Imagens do Fin del Mundo

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Eu estive lá. De frente para a vida!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Carnaval 2013


Trecho percorrido por mim e pela Bê no feriado de carnaval de 2013. Total de cerca de 1.200 km.
Neste carnaval de 2013 decidimos passar uns dias no interior de Santa Catarina, numa estância hidromineral em Piratuba, cuidado não é Piriápolis, é Piratuba, certo? E ainda tínhamos a intenção de passar em Treze Tilias também e outros locais que fazem parte da Rota da Amizade, que é como é chamada esta região. O que nós ainda não sabíamos é que os locais são muito distantes uns dos outros.

Eu tinha conversado com o meu primo Walter e ele havia manifestado o interesse de que ficássemos juntos no carnaval, tendo em vista que já fazia muito tempo que não nos encontrávamos e a companhia deles é das melhores.

O Daniel e a Ana Paula também haviam nos contactado para programarmos alguma coisa para fazermos juntos. Nos outros carnavais nós acabamos indo um pouco mais longe, como Buenos Aires por exemplo, entretanto a Ana vinha manifestando há muito tempo o desejo de ir a Treze Tílias, mas como sempre passávamos pela região em viagem a um destino muito mais distante, acabávamos não parando lá por estar localizado muito perto.

Neste carnaval este parecia ser o momento certo para ir ao destino certo, Treze Tílias e Piratuba. De quebra estaríamos passando na cidade onde o meu cunhado nasceu e viveu a infância, Capinzal e, do outro lado rio do Peixe, Ouro.

A Ana e o Daniel se animaram, a Bê ligou para a Mariângela e depois falei com o Walter também e eles se animaram em ir junto. Maravilha, deu para acomodar todos os desejos em um local interessante. Pois bem, agora faltava apenas colocar a nossa agente de viagens, Bê, para reservar o hotel e descobrir o que mais tinha de interessante para visitar na região.

Muito bem, aí foi onde começaram os problemas, não haviam vagas em nenhum hotel. No TTPH, Chamado Treze Tílias Parque Hotel, tinha apenas um duplo com hidromassagem e dois apartamentos luxo sem banheira. Os preços eram altos, no entorno de R$ 2.600,00 por casal. Descobrimos que na região não tinha hotel somente com café da manhã, apenas com pensão completa.

Depois de resistir um pouco e buscar alternativas de hotel apenas com café da manhã, desistimos pois descobrimos que não havia mesmo possibilidade de conseguir um hotel normal. Em Treze Tílias não conseguimos nada, nenhuma outra alternativa. Desta forma acabamos indo buscar em Piratuba (terra de muito peixe, segundo a interpretação do Walter). Também não conseguíamos nada, desta forma acabamos indo até mesmo buscar casas para alugar.

Quando já estávamos buscando alternativas sabe Deus onde, a Bê mandou um e-mail para todo mundo dizendo que havia conseguido 3 quartos em um Hotel muito bom em Piratuba mesmo, com pensão completa, por menos de R$ 2.000,00 por casal. Bem, eu achei caro, mas não tinha alternativa, não tínhamos outra opção mesmo, era pegar ou largar. Falamos com o Walter/Mari e Daniel/Ana e eles também gostaram da alternativa. Desta forma fechamos e depositamos os valores das reservas equivalentes a 40% do total. Destino resolvido.

Nós havíamos trocado a moto preta pela amarela naquela semana e a loja entregaria a moto na quinta-feira para sairmos para a viagem na sexta, no dia seguinte. Não havia espaço para falhas. Na quinta a moto estava pronta com os acessórios todos instalados e pronta para a viagem. A moto estava uma delícia. Pegamos na quinta no finalzinho do dia e saímos para uma volta. A Bê como sempre queria ir longe, ela queria ir jantar no Recanto da Sereia, em Itapema. Eu disse para ela que não seria conveniente pois o freio da moto era novo e não estava bom. Na verdade o freio traseiro não estava freando nada mesmo.
Nós saindo da HD com a moto nova.

