeto, que são os Caracoles e o Hotel Portillo. De repente já estávamos subindo os Caracoles. Foi muito mágico isso! Nós o reconhecemos pelas placas indicando o número de cada uma das curvas.
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Um dos túneis de proteção contra avalanches, construído para proteger a rodovia no inverno. |
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Meu amor mandando ver Andes acima. |
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Os caracoles. Foto emprestada do Guilherme, tirada no dia seguinte. |
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A Bê realmente estava em êxtase, também essa realização não é pouca coisa. |
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Somos nós na fita! |
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Nossas meninas ficam muito bem na foto em qualquer lugar do planeta. |
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Se espalhar é importante. |
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Aí está uma das mais lindas e procuradas paisagens dos motociclistas da América do Sul. |
Logo depois dos Caracoles chegamos ao Hotel Portillo que esconde um lindo lago atrás do mesmo, entretanto dessa vez o lago estava com uma coloração menos abundante, quase que nem chamando a atenção, muito diferentemente do que vimos das outras vezes que passamos por lá. Outra mudança é que muitas construções novas apareceram no lugar e uma pessoa menos avisada facilmente passaria batido sem ver o local.
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Portillo é um lugar quase junto à fronteira. Lindo o hotel! |
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Eis o lago em Portillo. Nesse ano de cor mais normal. |
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Meu amor tem o direito de fazer quais poses quiser. |
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Realmente nesse ano a cor do lago estava muito pior. |
Logo em seguida chegamos à a Los Libertadores, controle Fronteiriço de quem entra no Chile, onde aproveitei para trocar os meus Pesos Chilenos por Argentinos. O controle para quem vai para a Argentina fica localizado quase 19km à frente, depois de cruzar pelo Túnel Cristo Redentor, em um local chamado Horcones. Para nossa sorte as filas eram menores. Ali encontramos 3 motociclistas viajando de Big Trail, também se Santa Catarina, que viajavam desacompanhados e ficamos junto com eles na fila conversando sobre as aventuras da viagem.
Um deles teve que trocar a corrente e o pinhão do sistema de transmissão em Los Andes, mas o problema foi que ele não tinha trazido uma coroa e também teve que troca-la. Disse que conseguiu encontrar uma coroa em uma loja de motos em Los Andes, mas que não conseguiu nenhum mecânico para fazer o serviço e teve que meter a mão na massa. O outro comentou comigo que comprou o kit para substituir a corrente por correia, como as da Harley. Aí é que vemos as vantagens de andarmos com correias, pois ter que estar engraxando, lavando, cuidando com o desgaste excessivo provocado pela areia do deserto. Com correia não temos que nos preocupar com isso.
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A fila da Aduana era muito grande para quem queria ir para o Chile. |
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Foram alguns quilômetros de filas. |
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Esse cobertizo Biderecional acabou de ficar pronto. O Barrazal e a Priscila caíram nesse lugar, passando pelo desvio do lado de fora do cobertizo de vido a gelo negro no chão. |
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Uma senhora obra. |
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Entrada do Tunel Cristo Redentor, onde tem a fronteira com a Argentina. |
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Estranhamente, nesse ano estava muito mais frio do que do lado Chileno. |
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A ferrovia continua abandonada ao longo do caminho. |
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Uma grande enxurrada na estrada. Acho que foi esse problema que fechou a estrada alguns dias antes da nossa passagem. |
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O estado da ferrovia é lastimável. |
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As paisagens são maravilhosas. |
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As balisas que indicam onde está a rodovia quando caem nevascas grandes. |
Depois que cruzamos o Túnel Cristo Redentor, tem um controle Policial da Argentina onde nos entregam um pedaço de papel com a indicação de que é uma moto. Como estávamos em duas motos o rapaz perguntou se estávamos juntos, disse que sim e ele me entregou duas folhinhas. Uma para cada moto. Guardei no bolso da jaqueta, pois sabemos que temos que apresentar o papel e sem ele nada de migração.
