Imagens do Fin del Mundo

Imagens do Fin del Mundo
Eu estive lá. De frente para a vida!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Tempo de Travessia

Um poema revelador.


"Há um tempo em que é preciso
abandonar as roupas usadas
Que já tem a forma do nosso corpo
E esquecer os nossos caminhos que
nos levam sempre aos mesmos lugares
É o tempo da travessia
E se não ousarmos fazê-la
Teremos ficado para sempre
À margem de nós mesmos

(Fernando Pessoa)

Sempre é bom parar e pensar no que aparece diante de nós.
Dizem que coincidências não existem, eu acredito que não mesmo.
Este poema é muito revelador, eu diria que ele resume todo o livro "Comer, rezar e amar".
É quase uma oração...


segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Serra do Rio do Rastro

CURITIBA – ORLEANS - CURITIBA

DATAS: 13/11 A 15/11/2010
PARTICIPANTES: LUIZ E BÊ E AMIGOS
MOTO:HD ELETRA ULTRA CLASSIC – 2010 – VERMELHA (1a. Viagem)


Dia 1: Sábado - 13/11/2010 – Curitiba-PR a Orleans-SC - 485 km



Trajeto entre Curitiba e o Restaurante, percorrido tanto na ida como na volta

Esta foi uma viagem espetacular por vários motivos. O primeiro é que foi a primeira viagem da nossa nova companheira de aventuras, a nossa nova Ultra 2010, que embora tenha sido quitada em setembro, consegui emplacar apenas no mês de novembro, tudo bem, enquanto isso pudemos desfrutar um pouco mais da nossa 2008.

O segundo motivo, e não menos importante, é que pela primeira vez participamos de uma viagem em grupo, mesmo que somente na volta, mas ainda assim foi uma novidade, já que sempre preferimos viajar sozinhos ou em no máximo duas ou três motos.

Quem organizou tudo foi um caro amigo harleyro que temos no "Alpha Riders Group" que é o nome que demos ao nosso grupo de motociclistas e que aceita participantes com a condição de serem gente boa.

Os organizadores batizaram o passeio de "500 km de Amizade", uma referência a promover a amizade entre Orleans e Curitiba. Como tem uns amigos do Newton que moram lá em Orleans e a partir deste ponto é que foi organizado todo o passeio. Eles todos estão de parabéns pois teve até boton, chamada, etc.

Vejam a qualidade desta chamada. Acreditem. Teve gente que não foi. hahaha.

Nos reunimos na terça-feira à noite, quase o grupo todo, na Paraguassú do Juvevê e neste dia combinamos diversos detalhes da viagem. Eu já havia entrado em contato com o Hotel NOB para garantir a minha reserva e a da Bê e já havia pago antecipadamente uma diária. Assim como eu muitos também já haviam feito o mesmo, conforme mensagens de e-mail.

Neste dia então combinamos que nos encontraríamos no posto que fica ao lado do Pórtico da cidade de São José dos Pinhais, às 7:30h da manhã para saída às 8:00h em ponto, que acabou sendo na verdade 8:40h mas tudo bem. O Newton atrasou a saída para que eu, que combinei de acompanhar o Daniel que daria aulas até as 9:00. O Marquinho (e Manu) me ligou na sexta-feira à noite dizendo que iria junto conosco saindo às 10 do posto do Pórtico de S. J. dos Pinhais.

Bem, eu e a Bê deixamos todas as nossas poucas bagagens arrumadas na noite de sexta e no sábado acordamos, tomamos café, colocamos tudo na moto e fomos para o posto. Chegamos lá eram 9:45h, assim caso as aulas do Daniel terminassem mais cedo iríamos antes. O Marquinho e a Manu chegaram às 10 e o Daniel com a Helena (filha) chegaram à 10:15h, dessa vez, infelizmente, a Ana Paula não pode ir junto por fortes motivos pessoais. Que pena!

Saímos do posto às 10:30 seguindo pela BR-376 que liga Curitiba a Joinville. Logo no início da serra começou a garoar. Eu estava na frente do grupo e quando olhei pelo retrovisor eis que sumiu tudo mundo. Reduzi a velocidade e nada, acabei encostando no acostamento e fiquei de olho. Como não tinha retorno perto, fiquei por alí mesmo. Uns 10 minutos depois eles passaram. Sabe que dá para entender como as mães pensam: "já que ninguém se machucou agora eu mato!" hehe.

Fomos em frente até um posto localizado pouco antes de Barra Velha-SC. Neste posto enchemos o tanque, pois já havíamos andado um trecho de mais de 200km, e como tinha um restaurante, relativamente simples mas de boa comida, resolvemos almoçar, pois o Marquinho disse que não abria mão do almoço e eu e a Bê somos companhia, o Daniel e a Helena também toparam a parada.

Quando estávamos nos aprontando para sair do posto o Newton ligou dizendo que eles estavam no posto localizado logo depois do viaduto da BR-282, em Florianópolis. Como eles haviam saído 2 horas antes de nós e nós ainda paramos para almoçar, eles não, não teríamos facilidade em alcançar o pessoal. Mas fomos em frente, na verdade a minha esperança é que conseguíssemos encontrar o pessoal em Tubarão, já que de lá até Orleans, estavam previstos batedores para levar o grupo, isso seria legal de ver. No fim não deu certo de organizar os batedores, tudo bem.

Logo depois de Florianópolis, a BR-101 está em duplicação, creio que a pouco tempo, uns 5 ou 10 anos apenas, e já está quase pronta. Entre um trecho duplicado e outro de pista simples, com um  movimento danado, que é típico de final de semana prolongado, imaginem o tamanho das filas que encontramos. Foi necessário encorporar o espírito de um "CGseiro" para poder seguir pelos corredores entre os carros parados, ultrapassando por onde fosse seguro.

Quando ouvi no rádio (CB) um caminhoneiro dizendo que um motoqueiro havia caído na frente, fiquei preocupado com a possibilidade de ser algu'em do nosso pessoal, mas graças a Deus não foi com ninguém dos nossos, foi um "bikeiro" que havia batido atrás de um Linea. Passamos pelo local, onde tinha uma ambulância, e quando chegamos em Laguna novamente a fila se tornou grande e o trânsito parado para os carros. Novamente baixou o CGseiro e fomos passando por onde dava. Ainda bem que o Daniel, o Marquinho e eu vamos mais ou menos com a mesma facilidade entre os carros, desta forma acabamos saindo junto no final do engarrafamento, mas sabe que ao longo do percurso por várias vezes julguei ter perdido um deles ou até mesmo os dois.

