TRAJETO: CURITIBA – PUNTA DEL ESTE - CURITIBA
PERÍODO: 20 a 24/04/2011
VIAJANTES:
Harley Davidson Eletra Ultra Glide Classic 2010: Luiz e Bê
KIA Sportage: Luciano, Cintia e Luciano Fo. (8 meses) - Netinho
Olha a gente aí em Punta del Este. |
Dia 1: 20/04/2011 – Florianópolis – Gravataí - 440 km + 300 km (Curitiba - Florianópolis)
Trecho Florianópolis - Gravataí
Nesta Semana Santa, estavamos em Florianópolis, então descemos com a nossa HD de Curitiba para lá já que pretendíamos seguir para o Uruguai no final da tarde da quarta-feira, dia 20, aproveitando que dia 21 de Abril é feriado nacional.
Ainda estávamos combinando com o Luciano e a Cíntia, nossos genro e filha, que estavam tentando se organizar para seguirem conosco neste passeio de Páscoa. Durante a semana e depois de várias tratativas, eles acabaram indo com a nossa Sportage.
Desta vez tomamos todos os cuidados relativos à documentação necessária para podermos sair do país, já que na última tentativa eu, a Bê, o Daniel e a Ana Paula, estávamos em duas Harleys, e quando chegamos na fronteira não pudemos seguir, pois tanto eu como o Daniel estávamos apenas com a carteira de motorista, coisa de louco, pois estávamos carecas de saber que não se sai do país sem um documento oficial.
Na quarta-feira, dia 20, eu e a Bê saímos de Florianópolis, já passava era 5 horas da tarde, o movimento na ponte para sair da Ilha de Santa Catarina é sempre difícil. Seguimos em direção à BR-101. Esta rodovia está em duplicação a uns 10 anos apenas, e o tráfego por lá é muito difícil e perigoso, exigindo muita atenção dos motoristas, não só atenção mas principalmente paciência. Nossa preferência para seguir ao sul sempre foi a BR-116, que passa por Mafra, Lages, Caxias do Sul, etc., embora seja pista simples é muito mais livre e menos perigosa que a 101.
Nosso destino que era algum lugar próximo de Porto Alegre, onde pretendíamos parar para dormir e esperar pela chegada do Luciano. Assim que escolhêssemos um lugar era só avisar a eles para que pudessem nos encontrar.
O Luciano acabou tendo que ir para São Paulo na quarta-feira e conseguiu retornar apenas no vôo que chegou em Curitiba às 22:00h. Ele foi para casa, tomou banho, jantou, colocaram toda a bagagem no carro e saíram de Curitiba rumo a Porto Alegre à meia-noite. Coisa de louco, pois a distância é grande, 725 km.
Eu e a Bê chegamos em Gravataí já era meia-noite, na avenida que entra para a cidade paramos em um posto Ipiranga para abastecer e, ao lado do posto, tem o Hotel Radar, nos hospedamos ali. Avisamos ao Luciano e à Cintia do local onde estávamos, preocupados com eles que estavam na estrada, mas como o Luciano é um bom motorista, acostumado a sair de Curitiba e ir até o Rio de Janeiro em uma puxada só, ou sair em dois do Rio e ir até o nordeste praticamente sem parar no caminho, ficamos tranquilos de que tudo daria certo.
Dia 2: 21/04/2011 – Gravataí - Punta del Este - 760 km
Trecho 1, Brasil: Gravataí - Chuí - RS - 540 km |
Trecho 2, Uruguai: Chuy - Punta del Este - Uruguai - 220 km. |
De fato, eles chegaram em Gravataí na quinta-feira às 9:30 da manhã. Descemos para tomar café com eles e descobrimos que o café era servido somente até as 9:30h, logo, perdemos o café. Eles haviam entrado em Gravataí por outra avenida e ficaram um bom tempo procurando pelo Hotel, o uqe acabou atrasendo um pouco a chegada deles.
Saímos do Hotel Radar e fomos tomar um café da manhã na lanchonete ao lado do Posto Ipiranga, já que o Luciano disse que não iria dormir nem um pouco, pois havia parado em um posto no caminho e dormiu um sono no carro por cerca de 1 hora e que estava inteiro. Como ele estava com boa aparência, seguimos em direção a Porto Alegre após nosso café da manhã.