Depois de uma longa fila, entreguei para a Bê o papelzinho dela e fizemos a parte documental. O problema foi que ela rasgou o papel. O rapaz do Chile carimbou a minha saída e passou o meu passaporte para o funcionário da Argentina bem na hora que a Bê rasgou o papel e perguntamos como a gente teria que proceder. Aí mandaram ela até um outro guichê onde o rapaz poderia resolver o problema dela.
Claro que ele deu uma cantada nela, querendo ir de carona na moto, etc. Mas o cara acabou entregando um outro papel para ela e tudo correu como previsto. O problema é que nessa distração, eu não conferi os carimbos do passaporte. Adivinha o que aconteceu? Quando chegamos na saída da Argentina onde estava o carimbo da minha entrada na Argentina no dia 02 de Janeiro? Em lugar nenhum. Que coisa! Foi uma novela para resolver.
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Los Penitentes. |
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Perguntei para a Bê se ela queria para para um café em Los Penitantes. Seguimos em frente. |
Logo depois de Los Penitentes vi que tinha um carro caído no talude da estrada com as luzes ainda apesar. Parei para ver se precisavam de ajuda, sendo que surpreendentemente o carro parou ali no meio, em uma pedra grande. Mas não ter capotado foi mesmo surpreendente. Aí, um senhor que estava em um carro do outro lado da estrada veio caminhando e dizendo que se tratava do filho dele e que ele tinha ido até a polícia para fazer os trâmites. Achei que fosse verdade e seguimos em frente. Nessa hora já tinha mais gente parando para ajudar e nós seguimos em frente.
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A Bê fica muito linda na moto. Senta como uma criança brincando de lego no chão. Com as costas retinhas! |
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Falésias ao longo do vale. |
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A paisagem é indescritível. |
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Sempre cuidando que a Bê estava me seguindo. |
Chegando em Mendoza, fomos diretamente até o Hotel Crillón, localizado na Avenida Perú, quase na esquina com a Sarmiento. Nos instalamos no hotel e perguntamos na recepção do hotel se o restaurante que tinha na esquina era bom e se tinha parrilla. A funcionária do hotel nos recomendou muito o local.
Tomamos um banho, trocamos as roupas e saímos para jantar. Resolvemos que iríamos na churrascaria da esquina mesmo. Qual foi a nossa surpresa ao ver que estávamos na Sarmiento e que já tínhamos ido no restaurante da esquina que era o Estancia La Florencia, assim como em vários outros restaurantes localizados naquela região. Comemos um bife de chorizo maravilhoso, tanto que retornamos várias vezes ali para repetir a dose. Claro que a morcilla fez parte do cardápio também, pois a Bê nunca dispensa.
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Jantando no Estancia La Florencia, na esquina da Perú com a Sarmiento. Tristeza esperando pelo bife de chorizo! Hehe. |
DIA 16 - 03/01/2016 - Mendoza
Na manhã seguinte eu acordei um pouco antes da 8h00, fui a banheiro e voltei para a cama. A Bê dormia como uma criança. Fiquei ali abraçado nela e de repente senti um tranco na cama. Pareci que ela tinha dado um pulo na cama, mas não tinha se mexido. A janela fez muito barulho também.
Fiquei alguns minutos pensando naquilo até que me toquei que onde estávamos existem tremores. Peguei o celular e busquei pelo assunto na internet. Encontrei o site do Instituto Nacional de Previsões Sísmicas e lá estava o tremor que eu tinha sentido. Fiquei impressionado que a magnitude foi 5, pois já é um tremor importante. Mas foi apenas um e muito rápido.
A Bê não viu nada, pois estava dormindo e continuou dormindo. No café da manhã, quis confirmar com os funcionários do Hotel se havia mesmo tido um termos (temblor) pela manhã e a moça me respondeu que sim. Que havia sido forte e que isso fazia parte das atrações turísticas da região. Hehehe.