No dia seguinte combinei com o Ivan de passar na loja para ele dar uma olhada no freio. Tudo bem. Saí mais cedo do trabalho e fui para casa. A Bê já havia separado todas as roupas e foi somente trocar de roupas, colocar toda a bagagem na moto e sair para passar na HD para ver o freio e ajustar o pedal da marcha que estava um pouco baixo e a posição do GPS que estava mal direcionado.

Foi feita a sangria do freio e do ABS (acho que esta sangria do ABS é eletrônica). O freio ficou ótimo e a moto estava uma delícia. O único inconveniente é que estava chovendo, mas, quem gosta de viajar de moto nem liga para isso.

Ao longo do caminho a chuva foi aumentando e aumentando. Os carros começaram a parar, o que indica que a chuva estava mesmo demais de forte, pois isso significava que eles não estavam mais vendo a pista. Eu aumentei ainda mais o cuidado pois se os motoristas não enxergam bem era bem possível que não me enxergassem com muita facilidade também.

A água começou a empoçar muito na estrada e a chuva aumentando. Quando estávamos passando por Camboriú  notei que o som parecia estar com algum problema, pois teve um momento que parou de funcionar e depois acabou religando. Da mesma forma que estava acontecendo com a preta. Tudo bem, depois poderia mandar ver esse problema. Não demorou muito eu vi que acendeu o AUX no dial do rádio. Pensei comigo, como isso pode acontecer se não tem um cabo ligado no rádio?

Não demorou nada e a luz do ABS acendeu, indicando que o mesmo havia parado de funcionar. Bem, aí resolvi que deveria parar no primeiro posto que encontrasse pois com o ABS desligado e com aquela chuva isso poderia ser perigoso.

Não demorou nem um minuto e acenderam muitas luzes no painel e no local do odometro apareceu a inscrição BUS ER, imaginei que fosse algum tipo de erro do sistema eletrônico da moto. A esta altura o velocímetro e o conta-giros estavam zerados e nós devíamos estar a mais de 80 por hora. Que coisa doida. O farol e o pisca funcionavam normalmente, mas como tudo estava indo pro vinagre, quando avistei um posto Shell entrei sem nem titubear.

Assim como fomos treinados com o windows, desliga e liga costuma funcionar. Desliguei a moto, deixei alguns minutos e religuei. Tudo da mesma forma, às vezes o rádio ligava, às vezes não, aí começou a acontecer o que eu já imaginava, a moto algumas vezes não ligava outras vezes ligava. Agradeci a Deus por ela não ter parado de funcionar na estrada e me deixar no acostamento com aquela chuvarada toda.

Liguei para o Ivan e ele não soube me dizer nada, teria que levar de volta a moto para a loja para ver o que deveria ser aquilo que ele mesmo nunca havia visto acontecer com nenhuma moto. Bem o que fazer? Como não havíamos almoçado, acabamos jantando ali mesmo no Posto dos Amigos, acho que era esse o nome do posto, e ficamos esperando pelo Sr. Henrique, motorista do guincho da HD, para levar a moto e nos trazer de volta para Floripa.

Claro que ele demorou um pouco, pois o movimento não era pequeno. Na outra pista então, a que descia para Floripa, a fila de carros estava toda parada, logo, teríamos que enfrentar aquele movimento e, a expectativa é de que deveríamos chegar em casa muito tarde.

O Elton chegou com a Sportster 1200 que ele havia comprado naquela semana também e estava molhado de uma forma que dificilmente a gente encontra. Mas pensa num cara molhado, é pouco, seja mais criativo porque ele estava muito, mas muito, molhado. Quando ele desceu da moto escorria uma torneira de água de cada uma das mangas e das pernas das calças também.

A moto no guincho da Loja da HD.
Que pena, teríamos que ir de carro mesmo.


A Bê e o Elton encharcado do banho de chuva que tinha tomado até ali.

Logo em seguida entro o Seu Henrique com o guicho, que já tinha uma moto em cima que ele iria levar para Criciúma no dia seguinte e que acabou vindo passear com ele. Para colocar a minha moto em cima do caminhão fomos obrigados a empurrar a moto, pois não foi possível ligar de jeito nenhum. A pane tinha realmente se expandido e não tinha mais jeito mesmo.