Luciano e Cintia no carro |
Lucianinho feliz por estar saindo do país pela primeira vez. Hehe |
Nós à direita (Ultra vermelha) e outras motos passando. |
Mesmo assim, houve um momento em que acabamos nos distanciando e após uma praça de pedágio paramos em um posto para esperar por eles. Ficamos cuidando e nada deles. Depois de algum tempo, que julgamos mais do que suficiente para eles passarem, e nada, ligamos para a Cintia. Por sorte ela atendeu e disse que estava passando por uma Concessionária da Mercedes Benz e que não tinham passado pelo pedágio. Voltamos até o pedágio para esperar e nada. Depois de mais de meia hora, ligamos novamente e o Luciano disse que tinham acabado de passar o pedágio e que estavam passando por um posto da Polícia Rodoviária Federal e que ele iria parar no primeiro posto de combustível que encontrasse para nos esperar.
Bem, seguimos em frente, passamos pela Loja da Mercedes, que ficava logo depois do posto onde havíamos ficado esperando por eles. Aí foi que vimos o tamanho da bobagem, eles haviam passado por nós e não havíamos visto. Que coisa de louco! Seguimos, passamos pela polícia e depois um posto onde eles não estavam. Entramos à esquerda na BR-392, andamos bastante e encontramos um pedágio, passamos por ele e depois vimos um posto da PRF então entendemos onde eles deveriam estar. Seguimos procurando o primeiro posto de gasolina. Aí foi longe, porque pegamos a BR-471, onde inicia a Reserva do Taím e não tem posto de combustível. Que saco! Havíamos combinado no primeiro posto de combustíveis depois daquela PRF, bem não tinha o que pensar, era seguir até o primeiro posto, estivesse ele onde estivesse.
Reserva do Taín - Veja o tamanho das Capivaras. Coisa de louco!!! Depois conto porque desta foto. |
Cintia e Lucianinho esperando por nós no posto após a Reserva do Taín. |
Assim que nos encontramos, saímos, sem abastecer, e seguimos em frente. Chegando no Chuí, fomos atrás da carta-verde para o carro, pois a da moto eu tinha adquirido aqui mesmo antes de sair, mas eles não tiveram tempo de organizar este documento e compramos na fronteira.
Aí ponderamos de ficar para dormir no Chuí ou no Chuy, um no Brasil e outro no Uruguai, pois eles deviam estar pra lá de cansados, haviam passado a noite e o dia rodando. O mais tranquilo era o Lucianinho, que estava em paz, ele é de mais, pois fica apenas prestando a atenção em tudo que tem no caminho e não perde oportunidade para dar seus gritos e graças.
Depois de perguntar sobre estadia, fomos informado de que os hotéis estavam cheios, e que seria muito difícil de conseguirmos achar vaga. Aí pensamos em ir até Rocha, jantar no Maria Esther, onde já havíamos almoçado em outra viagem e ver se dormíamos por lá.
Passamos a fronteira sendo que na aduana do Uruguai tinha uma fila do tamnho de um bonde. umas 50 pessoas em nossa frente e o pior é que depois de nós não chegou mais ninguém, ou seja, a fila acabou junto conosco.
Depois de muita confusão, pois passar com 2 veículos, 4 adultos e um bebê às vezes pode ser complicado. Houveram casos que me eximo de relatar, mas finalmente saímos de lá. Como não tinha posto próximo em direção a Punta, resolvemos voltar para a fronteira para abastecer a moto e o carro no Chuy, de preferência no lado Uruguaio, aproveitando que a gasolina deles é mais cara mas é de qualidade bem superior à nossa.
No Uruguai em Castillo, estavamos atrás de algum lugar para jantar. Este local era bom mas não tinha grelha (Parrilla). Para quem não dormiu o Luciano está com a cara ótima, não? |
Seguimos, passamos pelo forte de Santa Tereza, mas como era noite não paramos, apenas vimos da estrada as muralhas iluminadas. Passamos por Castillos, onde chegamos a parar em um restaurante muito interessante, mas que não tinha grelha, ou seja, parilla, para que pudéssemos comer um entrecôte uruguaio, que é coisa de louco para quem gosta de uma boa carne. Depois de vários quilômetros chegamos em Rocha e ao lado do posto que tem na entrada para a cidade, encontramos o já famoso Parador Maria Esther.