Aí o Daniel puxou a fila para um posto, pois estava na hora de abastecer, só que como a estrada esta em obras, acabamos fazendo um verdadeiro rally trail para ter acesso ao posto de gasolina, só depois vimos que daria para ter entrado mais na frente no posto e o caminho estaria calçado. Enchemos os tanques, tomamos uma água e seguimos em frente.

Até que por ser a primeira viagem mais longa da Helena, que estava de esmalte verde fosco na unhas, achei que ela estava indo muito bem. Mas bem mesmo! Muito calma, tranquila, uma graça de menina. A gente quando ia atrás deles via ela gesticulando muito enquanto conversava com o pai. Bacana.

Seguimos em direção a Tubarão que já não estava mais tão longe. Quando chegamos lá, depois de mais alguns engarrafamentos, acabou que passamos por cima do viaduto que teríamos que ter entrado lateralmente para poder pegar a estrada que derivava à esquerda rumo a Gravatal, Orleans e à Serra do Rio do Rastro. Tudo bem, como o GPS sabe o que fazer nestes casos, apenas seguimos ele cerca de 1 ou 2 km para frente e ele nos indicou as ruas que deveríamos tomar para voltar na rodovia SC-440.


Chegada no Hotel NOB em Orleans

Paramos no início da rodovia para ligar para o Newton e ver onde eles estavam, bem, ele falou que tinham acabado de estrar no hotel. Ok. Seguimos viagem pois estávamos a uns 40km de distância. Quando chegamos em Orleans, ainda na estrada, encontramos o pessoal no estacionamento em frente ao Hotel. Estavam nos esperando para ir até o Bar do Claiton e chegar em comitiva na cidade, com o famoso buzinasso e ronco dos motores.


Marquinho, Manu e a Bê



Manu, eu, a Bê e o Daniel

Quem conhece isso sabe que a cidade inteira para e sai nas janelas para ver o que está acontecendo. Tiram fotos, é um acontecimento, pois a motos são muito bonitas mesmo, e não é somente nós que achamos, eles também são apaixonados. Depois de algumas voltas, que para quem não conhece a cidade, por menor que seja, tira completamente a noção de onde a gente se encontra, mas nunca engana o GPS, ainda bem! Acabamos chegando na frente do Bar do Claiton. Estacionamos as motos ao longo da avenida e entramos.


Em frente o Bar do Claiton
Fomos recepcionados com cervejas e Johnie Walkie Black, tomei de ambos, mais do whisky que cerveja. acompanhado de alguns tira gostos. Aí começou a tocar uma bandinha de uns meninos de uns 17, 18 anos, tocando rock brasileiro, que me pareceram músicas compostas por eles mesmos. Foi bem divertido. Quando era umas 6:30 ou 7, já no final da tarde, eu e a Bê seguimos para o hotel. Tomamos um banho e descemos para ir jantar na tratoria da cidade, que fica localizada a meia quadra da igreja matriz.

O Porão do Bar do Claiton - Estava muito bom com a banda e tudo
Fomos até a tratoria, estacionamos as motos, depois mais algum barulho, e pedimos mais algumas cervejas, embora estivesse meio frio.
Eis a Tratoria que jantamos em Orleans

Foi servido uma mesa com saladas, com massas quentes e lazanhas e ainda um rodízio de pizzas por cima. Foi uma janta meio forçada, ou seja, logo que saímos de lá, fomos atrás de uma farmácia para comprar bicarbonato de sódio para evitar maiores problemas e poder dormir à noite.


O farmacêutico de plantão abrindo a Farmácia

Igreja Matriz de Orleans, perto da Tratoria
 As famácias da cidade estavam fechadas e teríamos que encontrar a que estaria de plantão naquela noite.

O frentista do posto, nos disse que deveria ser alguma farmácia do lado de cima da cidade e nos mostrou qual o rumo, pois as farmácias do outro lado da cidade, ele disse, que estavam fechadas.

Como todas estavam fechadas, li na porta de uma delas, o telefone para ligar em caso de necessidade. Liguei para o celular, um homem atendeu e começou a me explicar por onde eu devia ir para chegar na farmácia que estava de plantão. Depois de explicar e eu não entender nada, disse que era de fora e que estava na frente da farmácia São Jorge III. Aí ele pediu para esperar que ele estava descendo.

Que surpesa! Estavamos na frente da farmácia certa. Acho que a Lady Murphy, quer dizer, a Lei de Murphy, não funcionou naquele caso.

Eramos um grupo de 5 ou 6 motos sendo que 3 de nós queríamos comprar alguma coisa na farmácia, desde bicarbonato de sódio, escovas de dente e pasta até Neuzaudina, que terror, ainda bem que este não era para nós.

Em seguida selecionei o Hotel NOB no GPS e fomos em comitiva direto até a porta do hotel, deixamos as motos no estacionamento coberto, em baixo do hotel, e subimos para dormir, pois a esta altura estávamos quebrados.


Dia 2: Domingo - 14/11/2010 – Orleans-SC - Serra do Rio do Rastro e retorno - 90 km

Trajeto entre Orleans e o Restaurante do almoço no planalto


Saida da frente do Hotel para a Serra
Na manhã seguinte levantamos às 8 para tomar café às 8:30 e preten'díamos dair entre 9 e 9:30. Acabamos saíndo no horário previsto em comitiva e fomos novamente até o Bar do Claiton, onde formou o grupo com 14 motocicletas, novamente fomos recebidos com cueca virada, jaboticabas enormes e deliciosas, bolachas, café, suco, uma coisa de doido, pois havíamos acabado de tomar o café da manhã no hotel.

Nesta hora sugeri que aquela mesa deveria ser servida lá no alto da Serra, de preferência no mirante, onde provavelmente estaríamos em melhor condições de aproveitar as guloseimas. O Marquinho teve a brilhante idéia de pegar uma sacolinha de supermercado e colocou um bom tanto de jaboticabas levou na moto dele.

Saímos do Bar em direção à Serra do Rio do Rastro, como sempre buzinando e desfilando pela cidade. Pegamos a estrada e aos poucos as curvas foram aumentando. Não demorou muito e começou a garoar, o suficiente para molhar o asfalto, mas não para limpar o asfalto que tinha muito óleo.

Fomos seguindo com cuidado, todos estavamos devagar, quando, já no trecho inicial da Serra do Rio do Rastro, próximo ao Hotel Grito do Bugio (acho que era esse o nome), a Bê disse que alguém havia caído. Perguntei onde e com quem. Ela disse que não sabia, que tinha ouvido alguém comentar. Reduzi a velocidade e não tinha ninguém vindo nem de um lado nem do outro, resolvi fazer a volta, mas de forma meio confusa, acabei ficando de atravessado na pista e a moto inclinou. Fiz uma força do cão mas não deu jeito, só acompanhei a moto até o chão e pimba, pela primeira vez a minha moto vermelha tombou. Parado novamente.