Entramos no caminhãozinho junto com o Seu Henrique e o Elton foi em frente para Itapema, onde ele mora. e nós fizemos o retorno e quando pegamos a outra pista para voltar para Floripa o movimento foi diminuindo e pelo menos não ficamos parados na estrada. Foi muito legal, chegamos em casa devia ser umas 10 horas da noite, o que foi fantástico.

Conversamos com o Walter que havia chegado em Curitiba lá pelas 6:30 e que nós não pudemos ir encontrá-los. Falamos com o Daniel que entrou em contato com eles e tudo saiu bem. O Walter  e a Mari dormiram na casa do Daniel e da Ana, sem sequer eles se conhecerem, foi muito legal. O Walter, quando liguei para ele disse no telefone que eu havia perdido o amigo, que o Daniel agora era amigo dele. Hehehehe. Muito bom ter espírito livre e leve. Tudo fica muito mais simples.

Claro que a esta altura do campeonato, não tinha mais como a gente ir dormir em Curitiba e nós combinamos com eles de irmos direto para Piratuba na manhã seguinte.

Levantamos meio tarde e quando saímos de casa era 10 da manhã, ligamos para eles da Beira-Mar e o Walter disse que eles estavam passando pela Lapa, onde a Thalita morou. Bem, ainda estavam muito perto de Curitiba, decidimos que seria possível ir até a loja para ver se amoto tinha chegado e se já tinham achado qual o defeito e aproveitar para tomar um café da manhã maravilhoso na companhia de pessoas do bem.
Aí estava a nossa beldade chegando na loja da HD em Floripa na manhã do dia seguinte para ver o que poderia ter acontecido com ela.

Saímos da HD as 11 da manhã rumo a Piratuba, achei que estaríamos atrasados, mas ao menos estávamos felizes. As estradas não estavam muito movimentadas e fomos para a BR-282, tomando a direção de Lages e depois seguindo pela mesmo rodovia para o oeste, chegando em Capinzal e rumando para Piratuba.
A estrada estava muito tranquila a caminho de Lages.

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A Bê foi se divertindo com a máquina, como sempre ela gosta de viajar.
Passamos pelo caminho da neve, mesmo sendo verão.

Aí está a Rota da Amizade e os Municípios que fazem parte da rota.

Chegamos lá no hotel junto com eles, acho que coisa de menos de 5 minutos de diferença e eram 3:20 da tarde. Claro que não paramos para almoçar no caminho e eles pararam para fazer um lanche, acho que foi aí a diferença de tempo, além disso, acho que nós devíamos estar um pouco mais perto que eles.
A gradiosa Capinzal do Bidi e da Vilma.



Portal de Piratuba

Vista geral da cidade de Piratuba.

Fonte na avenida de chagada.

Finalmente nos encontramos todos. Ana, Eu, Daniel, Walter, Mari e a Bê aqui atrás da máquina.

O bom é que todos chegamos muito bem e que não tivemos nenhum inconveniente pelo caminho. A parte mais chata para nós foi não poder ter ido até Curitiba para poder encontrar o Walter e a Mari e poder dormir com eles na casa do Daniel para seguir na manhã seguinte até lá. Mas o Daniel e a Ana atenderam eles maestralmente de forma que tanto o Walter como o Daniel estavam em boas mãos.
Nosso Hotel. Simplinho mas limpinho. Hehehe.

Elas...

Eles...

Piscina térmica e coberta do hotel.

Adivinha se a gente estava feliz!

Assim que chegamos, fomos para o quarto vestir roupas de banho e descemos para a piscina do hotel, que era térmica e coberta. Ficamos por ali, tomando cerveja, beliscando batata e peixe fritos, brincando na água, conversando e colocando as notícias em dia até a hora do jantar. Depois da janta passamos pelo salão da piscina novamente, onde estava rolando um baile de carnaval. Demos uma olhadinha e fomos dormir.
Nossa mesa de jantar.

O grandioso baile de carnaval do hotel. Maravilha. Nem deu vontade de ficar. Por isso fomos até lá. Hehehehe.