Bê, Luciano, Cintia e Lucianinho dormindo no Bebê Conforto no Parador Maria Esther - Rocha - UY. |
Eu, a Bê e o Lucianinho (acho que ele não queria o beijo...) |
Nós e a Patrícia. Que Beleza!!!!! Neste Restaurante a gente come bem. |
Para dormir, como bons loucos que somos, seguimos depois da janta para Maldonado/ Punta del Este. Demorou um pouco e acabamos chegando já devia ser 1 hora da manhã, imediatamente começamos a procurar hotel. Depois de passar por uns 5 e todos estarem lotados começamos a desconfiar que a cidade estava realmente lotada.
Hotel Castell Abatte que ficamos na primeira noite em Punta Chegada no Hotel as 4 da matina. |
Não teve como não lembrar de uma vez que fomos os quatro juntos para Buenos Aires, uns 3 anos atrás, e pegamos um taxi no shoping Abasto, próximo à Esquina Carlos Gardel, casa que apresenta shows de tango, e um motorista porteño, dos mais mal educados, quando perguntamos como era o nome daquele bairro ele respondeu:"Abasto", mas com uma entonação que se tivesse me chingando daria exatamente na mesma. Como Abasto e Abatte soam da mesma forma, não teve como não lembrar e rir muito disso.
Dia 3: 22/04/2011 – Punta del Este
O quarto era muitíssimo simples e o banheiro também, acho que o Hotel deve ter mais de 50 anos. O café da manhã foi daqueles inesquecíveis. Umas torradas, margarina, café, leite, geléia, bolacha e um suco de laranja, tudo servido na mesa mesmo. Até que já tomamos piores.
A primeira coisa que fizemos foi dar baixa no Hotel, pagamos a conta que não foi barata, US$ 80,00 por casal, e paramos em um local de Informações Turísticas para ver se conseguíamos vaga em um Hotel melhorzinho, pois aquele era sacanagem, mas ao final não podemos reclamar muito já que a opção era de dormir na rua, ou na areia da praia, e estava bem frio para isso.
Informações Turísticas - Atrás de um Hotel melhor no sábado. |
Avenida Beira Mar em Punta del Este. |
Da para acreditar nisso!!!! |
Luciano e Cintia com o Conrad ao fundo. |
Eu e a Bê também na frente do Conrad. |
Vista dos prédios na Beira Mar - Coisa muito humilde mas limpinho (Hahah) |
Eita nóis em Punta!!!! Que coisa boa! |
As HD que vimos estacionadas. Reparem como realmente são parte da paisagem. As pessoas nem reparam!!! |
Largo do Farol em frente ao Hotel The Smalleast |
Após nos instalarmos no Hotel saímos para passear, apenas com o carro, deixei a moto na frente do Hotel, e chegamos em um restaurante que parecia ser ótimo, porém a fila estava de matar. Logo ao lado encontramos um outro local muito bom, chamado Boca Chica.
Nós no Boca Chica brindando com um Clericot de frutas com um Chardonay. Delícia!!! |
Nota-se que Punta del Este é onde começou o balneário e que depois o mesmo foi se expandindo, mas é de impressionar o bom gosto reinante naquela região. Prédios e mansões de arquitetura requintada, de onde se tira que existe um mundo melhor, pena que é tão caro. Hahaha. Mas como a nossa moeda está muito valorizada até que é possível para nós brasileiros conhecermos este lugar.
Bê no Boca Chica - Que vista... |
Cintia e Luciano na varanda do Boca Chica |
Cintia e Bê no Boca Chica |
Monumento aos Afogados - Que nome de mau gosto! |
Exemplo de casinha indicando que existe um mundo melhor .... |
Ponte maluca!!! Ponte Leonel Vieira. No Brasil acho que teríamos um golpe de estado se algum governante fizesse uma ponte assim. |
Nossa surpresa foi grande quando vimos que tratava de um Hotel, chamado Hotel Alberge. Um verdadeiro albergue mesmo, quase um albergue da juventude. Coisa para estudante. Parei e fui perguntar o valor da diária, até que achei razoável, poderíamos ter ficado lá. Quem sabe da próxima vez que voltarmos.