Aí vem a segunda fase do problema, levantar a moto e rápido, pois estavamos atravessados no meio da pista. A Bê fez o pêndulo do outro lado e eu tentei levantar. Nada! Aí veio o Mico e ajudou, a moto levantou facilmente. Que coisa, pareceu para mim que o Mico levantou a moto sozinho. Até agora estou sem entender direito o que aconteceu para levantar a dita. Porém notei que tinha uma influência grande quando eu virava o guidão para um lado ou para o outro. Vamos ver, no dia 27 vou fazer um curso de pilotagem em baixa velocidade e o Baccaro ensina a técnica para levantar a moto. Estou curioso.

Depois de levantar a moto seguimos para baixo e logo vimos o vuco-vuco em uma curva. O Eduardo tinha saído de frente e a moto se enfiou em baixo do guardrail e ele estava em pé, a moto também, mas ele estava com a calça rasgado no joelho da perna esquerda e a moto estava com o guidão torto, os manetes virados e, o pior, com óleo escorrendo do carter na pista de rolamento.

O Eduardo disse que a moto simplesmente saiu de frente largando ele no chão e que não teve tempo de fazer coisa nenhuma. Perguntamos se ele por ventura não tinha dado um toque no freio dianteiro e ele disse que não. Estou até desconfiado de que ele tenha dado um toque no freio dianteiro, mesmo que inconcientemente, e, como tinha muito óleo espalhado na pista, pois não choveu e a leve garoa que havia serviu apenas para molhar e não lavou nada. De qualquer forma, fiquei feliz por não ter acontecido nada de mais sério com o Eduardo.

Local do incidente
Depois de algum tempo chegamos à conclusão de que não era possível manter a pista obstruída daquele jeito. O Daniel estava em baixo segurando e liberando o trânsito e em cima também havia outro pois não era possível enxergar ao longo da curva. Fui falar com o Daniel e resolvemos que tínhamos que resolver o problema.

Fui lá em cima, falei com o Eduardo se ele me autorizava a tirar a moto dele dalí, que estava perigoso, levar até um refúgio localizado uns 100m para baixo colocando a moto no refúgio. Ele autorizou e eu subi na moto e desci até o lugar. Aí sugeri para ele que ficasse lá em baixo com a moto para ficar mais seguro e poder sair todo mundo daquele local perigoso pra caramba.

Não me lembro o nome do rapaz que foi até a cidade para chamar o guincho, pois o telefone não funcionou, e depois ele voltou dizendo que ficaria alí esperando o guincho pois conhecia o cara. Ele era de Orleans mesmo. O Newton também falou que ia ficar esperando também.

O problema foi resolver se seguiríamos em frente ou não, pois, principalmente as mulheres, ficaram muito impressionadas com o ocorrido. Aí o Marquinho falou que deveríamos ir em frente, eu concordei prontamente o Daniel e o Lauro com a esposa também concordaram, e aos poucos todos fomos concordando até que todo mundo resolveu seguir.

O carro da irmã do Newton e da Samira ficaram junto também, até porque o Eduardo teria que ir de carro até um hospital para fazer um curativo evitando assim infecções desagradáveis.
Aos poucos todos nós fomos subindo até um refúgio que tinha um pouco mais para cima do local do acidente e reagrupando. Até que chegou o último dizendo que os demais iriam ficar lá e que depois se juntariam a nós novamente, assim que fosse possível.


Nós lá no mirante de onde não se mirava nada!
Irmã da Lilian, Marquinho e Manu, Lauro, Fábio, Mico,
Daniel e Helena, Bê, Edith e o sobrinho nota 10 Guilherme
Como nada de mais havia acontecido com o Eduardo, continuamos a subida, ainda mais devagar devido ao medo que habitava em todos nós depois do tombo do Eduardo. Mas aos poucos fomos nos esquecendo do que tinha acontecido pois a serra é muito bonita e exige muita atenção para conduzir. Assim fomos até o mirante que tem lá no alto da serra e de onde é possível ver boa parte da estrada que havíamos subido. Pena que a serração estava brava e assim que chegamos ainda era possível ver alguma coisa, mas em seguida não se via mais nada.

O Marquinho trouxe a jaboticaba e dalhe comer jaboticaba. demos até para o quati que estava por lá a fim de conseguir comida fácil, mas ele apenas arrebentou a fruta e cuspiu o carosso e a casca, comendo aó mesmo o cldinho doce, que na verdade ele nem achou que valesse tanto a pena pois logo logo desistiu e foi atrás de outros assuntos (comida) mais interessantes para ele.

Ficamos por lá um bom tempo e lá em baixo não se via mais nada mesmo. Quando devia ser meio-dia passada, o Newton e a Lilian, o carro de apoio com o pai, mãe, irmã, filha e o Eduardo, além do pessoal de Orleans que tinha ficado para dar apoio, chegaram. Depois de algum tempo resolvemos seguir em frente e ir almoça em um restaurante de comida serrana que diziam ser muito bom, uns 6 km para frente do local onde estávamos.


Na entrada do restaurante.
Gui, Edith, Daniel, Lauro, Helena e eu

No restaurante serrano. Mas é charmosa essa Bê

Entramos no restaurante e nos deparamos com uma comida servida sobre um fogão à lenha, uma mesa com saladas e sobremesas e uma churrasqueira onde tinha um senhor servindo carne assada no espeto. Tinha uma carne que eles diziam ser regional que era tipo frescal. Muito boa, todos nós gostamos e o pessoal disse que era a especialidade do local.

Claro que tomamos uns copinhos com batida de abacaxi, coco, cachaça pura, de tudo um pouco. Até coca-cola tomamos. hehehe

O Eduardo estava lá e até que bem animado. Ele até brincou dizendo que nós teríamos que levar as motos e ele iria dormindo no carro. Só o Eduardo mesmo para falar uma coisa dessas.

Demorou um certo tempo até que todos comessemos as sobremesas, café, depois café com creme da sobremesa, hummmm! Esse ficou bom pra caramba. aí chegou a hora de sair novamente em direção a Orleans.