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Nós encontramos a Dolli também. Hehehe. Mas ela não lembrou da gente. Que tristeza! |
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Tinham uns tipos estranhos também. Parecem tão caminhos... |
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Ao lado do Aquário estava rolando uma apresentação de um teatro de bonecos. Os argentinos são muito ligados em arte. Isso é uma boa característica da cultura desse povo. |
O pessoal todo curtindo o final de domingo no Parque Central de Mendoza.
Passeamos o dia todo por Mendoza, eu e a Bê, sem pressa. Tomamos sorvete, fomos ao Aquário Municipal, buscamos pelo Museu de Arte Moderna e estavam arrumando uma nova exposição. Passeamos à pé e de moto também, na parte da tarde.
Aproveitamos para colocar as motos na garagem do hotel, que ficariam mais protegidas sob a cobertura do prédio do hotel. Ao final do dia, retornamos ao hotel para tomar um banho e jantar.
O pessoal nos informou que haviam chegado e que estavam em um restaurante na peatonal, dissemos que iríamos até nos encontrarmos com eles, mas como iríamos caminhando eles poderiam pedir o que fossem jantar que chegaríamos na sequência.
Quando chegamos estes estavam jantando pizza e, como não tinha parrilla no local, decidimos somente tomar uma cerveja e água. Depois que eles foram para o hotel para dormir, nós descemos caminhando até a esquina do nosso hotel onde jantamos novamente na esquina do nosso hotel.
Enquanto aguardávamos pela nossa comida, vimos o Diogo e a Juliana descendo pelas escadas, pois haviam vindo jantar ali. Conversamos um pouco e eles foram embora caminhando para o hotel deles.
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Depois o pessoal informou pelo WhatsApp que haviam chegado em Mendoza e nós fomos caminhando encontrar com eles na Peatonal. Sempre maravilhoso encontrar gente tão boa no caminho. |
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Na janta demos uma aliviada, comemos milanesa de carne. Muito boas as milanesas argentinas. |
DIA 17 - 04/01/2016 - Mendoza
A Bê tinha a intenção de fazer a tal da degustação de azeite, que eu achei muito estranho mas, em 2011, o pessoal que foi com a gente em um grupo grande, acabou indo na Família Zuccardi e voltaram falando muito bem da visita. Logo, decidimos que dessa vez iríamos conhecer. O pessoal, acertadamente foi fazer um cititur, que é muito necessário para quem quer conhecer um lugar quando se vai pela primeira vez.
Dessa forma saímos sozinhos, eu e a Bê, com as nossas motos, para conhecer o local e, quem sabe, até mesmo outras vinícolas. Nossa intensão era fazer a visita guiada e depois almoçar lá, no dia anterior, que era domingo, tentamos fazer uma reserva, mas infelizmente com tão pouca antecedência, não foi possível, assim, fizemos a visita e tivemos que sair para almoçar e ir visitar outras bodegas.
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No estacionamento da Família Zuccardi. |
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Na entrada da Bodega. |
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A Romina explicando como funciona a máquina que tira as uvas dos cachos. |
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Os salões onde o vinho envelhece. Umidade e temperatura controlados. |
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Os vinhos que degustamos. |
Ainda nos informaram que existem os vinhos de guarda e os vinhos jovens, que não se prestam para a guarda, ou seja, aqueles que precisam ser consumidos em até 3 ou 4 anos. O que não aprendi foi como reconhecer um ou outro. Um dos maiores indicadores é o preço.
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Local onde paramos para comer uma milanesa de carne. |
Saímos da Família Zuccardi sem conseguirmos almoçar e na região não tinha restaurantes. Peguei as coordenadas da Chandon no GPS e seguimos. Como não entramos na cidade de Mendoza, passando por fora, paramos em um posto para perguntar onde poderíamos almoçar e eles nos indicaram o El Portuguez. Dizendo que a comida ali era simples mas muito boa.