Hotel Alberge - De perto. |
Hotel Alberge - De longe. |
Voltamos pelo mesmo caminho, passamos por um Supermercado para comprar Alfajores, mas pena que não tinha o Negro - Punta Ballena, que na nossa opinião é o melhor alfajor do mundo. Mas, de quebra, a Cintia encontrou a Cléo Pires e registrou o fato em uma foto. Ainda bem que ela estava lá, eu muito ignorante nestes assuntos de televisão nunca havia visto a dita, depois me disseram que é filha da Gloria Pires e do Fábio Júnior (não sei nada mesmo!!!)
Cintia, Lucianinho e Cléo Pires no Supermercado. Parece que o rapaz atrás é o marido dela. |
Aí chegamos no monumento de entrada da Casa Pueblo que originalmente era uma casa de veraneio do artista plástico uruguaio Carlos Páez Vilaró depois acabou se transformando em um museu de arte e um hotel. Como chegamos de noite, muito pouco deu para ver ou fotografar, aí resolvemos que voltaríamos lá no dia seguinte. Entramos no hotel e a recepcionista ficou nervosa para se ver livre de nós, ou seguíamos para o restaurante ou nos convidava para sair.
Entrada da Casa Pueblo - Punta Ballena |
Saímos da Casa Pueblo e retornamos em direção a Punta del Este. Como não tínhamos visto nenhuma churrascaria entre Punta del Este e Punta Ballena resolvemos que deveríamos ir a Maldonado para procurar uma boa parrilla.
Chegando no centro de Maldonado perguntamos a um senhor, que era guardador de carros, e ele nos indicou o "Lo de Ruben" como sendo a melhor churrascaria de lá, nos indicou a direção e fomos.
Assim que chegamos deu para ver que acertamos em cheio em seguir a dica do cuidador de carros, o restaurante Lo de Ruben é realmente famoso e dos melhores que tem lá. Estava cheio de turistas e pela churrasqueira do dito, que está na foto abaixo, da para ver o quanto é interessante.
Na churrasqueira tem batata doce assada que é servida caramelizada, linguiça, mursilha doce e salgada, pimentões assados, batata inglesa e mais uma série de acompanhamentos que não estamos habituados a consumir aqui no Brasil e, diga-se de passagem, para quem gosta de comer, é da melhor qualidade.
Esse é o principal objetivo da viagem, eta carne boa!!!! |
Depois da nossa maravilhosa janta, acompanhada de uma Pilsen desta vez, pois não tinha Patrícia, retornamos ao nosso Hotel e tiramos a foto abaixo, da Cintia e Lucianinho na entrada do mesmo.
Dia 4: 23/04/2011 – Punta del Este - Pelotas - 553 km
Punta del Este - Pelotas |
Tomamos um belo café da manhã, muito melhor que o tínhamos tido no dia anterior lá no El Piollito (hehe) este tinha até cereais matinais com yogurte, suco de laranja, croissant, etc. depois do café saímos já de mala e cuia com destino a Punta Ballena para ver a Casa Pueblo de dia e depois tomar o caminho da fronteira.
Fomos até Punta Ballena e a entrada do Hotel Casa Pueblo estava entulhada de turistas. Não dava para entrar na rua que leva ao hotel, assim sendo seguimos direto até a ponta do cabo. Lá também tinha algum movimento de turistas e um tipo de feirinha de artesanato.
Esse é um casal muito mais comportado! Hehehe |
Da Punta Ballena se avista a Casa Pueblo conforme indicado na foto abaixo. É uma casa bem maluca mesmo, coisa de artista nada convencional.
Casa Pueblo. Hoje é Museu e Hotel, mas começou como casa de veraneio do artista plástico Vilaró |
No café do Sams resolvemos que iríamos almoçar no Novillo Feliz, que ficava na esquina, e que ao invés de voltarmos pelo Chuí iríamos voltar passando por Rio Branco e Jaguarão, assim eles poderiam conhecer outro caminho.
Novillo Feliz com a churraqueira ao fundo |
Tomamos a Patrícia de leve, afinal de contas teríamos muitos quilômetros para rodar e bebida não combina com o trecho, aí seguimos em direção de San Carlos, pela 39.
Em frente ao Novillo Feliz. Muito carinho. |
Pena que chegamos em Rio Branco às 19:30h e o comércio estava fechando. Não coseguimos mais entrar em nenhuma loja. diferentemente de Rivera, na divisa com Santana do Livramento, o comércio fechava cedo.
