Imagens do Fin del Mundo

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Eu estive lá. De frente para a vida!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Arujá e Paraty

CURITIBA - ARUJÁ - PARATY - ARUJÁ - SÃO PAULO - CURITIBA


DATAS: 09/10 A 12/10/2010
PARTICIPANTES: LUIZ, BÊ, DANIEL E ANA PAULA
MOTO:HD ELETRA ULTRA CLASSIC – 2008 – PRETA e DYNA CUSTOM 2009


Dia 1: Sábado - 09/10/2010 – Curitiba-PR a Arujá-SP - 450 km


Trecho Curitiba - Arujá

Saímos no sábado depois que o Daniel saiu da faculdade onde ele dá aulas aos sábados pela manhã até as 9. Ficamos em casa, já na saída para São Paulo na BR-116, aguardando por ele. Quando ele chegou, tomamos um café da manhão juntos e saímos em direção a SP.

Tocamos direto até o posto Petropen/Graal, localizado próximo de Registro, que fica no meio do caminho entre Curitiba e São Paulo. Abastecemos as motos e entramos no restaurante para almoçar, nem é necessário dizer que o posto estava completamente lotado e que a fila para pagar a conta estava no café do restaurante. Muita gente mesmo. Demoramos um bom tempo para conseguir sair dali e não foi pior porque a Bê foi se enfiando lá na frente e encontrou um caixa com poucas pessoas, para pagamento em dinheiro apenas, que ficava na saída para a cidade miniatura.

Saímos do posto e seguimos viagem. A Ana Paula foi com a Hellena até São Paulo e de lá até a chácara do pai dela, o Seu Jacó, que fica localizada em Arajá. Cindade onde também mora o irmão dela, de mesmo nome que o pai.

Seguimos tranquilos pela estrada embora o movimento, no sentido contrário fosse grande, mas no sentido em que íamos estava bom. Chegamos até Embú e entramos no rodoanel para a esquerda, ou seja, em direção do interior. Seguimos pelo rodoanel até a Anhanguera e viramos em direção a São Paulo para entrar na Marginal Tietê.

Eu conheço muito pouco em São Paulo e o Daniel, que é de lá, foi nos levando, quando ele entrou na Marginal Tietê, vi que tinha uma placa informando que era proibido motocicletas. Bem, o que fazer, ele estava seguindo na frente no meio daquele movimento danado e eu é que não is deixar de seguir. Fomos indo. Até que entramos na Via Dutra, sentido Rio, passando por Grarulhos, do lado do aeroporto, e seguimos até Arujá.

Saímos da Dutra e entramos em Arujá, passamos pelo que parecia ser o centro da cidade e seguimos em diante. Arujá é uma cidade relativamente pequena, mas que está repleta de condomínios fechados, um mais bonito que o outro, é um lugar muito bonito. Como fica a menos de 50 km de São Paulo, pela Dutra, acabou se transformando em uma cidade dormitório com uma infra-estrutura muito boa. O Daniel parou em um posto de combustíveis, que depois nos explicou que fica na frente do condomínio onde mora o Jacó (filho). Enchemos os tanques e seguimos para o sítio onde o pessoal nos esperava com um churrasco e muitas outras coisas deliciosas.

Saímos da estrada asfaltada e seguimos por uma estrada de terra mas de boa qualidade, embora com alguns pontos que exigiam muita atenção, pois uma bobeada e a moto estaria no chão. Seguimos religiosamente o Daniel, pois ele é quem sabia onde era o sítio. Ainda muito próximo do asfalto, acho que uns 2 ou 3 km de distância apenas, paramos em frente ao sítio. Fique surpreso com a estrutura do lugar. Uma casa muito boa e grande e tudo muito bem arrumado. O melhor é mesmo ver as fotos que falam por si.

Hellena e o Avô - Seu Jacó



Hellena na Churrasqueira

Piscina do Sítio. Pena que estava frio.