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No interior do Restaurante El Portuguez. |
Depois do almoço seguimos em diante até a vinícola Catena Zapata. O lugar é simplesmente lindo e muito bem arrumado, mas o segurança não nos deixou entrar porque os horários de visita se encerravam antes das 5 da tarde. Que pena.
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Na entrada da Vinícola Catena Zapata. |
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As instalações da Catena Zapata são inacreditáveis. Simplesmente espetacular. |
No caminho da Catena Zapata, passamos em frente à Chandon e na volta decidimos parar para conhecer, nem que minimamente, entretanto na esperança de conseguir realizar uma visita.
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A Bê na brita solta da entrada da Bodega Chandon. |
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O local de recepção de visitantes da Bodega Chandon tem um jardim muito bonito. |
Na verdade a entrada das vinícolas não é para coxinhas não, pois em muitos dos locais haviam pedras soltas, ou brita fofa. Para tocar a moto ali tem que ter um pouco de geito. A Bê não se apertou, de onde tiro que ela é mesmo uma Harleyra.
Foi um dia muito gostoso, passeamos bastante e retornamos para Mendoza no final do dia, tomamos um banho e fomos novamente na esquina para comer um bife de chorizo, pois seria o nosso último da viagem em Mendoza.
DIA 18 - 05/01/2016 - Trecho Mendoza - Junín
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Dia de voltar para o lado do Atlântico. Mendoza - Junín - 785 km. |
Durante a noite acordei com o trovejar muito forte em cima de nós, à duas da madrugada. Estranho pois Mendoza é uma cidade de clima desértico, tanto que é boa para a produção de vinhos. Dia seguinte acordamos cedo, lá pelas 9h00 e descemos para o café da manhã quando já estava na hora de encerrar o café às 10h00.
Qual foi a nossa surpresa quando saímos do elevador e olhamos para um terraço que tem na cobertura do prédio do Hotel, olhando para fora vimos que caía uma chuva daquelas. Fiquei surpreso, pois o céu estava completamente fechado e chovia como se fosse aqui. Teríamos que colocar nossos impermeáveis para sair caso ainda estivesse chovendo na hora de sairmos, pois foi o aconteceu. Saímos de Mendoza com chuva. Tanto que no caminho muitas estradas vicinais e fazendas haviam se transformado em um lago.
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Nós nos preparando para sairmos da garagem do hotel, com as roupas impermeáveis. |
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Rodamos pouco e já não estava mais chovendo. O que foi muito bom. |
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O céu muito fechado e a estrada seca. Temperaturas muito amenas também, nesse estranho ano de El Niño. |
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Lagoas do caminho. |
Nesse dia rodamos muito, pois cruzamos de Mendoza até praticamente Buenos Aires. Praticamente cruzando a América naquela latitude.
Pudemos notar que ao longo do caminho as fazendo estão se adaptando rapidamente para a agricultura extensiva de soja e milho, principalmente. A quantidade de fazendas de gado hoje são menores que as de agricultura. Ao menos foi o que pudemos ver ao longo dos caminhos por onde passamos.
A nossa chegada em Junín foi bem interessante, pois a cidade é muito grande. Não uma vila como a gente normalmente fica hospedado quando em paradas intermediárias. O que foi mais interessante é que usando o GPS com coordenadas, sempre se chega em frente ao local que se procura.
Quando chegamos na frente, não vimos nada. somente casas dos doi lados. Acabamos dando a volta na quadra e aí sim vimos que tinha um lugar. Hehehe. Estacionamos em frente e tocamos a campainha. Depois de alguns toques apareceu uma moça que se disse hóspede e perguntando o que queríamos. Oras, somos hóspedes. Ela nos indicou para ligar a um telefone que estava em um cartão colado no vidro da porta.
Eu comecei a achar muito ruim isso tudo. Falei para a moça: "- Mas como pode isso? Nós somos estrangeiros e não tenho um telefone que funcione aqui na Argentina. Como faço para ligar? Terei que usar o telefone da pousada para ligar."