No domingo de carnaval levantamos não muito cedo para irmos até as piscinas públicas da cidade, fizemos o exame médico e adquirimos os passes, válidos para o dia todo, para tomar banhos nas diversas piscinas que tem nos 2 locais que ficam localizados, praticamente, um ao lado do outro.
Nosso café da manhã no Piratuba Parque Hotel.

Ao longo do caminho vimos uma fonte, jorrando água até uma altura impressionante. Achamos que aquilo fosse normal e que fosse o resultado de alguma bomba, como normalmente acontece. Demorou para sabermos o porque do chafariz ter desaparecido. É que tem um determinado horário em que é aberto o poço e a água jorra devido ao artesianismo natural do poço, trazendo a água do Aquífero Guarani. Depois que soubemos disso ficou ainda mais interessante nossa visão.
Já que saímos do Hotel, encontramos o nosso almoço sendo preparado.

A parede colorida ao lado do hotel é uma parede de escalada. Meio alta, não?

Cidade de Piratuba. Bem européia.

Uma arara na porta de um hotel. Estava solta, senão seria crime ambiental.



Nós na fila do exame médico.

Fizemos o exame médico, que é muito rápido, pois a quantidade de pessoas é muito grande, e entramos na primeira área, localizada logo ao lado do local dos exames. Tinha uma quantidade muito grande de piscinas e ainda tobogã, escorregadores, grande e pequeno, além de piscinas com chuveiros, hidromassagem enorme, etc.
A estrutura é bem boa.

É um grande agito. Gente por todo lado. Mas bem tranquilo.
Voltando para almoçar no Hotel.
Fomos até lá embaixo, na piscina mais inferior, e ficamos de papo pro ar, como se diz, por ali mesmo até a hora do almoço que foi fácil de saber quando chegou, pois como praticamente todos os hotéis são de pensão completa e servem o almoço nos mesmo horários, o local simplesmente foi esvaziando numa velocidade incrível. Desligaram a água dos escorregadores e tudo. Bem, nos rendemos e fomos de volta para o hotel para almoçarmos também.

Nosso almoço.
Depois do almoço, saímos para caminhar pela linha do trem, na verdade Maria Fumaça, que liga Piratuba a Marcelino Ramos, em uma viagem turística, que faríamos no dia seguinte. O agitador, quer dizer, o responsável pelas atividades de recreação do nosso hotel, e ele nos informou qual o caminho e que deveríamos ir até uma porteira, localizada ao lado do rio do Peixe em um grande gramado, dando acesso ao rio. A Ana estava animadíssima para tomar um banho de rio e, confesso, que eu também estava, mas acabou não dando certo. Ao menos tomamos um banho de chuva.

Assim que descemos para a linha do trem, encontramos um verdadeira guerra de paintball. Muito bacana, até paramos ali e ficamos um pouco de tempo assistindo, até que o monitor nos disse que acabaríamos levando um tiro caso ficássemos ali, tão perto. Tendo em vista que a pressão dos tiros não era desprezível, tratamos de cair fora logo.

Andando na Linha.


Esse se esmerou em andar na linha.


Essa também se esmerou.

Durante quase todo o trajeto estava garoando, mas quando chegamos lá no tal gramado, na verdade uma fazendinha de alguém, onde tinha um terneiro pastando, passamos pela porteira, fechando-a novamente após a nossa passagem, e saltando ainda por uma cerca elétrica, bem baixinha, e fomos indo em direção ao rio. A chuva foi apertando e nós ali caminhando de lugar nenhum para nenhum lugar. A Bê de tamanco de salto alto, uma coisa pouco adequada àquele local.
Esse barquinho deu um show especial, parado ali na margem do rio do Peixe. Um quadro.

O Daniel e a Ana Paula sumiram, ao longo de um caminho, o Walter e a Mari, foram atrás. Eu e a Bê, que não conseguia mais andar pelo caminho de terra, virando lama, com aqueles saltos altos, diga-se de passagem, extremamente adequados para um passeio pelo campo, né Bê? Decidimos ficar por ali mesmo, até que eles sumiram e nós fomos voltando, já que depois de muito gritar e ninguém nos responder, chegamos à conclusão que ele acabariam nos encontrando.