A Bê e a vista da estrada a partir do Mirante
Fomos seguindo pela estrada e quando chegamos no mirante todo mundo parou, não sei porque, pois achei que eles iriam entrar, pois agora o tempo estava limpo e daria para tirar boas fotos. Mas quando vi que eles estavam pensando em tocar direto, não tive dúvidas, saí da formação e fui para o mirante, pois eu não deixaria de tirar fotos da estrada.

A Bê me disse que todo mundo tinha ficado me esperando e que era sacanagem a gente ter saído de lá. Mas sacanagem seria a gente ir até lá e não tirar uma foto da estrada da serra. Aí o Daniel veio também. Daqui a pouco o Lauro e em seguida todo mundo.


 A galera. Gui, Lauro, Edith, Eduardo, Mico, Newton,
Namorada do Mico, Geyson, Samira, Fábio, Marcelo, Daniel,
Helena, Richard (Chad), Ricardo, Bê, Marquinho, Manu e eu


Aqui tem gente feliz. Olha o pézinho da Penélope


Helena e Daniel. Reparem na carinha de feliz da Helena

Tentamos imaginar como tudo aquilo deve ter ficado bonito durante este inverno depois de uma nevasca de 14 horas seguidas. O pessoal estava contando que até mesmo a estrada ficou fechada, pois tudo ficou branco lá em cima e não se podia saber onde estava a estrada, ficando impossível transitar. Como nós aqui no Brasil não temos infraestrutura para neve, pois é coisa muito rara de acontecer, fica assim mesmo. Fechado. Quem está lá não sai e quem não está não chega.

Bem descemos, pegamos uma boa chuva na parte mais baixa da serra. Estranho, pois lá em cima tinha sol e lá em baixo estava chovendo. Não paramos para por capas de chuva e seguimos normalmente até o hotel. Como a Ultra proteje bem, não ficamos muito molhados não, mas aqueles que nem parabrisa tinham a coisa acho que foi pank, como dizem os mais jovens.

Campae! Eramos poucos mas poderosos. 18 latas
Eu, Newton, Sr. Koike, Patrícia, Lauro e Fábio
Chegamos no hotel o Newton propôs tomarmos cerveja e tentarmos organizar um pouco as fotos. Ficamos lá em umas 10 pessoas. Os demais foram dormir. Tomamos umas 18 latinhas e copiamos um monte de fotos, vimos algumas, rimos muito, entre os campai, timtim, saúdes e demais brindes. Foi muito bom. Não demorou muito a Bê se mandou para tomar banho. Como resolveram não fazer o concurso de marcha lenta, subi para o quarto e acabei pegando nos sono.

Acordamos com o Daniel chamando no telefone do quarto para descer para irmos jantar. Naquele dia estava programada uma janta no Tênis Clube de Orleans. Um lugar bonito e bem arranjado. Resolvemos que não seria bom irmos de moto, pois assim poderíamos beber sem se preocupar com ter que dirigir depois.

A Samira levou eu e a Bê para o Clube. Quando chegamos nos deparamos com uma festança danada, pois estava tendo uma balada da garotada da cidade. Um som tuch-tuch e muito garotada de pouca idade. Entramos para o salão lateral.

O salão da nossa janta
Lá dentro tudo estava arranjado. Mesas com cadeiras arrumadas, som ambiente, projetor bar, etc. Aí o pessoal colocou para tocar os filmes dos passeios e da viagem de ida, do Bar no dia da chegada. Foi muito legal.

O pessoal arrumou um belo bufet para gente jantar. Eu não consegui comer muito porque o almoço ainda estava meio presente. Nem o bicarbonato de sódio deu conta do recado.

Mas não ia deixar de jantar só por isso. Afinal de contas, um pouco sempre cabe e é até bom para empurar o que estiver se enrolando para ir embora do estômago, não é mesmo?

Essas mulheres maravilhosas!

Aí o Richard foi ao microfone e foram feitas as premiações do marcha lenta, pois quando eu subi lá no hotel e acabei dormindo, o pessoal acabou descendo e fizeram o concurso. Que pena, eu acabei perdendo. Faz parte. Depois pude tirar com eles que só ganharam porque esperaram eu ir dormir para fazer o concurso, pois ficaram com medo de perder. hahaha.

Também me senti na obrigação de ir ao microfone para agradecer ao pessoal que tinha feito um belo trabalho para organizar tudo o que fizemos naqueles dias. Foi muita doação deles em nome de nos receber da melhor maneira possível. MUITO OBRIGADO PESSOAL!!!!


Premição. Newton, Eduardo e Geyson.
Fica aqui novamente o nosso agradecimento, meu e de todo o pessoal daqui que participou deste evento. Nada menos que 10 motos, muitos com garupa e ainda mais o carro da irmão do Newton.

Depois a Samira nos levou de volta para o Hotel e fomos dormir, pois no dia segunte teríamos que acordar cedo para sair à 8 da manhã e todo mundo estava pregado depois de um dia cheio de atividades.

Vale a pena frizar que não consigo me esquecer do nome da Samira porque a minha professora do primeiro ano do primário foi a Samira Assad. Uma pessoa muito querida que tinha muito amor para dar para a gente, alunos de 7 aninhos, no Colégio Santa Maria que ainda funcionava ao lado do Teatro Guaira. Acho que devo estar ficando passado, pois nem mesmo o Teatro Guaira estava pronto. Me lembro de quando ele foi construído e, inclusive, que pegou fogo na cobertura do Teatro quando estava em fase final de construção. Que papo careta, heim !!!


Dia 3: Segunda-feira - 15/11/2010 – Orleans-SC - Curitiba - 485 km


Como planejado, descemos para o café antes das 8 da madrugada e quando era 8 horas, eu já tinha colocado toda a bagagem na moto e trazido ela para o pátio na frente do hotel. Fomos colocando todas as motos em alinhamento, uma ao lado da outra para tirar fotos.

Saímos devia ser 8:30, e seguimos em comboio. Até que foi melhor do que eu esperava para uma viagem em comboio. Chegamos rapidinho em Tubarão, para no posto que tem sobo viaduto que passamos direto na ida. Todo mundo encheu os tanques. E como sempre, quando tem um grupo muito grande de pessoas acaba que um vai no banheiro, outro tomar água, outro café, e assim vai. Normalmente, quando se está em grupo, demorasse muito para sair dos lugares.

Depois de rodar uns 60 km, todo mundo parou novamente, desta vez acho que tinha uma turma apertada para ir no banheiro. Deve ter sido o pessoal que tomou água na parada anterior. hehehe. Dali combinamos de parar apenas no Recanto da Sereia para almoçar. O único que não teria como chegar lá seria o Mico que estava de 883 e o tanque dele dá autonomia de 150 km, bem menos que as motos dos demais.