Ela disse que não poderia nos deixar entrar. O que achei muito acertado da parte dela. Aí ela mesma ligou do celular dela para o telefone e alguém atendeu do outro lado e ela explicou o que se tratava. A mulher disse que pensou que nós chegaríamos no dia seguinte. Pensei que bom que foi hoje, pois que senão não teria ninguém para nos receber.
Ao final entramos, escolhemos o quarto que mais nos interessou e depois saímos para guardar as motos, só que fomos como todos os motociclistas da cidade, que não eram poucos, sem capacete. Muito bom passear sem capacete. Tanto eu como a Bê.
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Hotel onde ficamos em Junín. |
O quarto e a cozinha com o refeitório.
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No fundo tinha uma praça muito interessante. |
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Um largo com a porta do nosso quarto ao fundo. Um Casarão muito bonito. |
Depois que guardamos as motos no estacionamento, retornamos e nos preparamos para irmos jantar. Saímos caminhando e perguntamos onde poderíamos pegar um taxi. Aí aprendemos que não se chama taxi na rua naquele local, que eles não param. Fomos até um ponto e pegamos um taxi e fomos jantar numa boa Parrilla que tinha na cidade e ainda por cima com mesa de frios.
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Caprichamos no vinho e na comida. |
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A parrilla estava muito bonita. Tudo de bom. |
Pedimos um taxi na saída e ficamos esperando na recepção da churrascaria, embora o lugar fosse confortável demorou mais do que o normal.
DIA 19 - 06/01/2016 - Trecho Junín - Colonia de Sacramento
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Junín - Colonia de Sacramento - 320km. Decidimos não ir por Fray Bentos. 300km e 4 hora a menos. |
Levantamos e tinha uma pessoa cuidando do hotel. Uma moça que havia feito o café da manhã para nós e com quem eu poderia finalmente comentar sobre o quanto não tinha ficado satisfeito com o que tinha acontecido conosco na noite anterior.
Ao final acabei falando por telefone com a dona do hotel e ela me pediu desculpas pelo que tinha acontecido. Me explicando que ela se enganou e que esperava por nós apenas no dia seguinte. Informou ainda que quando ela decidiu tirar férias nós já tínhamos feito a reserva pelo Booking e que ela mandou um e-mail solicitando informações sobre o horário da nossa chegada, mas que nós não havíamos respondido, pediu desculpas, etc. Principalmente eu pude dizer para ela o quanto nós havíamos ficado insatisfeitos, tendo em vista que éramos estrangeiros e que nem telefone temos e não tínhamos a menor facilidade para contornar a situação caso a hóspede que estava lá não tivesse nos recebido.
Pagamos a conta, fomos buscar as motos no estacionamento, carregamos as bagagens na moto e enquanto isso acontecia um policial da segurança e um outro rapaz vieram falar conosco dizendo o quanto gostavam de motos. Mostraram as motos dos dois que estava na frente do escritório, que era um casarão também. Depois de alguma conversa eles se foram e depois um deles retornou e me entregou um adesivo com um pequeno com a bandeira da Argentina, do tipo almofadado. Agradeci muito e fiquei triste por não ter um para dar a ele como recordação. Um momento especial que somente motociclistas podem viver.
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Como sempre estradas maravilhosas! |
Decidimos que iríamos por Buenos Aires, quem sabe o valor do Buque Bus, que na internet tinha o preço de US$200,00. Decidimos ir até lá ver no que dava. Afinal de contas passar pelo Buque Bus teríamos a possibilidade de almoçar no Puerto Madero e lá eu gostaria de pedir por um prato de frutos do mar, pois da outra vez que nós almoçamos lá na mesa ao lado um casal pediu e ficamos impressionados com o prato.