A chuva estava apertando e nós caminhando pela linha do trem novamente, só que em sentido inverso, depois de algum tempo avistamos eles chegando atrás de nós, fomos indo devagar até que eles nos alcançaram e contaram que o Daniel estava dentro d'água quando o Walter alcanço ele. A Bê ia meio que se equilibrando em cima das sandálias até que em determinado momento ela caiu de joelhos e eu, que estava loga atrás, não consegui segurar, pois tombo é coisa muito rápida e não deu tempo de nada, a não ser chegar depois que ela estava com os joelhos e as mãos no chão, para ajudar a levantar e ver que graças a Deus ela não tinha se machucado, pois cair de joelhos nas pedras de uma linha férrea não é mole não.

Aí foi uma coisa meio doida, pois todos queriam de alguma forma ajudar à nossa amada Bê que tinha caído. O Daniel tirou o tênis para dar a ela e, embora ela não tenha aceitado a oferta, ele já tinha sujado completamente os pés com terra molhada e não tinha mais como colocar os tênis de volta. A Ana fez a mesma coisa e a Mari também. Eu e o Walter nem tentamos, pois ele ofereceu a barcaça que ele usava nos pés, um crok, tamanho 48 mais ou menos, para saber se ela queria entrar dentro para que nós a levássemos como se fosse uma maca. Hahahahaa.

Ao invés de voltar ao hotel, fomos até a piscina pública novamente, só que desta vez até a outra instalação, que era mais para adultos! Bem, na verdade era mais alto que a outra, subimos. Quando chegamos lá é que vimos a dificuldade de conseguir entrar dentro da água, só tinha pessoas. Fomos até a segunda piscina, que era coberta, afinal de contas estava chovendo cada vez mais. hehehe. Estava ainda pior. Aí achamos uma mesa que estavam desocupando e ficamos ali mesmo.
Nós na piscina pública para os adultos.


Um casal de pombinhos que estava em Lua de Mel. Hehehe.

Fomos analisando a situação até que conseguimos encontrar um cantinho na piscina, acho que o pessoal estava fugindo da chuva e a coisa foi ficando um pouco mais livre, ou seria o horário da janta??? Bem fomos nos ajeitando e aos poucos já estávamos achando bom ficar ali no meio daquela turba, conversando com todo mundo sobre o quanto eles gostam de ficar lá e que voltam todos os anos, etc., etc. Até que foi legal.

Voltamos para o hotel, tomamos banho, jantamos e saímos novamente para a noite carnavalesca de Piratuba, que estava mesmo animada. Um hotel na avenida principal organizou uma banda e uma bela festa de carnaval na rua mesmo. Todos os hóspedes tinham uma camiseta indicativa de que eram hóspedes e por isso podiam ficar sentados nas mesas ao redor do palco, os demais ficavam mesmo em pé ao redor.

A festa rolando ao lado do hotel na avenida principal.

E nós só curtindo a banda na passada.
Em um outro hotel ainda estava rolando um bailezinho à moda antiga, com sambas lentos, daqueles que se dança junto e devagarinho, assim como os sambas do Paulinho da Viola e Pixinguinha, acho até que tocou algo cantado pelo Nelson Gonçalves, o que não pode deixar de me lembrar do meu velho e querido pai, que realmente jamais esquecerei, pois em tantos locais posso vê-lo e encontrá-lo, parece que somente para reavivar a saudade, a qual, de forma alguma, pretendo esquecer ou deixar de sentir.

Fomos até a sorveteria, onde aliás, não tomamos sorvete nenhum, pois ninguém aguentava comer mais nada, ainda perguntei se tinha sorvete de tapioca com açaí, que, com muita sorte não teria, assim eu não precisaria comer um sorvete. E realmente não tinha, agradeci muito por isso, seria difícil mandar um sorvete depois de tudo que tínhamos comido naquele dia.