Aí sim a coisa foi ficando complicada. O movimento foi aumentando e a turma foi se dispersando. Ao final estava apenas eu e o Daniel seguindo na frente e os demais simplesmente sumiram. Quando faltavam uns 10 km para chegar em Itapema paramos em um posto BR para esperar pelos demais. Acho que ficamos uns 15 minutos antes que aparecesse alguém. Aí começaram a passar, primeiro o Lauro e o Gui, depois o Marquinho e assim por diante. Alguns entraram no posto para abastecer outros não e seguimos para o Recanto da Sereia. Como sempre quando chegamos lá a fila estava enorme e então sugeri que fossemos comer no Vieiras que fica ao lado e é muito bom também.

O pessoal topou e fomos lá. o mais legal é que tinha estacionamento especial para nós de moto e tinha até mesa para sentar.

A ninja Patrícia, irmã do Newton, que estava de carro com uma turma, acabou chegando quase junto conosco. Acho que o carro dela voa, anda na água. É ninja mesmo. Pois vendo o engarrafamento que passamos, sempre seguindo pelos corredores dos motoboys, e ela me chega quase que junto conosco? Como é possível? Nunca vou entender isso. E o pior na ida também aconteceu a mesma coisa, pois não é que nós chegamos 15 minutos depois de eles terem chegado no hotel e ela chegou antes de nós? Pode isso?

Na porta do Vieira's tomando uma batidinha


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Turma da mesa da Ninja-Patrícia e Koike San

O almoço estava uma delícia, comemos anchova grelhada e seguimos em diante.

Quando chegamos no Sinuelo paramos novamente para abastecimento, pois a maioria das motos não tinham sido abastecidas no posto BR em que paramos antes do almoço, pois o pessoal vinha embalado na estrada e quando viam a gente já não dava mais para voltar e entrar no posto.


Turma da mesa que tinha que ir pelo chão mesmo. hehe
Todos nós abastecemos, chupamos sorvete, tomamos água, etc. Ficamos parados lá por um tempão, acho que 1 hora ou mais até. Aí nos despedimos e tocamos em frente. Passamos Joinville e subimos a serra. O movimento continuava muito grande. Começou a escurecer na serra e também a garoar. Aí o caminho ficou perigoso pra caramba. Viemos todos com muito cuidado e graças a Deus todos chegamos muito bem.

Depois o Newton me contou que teve gente que ficou para trás e que acabou vindo junto com o carro da Patrícia, a ninja, que deve ter vindo mais lentamente para traser algum retardatário.




O duro é esta sensação de que gostaria de estar rodando ainda......

Mas outras virão ........







terça-feira, 12 de outubro de 2010

Arujá e Paraty

CURITIBA - ARUJÁ - PARATY - ARUJÁ - SÃO PAULO - CURITIBA


DATAS: 09/10 A 12/10/2010
PARTICIPANTES: LUIZ, BÊ, DANIEL E ANA PAULA
MOTO:HD ELETRA ULTRA CLASSIC – 2008 – PRETA e DYNA CUSTOM 2009


Dia 1: Sábado - 09/10/2010 – Curitiba-PR a Arujá-SP - 450 km


Trecho Curitiba - Arujá

Saímos no sábado depois que o Daniel saiu da faculdade onde ele dá aulas aos sábados pela manhã até as 9. Ficamos em casa, já na saída para São Paulo na BR-116, aguardando por ele. Quando ele chegou, tomamos um café da manhão juntos e saímos em direção a SP.

Tocamos direto até o posto Petropen/Graal, localizado próximo de Registro, que fica no meio do caminho entre Curitiba e São Paulo. Abastecemos as motos e entramos no restaurante para almoçar, nem é necessário dizer que o posto estava completamente lotado e que a fila para pagar a conta estava no café do restaurante. Muita gente mesmo. Demoramos um bom tempo para conseguir sair dali e não foi pior porque a Bê foi se enfiando lá na frente e encontrou um caixa com poucas pessoas, para pagamento em dinheiro apenas, que ficava na saída para a cidade miniatura.

Saímos do posto e seguimos viagem. A Ana Paula foi com a Hellena até São Paulo e de lá até a chácara do pai dela, o Seu Jacó, que fica localizada em Arajá. Cindade onde também mora o irmão dela, de mesmo nome que o pai.

Seguimos tranquilos pela estrada embora o movimento, no sentido contrário fosse grande, mas no sentido em que íamos estava bom. Chegamos até Embú e entramos no rodoanel para a esquerda, ou seja, em direção do interior. Seguimos pelo rodoanel até a Anhanguera e viramos em direção a São Paulo para entrar na Marginal Tietê.

Eu conheço muito pouco em São Paulo e o Daniel, que é de lá, foi nos levando, quando ele entrou na Marginal Tietê, vi que tinha uma placa informando que era proibido motocicletas. Bem, o que fazer, ele estava seguindo na frente no meio daquele movimento danado e eu é que não is deixar de seguir. Fomos indo. Até que entramos na Via Dutra, sentido Rio, passando por Grarulhos, do lado do aeroporto, e seguimos até Arujá.

Saímos da Dutra e entramos em Arujá, passamos pelo que parecia ser o centro da cidade e seguimos em diante. Arujá é uma cidade relativamente pequena, mas que está repleta de condomínios fechados, um mais bonito que o outro, é um lugar muito bonito. Como fica a menos de 50 km de São Paulo, pela Dutra, acabou se transformando em uma cidade dormitório com uma infra-estrutura muito boa. O Daniel parou em um posto de combustíveis, que depois nos explicou que fica na frente do condomínio onde mora o Jacó (filho). Enchemos os tanques e seguimos para o sítio onde o pessoal nos esperava com um churrasco e muitas outras coisas deliciosas.

Saímos da estrada asfaltada e seguimos por uma estrada de terra mas de boa qualidade, embora com alguns pontos que exigiam muita atenção, pois uma bobeada e a moto estaria no chão. Seguimos religiosamente o Daniel, pois ele é quem sabia onde era o sítio. Ainda muito próximo do asfalto, acho que uns 2 ou 3 km de distância apenas, paramos em frente ao sítio. Fique surpreso com a estrutura do lugar. Uma casa muito boa e grande e tudo muito bem arrumado. O melhor é mesmo ver as fotos que falam por si.

Hellena e o Avô - Seu Jacó



Hellena na Churrasqueira

Piscina do Sítio. Pena que estava frio.