Vista da casa olhando da churrasqueira
Chegamos, fomos apresentados ao seu Jacó, à Dona Tica, mãe da Ana Paula, estavam ainda a Hellena (filha do Daniel e Ana), o Jacó (filho) e a esposa Shirlei. Guardamos as motos para dentro do portão e fomos até a churrasqueira. O Jacó estava preparando babaganushi (sei lá como se escreve) a partir de baringelas assadas na churrasqueira. E a Shirlei dava a infraestrutura para nós, servia cerveja e vinho para todos.

O mais chato é que neste primeiro dia a máquina fotográfica estava sem bateria e não tiramos nenhuma foto do pessoal, todas as fotos que aparecem aqui foram tiradas no domingo. Caso eu consiga com a Hellena alguma foto tirada no sábado, complementarei aqui no Blog.

Haviam algumas linguiças condimentadas, e não condimentadas, alcachofra feita de forma muito especial, uma delícia, pães, tira gostos, babaganushi (que é uma pasta de beringela árabe) e uma cerveja gelada prá valer. Coisa de doido. Tinham até laranjas enormes, daquelas que parecem secas, mas que estavam tremendamente suculentas e doces. Fazia muito tempo que eu não via aquele tipo de laranja, acho que em Curitiba não se encontra facilmente.

Depois que o Jacó terminou de fazer o babaganushi, que ele faz uma grande quantidade para congelar e ir consumindo ao longo do tempo, ele começou a assar a carne. Barbaridade! Que carne boa, na verdade eu não sabia que paulista árabe (na verdade armênio) era bom de churrasco daquele jeito. Estava muito melhor que o churrasco que a gente faz aqui em casa. Mas de qualquer forma, o principal era mesmo a companhia. Todas pessoas muito simpáticas e queridas. A gente só não conhecia mesmo o pai e mãe da Ana Paula, os demais já havíamos conhecido aqui em Curitiba na casa do Daniel.

O Seu Jacó, é uma pessoa espetacular, super simpático e cheio de histórias para contar e olha que contou muitas, regadas por cervejas e vinho. Ele nos tratou de forma que realmente nos sentimos em casa. Ele nos deixou totalmente à vontade. Infelizmente a Dona Tica não estava bem, ela estava com enchaqueca, mas ainda assim ficou a maior parte do tempo conosco, tanto que eu nem sabia que ela não estava bem, até que ela acabou se recolhendo antes dos demais.

Ficamos conversando ainda na sala da casa, depois que o Jacó e a Shirlei foram embora, eu, a Bê, o Daniel, a Ana Paula e a Hellena e o Seu Jacó. A Ana fez um chá delicioso e curtimos aqueles momentos ouvindo histórias maravilhosas do Seu Jacó, que era fabricante de sapatos, mas isso é coisa para outra oportunidade. Como nós estávamos muito cansados, não demorou muito para bater um sono danado em todo mundo e assim combinamos que tomaríamos café lá pelas 8:30 da manhã e fomos dormir.


Dia 2: Domingo - 10/10/2010 – Arujá-SP  a Paraty - RJ - 257 km

Trecho percorrido de Arujá a Paraty

Embora Paraty se escreva com "i" mais recentemente, na é poca em que foi eliminada a letra "y" do nosso alfabeto, entretanto, como a cidade sempre se chamou Paraty é assim que me referirei a ela. 

Saímos do sítio, lá pelas 10 da manhã. Desta vez com a Ana Paula junto conosco na garupa do Daniel. A Hellena foi embora para São Paulo junto com a Dona Tica na mesma hora em que saímos para a estrada. Seguimos em frente pela mesma estrada que havíamos chegado, e fomos até um lugar chamado Santa Isabel e de lá fomos para a Via Dutra novamente, sentido Rio de Janeiro.

Aí é que ficou interessante, pois como este é o caminho de Aparecida do Norte, começamos a ver muitos romeiros, daquele não vão a Roma, e muitos peregrinos, daqueles que não vão a Santiago de Compostela (hehe), ao longo da Via Dutra. A maioria deles estava apenas caminhando. Como havia alguns grupos parados, fazendo refeições, vimos que haviam carros de apoio para os grupos de caminhantes. Uns estavam levando cruzes de diversos tamanhos outros outras coisas, haviam bicicletas também.