Nas cidades de fronteira do Uruguai, eles implementaram um esquema de free shop, assim pode-se comprar qualquer tipo de produto sem impostos. Algo parecido com Ciudad del Este, no Paraguai. Ficamos frustrados pois queríamos comprar um óculos para a Louise que estava fazendo aniversário neste dia. Que pena!
Quando passamos por Melo, paramos em um posto de gasolina para abastecer a moto e esticar as pernas e acabamos encontrando os dois casais que estavam com as duas ultras que haviamos fotografado em Punta del Este, pessoas muito legais, um casal de Porto Alegre e o outro de Pelotas, eles nos indicaram que deveríamos comer em Rio Branco no Restaurante Churrascaria Batuva. Não tivemos dúvida, quando chegamos lá, o comércio estava fechado e fomos atrás do restaurante que fica na região do free shop em uma rua que os carros não entram, somente para pedestres.
Nós em frente a churrasqueira do Batuva. Estilo uruguaio. |
A noite estava muito clara, cheia de estrelas e nenhuma lua embora estivesse ficando cada hora mais frio. Depois que saímos do Batuva, coloquei a calça de chuva, que é grossa e não deixa o vento passar, troquei a luva por uma mais quente e seguimos em frente, cruzando a Ponte que liga Rio Branco a Jaguarão no RS, passando por cima do rio Jaguarão que serve de divisa entre o Brasil e o Uruguai.
Seguimos para a BR-116 e fomos em direção a Pelotas.
A noite continuava sem nenhuma nuvem e com o céu qualhado de estrelas, pois na região tem poucas cidades o que torna o local escuro e a quantidade de estrelas no céu aumenta significativamente quando o local é escuro como lá.
A estrada estava muito boa e quase sem movimento nenhum na noite de sábado, quando estávamos a uns 10 quilômetros de Pelotas, às 10:25 da noite exatamente, senti uma forte pancada no pé esquerdo, que jogou minha perna para trás. Sem saber o que tinha acontecido, cruzei uma ponte e segui em busca de um local com acostamento seguro para poder estacionar.
Falei com a Bê se ela sabia o que tinha acontecido e ela não tinha visto nada também. Achamos que poderíamos ter batido em uma pedra ou algo assim e fiquei com medo de ter uma fratura exposta em minha perna esquerda. Tentei voltar o pé no estribo, onde ele estava, mas não achei o apoio. Algo tinha acontecido, eu não podia olhar para manter a minha atenção na estrada.
A velocidade foi diminuindo e pedi à Bê que não descesse da moto quando parasse no acostamento, pois eu não queria apoiar o meu pé esquerdo no chão, teria que parar com o freio dianteiro e apoiar com o pé direito.
Parei, ela ficou quieta atrás e eu não conseguia baixar o pé de apoio. Aí vi que devia ter quebrado o pé. O Luciano parou o carro logo atrás e veio ver a gente. Ele abaixou o pé da moto para mim e aí a Bê desceu. Aí perguntei a ele se ele tinha visto o que tinha acontecido e ele nos contou que havíamos atropelado uma capivara e que ela ficou girando na pista e ele acabou por passar por cima dela também. Ele disse que viu que ela entrou correndo na frente da moto, bem perto, e que quando bati na grande uma outra pequena, que estava vindo atrás, fez a volta e retornou para o mato.
Eu fiquei sentado na moto esperando para ver como o pé estava. Ponderei sobre continuar até o pedágio que estava perto, uns 2 km à frente, mas depois de uma avaliação vi que não tinha condição, pois não conseguia mover o pé para trocar as marchas.
Mais um barulho na estrada e chegou um Honda Civic parando à nossa frente e perguntando se também tínhamos atropelado a capivara. ele quebrou o para-choque do carro. Pedimos a eles que avisassem no pedágio para que mandassem uma ambulância e um guincho para a moto.
Pouco depois, bendito pedágio, a ambulância chegou os paramédicos fizeram uma tala para o meu pé e como tenho UNIMED ele me disse que me levaria na Santa Casa que tem uma ala somente da UNIMED em Pelotas. Pedi que parasse no banheiro do pedágio antes pois eu estava mesmo apertado para ir até o dito, ainda mais depois do cagasso que tinha passado.
Fomos até o Hospital e aguardamos um tanto para sermos atendidos no raio X, parece que tinha alguma emergência. Lá pela 1 da manhã tirei o raio X, o Doutor me atendeu e pediu mais algumas chapas especificamente do calcanho.