Vista da casa olhando da churrasqueira
Chegamos, fomos apresentados ao seu Jacó, à Dona Tica, mãe da Ana Paula, estavam ainda a Hellena (filha do Daniel e Ana), o Jacó (filho) e a esposa Shirlei. Guardamos as motos para dentro do portão e fomos até a churrasqueira. O Jacó estava preparando babaganushi (sei lá como se escreve) a partir de baringelas assadas na churrasqueira. E a Shirlei dava a infraestrutura para nós, servia cerveja e vinho para todos.

O mais chato é que neste primeiro dia a máquina fotográfica estava sem bateria e não tiramos nenhuma foto do pessoal, todas as fotos que aparecem aqui foram tiradas no domingo. Caso eu consiga com a Hellena alguma foto tirada no sábado, complementarei aqui no Blog.

Haviam algumas linguiças condimentadas, e não condimentadas, alcachofra feita de forma muito especial, uma delícia, pães, tira gostos, babaganushi (que é uma pasta de beringela árabe) e uma cerveja gelada prá valer. Coisa de doido. Tinham até laranjas enormes, daquelas que parecem secas, mas que estavam tremendamente suculentas e doces. Fazia muito tempo que eu não via aquele tipo de laranja, acho que em Curitiba não se encontra facilmente.

Depois que o Jacó terminou de fazer o babaganushi, que ele faz uma grande quantidade para congelar e ir consumindo ao longo do tempo, ele começou a assar a carne. Barbaridade! Que carne boa, na verdade eu não sabia que paulista árabe (na verdade armênio) era bom de churrasco daquele jeito. Estava muito melhor que o churrasco que a gente faz aqui em casa. Mas de qualquer forma, o principal era mesmo a companhia. Todas pessoas muito simpáticas e queridas. A gente só não conhecia mesmo o pai e mãe da Ana Paula, os demais já havíamos conhecido aqui em Curitiba na casa do Daniel.

O Seu Jacó, é uma pessoa espetacular, super simpático e cheio de histórias para contar e olha que contou muitas, regadas por cervejas e vinho. Ele nos tratou de forma que realmente nos sentimos em casa. Ele nos deixou totalmente à vontade. Infelizmente a Dona Tica não estava bem, ela estava com enchaqueca, mas ainda assim ficou a maior parte do tempo conosco, tanto que eu nem sabia que ela não estava bem, até que ela acabou se recolhendo antes dos demais.

Ficamos conversando ainda na sala da casa, depois que o Jacó e a Shirlei foram embora, eu, a Bê, o Daniel, a Ana Paula e a Hellena e o Seu Jacó. A Ana fez um chá delicioso e curtimos aqueles momentos ouvindo histórias maravilhosas do Seu Jacó, que era fabricante de sapatos, mas isso é coisa para outra oportunidade. Como nós estávamos muito cansados, não demorou muito para bater um sono danado em todo mundo e assim combinamos que tomaríamos café lá pelas 8:30 da manhã e fomos dormir.


Dia 2: Domingo - 10/10/2010 – Arujá-SP  a Paraty - RJ - 257 km

Trecho percorrido de Arujá a Paraty

Embora Paraty se escreva com "i" mais recentemente, na é poca em que foi eliminada a letra "y" do nosso alfabeto, entretanto, como a cidade sempre se chamou Paraty é assim que me referirei a ela. 

Saímos do sítio, lá pelas 10 da manhã. Desta vez com a Ana Paula junto conosco na garupa do Daniel. A Hellena foi embora para São Paulo junto com a Dona Tica na mesma hora em que saímos para a estrada. Seguimos em frente pela mesma estrada que havíamos chegado, e fomos até um lugar chamado Santa Isabel e de lá fomos para a Via Dutra novamente, sentido Rio de Janeiro.

Aí é que ficou interessante, pois como este é o caminho de Aparecida do Norte, começamos a ver muitos romeiros, daquele não vão a Roma, e muitos peregrinos, daqueles que não vão a Santiago de Compostela (hehe), ao longo da Via Dutra. A maioria deles estava apenas caminhando. Como havia alguns grupos parados, fazendo refeições, vimos que haviam carros de apoio para os grupos de caminhantes. Uns estavam levando cruzes de diversos tamanhos outros outras coisas, haviam bicicletas também.

Ficamos até que tentados para ir a Aparecida do Norte, mas depois ponderamos que próximo do dia 12 de outubro não seria muito recomendável pois nos depararíamos com muita gente. Ficamos na vontade e fomos seguindo em diante.

Descemos por uma serra muito bonita, do tipo da Tamoios que eu já conhecia, mas um pouco mais ao norte.

A Bê sempre em seu momento de Penélope

Daniel e Ana Paula

A Ana Paula em seu momento Penélope charmosa. Hehe
Descendo a serra, continuamos seguindo em direção norte até a entrada de Paraty, onde tem um escritório de informações turísticas que aparece na foto, com a Ana fazendo uma pose. Pode parecer que a pose foi encomendada mas não foi não, essa mulherada é charmosa pra caramba, sorte nossa.

Dali fomos até o centro histórico de Paraty. Aí a coisa ficou preta mesmo porque o Daniel foi na frente e eu atrás e quando vi estávamos transitando pelas ruas históricas da cidade que foram calçadas com pedras de mão. Moral da história, é quase impossível transitar por lá com uma moto touring que devia estar pesando uns 600 kg, considerando a moto, as bagagens, eu e a Bê. Coitadinha da suspensão da moto. eu o piloto aqui também se viu em papos de aranha, pois em diversos locais o chão estava molhado e a moto derrapava nas laterais da pedras. Foi preocupante para mim aquele trecho, não via a hora de cair fora daquele pavimento.

Pavimento do centro histórico de Paraty quando chegamos
O que achamos interessante é que o local nos lembrou um pouco San Pedro de Atacama, pois assim como lá, os prédios são muito antigos, mantendo a aparência que tinham quando foram contruídos. Logo, quando vistos por fora, embora sempre muito bem conservados, não se pode fazer idéia do que se pode encontrar dentro.

Logo, quando entramos no restaurante foi um choque, pois o lugar era muito mais agradável do que a gente podia imaginar quando estávamos do lado de fora. Principalmente porque havia um casal, ela tocando piano e ele violão celo, o que tornava o ambiente realmente do tipo "lua de mel".
Nosso almoço maravilhoso
Acabamos saindo por uma ponte para pedestres, em forma de arco, que cruza o rio que separa o centro histórico da região mais ao norte da cidade. Paramos as motos do outro lado e voltamos caminhando pela ponte para passear e, principalmente, para almoçar.

Andamos um tanto por ali e resolvemos almoçar em um restaurante muito bom, localizado atrás da Igreja dos Homens(acho).