ônibus urbano que passava o tempo todo transportando o pessoal.
Retornamos ao hotel, mas na esquina dele tinha uma destas academias a céu aberto, embora nublado, e fomos passando por todos os equipamentos para a terceira idade, o que é de certa forma bom já irmos treinando para daqui a muitos e muitos poucos anos. hehehehe. Seguido de alongamentos e de volta para o hotel dormir.
Chegando na academia da 3ª idade. hahaha.

Se a fotógrafa fosse melhor teria ficado ótima.

Tomando um chimarrão para poder dormir bem.
Dia seguinte, tomamos o nosso café da manhã e fomos visitar a cascata da usina e uma caverna onde durante a Guerra do Contestado, 39 jagunços se escondiam. Nitidamente o lugar foi escavado, ou pelo menos aumentado através de escavação, meio sem ferramentas. O lugar é mais ou menos, não chega a ser uma obra prima da natureza, mas é interessante.
Vista do rio da usina.

Nós na chegada ao rio da Usina.

Elas são muito especiais e únicas. Hehehe.

O pessoal, que é da geração adoçante, não pode ouvir falar de uma trilha que sai andando como se fosse orgásmico. Para mim e para a Bê uma trilha que vai a lugar nenhum é apenas uma trilha, que por sinal, vai a lugar nenhum. Ainda mais, a trilha ia até um pinheiro, ou melhor, até uma Araucária. Que coisa! Uma trilha para ir até uma Araucária! Que é isso minha gente? Não vimos graça nenhuma e retornamos, eles seguiram em frente e em pouco tempo retornaram também, pois acho que o caminho não era assim tão longo.
Descendo para a Gruta.

A cachoeira do rio da Usina e a ponte metálica. 

Em dia de vazão alta deve ser bem bonito este lugar.

E nós entramos na caverna.

É meio apertado para andar pela caverna que não é muito grande.

Um bando de trogloditas, ao menos naquele momento éramos.


Daí nasceu o Mito da Caverna. Só que nós olhamos para fora e não para dentro.

A Bê animada para seguir pela trilha.

Super animada mesmo.

Agora ela já achou melhor voltar. Nem quis conhecer a tal da Araucária que tinha no final da trilha.

Depois de um tempo vimos o Walter e a Mari voltando através do rio. Deram uma volta meio diferente.
No retorno, um calor infernal e o bar que tem na entrada do caminho por onde chegamos e paramos em um estacionamento precário, estava fechado e não tinha como comprar uma água. Ficamos um pouco por ali e fomos embora, só para não voltar diretamente para o hotel, demos uma voltinha ali pela cidade de Ipira, que fica localizada do outro lado do rio do Peixe.
Ponte entre Ipira e Piratuba, sobre o rio do Peixe.

Piratuba.

Voltamos para o hotel, almoçamos e aguardamos um pouco pelo ônibus que veio nos buscar para o passeio de Maria Fumaça. Chegamos lá cedo, era pouco mais de meio dia e o trem saiu era 1:30 da tarde. O passeio foi muito legal. A lembrança do meu avô Jerônimo Vietta, pai da minha mãe, que trabalhou durante a vida toda na Estrada de Ferro Moggiana, em Ribeirão Preto e que no início da carreira era foguista, ou seja aquele cara que joga o carvão na fornalha da locomotiva.
Chegada na Estação. Nós não fomos na 1ª Classe. Fomos no último vagão.

Todo lugar tem lojinha para as lembranças.

Aí está a Maria Fumaça de 1920.

Eu e o Walter, netos do Jerônymo Vietta.
Depois de alguns anos foi promovido a maquinista e então dirigia o trem que anos depois recebeu um motor diesel e acabou com a existência das Marias Fumaças. Velhas lembranças de um tempo distante e que meu contato com ele era muito mais através das histórias que minha mãe, meu avô mesmo, que era um grande contador de histórias, contavam, além de todas as histórias que circulavam pela família da minha mãe, sendo que 2 irmãos dela também seguiram a carreira de ferroviários e ainda da família do meu pai também houveram muitos ferroviários.