Ficamos até que tentados para ir a Aparecida do Norte, mas depois ponderamos que próximo do dia 12 de outubro não seria muito recomendável pois nos depararíamos com muita gente. Ficamos na vontade e fomos seguindo em diante.

Descemos por uma serra muito bonita, do tipo da Tamoios que eu já conhecia, mas um pouco mais ao norte.

A Bê sempre em seu momento de Penélope

Daniel e Ana Paula

A Ana Paula em seu momento Penélope charmosa. Hehe
Descendo a serra, continuamos seguindo em direção norte até a entrada de Paraty, onde tem um escritório de informações turísticas que aparece na foto, com a Ana fazendo uma pose. Pode parecer que a pose foi encomendada mas não foi não, essa mulherada é charmosa pra caramba, sorte nossa.

Dali fomos até o centro histórico de Paraty. Aí a coisa ficou preta mesmo porque o Daniel foi na frente e eu atrás e quando vi estávamos transitando pelas ruas históricas da cidade que foram calçadas com pedras de mão. Moral da história, é quase impossível transitar por lá com uma moto touring que devia estar pesando uns 600 kg, considerando a moto, as bagagens, eu e a Bê. Coitadinha da suspensão da moto. eu o piloto aqui também se viu em papos de aranha, pois em diversos locais o chão estava molhado e a moto derrapava nas laterais da pedras. Foi preocupante para mim aquele trecho, não via a hora de cair fora daquele pavimento.

Pavimento do centro histórico de Paraty quando chegamos
O que achamos interessante é que o local nos lembrou um pouco San Pedro de Atacama, pois assim como lá, os prédios são muito antigos, mantendo a aparência que tinham quando foram contruídos. Logo, quando vistos por fora, embora sempre muito bem conservados, não se pode fazer idéia do que se pode encontrar dentro.

Logo, quando entramos no restaurante foi um choque, pois o lugar era muito mais agradável do que a gente podia imaginar quando estávamos do lado de fora. Principalmente porque havia um casal, ela tocando piano e ele violão celo, o que tornava o ambiente realmente do tipo "lua de mel".
Nosso almoço maravilhoso
Acabamos saindo por uma ponte para pedestres, em forma de arco, que cruza o rio que separa o centro histórico da região mais ao norte da cidade. Paramos as motos do outro lado e voltamos caminhando pela ponte para passear e, principalmente, para almoçar.

Andamos um tanto por ali e resolvemos almoçar em um restaurante muito bom, localizado atrás da Igreja dos Homens(acho).

Restaurante onde almoçamos - Ana e Daniel

Carrinho ambulante que vende doces. Compramos cocada
e quebra-queixo

Pousada onde nos hospedamos a uns 200m do centro
histórico
Em muitos locais das alamedas históricas, se viam vendedores ambulantes de doces. Tinha bolos, cocadas, pés-de-moleque, quebra-queixo e nem sei mais o que.

Depois do almoço, fomos até um destes e compramos uma cocada e um quebra-queixo. Estava bom pra caramba.

Em seguida voltamos até as motos, e fomos atrás de um local para nos hospedarmos fora do centro, pois imaginamos que seria mais barato, como de fato foi. Acabamos nos hospedando por R$100,00/casal, com café da manhã incluído.
Eu, a Bê, o Daniel e a Ana na frente da Igreja da praça.
Igreja dos homens
Depois que nos instalamos na pensão, descarregamos as malas, estacionamos as motos e fomos à pé até o centro histórico novamente. descobrimos que era bem perto mesmo.
Descobrimos que estava tendo um festival de cinema, chegamos a ponderar a possibilidade de assistir a algum filme, mas passar 2 horas trancados dentro de um cinema não nos pareceu slgo muito inteligente a se fazer, já que teríamos pouco tempo para ficar lá.