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A Bê me seguindo muito feliz como sempre. |
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Os campos de plantações de soja e de milho se estendiam por toda a parte. |
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Chegando na Região Metropolitana de Buenos Aires. |
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A Bê entrando em Buenos Aires. Inacreditável! |
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Aí estávamos nós novamente na RN3, entrando na Capital Federal direto até o Puerto Madero pela via expressa. |
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A Bê pilotando no Puerto Madero em Buenos Aires. Não dá para acreditar. |
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As motos estacionadas na entrada do BuqueBus. |
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Na Estação do BuqueBus, compramos as passagens para irmos almoçar. |
Quando chegamos na Estação do Buque Bus, paramos as motos na rampa de embarque e perguntei para o pessoal da segurança se poderíamos deixar as motos ali até o momento do embarque, para a viagem até Colonia de Sacramento, que partiria às 18h30 e o pessoal disse que sim.
Compramos as passagens para as duas motos e dois pilotos e saiu por US$140,00 cada um. depois disso fomos até o Puerto Madero caminhando para almoçarmos no El Mirasol Campo & Mar.
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Que coisa linda! |
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Carro conversível que vimos estacionado na entrada da Estação do Buque Bus. |
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Este lugar é mesmo muito mágico e romântico. Gostamos muito de passar por aqui em todas as viagens que permitem isso. |
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Restaurante onde comemos. Muito bom e recomendo. |
Neste momento é que cometemos o maior erro da viagem. Pedir frutos do mar em Puerto Madero! Não é possível que cometi esse erro!
Tudo bem que estava bom, mas nem de longe poderia ser comparado ao velho e tradicional Bife de Chorizo! Que raiva que me deu. Quase pedi um bife para comer depois do peixe, mas achei que isso seria demais. Sacanagem!
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O prato de frutos do mar que pedimos. Lindo mas não era Bife de Chorizo! |
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Eu esperando para a solução do meu passaporte que na entrada o agente não havia carimbado. |
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Nossa valentes estacionadas e amarradas na barriga do Buque Bus. Hehehe. |
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Então! Nós, novamente, no Buque Bus. Mas dessa vez a situação era de primeira vez! |
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O Buque Bus por dentro é incrível! |
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Poltronas da classe turista. Onde sempre andamos. Hehehe. |
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Colonia é sempre uma delícia! Em frente à Igreja e ao Drugstore. |
Chegando em Colonia de Sacramento, que tem o nome em português mesmo, pois era uma cidade portuguesa antes de ser negociada com a Espanha, fomos direto até o hotel, onde ficamos hospedados, um lugar muito simples e familiar. Gostoso e pequeno. Aí entramos na internet e vimos que o pessoal estava na cidade também. Pensamos em irmos jantar com eles e descobrimos que somente o Guilherme e seus irmãos, pai e o Adroaldo estavam lá. O Poeta, Bete, Júlio e Juliana haviam seguido por outro caminho direto para Florianópolis, pois pretendiam chegar na sexta-feira à noite.
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Novamente a turma reunida. Seguindo o mesmo trajeto na mesma época não tinha como não ir se encontrando pelo caminho. |
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Um belíssimo chivito. É de dar saudade! |
No contato que fizemos com eles nos disseram que estavam indo jantar no Drugstore. Bom local. Ao menos nos anos anteriores era dos melhores locais para se comer. Pena que já não é mais. Ainda resta o restaurante da avenida principal como sendo o melhor mesmo.
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Fomos jantar no Drugstore, que infelizmente não é mais o mesmo. |
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Aí Lauro! Que tal uma volta de carrinho pela City? |
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Como gostamos de estar nesse lugar. |
DIA 20 - 07/01/2016 - - Colonia de Sacramento
DIA 21 - 08/01/2016 - Trecho Colonia de Sacramento - Pelotas
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Alteramos o trecho e seguimos via Chuí (economia de 12 km) - 764km. |
Dia de levantar e seguir em frente no nosso retorno para casa. Decidimos que daria mais ou menos na mesma, seguir por Punta ou por Rivera. Assim decidimos que seguiríamos por Punta, passando por Montevideo e Chuí.