Aí ele me disse que o caso era para cirurgia e que eu havia quebrado o calcanho e o tornozelo.o tinha como não fazer uma cirurgia. Falei para ele que era de CUritiba e ele me disse que faria uma tala de gesso para que eu pudesse me deslocar para cá, de preferência da avião, e que seria melhor fazer a cirurgia aqui em Curitiba.
Saímos do Hospital às 4 da manhã, quando o Luciano foi nos buscar e eles já haviam se alojado no Hotel Curi. Muito bom o hotel, inclusive porque me deram um quarto próximo do elevador para que eu não precisasse pular muito longe. A sacanagem foi que o quarto era do tipo enorme, tinha hall de entrada, banheiro, sala de televisão e dois quartos, dá para acreditar? 2 quartos, só para eu ir pulando mais longe. Quando cheguei na cama me joguei, estava exausto, pelos pulos e pelo estresse gerado pela dor que não era pouca, mesmo com os remédios.
Dia 5: 24/04/2011 - Domingo de Páscoa - Pelotas - Porto Alegre - Curitiba
Na manhã seguinte, acordamos, a Bê levou meu café no quarto, eu quase não comi pois estava totalmente sem fome, depois de ter passado uma noite de cão por causa da dor no pé e porque não tinha posição para colocar o dito cujo de maneira que não ficasse doendo.
Saímos do hotel já devia ser meio dia, o pessoal era muito atencioso e acabaram me arranjando uma cadeira de rodas o que facilitou a minha ida para o carro. O Luciano que me levou e acabou se atrapalhando todo no elevador e quase que larga meu pé ferrado para fora da porta. Foi uma coisa de doido.
Depois disso, acabamos saíndo de lá e fomos até o posto onde a moto estava para trancar o guidão e ver de dia como tinha ficado. Até que o estrago maior foi no meu pé mesmo pois na moto estava muito bem. A pedaleira, onde estava meu pé é que havia se deslocado para trás e meu pé de bota e tudo.
Seguimos para a BR-116 e fomos em direção a Pelotas.
A noite continuava sem nenhuma nuvem e com o céu qualhado de estrelas, pois na região tem poucas cidades o que torna o local escuro e a quantidade de estrelas no céu aumenta significativamente quando o local é escuro como lá.
A estrada estava muito boa e quase sem movimento nenhum na noite de sábado, quando estávamos a uns 10 quilômetros de Pelotas, às 10:25 da noite exatamente, senti uma forte pancada no pé esquerdo, que jogou minha perna para trás. Sem saber o que tinha acontecido, cruzei uma ponte e segui em busca de um local com acostamento seguro para poder estacionar.
Falei com a Bê se ela sabia o que tinha acontecido e ela não tinha visto nada também. Achamos que poderíamos ter batido em uma pedra ou algo assim e fiquei com medo de ter uma fratura exposta em minha perna esquerda. Tentei voltar o pé no estribo, onde ele estava, mas não achei o apoio. Algo tinha acontecido, eu não podia olhar para manter a minha atenção na estrada.
A velocidade foi diminuindo e pedi à Bê que não descesse da moto quando parasse no acostamento, pois eu não queria apoiar o meu pé esquerdo no chão, teria que parar com o freio dianteiro e apoiar com o pé direito.
Parei, ela ficou quieta atrás e eu não conseguia baixar o pé de apoio. Aí vi que devia ter quebrado o pé. O Luciano parou o carro logo atrás e veio ver a gente. Ele abaixou o pé da moto para mim e aí a Bê desceu. Aí perguntei a ele se ele tinha visto o que tinha acontecido e ele nos contou que havíamos atropelado uma capivara e que ela ficou girando na pista e ele acabou por passar por cima dela também. Ele disse que viu que ela entrou correndo na frente da moto, bem perto, e que quando bati na grande uma outra pequena, que estava vindo atrás, fez a volta e retornou para o mato.
Eu fiquei sentado na moto esperando para ver como o pé estava. Ponderei sobre continuar até o pedágio que estava perto, uns 2 km à frente, mas depois de uma avaliação vi que não tinha condição, pois não conseguia mover o pé para trocar as marchas.
Mais um barulho na estrada e chegou um Honda Civic parando à nossa frente e perguntando se também tínhamos atropelado a capivara. ele quebrou o para-choque do carro. Pedimos a eles que avisassem no pedágio para que mandassem uma ambulância e um guincho para a moto.