Esse sorvete estava bom pra danar. Sorveteria Pistache


Depois de andar um bocado, passar por lojas de artesanatos, de artesanatos indígenas, exposição de fotografias e mais um monte de locais, incluindo a sorveteria Pistache, onde tomamos um sorvete de massa bom pra caramba, vimos a procissão que entrava na pequenina Igreja histórica, acho que a mais antiga da cidade, que ficou como a higreja dos negros escravos, cachaçaria, etc. Resolvemos que poderíamos entrar em algum lugar para tomar uma cerveja e comer algo.
Rua principal do centro histórico de Paraty


Restaurante onde entramos na janta

Depois de algumas tentativas de entrar em bares sem sucesso por estarem completamente lotados e com fila de espera, acabamos encontrando um lugar muito bonito, com música ao vivo e entramos. Eu e a Bê como somos curiosos, queríamos saber se a comida era boa. Apenas por curiosidade pois o almoço ainda estava bem presente no estômago. hehehe. O Daniel e a Ana pediram algo bem leve para acompanhar a cerveja.
Claro que depois de sair do restaurante propuz que passássemos por uma farmácia para comprar bicarbonato de sódio, afinal de contas, depois de tudo que tínhamos comido eu tinha certeza de que acabaria passando mal e teria alguma dificuldade para dormir à noite. No caminho de volta para a pensão encontramos uma farmácia aberta, compramos e fomos para nossa pensão pois estávamos muito cansados e sonhando em cair numa cama.
Dia 3: Segunda-Feira - 11/10/2010 – Paraty - RJ a Arujá - SP - 308 km

Trecho de volta para Arujá rodando mais pelo litoral
Na manhã seguinte, levantamos e tomamos nosso café da manhã na pensão, lá pelas 9 da manhã. Quando eu e Bê levantamos o Daniel e a Ana Paula já estavam tomando o café. Tinha uma moça muito simpática servindo o café e nos divertimos um pouco com ela.

Nós na carroça para fazer o cititur pelo centro histórico
Depois voltamos novamente para o centro e compramos algumas camisetas para mim e para a Bê, compramos em uma cachaçaria uma pinga com canela para cada um, rezando para que as garrafas não acabassem quebrando na moto, por isso tomamos o cuidado de colocar as garafas na vertical, já que quando compramos a grapamiel no Uruguay, acabamos tendo o dissabor de vazar quase todo o litro dentro do tour-pack da moto.

Assim que chegamos no centro encontramos um rapaz com uma carroça. Estas carroças são utilizadas para fazer o cititur pelo centro histórico. O rapaz foi nos conduzindo e contando a história dos locais, mostrando o museu de cera, a casa do Roberto Marinho, de outras famílias. Explicando o que era cada uma das igrejas, quais eram dos brancos, das mulheres, dos homens, dos negros escravos ou não, etc. Até que foi bem legal o passeio de carroça, a suspensão da carroça era muito, mas muito mesmo mais adequada que a da moto para o tipo de calçamento que tem lá.
Daniel e Ana. Ver a atenção da Ana para entender o que o
guia falava. Era bem difífl mesmo.

O menino nos contou que foi lá que surgiu o nome "pé de moleque", porque quando o pessoal construiu o calçamento, há muitos anos, os homens colocavam as pedras grandes e os meninos é que complentavam com as pedras pequenas, fechando os vazios, como a aparência geral do pavimento acaba ficando parecido com o doce de amendoim, este doce acabou levando o nome do tipo do calçamento, pois os meninos ajeitavam as pedras menores com os pés.
Eta gente bonita.... e feliz com certeza

A Bê com medo de uns rapazes que saíram de uma casa.
Voltaram rapidinho.

Casarões

Daniel e a Bê subindo na carroça

Igreja das mulheres.

A Ana precisava pagar uma conta e foi com a Bê até um Itaú, enquanto isso e o Daniel, entramos em uma loja de lembran'cas para ver se tinha uma bandeira de pirata que ele queria para colocar na moto. Tinha. Ele comprou e acabou ficando melhor que a encomenda pois a bandeira era muito legal. Quando sa'imos da loja e fomos atrás das meninas, encontramos as mesmas em uma fila enorme, que saía do banco e seguia pela rua.