Restaurante onde almoçamos - Ana e Daniel

Carrinho ambulante que vende doces. Compramos cocada
e quebra-queixo

Pousada onde nos hospedamos a uns 200m do centro
histórico
Em muitos locais das alamedas históricas, se viam vendedores ambulantes de doces. Tinha bolos, cocadas, pés-de-moleque, quebra-queixo e nem sei mais o que.

Depois do almoço, fomos até um destes e compramos uma cocada e um quebra-queixo. Estava bom pra caramba.

Em seguida voltamos até as motos, e fomos atrás de um local para nos hospedarmos fora do centro, pois imaginamos que seria mais barato, como de fato foi. Acabamos nos hospedando por R$100,00/casal, com café da manhã incluído.
Eu, a Bê, o Daniel e a Ana na frente da Igreja da praça.
Igreja dos homens
Depois que nos instalamos na pensão, descarregamos as malas, estacionamos as motos e fomos à pé até o centro histórico novamente. descobrimos que era bem perto mesmo.
Descobrimos que estava tendo um festival de cinema, chegamos a ponderar a possibilidade de assistir a algum filme, mas passar 2 horas trancados dentro de um cinema não nos pareceu slgo muito inteligente a se fazer, já que teríamos pouco tempo para ficar lá.

Esse sorvete estava bom pra danar. Sorveteria Pistache


Depois de andar um bocado, passar por lojas de artesanatos, de artesanatos indígenas, exposição de fotografias e mais um monte de locais, incluindo a sorveteria Pistache, onde tomamos um sorvete de massa bom pra caramba, vimos a procissão que entrava na pequenina Igreja histórica, acho que a mais antiga da cidade, que ficou como a higreja dos negros escravos, cachaçaria, etc. Resolvemos que poderíamos entrar em algum lugar para tomar uma cerveja e comer algo.
Rua principal do centro histórico de Paraty


Restaurante onde entramos na janta

Depois de algumas tentativas de entrar em bares sem sucesso por estarem completamente lotados e com fila de espera, acabamos encontrando um lugar muito bonito, com música ao vivo e entramos. Eu e a Bê como somos curiosos, queríamos saber se a comida era boa. Apenas por curiosidade pois o almoço ainda estava bem presente no estômago. hehehe. O Daniel e a Ana pediram algo bem leve para acompanhar a cerveja.
Claro que depois de sair do restaurante propuz que passássemos por uma farmácia para comprar bicarbonato de sódio, afinal de contas, depois de tudo que tínhamos comido eu tinha certeza de que acabaria passando mal e teria alguma dificuldade para dormir à noite. No caminho de volta para a pensão encontramos uma farmácia aberta, compramos e fomos para nossa pensão pois estávamos muito cansados e sonhando em cair numa cama.
Dia 3: Segunda-Feira - 11/10/2010 – Paraty - RJ a Arujá - SP - 308 km

Trecho de volta para Arujá rodando mais pelo litoral
Na manhã seguinte, levantamos e tomamos nosso café da manhã na pensão, lá pelas 9 da manhã. Quando eu e Bê levantamos o Daniel e a Ana Paula já estavam tomando o café. Tinha uma moça muito simpática servindo o café e nos divertimos um pouco com ela.

Nós na carroça para fazer o cititur pelo centro histórico
Depois voltamos novamente para o centro e compramos algumas camisetas para mim e para a Bê, compramos em uma cachaçaria uma pinga com canela para cada um, rezando para que as garrafas não acabassem quebrando na moto, por isso tomamos o cuidado de colocar as garafas na vertical, já que quando compramos a grapamiel no Uruguay, acabamos tendo o dissabor de vazar quase todo o litro dentro do tour-pack da moto.

Assim que chegamos no centro encontramos um rapaz com uma carroça. Estas carroças são utilizadas para fazer o cititur pelo centro histórico. O rapaz foi nos conduzindo e contando a história dos locais, mostrando o museu de cera, a casa do Roberto Marinho, de outras famílias. Explicando o que era cada uma das igrejas, quais eram dos brancos, das mulheres, dos homens, dos negros escravos ou não, etc. Até que foi bem legal o passeio de carroça, a suspensão da carroça era muito, mas muito mesmo mais adequada que a da moto para o tipo de calçamento que tem lá.
Daniel e Ana. Ver a atenção da Ana para entender o que o
guia falava. Era bem difífl mesmo.

O menino nos contou que foi lá que surgiu o nome "pé de moleque", porque quando o pessoal construiu o calçamento, há muitos anos, os homens colocavam as pedras grandes e os meninos é que complentavam com as pedras pequenas, fechando os vazios, como a aparência geral do pavimento acaba ficando parecido com o doce de amendoim, este doce acabou levando o nome do tipo do calçamento, pois os meninos ajeitavam as pedras menores com os pés.
Eta gente bonita.... e feliz com certeza

A Bê com medo de uns rapazes que saíram de uma casa.
Voltaram rapidinho.

Casarões

Daniel e a Bê subindo na carroça

Igreja das mulheres.

A Ana precisava pagar uma conta e foi com a Bê até um Itaú, enquanto isso e o Daniel, entramos em uma loja de lembran'cas para ver se tinha uma bandeira de pirata que ele queria para colocar na moto. Tinha. Ele comprou e acabou ficando melhor que a encomenda pois a bandeira era muito legal. Quando sa'imos da loja e fomos atrás das meninas, encontramos as mesmas em uma fila enorme, que saía do banco e seguia pela rua.

Desistimos de esperar e propuz para a Ana que eu poderia pagar pela internet a conta dela no meu computador que eu havia levado, ela topou na hora e todos achamos que foi uma boa idéia pois perderíamos horas alí na fila do Itaú.

Chegando na pensão arrumamos as malas na moto, pagamos a conta e saímos em direção a Arujá novamente, só que dessa vez fomos pelo litoral que é muito bonito, porisso queríamos ir de dia apreciando a paisagem.

Nossa odéia era de ir até Santos e talvez dormir lá em um hotel qualquer. Ao final esta idéia não deu certo porque acabaríamos chegando em Santos apenas de noite e achamos que não valia a pena e então decidimos posteriormente que subiríamos por Mogi da Cruzes, passando por todo o litoral até quase Bertioga.

Realmente o litoral norte de São Paulo é muito bonito. Passamos por Caraguatatuba, em frente do apartamento do Juarez. Eu e a Bê comentamos que estávamos com saudades deles e que teríamos que visitá-los um dia desses. Deu vontade de ver se eles estavam lá na praia, mas o problema é que não tínhamos o tempo necessário, pois apenas passamos por lá, de qualquer forma, achei muito legal poder localizar exatamente onde se entra para o apartamento dele.