Pouco depois, bendito pedágio, a ambulância chegou os paramédicos fizeram uma tala para o meu pé e como tenho UNIMED ele me disse que me levaria na Santa Casa que tem uma ala somente da UNIMED em Pelotas. Pedi que parasse no banheiro do pedágio antes pois eu estava mesmo apertado para ir até o dito, ainda mais depois do cagasso que tinha passado.
Fomos até o Hospital e aguardamos um tanto para sermos atendidos no raio X, parece que tinha alguma emergência. Lá pela 1 da manhã tirei o raio X, o Doutor me atendeu e pediu mais algumas chapas especificamente do calcanho.
Aí ele me disse que o caso era para cirurgia e que eu havia quebrado o calcanho e o tornozelo.o tinha como não fazer uma cirurgia. Falei para ele que era de CUritiba e ele me disse que faria uma tala de gesso para que eu pudesse me deslocar para cá, de preferência da avião, e que seria melhor fazer a cirurgia aqui em Curitiba.
Saímos do Hospital às 4 da manhã, quando o Luciano foi nos buscar e eles já haviam se alojado no Hotel Curi. Muito bom o hotel, inclusive porque me deram um quarto próximo do elevador para que eu não precisasse pular muito longe. A sacanagem foi que o quarto era do tipo enorme, tinha hall de entrada, banheiro, sala de televisão e dois quartos, dá para acreditar? 2 quartos, só para eu ir pulando mais longe. Quando cheguei na cama me joguei, estava exausto, pelos pulos e pelo estresse gerado pela dor que não era pouca, mesmo com os remédios.
Dia 5: 24/04/2011 - Domingo de Páscoa - Pelotas - Porto Alegre - Curitiba
Na manhã seguinte, acordamos, a Bê levou meu café no quarto, eu quase não comi pois estava totalmente sem fome, depois de ter passado uma noite de cão por causa da dor no pé e porque não tinha posição para colocar o dito cujo de maneira que não ficasse doendo.
Saímos do hotel já devia ser meio dia, o pessoal era muito atencioso e acabaram me arranjando uma cadeira de rodas o que facilitou a minha ida para o carro. O Luciano que me levou e acabou se atrapalhando todo no elevador e quase que larga meu pé ferrado para fora da porta. Foi uma coisa de doido.
Eu com o pé na tala no Hotel Curi em Pelotas |
Depois disso, acabamos saíndo de lá e fomos até o posto onde a moto estava para trancar o guidão e ver de dia como tinha ficado. Até que o estrago maior foi no meu pé mesmo pois na moto estava muito bem. A pedaleira, onde estava meu pé é que havia se deslocado para trás e meu pé de bota e tudo.
Esta viagem foi muito boa, mas não acabou bem não.
Acho que tem alguma coisa a ver com o Uruguai, pois todas as vezes que fomos até lá aconteceu algo. Na primeira vez, junto com o Daniel, a Ana Paula não pode ir, e na volta pegamos uma chuva de matar, que não parou, desde Jaguarão até Mandirituba, do lado de Curitiba; na segunda vez, fomos eu e a Bê sozinhos, recebemos uma multa na Argentina e na volta, depois de passar pelo Uruguai, furou o pneu trazeiro acima de Santa Maria no RS; terceira vez, eu e o Daniel esquecemos os documentos e não conseguimos entrar no Uruguai, e nesta quarta vez, me ferrei com a capivara.
Se eu fosse supersticioso acharia que tem algo de pesado neste lugar....
Acho que tem alguma coisa a ver com o Uruguai, pois todas as vezes que fomos até lá aconteceu algo. Na primeira vez, junto com o Daniel, a Ana Paula não pode ir, e na volta pegamos uma chuva de matar, que não parou, desde Jaguarão até Mandirituba, do lado de Curitiba; na segunda vez, fomos eu e a Bê sozinhos, recebemos uma multa na Argentina e na volta, depois de passar pelo Uruguai, furou o pneu trazeiro acima de Santa Maria no RS; terceira vez, eu e o Daniel esquecemos os documentos e não conseguimos entrar no Uruguai, e nesta quarta vez, me ferrei com a capivara.
Se eu fosse supersticioso acharia que tem algo de pesado neste lugar....