O meu avô, Luiz Bianchi, italiano nascido em Torino, de quem com muito orgulho e, quem sabe pouco mérito, herdei o nome, havia sido batizado na Itália com o nome de Luiggi Giacomo Domenico Bianchi, também trabalhou na Moggiana, acho que era administrador, vários dos tios do meu pai também trabalhavam lá como contadores, compradores, e assim por diante. Ele acabou se casando aqui no Brasil com a minha bisavó Pasquina, que na verdade se chamava Santa Carrara, depois de casada Bianchi, ela também era uma italiana nascida em Padova.
A placa de origem da locomotiva de 1920.

Este senhor de 93 anos, trabalhou nesta ferrovia na década de 40-50. E voltou para relembrar a vida que teve ali. Dançou com as filhas e tudo. Um sujeito e tanto, muito simpático.

Nossa! Vê como eu devaneio por aqueles tempos, mas tudo isso são coisas que uma simples Maria Fumaça me trazem à lembrança, na verdade muito mais coisas ainda, que para registrar aqui ficaria muito fora de contexto, mas que um dia preciso registrar em outra história, neste mesmo local.

Pegando umas goiabas para a Bê antes da partida.

Partimos em direção a Marcelino Ramos.

O humorista Lírio fazendo as suas ensenações.

Mas que o trecho é longo isso é.
O trem saiu era 1:30 da tarde com destino a Marcelino Ramos que fica no Rio Grande do Sul, é um trecho de 60 km que o trem demora cerca de 2 horas para percorrer, mas que na verdade a gente nem percebe, pois é o tempo todo com músicos, atores, brincadeiras. O rio do Peixe fica o tempo todo ao lado dos trilhos, sendo que quando se está chegando em Marcelino Ramos tem uma linda ponte sobre o rio Uruguai, que foi erguida durante a construção da UHE Itá, primeiro projeto em que trabalhei durante os primeiros anos de profissão, logo que entrei na empresa em que trabalhos a mais de 30 anos.
Cruzando a ponte sonre o Uruguai na chegada de Marcelino Ramos.

Nosso trem. Apenas 1,5 horas para vencer os 60 km.
Chegando em Marcelino entramos em ônibus e subimos ladeiras enormes, que dá a impressão que o ônibus não vai conseguir subir, aliás, toda aquela região é assim, extremamente montanhosa. Escolhemos um passeio até o Santuário de Nossa Senhora Salete, da irmandade dos Saletinos, originada em uma aparição ocorrida nos Alpes em La Salette, na versão original, Notre Dame de La Salette, que também é a mulher do Santos, nosso querido amigo e companheiro de caminhada.
As meninas na fila da água da fonte.

A visita foi interessante e pegamos nossa garrafinha de água na fonte da praça que tem no mosteiro, onde consta uma réplica da aparição da Nossa Senhora diante das crianças. Fomos todos para dentro da bonita Igreja que recebe milhares de pessoas quando é dia de festa da comunidade, e o padre daquele lugar, que eu chamaria de pós-seminário, realizou uma celebração simples mas muito bonita.
Santuário de N. Sa. Salete.




Teve um momento em que o Padre pediu que levantássemos a mão direita, apontando para o altar, enquanto ele realizava uma oração que nem sei se era o Pai Nosso ou se era outra oração, mas o que mais me pareceu incrível foi que senti que minha mão estava fria, ou seja, eu estava perdendo energia poe ela, ou melhor, a energia circulava por mim e saia fortemente pela minha mão. Quando ele pediu que apontássemos a mão para a imagem da Santa, o processo se inverteu e a mesma energia começou a fluir muito fortemente, só que desta vez entrando pela minha mão. Uma coisa que nunca consegui explicar do que se trata, mas que sinto a muitos e muitos anos, acho que desde de quando era muito novo e nunca dei muita importância, mas que sempre senti, entretanto, nunca tão forte como neste dia.
A Santa sonhada pelo artista.
Pessoal folgado na clausura do mosteiro.
Ao final a Padre benzeu os objetos que tínhamos nas mãos e a garrafa d'água que todas as pessoas haviam pegado ali fora assim como nós. Foi uma experiência legal em um lugar diferente.