Paramos para elas irem no banheiro, em um antigo posto que tinha perto do Juarez e quando saímos, passou um motoqueiro de bike, calçando havianas, bermuda e camiseta, uma mula, ele costurou nós por um lado e o Daniel por outro, e sumiu acelerando como um doido.

Quando chegamos na serrinha para chegar em Caraguatatuba, o trânsito estava parado, havia uma confusão que parecia ser movimento, mas quando chegamos lá era o cara que estava caído no chão, todo machucado e a moto arrebentada no meio da estrada. O cara bateu em alguém, não deu para entender como exatamente, apenas deu para entender como um idiota se arrebenta de moto.

Seguimos em frente até chegarmos em São Sebastião, bem na frente da Ilha Bela. Aí fomos até a casa da mãe do Daniel, onde ele passava tempos na infância, pois o avô dele era de lá. O mesmo aconteceu com a Ana. Curiosamente os dois passavam férias de verão em São Sebastião. Aí fomos à orla da praia, e almoçamos em um restaurante bem legal e depois fomos até a sorveteria indicada pelos dois que era onde eles costumavam comer sorvete muito bom que só tem lá mesmo. Verdade, o sorvete de milho verde era muito bom mesmo, comemos e é muito especial.

Depois seguimos em frente e foi neste ponto que decidimos que não seria possível ir para Santos, pois chegaríamos lá muito tarde e não daria para ver nada, ainda por cima o tempo estava querendo mudar e com certeza choveria em breve. Aí resolvemos que subiríamos por Mogi das Cruzes e daquele ponto em diante poderíamos ir seguindo pelo GPS mesmo.

No caminho passamos por um loteamento muito legal chamado São Lourenço. Coisa de magnata mesmo me pareceu. O tipo de arruamento chamava a atenção no GPS, pois embora da estrada a gente não visse nada, apenas mata dos dois lados da estrada, no GPS dava para ver que tinham ruas formandos estrelas ou asteríscos, onde deviam ter casas ou prédios, não dava para saber.

Mais à frente, chegamos própriamente dito em São Lourenço, pelo menos é o que acho, e tinha shoping center, mas do tipo chique e grande. Tinha um Mc Donalds de fazer inveja para lojas grandes. Acho que em Curitiba mesmo não tem nenhuma nem parecida com aquela que passamos na frente, tanto pelo tamanho como pela decoração.

Quando começamos a subir a serra em direção a Mogi das Cruzes já era noite e estava garoando. Como a serra é bonita e tem traçado antigo, é do tipo das outras, cheia de curvas fechadas. Até que o movimento não estava muito grande, o que ajudava muito, mas com o chão molhado a coisa fica um pouco mais perigosa, porisso fomos seguindo de vagar.

Passamos por Mogi e rápidamente chegamos no sítio do Seu Jacó novamente. Ele estava nos esperando, entramos e ele pediu uma pizza para a gente. Estava muito bom. Aí teve mais muita conversa e muita história da vida do Seu Jacó, de casas no litoral, de quando ele comprou e construiu a casa no sítio, amigos, períodos em que abriu e fechou a fábrica de sapatos, dos filhos, da comunidade armênia em SP, etc. Foi conversa pra caramba, e o mais interessante, conversa muito agradável, rimos muito com diversas curiosidades que ele contou.

Novamente hora de dormir para no dia seguinte ir até a cidade de São Paulo para deixar a Ana na casa da mãe dela, Dona Tica, para que ela voltasse com a Hellena para Curitiba de ônibus e eu e a Bê e o Daniel seguiríamos de volta para Curitiba.


Dia 4: Terça-Feira - 12/10/2010 – Arujá-SP a Curitiba-PR - 450 km

Trecho de volta. O mesmo da ida mas entrando em São Paulo

Daniel e a bandeira que ele comprou em Paraty.
 Na manhã seguinte levantamos cedo, o Seu Jacó já tinha preparado o café para nós. Tomamos café com pães e até com frutas e fomos arrumar as malas e carregar as motos para sair em direção a São Paulo para levar a Ana Paula até a casa da Dona Tica, mãe dela, para encontrar com a Hellena.

Elas iriam voltar juntas de ônibus naquele dia mesmo na parte da tarde.
Eu, Bê, Daniel, Ana Paula e Seu Jacó
Antes de sairmos do sítio ajeitamos a máquina para tirar a foto de todos nós. Após algumas tentativas deu certo.
Saímos e fomos pelas estradas de terra que nos levariam novamente à rodovia que vai ao centro de Arujá e depois pela Via Dutra até São Paulo.
Tomei o cuidado de avisar o Daniel que era proibido o trânsito de motocicletas pela Marginal do Tietê. Ele notou e nos levou por outras vias até o prédio onde mora a Dona Tica, passando pelo bairro onde ela foi criada e nos mostrou uma casa em que ela morou quando era criança e que agora parece que funciona uma escola infantil.


Daniel, Eu, Bê e Dona Tica
Chegamos na frente do apartamento da Dona Tica e ela desceu com uma sacola de frutas maravilhosas para nós.
Ela insistiu muito para que entrássemos, mas como queríamos seguir viagem, acabaríamos perdendo muito tempo com a subida, principalmente porque depois acabaríamos por esperar pela chegada da irmã da Ana que viria trazenda a Hellena e sabe lá que hora elas acabariam por chegar.
Avenida Paulista em dia de feriado. Beleza.
Dali subimos até o início da Avenida Paulista, ou fim, sei lá, sei que fica no extremo oposto de onde se sai para Curitiba, quando se vai através da Av. Rebolsas.

Seguimos pela tranquila Av. Paulista em dia de feriado, passando pela frente do MASP e de uma quantidade enorme de prédios de instituições financeiras além de algumas poucas casas que lá sobraram.

Seguimos pela Rebolsas e na antiga paineira, entramos para a direita e fomos até a casa dos pais do Daniel, fizemos uma visita de médico novamente, pois não entramos, conhecemos o pais a mãe, irmã e a sobrinha que estavam lá. Demos muita sorte pois eles estavam de saída para almoçar.

Seguimos pela Raposo Tavares até o Rodoanel, que eu pensava que era longe mas estávamos muito perto, acho que uns 10 km, e seguimos para Curitiba pela BR-116, que lá eles adoram chamar pelo nome, Régis Bitencout. Seguimos direto até o Petropen e depois Curitiba.


Eu e o Daniel na cidade miniatura do Petropen.

F I M ........

Que pena......