Desistimos de esperar e propuz para a Ana que eu poderia pagar pela internet a conta dela no meu computador que eu havia levado, ela topou na hora e todos achamos que foi uma boa idéia pois perderíamos horas alí na fila do Itaú.

Chegando na pensão arrumamos as malas na moto, pagamos a conta e saímos em direção a Arujá novamente, só que dessa vez fomos pelo litoral que é muito bonito, porisso queríamos ir de dia apreciando a paisagem.

Nossa odéia era de ir até Santos e talvez dormir lá em um hotel qualquer. Ao final esta idéia não deu certo porque acabaríamos chegando em Santos apenas de noite e achamos que não valia a pena e então decidimos posteriormente que subiríamos por Mogi da Cruzes, passando por todo o litoral até quase Bertioga.

Realmente o litoral norte de São Paulo é muito bonito. Passamos por Caraguatatuba, em frente do apartamento do Juarez. Eu e a Bê comentamos que estávamos com saudades deles e que teríamos que visitá-los um dia desses. Deu vontade de ver se eles estavam lá na praia, mas o problema é que não tínhamos o tempo necessário, pois apenas passamos por lá, de qualquer forma, achei muito legal poder localizar exatamente onde se entra para o apartamento dele.

Paramos para elas irem no banheiro, em um antigo posto que tinha perto do Juarez e quando saímos, passou um motoqueiro de bike, calçando havianas, bermuda e camiseta, uma mula, ele costurou nós por um lado e o Daniel por outro, e sumiu acelerando como um doido.

Quando chegamos na serrinha para chegar em Caraguatatuba, o trânsito estava parado, havia uma confusão que parecia ser movimento, mas quando chegamos lá era o cara que estava caído no chão, todo machucado e a moto arrebentada no meio da estrada. O cara bateu em alguém, não deu para entender como exatamente, apenas deu para entender como um idiota se arrebenta de moto.

Seguimos em frente até chegarmos em São Sebastião, bem na frente da Ilha Bela. Aí fomos até a casa da mãe do Daniel, onde ele passava tempos na infância, pois o avô dele era de lá. O mesmo aconteceu com a Ana. Curiosamente os dois passavam férias de verão em São Sebastião. Aí fomos à orla da praia, e almoçamos em um restaurante bem legal e depois fomos até a sorveteria indicada pelos dois que era onde eles costumavam comer sorvete muito bom que só tem lá mesmo. Verdade, o sorvete de milho verde era muito bom mesmo, comemos e é muito especial.

Depois seguimos em frente e foi neste ponto que decidimos que não seria possível ir para Santos, pois chegaríamos lá muito tarde e não daria para ver nada, ainda por cima o tempo estava querendo mudar e com certeza choveria em breve. Aí resolvemos que subiríamos por Mogi das Cruzes e daquele ponto em diante poderíamos ir seguindo pelo GPS mesmo.

No caminho passamos por um loteamento muito legal chamado São Lourenço. Coisa de magnata mesmo me pareceu. O tipo de arruamento chamava a atenção no GPS, pois embora da estrada a gente não visse nada, apenas mata dos dois lados da estrada, no GPS dava para ver que tinham ruas formandos estrelas ou asteríscos, onde deviam ter casas ou prédios, não dava para saber.

Mais à frente, chegamos própriamente dito em São Lourenço, pelo menos é o que acho, e tinha shoping center, mas do tipo chique e grande. Tinha um Mc Donalds de fazer inveja para lojas grandes. Acho que em Curitiba mesmo não tem nenhuma nem parecida com aquela que passamos na frente, tanto pelo tamanho como pela decoração.