Saímos dali, com os mesmo ônibus e fomos até um mirante que tem próximo ao rio Uruguai, onde vimos a Maria Fumaça retornando de um passeio com passageiros dali de Marcelino mesmo, ou seja, enquanto desocupamos o trem para irmos ao Santuário uma outra turma embarcou para um passeio e estavam retornando. Depois daquela cena maravilhosa do trem cruzando a ponte, retornamos à estação para o embarque e retorno a Piratuba, novamente com uma série de shows, músicas e outras atrações.

Chegamos em Piratuba era quase 6 da tarde e fomos para o hotel, tomamos um belo banho na piscina do hotel e desta vez, participei da aulinha do nosso animador de torcida. Foram vários alongamentos e ginásticas de todo tipo, sempre na água, foi bem legal. Depois fomos nos arrumar e jantar. Foi um dia muito legal. Ficamos conversando muito, pois aquele era o último dia em que ficaríamos juntos o dia todo, pois na terça-feira, dia seguinte, seria o dia de irmos embora.

Mas, após o jantar, ainda teve um show com um humorista da região, no qual nos divertimos mais um pouco. O cara é bom mas pena que era o mesmo show que ele já tinha apresentado durante o passeio de trem da tarde. Mas ainda assim pudemos dar boas risadas.

Na manhã do dia 12, dia de carnaval na verdade, tomamos o nosso café e fomos até Treze Tílias, no caminho passamos por Capinzal, capital onde o Bidi nasceu, Ouro, que fica do outro lado do rio do Peixe, Joaçaba e mais alguns outros locais da Rota da Amizade que é como é chamada aquela região. Em resumo é uma região muito bonita pela sua geografia mesmo. cheia de altos e baixos, sendo que durante boa parte do caminho seguimos ao longo do rio do Peixe mesmo e depois nada mudou. É muito sobe e desce mesmo.

Chegando em Treze Tílias, demos uma voltas pela cidade e visitamos o atelier do Gotfredo Thaler, seu mais famoso filho, e é quem esculpiu o cristo que está na Igreja de Dom Bosco em Brasília. Uma cruz de 14 m de altura com um Cristo de 7 m, ou seja, o Gotfredo era um escultor de grandes peças de madeira. As obras que ainda se encontram na casa dele são muitas e impressionantes.

As 2 filhas dele também produzem esculturas, mas de menor tamanho. A viúva dele, Judith, ficou ali conversando conosco durante muito tempo e para sair foi um pouco difícil até, mas ainda tínhamos que encontrar onde almoçar e todos tínhamos que chegar em casa ainda, sendo que o Walter e a Mari tinham que ir até Boituva-SP, que estava distante ainda cerca de 800 km.

Fomos até um hotel maravilhoso, localizado ao lado da Igreja Matriz, e ainda conseguimos comer, pois estava no fim e não tinha quase ninguém almoçando ainda. Comemos muito bem, uma comida típica da Áustria, pois Treze Tílias, se orgulha de ser a cidade mais austríaca fora da Áustria que existe, sendo que é a única cidade, que não uma capital, que possui um Consulado da Áustria.

Realmente a cidade é linda e a Ana tinha razão de querer conhecer aquele lugar. Tem muitos e muitos escultores na cidade que tem cerca de 80 anos desde a sua criação. Depois do almoço eu e a Bê seguimos de volta para FLoripa e o Walter e o Daniel foram para Curitiba, sendo que de lá o Walter seguiria seu caminho para Boituva. Ao final, depois ficamos sabendo que eles acabaram tendo que dormir em Registro, pois ficou tarde e eles acabaram ficando com sono. Pela manhã, saíram às 6 e foram até São Paulo, buscar a Luíza e o Benjamin para seguirem o caminho até a cidade deles.

Foi um final de semana maravilhoso, onde todos nós aproveitamos muito e deixou muitas saudades, pena apenas de não ter dado certo de irmos de moto, mas, ainda assim foi muito legal.

Abraços a vocês Daniel, Aninha, Walter e Mari, companheiros de primeira grandeza!