Quando chegamos um pouco antes da Reserva, à nossa esquerda tinha um posto de gasolina e ao lado um Parador. Fiquei muito feliz por não precisar passar pela Reserva. Enchemos o tanque e fomos até o Parador. Falamos com o senhor que estava atendendo e nada. Não tinha parador nenhum, apenas uma lanchonete. Que coisa! Fiquei muito decepcionado, mas não tinha o que fazer senão seguir em frente.
Falei para a Bê, vamos tocar e quando entrarmos na Reserva, a gente vai atrás de um caminhão para nos protegermos de algum animal que poderia entrar na pista. Dois motociclistas de big trail passaram por nós a mais de 150km/h. Pensei, estão tentando passar de dia pela reserva, mas daquele jeito é muito perigoso.
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Escurecendo já perto do Taím. |
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Quase chegando no Reserva do Taím. |
Depois foi escurecendo, engatamos atrás de um caminhão que estava seguindo a 80 km/h, a uma distância segura e passamos a reserva toda atrás dele. Ainda tínhamos um bom caminho até Rio Grande onde teríamos o primeiro local para dormir, entretanto falei com a Bê que teríamos que entrar 20km e na manhã seguinte teríamos que sair o 20km novamente. Logo combinei com ela se não seria melhor seguirmos até Pelotas mesmo. Ela achou a ideia boa e fomos. O trecho de estrada duplicada aumentou muito e seguimos até Pelotas mantendo velocidades compatíveis. Não passamos dos 100, na maior parte do trecho fomos a 80 ou 90km/h.
Em Pelotas fomos ao Hotel Cury, vimos que tinha vaga e pegamos um quarto. Antes de qualquer coisa a Bê falou para irmos jantar. Nem subimos no quarto e fomos até o a churrascaria que ficava no interior do Hotel Alles Blau. Fomos caminhando. Chegando lá estava fechando a churrascaria, mas conseguimos nos servir enquanto o pessoal retirava a comida do bufet. Jantamos até que bem e retornamos ao hotel para pegar as bagagens na moto e subir ao nosso quarto para banho e dormir.
DIA 22 - 09/01/2016 - Trecho Pelotas - Florianópolis
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Trecho percorrido no 22º e último trecho - 714km. |
Último dia de viagem. Sair de Pelotas e seguir até Florianópolis. Tudo o que é bom um dia acaba.
Um sentimento que sempre sinto quando estamos retornando de viagem, é o de voltar. Todas as motos que vejo passarem em sentido inverso, me vem uma vontade enorme de fazer a volta e seguir em frente para uma nova jornada, como se fosse possível nunca acabar.
A de Motociclista sênior, com certeza; e
A de ter ingressado para o seleto grupo da semeadoras de sonhos.
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Muito felizes, como sempre já prontos para outra, na garagem de casa. |
O prazer de rodar de moto é impressionantemente grande quando se é um motociclista. Eu e a Bê somos motociclistas, com certeza. Gostamos muito e sentimos muito prazer em viajar de moto, em estar na estrada, em parar para colocar gasolina e tomar água, comer algo e ficar com vontade de estar novamente na estrada.
Para finalizar, a Joyce, já se encontra andando de moto em Santiago. Olha as fotos.
A Joyce está pilotando a sua moto já. Ao menos está fazendo o treinamento. Sucesso! Masi uma Lady no mundo HD.
Beleza de viagem!!!
ResponderExcluirSuper companheira esta minha amiga Bernadete! E me lembrar que algum tempo atrás ela estava toda faceira pois, havia feito BC - Curitiba. Ela é uma fera...
Grande abraço!
Amigo, sensacional o seu relato!! Pretendo em breve fazer uma viagem similar, mas indo primeiro à Buenos Aires/Santiago, para depois decidir se sigo até o Atacama. E seu check list será de extrema ajuda, muito obrigado por compartilhar!!
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