Quando começamos a subir a serra em direção a Mogi das Cruzes já era noite e estava garoando. Como a serra é bonita e tem traçado antigo, é do tipo das outras, cheia de curvas fechadas. Até que o movimento não estava muito grande, o que ajudava muito, mas com o chão molhado a coisa fica um pouco mais perigosa, porisso fomos seguindo de vagar.

Passamos por Mogi e rápidamente chegamos no sítio do Seu Jacó novamente. Ele estava nos esperando, entramos e ele pediu uma pizza para a gente. Estava muito bom. Aí teve mais muita conversa e muita história da vida do Seu Jacó, de casas no litoral, de quando ele comprou e construiu a casa no sítio, amigos, períodos em que abriu e fechou a fábrica de sapatos, dos filhos, da comunidade armênia em SP, etc. Foi conversa pra caramba, e o mais interessante, conversa muito agradável, rimos muito com diversas curiosidades que ele contou.

Novamente hora de dormir para no dia seguinte ir até a cidade de São Paulo para deixar a Ana na casa da mãe dela, Dona Tica, para que ela voltasse com a Hellena para Curitiba de ônibus e eu e a Bê e o Daniel seguiríamos de volta para Curitiba.


Dia 4: Terça-Feira - 12/10/2010 – Arujá-SP a Curitiba-PR - 450 km

Trecho de volta. O mesmo da ida mas entrando em São Paulo

Daniel e a bandeira que ele comprou em Paraty.
 Na manhã seguinte levantamos cedo, o Seu Jacó já tinha preparado o café para nós. Tomamos café com pães e até com frutas e fomos arrumar as malas e carregar as motos para sair em direção a São Paulo para levar a Ana Paula até a casa da Dona Tica, mãe dela, para encontrar com a Hellena.

Elas iriam voltar juntas de ônibus naquele dia mesmo na parte da tarde.
Eu, Bê, Daniel, Ana Paula e Seu Jacó
Antes de sairmos do sítio ajeitamos a máquina para tirar a foto de todos nós. Após algumas tentativas deu certo.
Saímos e fomos pelas estradas de terra que nos levariam novamente à rodovia que vai ao centro de Arujá e depois pela Via Dutra até São Paulo.
Tomei o cuidado de avisar o Daniel que era proibido o trânsito de motocicletas pela Marginal do Tietê. Ele notou e nos levou por outras vias até o prédio onde mora a Dona Tica, passando pelo bairro onde ela foi criada e nos mostrou uma casa em que ela morou quando era criança e que agora parece que funciona uma escola infantil.


Daniel, Eu, Bê e Dona Tica
Chegamos na frente do apartamento da Dona Tica e ela desceu com uma sacola de frutas maravilhosas para nós.
Ela insistiu muito para que entrássemos, mas como queríamos seguir viagem, acabaríamos perdendo muito tempo com a subida, principalmente porque depois acabaríamos por esperar pela chegada da irmã da Ana que viria trazenda a Hellena e sabe lá que hora elas acabariam por chegar.
Avenida Paulista em dia de feriado. Beleza.
Dali subimos até o início da Avenida Paulista, ou fim, sei lá, sei que fica no extremo oposto de onde se sai para Curitiba, quando se vai através da Av. Rebolsas.

Seguimos pela tranquila Av. Paulista em dia de feriado, passando pela frente do MASP e de uma quantidade enorme de prédios de instituições financeiras além de algumas poucas casas que lá sobraram.

Seguimos pela Rebolsas e na antiga paineira, entramos para a direita e fomos até a casa dos pais do Daniel, fizemos uma visita de médico novamente, pois não entramos, conhecemos o pais a mãe, irmã e a sobrinha que estavam lá. Demos muita sorte pois eles estavam de saída para almoçar.

Seguimos pela Raposo Tavares até o Rodoanel, que eu pensava que era longe mas estávamos muito perto, acho que uns 10 km, e seguimos para Curitiba pela BR-116, que lá eles adoram chamar pelo nome, Régis Bitencout. Seguimos direto até o Petropen e depois Curitiba.


Eu e o Daniel na cidade miniatura do Petropen.

F I M ........

Que pena......